Em 22 de outubro passado foi publicado aqui no Ae a primeira parte de uma pretensa "saga" trópico-bávara que ilustrará o leitor, você, sobre as entranhas de minha garagem. Falo do texto sobre a BMW 320i ano 1986, o (já clássico, acho) modelo E30. Agradeço os 76 favoráveis comentários de então e agora, pedindo desculpas pelo atraso de mais de quatro meses na postagem, submeterei vocês a mais um capítulo, tratando da BMW 328i Touring, a 2ª a chegar ao meu lar.
Segunda História: BMW 328i Touring
Gosto de cachorro, tenho dois. Se pudesse teria dez,
doze. Quando passo diante de um pet shop quero
“salvar” todos os filhotes. Mas naquele final de 2005, durante uma chuva do cão típica do mês de
dezembro em São Paulo, o destino me levou a uma avenida na zona norte, coalhada
de lojas de carros. Elas têm um efeito pet shop sobre mim — quero salvar todos os carros sem dono também. Com o canto do olho vi algo "abanando o rabo",
de raça, preto, brilhando, com o deselegante VENDE-SE escrito com cal no parabrisa.
Apurei a visão e identifiquei: um BMW (que pedigree, hein?) Touring,
ou seja, carroceria “perua” em português paulistano.
Gosto de peruas (as de lata). Tive várias Fiat Elba e uma Marea Weekend, das primeiras. O rosnado do motor 5 cilindros em linha era libidinoso, promotor de ultrapassagens gloriosas no vai e vem dos finais de semana ao litoral. Vendida sem muita razão, deixou um vácuo de desempenho não preenchido pelo pacato sucessor, um Doblò.
Volto ao “VENDE-SE” do tal dezembro: não consegui
seguir meu caminho e o retorno fácil me levou em minutos ao BMW. Gostei da
placa: 3, com três zeros na frente. Gostei de outro número aplicado na tampa da
mala, 328, indicando o motor mais forte dos seis cilindros da marca
de Munique para aquele modelo, codinome E36, também possível de ser achada em
versão 323 e 325.
Olho para o interior de couro negro e vejo outra coisa
que gosto, o câmbio manual. E então, eis que um grande gordo se aproxima
soltando o verbo, sapecando um “boa tarde” que para minha felicidade não foi
seguido pela óbvia conversa de vendedor. Sem dizer nada mais, o gordo destravou
o carro, abriu a porta e disse “pode olhar a vontade, se precisar estou lá dentro.”
Era tudo o que eu mais queria: só e sossegado, olhei sem pressa o alemão. Lata lisa, tinta com cara única, todos os vidros da mesma safra, e... opa! Um farol mais novo que o outro. Ponto a menos. E dentro? Nada demais, nem de menos. Fora o farol trocado, pneus franceses clamavam por aposentadoria. Quantos quilômetros marcaria o hodômetro? Ora, hodômetros...
Confiar na quilometragem de um carro usado encontrado
em uma pequena loja de bairro é, me desculpem os lojistas de pequenas lojas de
bairro, quase como acreditar nas boas intenções de um serial killer. Chamei gordo-killer: “Você pode me dar a chave? Quero ver a quilometragem...”. Ao
virar a malvada, em vez dos esperados 40 ou 60 mil, que imaginava condizentes
com o estado geral do bicho, vi um número tão gordo quanto ele: 97 mil
km. Muitos? Certamente não eram poucos, mas raciocinei que era melhor ver
prováveis 97 mil do que improváveis 30 mil.
Fui dar uma volta, gordo-vendedor ao meu lado, claro, contando o que sabia do carro: seu primo, o dono, tinha uma oficina mecânica e funilaria, e por causa disso o carro havia sido sempre muito bem cuidado. Usava só para viagens de fim de semana, ora para o Rio visitar parentes dele, ora para a região de Araçatuba, visitar parentes da esposa. Sei sei... Sei: freqüentemente rola essa conversa de “foi usado só para viagem”, normalmente aplicada a carros com quilometragem alta. Cem mil de estrada equivalem a menos da metade em cidade, que estressa bem mais qualquer veículo. Teorias.
Como para me livrar de outra vontade, a minha, digo ao gordo que só haverá chance de negócio se ele puder levar o carro não em uma, mas duas oficinas de minha confiança. Uma vai olhar carroceria, freios, suspensão. Outra motor e câmbio. Tudo longe dali, para complicar mesmo. Mas gordo topou, levaria às oficinas que eu quisesse, uma em cada extremo da cidade. Fui embora com o cartão da loja no bolso com o telefone do dono do carro anotado no verso, já que “gordo” quis que eu negociasse preço diretamente com ele, mas a ordem das coisas seria a clássica, primeiro a visita às oficinas e a negociação, caso veredicto decente, depois.
