Fotos: Divulgação
Sede da Robert Bosch, em Campinas (SP) |
A Bosch registrou crescimento na América Latina acima do esperado. Mesmo
com o avanço moderado da economia na região, o total das vendas líquidas,
incluindo exportações e vendas das empresas coligadas, cresceu 8%,
registrando um faturamento líquido de R$ 5,1 bilhões em 2013. Todas as
divisões de negócios contribuíram para esse desempenho positivo.
A empresa ressalta que devido a mudanças legais que regulam a consolidação
de resultados, no caso da cifra acima a Bosch não inclui em sua contabilidade os seus 50% em joint ventures. Trata-se, principalmente, da Bosch Siemens Hausgeräte
GmbH e da ZF Lenksysteme, cujas vendas consolidadas correspondem a cerca de € 7
bilhões. Devido a essas mudanças, os números de vendas em 2013 são parcialmente comparáveis com os de 2012.
As operações do grupo no Brasil foram responsáveis por 86% daquele resultado de vendas, atingindo R$ 4,4 bilhões, sendo 22% gerados pelas exportações. Os mercados da
América Latina, Estados Unidos e Europa continuaram a ser os principais
destinos dos produtos e serviços da Bosch na região.
“A América Latina é uma região estratégica para a Bosch, com
excelente potencial de desenvolvimento no longo prazo. Nos últimos 10 anos
nossas vendas na região mais que dobraram e a expectativa é de contínuo
crescimento em 2014. Apesar disso, é importante enfatizar que a indústria
brasileira ainda enfrenta o desafio da competitividade devido à baixa
produtividade, elevado custo da mão de obra, infraestrutura
logística nsuficiente e pesada carga tributária”, avalia Besaliel Botelho (foto), presidente da
Robert Bosch América Latina.
Uma importante alavanca de crescimento da empresa na região é a estratégia de oferecer tecnologias e soluções de várias divisões de negócios da Bosch para projetos nos setores de mineração, edifícios comerciais e para as indústrias de petróleo e gás. Neste contexto, a empresa atualmente conta com cerca de 190 importantes projetos na região e a expectativa é alcançar 250 ainda em 2014.
Para esses projetos, a Bosch fornece soluções em sistemas de
acionamento e controle, componentes, ferramentas elétricas, controle de acesso
e sistemas de vigilância, sistemas de incêndio e evacuação por voz, sistemas de
aquecimento solar, entre outros.
O Grupo Bosch está presente na América Latina desde o início
do século 20. Este ano, celebra 60 anos de Brasil e de Venezuela,
e 90 anos na Argentina. Em 2013,
a empresa marcou 100 anos de atuação no Chile. A Bosch
tem ainda unidades próprias na Colômbia, Panamá (centro de competência para a
América Central e Caribe) e Peru, além de contar com representações comerciais
em outros países da América Latina como Bolívia e Costa Rica.
A importância do mercado latino-americano se reflete nos
investimentos do Grupo Bosch na região. “Nossos clientes estão ampliando a
localização de suas operações aqui, não apenas por conta do Inovar-Auto, mas
também devido ao potencial de crescimento do mercado brasileiro”, destaca Botelho.
As demandas por eficiência energética exigidas pelo novo regime automotivo nacional são excelentes oportunidades de negócios para a Bosch. A
empresa conta com uma série de tecnologias e soluções que oferecem mais
segurança, menos consumo de combustível e emissão de CO2 como o Flex Start (sistema de partida a frio para carros flex quando há somente álcool no tanque e sob temperatura inferior a 18 ºC), a
injeção direta para motores flex, o desliga-liga motor, o alternador de alta eficiência e
os sistemas de arrefecimento.
Nos últimos 10 anos, o Grupo Bosch investiu cerca de R$ 2
bilhões em suas operações na América Latina. Em 2014, a empresa planeja
investir cerca de 108 milhões de reais na região, com foco na instalação de
novas linhas de produção visando à expansão da capacidade produtiva, que
também inclui a nacionalização de alguns produtos. De acordo com Botelho, esses
investimentos irão permitir intensificar a estratégia da empresa "local para local" não só na produção e compras de insumos, mas também na
engenharia, para atendimento aos seus clientes locais.
Um exemplo de tal investimento é a instalação da linha de
produção da sonda lambda (sensor de oxigênio) na fábrica de Campinas. “Com a produção local desse
componente, estamos antecipando as soluções de eficiência energética atuais e
também futuras, assim como estamos prontos para ajudar os nossos clientes a
atingirem suas metas de nacionalização por conta do Inovar-Auto”, conclui o
executivo.