Reflexão daqueles dias: o que leva um dono de oficina a se decidir pela venda de seu carro? Talvez saber que há algo de muito ruim nele, que dará uma enorme despesa. Foi essa a mais sólida hipótese que encontrei.
Passada uma semana, meus amigos da oficina 1, a da “carroceria, freios, suspensão”, fuçaram o carro de cabo a rabo, e deram o diagnóstico positivo. Carro é saudável, precisa de pouco ou quase nada para ficar nota dez. Mais uma semana e é a oficina 2 que se manifestou: tudo OK com a mecânica fora a embreagem. Custará 1.200 reais, me avisam, instalada. Não achei caro. Orçamento de pneus? Quase isso, e o Touring começou a ficar perto de minha garagem.
Chegou a hora de tratar com dono do carro, que foi logo avisando não poder (querer) tirar muito do preço. Argumento pneu, argumento embreagem, argumento a ausência de qualquer carimbo de concessionária no livreto ("para quê, tenho oficina!" bradou ele) e fechamos negócio. Bastaria depositar 37 mil reais que o BMW 328i Touring seria meu. No fim perguntei por qual razão ele estava vendendo o carro. Ele pensou, pensou e disse: "acho que enjoei dele".
De casa nova |
Oito anos se passaram desde que tudo
isso aconteceu e o BMW 328i Touring, codinome “Fúria Negra” ou simplesmente "Fúria", repousa na minha garagem, em boa companhia, dois
andares abaixo da sala de onde escrevo esta história. Não estou nem um pouco enjoado dele, pois nunca tive um carro de que gostasse tanto, logo desbancando nas minhas preferências o BMW que chegou antes dele, o 320i E30. Por quê? Por ser o Fúria, e exibir uma vigor que o 320i e seu motor 2,0 litros de 129 cv não tem. Além disso há o câmbio manual (automático na 320i), Enfim, Fúria é um gerador de sorrisos para quem é um autoentusiasta por conta de sua personalidade dupla, sabendo ser dócil como um gatinho quando levado passando marchas sem superar as 2 ou 3 mil rpm, e se enfurecendo quando o ponteiro visita a faixa vermelha.
À direção, as coisas estão no lugar certo. A mão desce do volante e encontra o câmbio de modo natural. A pedaleira ajuda o balé dos pés, punta-tacco fácil, fácil. A primeira marcha, mesmo sendo longa,
oferece um pulo vigoroso. O sistema ASC+T, nome de batismo do controle de
tração associado ao controle de estabilidade BMW, mata qualquer menção de
esfregamento de borracha no asfalto. Ele simplesmente progride, urrando furioso quando se solta a embreagem. E caso se queira desligar o controle de
tração, basta apertar o botãozinho no console para verificar suas habilidades de
genuíno drifter. Em 1ª e 2ª no câmbio justinho alcança 100 km/h logo,
em 7,5s. A velocidade final é de 237 km/h reais, retomada 100-140 km/h em 5ª marcha vem em 11,7 s e frenagem 100 km/h a zero em 38,2 metros. Não medi nada disso, achei esses
dados em um teste de um 328 idêntico ao meu em uma revista alemã da época,
1997. Em um dia de dane-se o radar, em uma longa e deserta reta, vi 220 km/h no
velocímetro e fiquei feliz. Viria mais? Sim, mas me satisfiz com essa marca, que chegou rapidamente e sem passar nenhuma impressão de insegurança, com Fúria
plantado no asfalto como uma palmeira imperial no Jardim Botânico.
Curvas? Como diria Papai Noel... ho, ho, ho: ele
gosta! Nas de baixa a frente esparrama com fé, claro, o peso está todo ali. Mas
nas mais rapidinhas, a médias ou altas velocidades, passa sempre a sensação de que
seria possível fazê-las mais rápido. Equilibrado, neutro, tendendo à traseirada
quando provocado. Já quis levá-lo em um track day em Interlagos, mas nunca
encaixou na agenda. Um dia rola, e tenho impressão que vamos adorar, ele e eu.
Mudança de perfil, de 60 para 65 |
Pneus? Os originais são 205/60-15, medida que para os padrões atuais é pneuzinho de bicicleta. Afirmo, taxativamente, que não é preciso mais que isso. Esteticamente podem não estar na modinha atual, do rodão e pneu de perfil baixo, mas conciliam conforto com a necessária aderência para uso sem sevícias, dando conta dos 193 cv a 5.300 rpm com torque máximo de 28,6 m·kgf a 3.950 rpm. Um dia um dos pneus foi premiado por um rasgo na lateral. Fui comprar um novo e acabei levando quatro, de medida diferente, 205/65-15, levemente mais altos. Por quê? Por que praticamente os ganhei de presente do amigo-lojista, que queria se livrar deles. Fúria ficou meio parecido com o carro do Pato Donald, mas em termos de tocada, pouco ou nada mudou, ele ficou ainda mais macio e longe no chão.
Faróis requerem uma atençãozinha, amarelados |
Deu defeito? Troquei o radiador (800 reais), bomba d’água (não lembro bem, acho que foi uns 400 reais), correias, velas, bomba de gasolina e filtros (trouxe na mala em uma viagem à Europa) e amortecedores. Meu amigo Alberto Trivellato, da oficina paulistana Suspentécnica, me deu também um jogo de molas mais espertas, por dar, e não por que as minhas estivessem cansadas. E o que mais? Ah, uns quatro anos atrás quebrou uma engrenagem do banco elétrico, encosto do lado do motorista. Achei a pecinha original — pasmem — em uma revenda ao primeiro telefonema, e um tapeceiro fez o conserto, baratinho. O mesmo sujeito substituiu o tecido do teto, que em um belo dia de verão decidiu se descolar quase todo de uma vez. Recentemente o motor de partida não quis saber de girar. Apenas um mau contato, disse o japonês da auto-elétrica.
Sobre consumo: Fúria faz — pasmem! — de 8 a 9 km/l de
gasolina (só premium ou Podium) na cidade quando não há congestionamentos
malvados, e 12 a 13 km/l em viagem com quatro dentro, bagagem e ar
ligado. Com apenas o motorista à bordo e não passando de 120 km/h em estrada
plana sem trânsito (trecho São Paulo–Araraquara) bati um recorde, com o
computador de bordo (um show de informações) me avisando 6,8 l/100 km para o
trecho de cerca 280 km, ou seja, 14,7 km/l. E com ar-condicionado ligado. Na contraprova da bomba tal marca caiu um pouco,
14,5 km/l. Mesmo assim, para um carro dos anos 1990, mais de 1.600 kg em ordem
de marcha e com motor de 2.793 cm³, achei o resultado fenomenal.
Apesar de usá-lo sem mimo (paro na rua, empresto, lavo
pouco, tem riscos e amassadinhos cá e lá...) é um automóvel que em, vias de completar 18 anos de fabricação
(nasceu dia 4 de setembro de 1996), mantém uma dignidade impressionante. Poucas
partes (os faróis, o couro do volante e alguns plásticos internos) denunciam a
idade. O revestimento dos bancos, um couro estupendo e muito robusto, ainda
parece como novo. Hoje se fosse vendê-lo não me dariam mais do que R$ 20-25
mil, acho. Pouco pelo que Fúria me dá de prazer e versatilidade de uso.
Invejoso que é o MAO, comprou um recentemente. Ruim de
roda que é, errou uma marcha e mandou para o espaço as 24 válvulas do seu personal
Fúria. Autoentusiasta que é, sabe, agora na prática, o quanto essa geração
da já lendária Série 3 da BMW, a E36, é especial, e robusta. Salvo mudança de idéia, nunca
vou (vamos, MAO?) vender o Fúria. Outro dia vi um maluco ser enterrado montado em sua Harley
e me pensei, mortinho e feliz, sepultado nele. Calma, jamais faria isso:
ele não mereceria. E nem quem herdaria a tarefa de realizar todo o trabalho que uma pataquada dessas dá.
Foi só (mais um...) pensamento besta meu.
O futuro de Fúria? Imagino usá-lo até o fim dos tempos, meu ou
dele, e pelo jeito que vai, vou antes. Outro pensamento que me agrada seria um dia depená-lo, montar um estupendo santantônio, liberar seus cavalos arrancando
travas como catalisador, filtro e fazer uma preparação que certamente
traria à tona muita potência presa naquele nobre seis em linha, e deste modo o usaria unicamente em pista. Sim,
uma perua na pista, como aquele estupendo Volvo 850 T5-R SW que
competiu no BTCC (o campeonato inglês de Turismo ) de 1994. Ou então como
aquela Marea Weekend preparada pela Fiat que disputou algumas provas de longa duracão no Brasil no começo
dos anos 2000 com os jornalistas Emilio Camanzi, Douglas Mendonça e Ricardo Dilser — o Rica do post do Josias de sexta-feira passada, antes de entrar para a Fiat — tocando-a.
Provavelmente não farei nada disso, mas só considerar me alegra. Outro dia me contaram uma que gostei sobre o câmbio manual dos E36: é o mesmo usado nos primeiros E36 M3 de cerca 300 cv de potência. Legal não é? A palavra que me veio à mente foi "superdimensionado". Aliás, tal vocábulo se aplica para quase tudo nele, menos para suas dimensões externas. Mesmo quem, como eu, que freqüentemente tem a chance de guiar a fina flor da produção nacional e mundial, enxerga nos E36 qualidades que não são fáceis de encontrar em modelos de mesmo segmento mais atuais. Aliás, é isso parte do que veremos no capítulo que vem, que tratará a saga (saguinha, vai...) do derradeiro dos meus Série 3, o 325 Ci E 46, um belo cupê da geração sucessiva: terá sido a evolução do modelo efetivamente melhor? Nem sempre o filhote sai igual aos pais, podendo ser melhor ou pior.