Outros exemplos de investimentos no setor automobilístico são a
nova plataforma de motores de partida, também na unidade de Campinas, que dará
apoio ao início da produção local do sistema desliga-liga, e o novo
laboratório de dinamômetro de motor, na fábrica de Curitiba, que
auxiliará os clientes a atenderem os atuais limites de emissões Euro 5 e a futura
legislação Euro 6.
Os segmentos de Bens de Consumo, de Energia e Tecnologia
Predial e de Tecnologia Industrial também serão fortalecidos. O foco continuará
a ser o desenvolvimento de produtos, tecnologias e serviços que visam mais
eficiência energética, conforto e segurança. Um exemplo no segmento de Bens de
Consumo é a expansão da produção local de alguns modelos de ferramentas
elétricas, seguindo a estratégia "local para local” da Bosch. Ao mesmo tempo,
no segmento de Energia e Tecnologia Predial a empresa está reforçando sua rede
de serviços de termotecnologia para atender as demandas do mercado para vendas
mais abrangentes e suporte de pós-vendas.
O Grupo Bosch investiu mundialmente € 4,5 bilhões em pesquisa e desenvolvimento e requereu cerca de 5 mil patentes em 2013.
Na região, a empresa manterá o nível de investimento em P&D em torno de
3,5% de seu faturamento no Brasil.
A Bosch emprega cerca de 450 pesquisadores em seus centros
de competência em Campinas e Curitiba. É por meio dessa política de
investimentos que a empresa pode constantemente apoiar seus clientes no
desenvolvendo de novas soluções que geram valor, ao mesmo tempo em que reforça
sua estratégia “local para local”
O Grupo Bosch emprega cerca de 9.500
funcionários na América Latina, sendo 8.900 no Brasil. A ampla presença global, o foco na
diversificação e a força inovadora são os pilares que atraem novos talentos.
Desde 1960,
a Escola Técnica de Engenharia da Bosch qualificou cerca
de 1.400 profissionais. Ao longo dos últimos 10 anos, cerca de 90% dos
aprendizes foram contratados após o término do programa, enquanto a
média do mercado é de 50%. O sucesso deste programa é comprovado pelo excelente
desempenho de seus estudantes em competições de qualificação profissional tanto
em nível nacional quanto internacional, tais como os Jogos Olímpicos do
Conhecimento promovido pelo Senai
e o World Skills, uma competição que reúne os melhores profissionais do mundo.
No Brasil, a cada ano as empresas do grupo aplicam juntas
cerca de R$ 16 milhões em ações de responsabilidade ambiental nas
fábricas, como o gerenciamento de resíduos, proteção da água e do solo e
purificação do ar. Além disso, o Instituto Robert Bosch, braço social do Grupo
Bosch no país, investe anualmente cerca de R$ 4 milhões em projetos
sociais, culturais e educacionais como, por exemplo, o programa Peça por Peça,
cujo foco é a educação complementar para crianças e adolescentes e a
profissionalização de jovens.
No ano fiscal de 2013, as vendas do Grupo Bosch mundial
cresceram 3,1% (6,3% após ajuste cambial) atingindo € 46,1 bilhões.
Desse total, € 1,7
bilhão coube à América Latina.
A Bosch estima que suas vendas globais crescerão entre 3% e 5%
em 2014. Produtos e serviços habilitados e baseados na internet serão um dos
pontos focais dos negócios da empresa no futuro. Com seu know-how em hardware e
amplo conhecimento tecnológico, a empresa, que é fornecedora de tecnologia e
serviços, está bem preparada para se mover nesta direção. “As tradicionais
fortalezas da Bosch, como a nossa força inovadora, o alto padrão de qualidade,
a presença internacional e a força integradora da nossa cultura corporativa,
também são fatores valiosos no mundo conectado," ressaltou Volkmar
Denner, presidente mundial do Grupo Bosch na coletiva de imprensa anual na
Alemanha.
Além disso, a Bosch é líder mundial na área de sensores
micromecânica, uma tecnologia-chave quando se trata de internet. Estes sensores permitem uma nova forma de assistência técnica no dia a
dia, na condução automatizada, por
exemplo, ou na casa inteligente. O objetivo estratégico da Bosch é criar
soluções de conectividade para a mobilidade, manufatura, sistemas de energia e
edifícios. (Bosch)
Parabéns para eles!
ResponderExcluirE muito Sucesso.
Mas que a qualidade caiu, caiu. Foi o tempo em que peças da Bosch eram garantia de qualidade.
E vou dizer mais!
Mais.
Realmente, não têm o mesmo padrão de excelência faz tempo. Temos em casa ferramentas elétricas Bosch com mais de 20 anos, em pleno funcionamento, mas as novas aquisições de produtos Bosch, não passaram dos 3 anos. Hoje está tudo mais ou menos parecido, nivelado sempre por baixo. Padrãozinho chinês, de quem já foi alemão.
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