E falando nisso volto a eles, os cães. Fúria é como um cachorro, fiel e atento, dócil quando quero, agressivo quando é o caso. Tem uma linhagem excepcional, foi bem treinado, tratado e supera as expectativas. E está aí o MAO e tantos outros que não me deixam mentir.
E falando nisso volto a eles, os cães. Fúria é como um cachorro, fiel e atento, dócil quando quero, agressivo quando é o caso. Tem uma linhagem excepcional, foi bem treinado, tratado e supera as expectativas. E está aí o MAO e tantos outros que não me deixam mentir.
Queria ter coragem para comprar carrões usados que não dava nem para sonhar em comprar quando novos. O problema é que não tenho a imensa rede de contato com as pessoas certas, que vocês todos do Autoentusiastas tem.
ResponderExcluirEu acho que o AE poderia nos dar uma lista (dicas) de profissionais conhecidos doa editores
ExcluirSeria apenas como referencia e nao uma propagando.
O AE nao se vincularia ou daria qq tipo de garantia, seria apenas indicações
Esse tipo de troca de informação e importante e sao comuns nos fóruns automotivos espalhados na net
Vamos lá AE nao tenham receio. Nos leitores precisamos e adoraríamos esse tipo de informação
Apoiadíssimo! Talvez não possam enviar no blog por questões legais ou algo assim. Mas poderiam ver quem se interessa e mandar por email ou algo assim.
ExcluirApoiadíssimo! E também poderiam fazer uma lista de carros bacanas que são mais fáceis de manter, por terem dividido plataforma e/ou mecânica com modelos mais acessíveis que tiveram vendas mais expressivas.
ExcluirMeio complicado esse negócio de indicar uma pessoa conhecida, para esse monte de desconhecidos que ninguém sabe com certeza quem são.
ExcluirJá pensou o cara abrir sua oficina num sábado pela manhã e dar de cara com um mala perguntando um monte de coisas ou até pior.
Melhor que cada um procure trilhar o caminho das pedras. Aí as coisas acontecem.
Também gostei. Acho que nem precisa "indicar", basta dizer onde fez o serviço no carro ou com quem. As coisas andam tão erradas neste país que quem trabalha sério e honestamente deve ser prestigiado. Daí, leva o veículo ao profissional quem quer.
ExcluirPorém, deve ficar claro que não é indicação ou propaganda, e que o blog não recebe nada por isso, apenas para evitar eventuais ações ou responsabilidade.
Também acho bacana a idéia do Mr. Car, com a lista de carros que são fáceis de manter por terem divido a mesma plataforma, componentes ou agregados.
Abç!
Leo-RJ
Bacana demais! Ler um texto assim sempre me deixa com cada vez mais vontade de ter um BMW da década de 90, principalmente pela manutenção não ser assustadora como sempre pensei.
ResponderExcluirTenho uma Megane GT 1.6 16v 12/13 e o consumo dela é exatamente o mesmo da sua fúria: 9 na cidade, 14 na estrada.
ResponderExcluirÉ claro que o motor 1.6 K4M da renault não é um foguete no megane, por isso o câmbio é bem curto, mas até consigo ter prazer dirigindo-a, ontem mesmo rodei 500km do Rio até Guarapari/ES e o carro se comportou muito bem nas ultrapassagens, mesmo carregado. Afinal, um motor 1.6 de hoje oferece desempenho igual ou melhor do que um motor 2.0 de vinte anos atrás. Resumindo: o carro é bom, confortável, seguro, atende as necessidades da minha família e estou satisfeito.
Acima, foi a minha razão falando.... No fundo tem um autoentusiasta mandando a razão calar a boca e instalar um turbo nesse 1.6 ou partir logo para trocar o motor para um 2.0 turbo do fluence e construir a primeira Megane GT RS do Brasil, quiçá do mundo. Um dia, quem sabe...
Hoje mesmo tive esse sentimento de Pet shop que você citou: minha esposa avistou uma elba enquanto passeávamos, ela disse: acho que vi uma elba por R$ 800,00! Meti o pé no freio e voltei, ao chegar na Elba, meu Deu, tava muito mal tratada, com vários pontos de ferrugem, pintura queimada, faltando detalhes de acabamento,pará-choque amarrado com fio e etc... Minha esposa disse: vou anotar o número para a gente ligar... Aí minha razão falou: nao temos dinheiro para dar o conserto que essa elba merece, deixa pra lá , vamos embora...
Com filha pequena e dinheiro curto, to numa fase on fã razão tem que falar mais alto, mas vai chegar o dia onde isso terá passado e terei uma garagem de entusiasta... Por enquanto vou garimpando hot aneles.
Forte abraço.
Corrigindo: garimpando hot wheels
ExcluirElba por R$ 800 ???
ExcluirMelhor vocês ficarem no Hot Wheels mesmo
Essa Elba de 800 tava file!
ExcluirJorjao
Eu teria vendido até minha casa para comprar essa Elba!
ExcluirUm carro desses nao se perde por nada
Volta lá e compra!
Por 800 cruzeiros? Além de estar toda arrebentada, devia ter uns 5000 paus em muitas e docs atrasados...
ExcluirDocumento atrasado?
ExcluirCabritao mesmo!
Uellington ou Wellington
ExcluirDe muito mal gosto seu comparativo do BMW do Agresti com essa Elba caindo de podre, achada numa revenda ou ferro-velho no fim do mundo de nao sei onde.
Por favor....
Tenha do!
Agresti,
ResponderExcluirAcho incrível essa idéia de achar o carro perfeito! Eu mesmo já tentei várias vezes pensar num substituto do meu querido Galant, mas no fim o que eu gosto nele não acho fácil por aí... No momento vou começar um conserto no motor dele, pois um espertalhão conseguiu estragá-lo num reparo simples de retentores de válvulas (24 como no fúria), por um acaso o lugar escolhido será uma oficina especializada em BMW que só por ter um M5 E34 no elevador fazendo manutenção de rotina, já ganhou minha confiança! Mesmo com essa pequena dor de cabeça de ter um motor que precisará ser desmontado inteiro, é oportuno para eu renovar meu gosto pelo carro e poder desfrutar por um bom tempo dessa belezinha que é o meu divertido e confortável transporte diário! E como você disse, caro é se bater porque manter é fácil e divertido pra quem entende... Aliás caro é andar de carro novo com aquele carnê na gaveta e a conta da revisão na autorizada!
Também queria ter essa coragem de comprar carros usados importados de manutenção cara e delicada.Aliás, há 10 anos comprei, um Citroën XM ano 93, e tratei de me livrar dele assim que foi possível (embora durante os 8 meses que fiquei com ele não tive qualquer problema), e ainda lucrei 2.000 Reais ( ! ) na venda. Mas, pelo sim pelo não... Até andei namorando um Alfa 156 que andam oferecendo aqui por perto, mas enquanto a razão falar mais alto, nada de negócio.
ResponderExcluirQuanto ao BMW, gosto muito dessa série 3 antiga, embora prefira o modelo 2 portas; e só não gostei dos pneus, acho que esses Pirelli, apesar da reconhecida qualidade, com essas marcas grandes destoam do visual de um carro mais antigo. Mas é uma mera observação de um autoentusiasta atento aos detalhes imperceptíveis às pessoas comuns.
Bela perua! Esta é uma das poucas peruas que gosto. BMWs são muito elegantes e são puro prazer!
ResponderExcluirSou mais uma Alfa 156 perua
ExcluirAnda menos, mas e mais bonita e sensual
Meu pai comprou o primeiro BMW em 1995, era um 318iS, que enquanto esteve em sua garagem, foi só alegria. Trocou-o em 2002 por um 320i que mantém até hoje, embora já tenha outro carro para o uso diário. Depois do primeiro BMW, é difícil ficar sem uma à disposição...
ResponderExcluirUm belo modelo. A série 3 projeto E36 habita meu coração, juntamente com os Dodges Charger / Dart, e os Escorts.
ResponderExcluirEu ainda não desisti de ter uma dessas. Porém tenho percebido uma tendencia de alta no preço desses modelos, principalmente porque estão atingindo o status de carros clássicos. E isso, infelizmente é ruim para os entusiastas no caso, entusiastas aem grana, tipo eu..
Nunca vi carro em loja de usados com mais de 98.000 km. Curiosamente os mais velhinhos marcam entre 90.000 e 98.000 km. Colocar um 99.000 km já vai dar muito na cara...rs
ResponderExcluirRedação sensacional, e tudo aquilo que esperamos de uma bmw, mesmo uma já bem vivida!
ResponderExcluirMFF
...No fim perguntei por qual razão ele estava vendendo o carro. Ele pensou, pensou e disse: "acho que enjoei dele".
ResponderExcluirÓ, ta ai um que não foi pego pela tão falada "misticidade" do BMW: Ou será que vendeu a Touring para pegar outro BMW mais novo? Ou será que se arrependeu depois de vender o carro? RA, só por curiosidade, você teve contato com esse mecânico após a aquisição do carro, qual ele optou depois e se teve arrependimentos?
Perua é sempre bom, pode ser derivada de carro compacto ou grande. Aqui em casa é uma Parati "bolinha" mas as vezes sonho com uma suprema Vermelho Goya com bloco e cabeçote de Vectra 2.2 16v (pra empurrar legal os ) levemente preparado (coisa pouca, para uns 155cv, 160cv), não fazendo questão do 6 cilindros devido consumo e dificuldade de achar peças. Desempenho bom e espaço interno absurdo. Perfeito!
Mendes
Sei lá, o cabeçote 16v vai deixar o carro um pouco mais fraco em baixa rotação e consequentemente vai ter que acelerar mais para subir um morro gastando mais combustível.
ExcluirSobre o 3.0 alemão eu ouvi dizer que embora suas peças sejam complicadas de achar, dá menos problema que o 4.1 nacional.
Confirmo a informação do Marcelo.
ExcluirMinha mãe teve uma Suprema CD 3.0, com motor alemão. Pegou-a usada, com cerca de 52.000 Km e ficou com ela por 9 anos. NUNCA teve um probleminha sequer no motor. Mas nadinha mesmo. E nem na parte elétrica.
E, como nessa época eu já morava fora de casa, nem intervia nas manutenções preventivas no carro dela (o que eu fazia quando era garoto e morava com ela), coisa que ela simplesmente não fazia. O carro era uma delícia (apesar de enorme, tem um bom diâmetro de giro em manobras). Este motor 3.0 alemão tem fama de muito resistente na própria Alemanha (li certa vez que por ter pouca tecnologia embarcada).
Leo-RJ
Sei que o 3.0 é um motor bom, problema é achar algum em bom estado. Quanto ao 2.2, certamente que terá mais torque comparado ao 2.0 8v, independente da quantidade de válvulas.
ExcluirSem contar que minha cidade é praticamente plana, então da pra se virar bem com pouco torque e mesmo que eu precise de potencia em baixa, ai entra a preparação leve: melhorar o rendimento (ainda que um pouco) em toda a faixa de giro que o motor trabalha. Só vai consumir se realmente atolar o pé, mas ai já é outro caso.
Mendes
Nunca mais tive contato com o ex-dono. Nada sei sobre o que ele fez ou comprou. Abraço.
ExcluirAgresti, acompanho as aventuras do Fúria desde o BCWS. Parabéns pelo "resgate" do 328i (me identifiquei muito com o efeito pet shop, já passei por uma experiência parecida). É impressionante a elegância deste carro se detaca em meio aos desengonçados SUVs atuais... saudade do tempo das "peruas".
ResponderExcluirEspero que vocês realmente corram juntos em Interlagos um dia. Aposto que você sairá de lá ainda mais apaixonado pelo carro. Mas não transforme o Fúria em track car, seria uma pena fazer isso com um carro em tão bom estado. Resgate outro E36, com interior detonado, para esse fim, aí você não sentirá pena de arrancar os +- 200kg das excelentes forrações termoacústicas e plásticos do carro. E BMW realmente é a marca certa para quem gosta de "meter a mão na graxa", realoem e bmwfans são sites perfeitos para quem sempre quis saber como seu carro é "por dentro".
Fico no aguardo da terceira parte!
6 em linha é o que há.... motor é o que importa.... e perua tem "o" espaço...
ResponderExcluirvivam minhas divertidas e úteis Caravans 250-S !
m.n.a.
Já tive que recorrer ao polimento de farois de um Polo e deu certo. Eles não chegam a ficar perfeitamente translúcidos como farois novos (melhora uns 90%, o que é considerável) e voltam a ficar amarelados depois de uns três anos (pelo menos no meu caso), exigindo novo polimento. Se ficarem amarelados demais, será preciso passar uma lixa fina (800 vai bem) antes de polir. Se não, basta uma massa de polimento nº 2, estopa e paciência.
ResponderExcluirBelíssimo brinquedo, Agresti. Acho uma lástima não se encontrar no Brasil um 325i de quatro ou cinco anos de uso com câmbio manual, para curtir no dia-a-dia.
ResponderExcluirPerua é tudo de bom... quando mais jovem, por pelo menos umas três vezes (em 1997, 1999 e 2003), me preparei para pegar uma Parati e nunca deu certo, tive 03 Gol, risos...
ResponderExcluirO que tem para hoje é uma Spacefox Trend tirada 0km há 04 meses atrás, veículo muito versátil, bem legalzinha mesmo.... gostaria de pegar uma Jetta Variant, mas ainda não é o momento....
Com relação à importados, até tenho coragem de enfrentar um trem desses, mas novamente, ainda não é o momento........ uma BMW mecânica, um A3 1.8T ou 2.0T mecânico, uma Passat Variant 2.0T.... quem sabe um dia
Abs,
Bela história. Belo carro!
ResponderExcluirRoberto, recorte o tapete borcol na linha indicada na parte de borracha para fazer o contorno do apoio de pé do lado esquerdo. Tenho um desse na minha 318Ti que quebra bem o galho em dias de chuva. Abraços
Pois é, mas se cortar meu calcanhar ficará no carpete. Já percebi o picote mas não fui em frente. mesmo assim, obrigado!
ExcluirPara evitar esta volta prematura, o bom é finalizar com produto para proteção UV e retenção de particulados, formando um filme protetor. Quem for fazer algo mais caseiro, depois da massa para polimento, lavar bem com água e detergente neutro, secar, e depois aplicar uma boa cera com proteção contra UV, e quando possível, repetir este processo de aplicação da cera com proteção UV de tempos em tempos.
ResponderExcluirÉ importante um polimento com cera suave após a massa, pois as microscópicas rugosidades deixadas por ela, por conta do seu grau de abrasão (bem percebido quando utilizada na pintura, por não deixar a superfície no seu brilho final - o plástico translúcido engana esta percepção) aceleram o processo (maior área de contato) e também acumulam sujeira.
Quem estiver com receio de usar a massa de polir e quiser algo bem suave para testar, pode usar o 3M Elimina Riscos, mas não esqueçam de finalizar com a cera com boa proteção UV (pode ser a 3M Paste Wax)
Meu funileiro cobrou 30 reais cada farol e ficou muito bon. 90%.
ResponderExcluirRoberto, tenho um 328 i 1996, sedan, automático, branco a dois anos, endosso tudo que você falou, o carro é fantástico. O meu está com 198 mil km, tive problemas com o cambio automático, demorei uns três meses para consertar, eu mesmo troquei os kits de discos e reparos (muita dedicação e paciência) que me custou em torno de 2.500,00 reais ante os 8 até 12.000,00 pedidos para o conserto, procuro fazer eu mesmo todos os serviços manutenção e reparos no meu carro, e não é tão caro a manutenção quanto falam, é só pesquisar bastante. Estou esperando ansioso a próxima parte. Abraço.
ResponderExcluirOdenir
Que bom que três BMW raras estão em boas mãos.
ResponderExcluirE os preços das manutenções não são tão caras assim, alguns valores estão mais em conta do que Fiat 20v e VW 1.8 20v ambos turbinados.
Parabéns pelo carro... andei por 7 anos com uma E36 - 1997/98 323i sport... Realmente o E36 é muito robusto comprados aos modelos novos... Abraços...
ResponderExcluirVendeu a 320i de 1986, Agresti?
ResponderExcluirDigamos que... sim.
Excluir3 BMW juntas é sempre uma beleza !
ResponderExcluirE como eu gosto da E30, linda demais.
Maravilha !
Esse text me lembrou da última das 3 307 SW que minha ãe teve, uma Feline 07/08 já na safra das rodas Equinoxe aro 16... sei que alguns vão dizer "Peugeot não é carro, é condução, não compare com BMW" mas não estou falando das marcas e sim dos carros.
ResponderExcluirComo era boa aquela perua... sólida, bem mais estável e até um pouco mais ágil que os irmãos hatch/sedan/conversível. Quase fiquei com ela mas acabou sendo vendida pra um casal, 4 anos de uso e 12.000 km rodados.
Voltando ao Fúria Negra... impressionante como essa geração dos BMW consegue unir, num carro só, esportividade e sobriedade. Fica melhor ainda na cor mais perfeita já usada em carros, qual seja, preto.
Picotar essa beldade para virar carro de Track Day é crime digno de punir o infrator com uma pena de trabalhos forçados na mineradora LeQuint Dickey até o fim de seus dias... o lugar dela é embelezando as ruas e dando um toque diferente ao trânsito pasteurizado de cada dia.
Vão me xingar, mas não me importo. Opinião PESSOAL, vejo muito mais graça numa Peugeot dessas do que em praticamente qualquer BMW ou Mercedes, tirando óbviamente o motor (mas só se for o 6 em linha, se for dos 4 turbo de hoje prefiro o 2.0 16v do Peugeot). Por isso não acho sua comparação tão absurda, até porque essa 307 SW era um carro muito legal apesar dos problemas já conhecidos com pós venda. Bancos, desenho, motor e acabamento todos muito bons. Só não sabia que era mais estável que o hatch. É verdade mesmo?
ExcluirNão sei porque, mas mesmo conhecendo pessoalmente e sabendo da qualidade dos alemães premium, nunca me despertaram graça nenhuma com poucas excessões (como alguns modelos M ou AMG). Os acho chatos mesmo em praticamente tudo, de não dar vontade de ter mesmo se pudesse, e faz querer que esse segmento tivesse mais opções além da trinca alemã.
Mas ainda assim parabéns pela compra e pelo cuidado com o carro. Conheço esse lugar onde vendem usados na zona norte e posso dizer que tirar um carro assim de lá é pura sorte e talvez 1 em 100.
Agresti,
ResponderExcluirPô debaixo da cintura essa do braço duro invejoso...magoei, kkkkkkkkkkkkk
Grande relato!
Percebi algumas coisas diferentes entre nossas peruas: a minha não tem controle de tração nem bancos elétricos.
Sou infinitamente mais fresco que vc com a minha. Tá sempre limpa, e conserto até o que não precisa consertar. Só de olhar os faróis amarelados da sua quase comprei novos para a minha, mesmo sem precisar, kkkkkk
E nunca usaria um pneu ERRADO nela! O braço duro aqui pelo menos sabe escolher pneu! (vingança gelada de janta hoje)
Também não vendo a minha. Porque faria isso? Cheio de planos para ela... conto outro dia!
Forte abraço!
MAO
É caro MAO...
Excluir... não bastava a cutucada na ferida pelo Marco Aurélio (elogiando a segurança do dualogic), o Roberto Agresti tinha de dar uma bela de uma patada no assunto, rsrsrs. Dica: se prepare para a próxima!
Mr. MAO, não presto nem nunca prestei. Golpe baixo é minha especialidade. Você mandar marcha errada não é novidade: no Puma, subindo a junção fui mandar 3 entrou... 1ª! Detalhe: câmbio "feito", caro pacas, quebrou a engrenagem que nunca mais terei (que veio segundo meu meca da extinta Ala Zero da VW, onde Bob reinou). E alem disso, claro, houve o dano nas válvulas. Nada de novo sob o sol... Abraço. (PS: pneu errado, não, pneu maior.)
ExcluirAh, e ia me esquecendo: seu bom gosto para carros se estende para animais de estimação.
ResponderExcluirAdivinha a raça da minha? pois é, e na mesma cor dos seus...
MAO
Mais um texto saboroso do Agresti. Compartilho o gosto pelas peruas. A minha "Fúria" é uma Volvo V50 T5 2006, uma sueca safada e deliciosa que custa o mesmo que um popular 1.0 zero km mas que vale muito mais que isso. Ansioso pelo capítulo 3.
ResponderExcluirObrigado pelas palavras. Gosto do V50, apesar de preferir o "caixote" 850. O Chapter III virá ASAP...
ExcluirRoberto, esse texto ficou melhor do que o anterior! Adorei seu relato bem diversificado como adoro as e36. Muito bonita sua Touring; mesmo não sendo um carro mimado por você, está em excelente condição e disposição para o trabalho: a estonteante foto dela carregando o motor de puma mostra claramente isso.
ResponderExcluirDesconhecia seu computador de bordo (com sua bela mensagem de informação) e o sistema de tração e estabilidade. Você poderia falar mais sobre ele? Onde fica exatamente o botão que ativa/desativa o sistema?
PS: preserve a Black Fury. Modifique outro E36 em pior estado.
Olá, grato pela sua msg e desculpe o atraso na resposta. O botão do ASC (Automatic Stability Control) fica no console, bem à frente da alavanca de câmbio, no nível do acendedor de cigarros. O que posso lhe dizer? Que quando desligo o ASC, acende uma luz amarela no painel e o Fúria deixa lindas listras pretas no asfalto. Quando o chão estão molhdo é quando desligo mais frequentemente o ASC, para sentir a traseira passar e não estressar diferencial nem pneus. Coisa de tarado. Sobre mudar Fúria, só divagações.
ExcluirComo de praxe, um Belo relato!!!
ResponderExcluirTenho muita vontade de ter um BMW, especialmente um M3, como um segundo carro definitivo, para rodízio e fim de semana e trata-lo com toda polpa do mundo. rsrsrs No momento temos em casa um C4 hatch 1.6 2010 e um diplomata 92 4c que já nos dá bastante diversão!
Grande abraço
Existiu Diplomata 4 cilindros?
ExcluirPrezado Roberto,
ResponderExcluirParabéns pelo belíssimo texto! Realmente o relato de um autêntico AUTOentusiasta. Fúria, com seu E36 e câmbio manual, são apaixonantes.
Att., FAF.
Obrigado pelas dicas mas o buraco é mais embaixo: não é a lente externa que está amarelada, ela é de vidro e está perfeitamente translúcida. O que está amarelo é o miolo dos faróis por detrás da lente retangular, os redondinhos. Não faço idéia de como ter acesso pois o amarelado é interno. Talvez uma marretada? Abraço....
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