A cultura japonesa de carros preparados passou pela terra
brasilis nos anos 1990 e 2000, muito disso graças aos filmes da série "Velozes e
Furiosos". Foi a chamada onda do tuning,
com carros rebaixados, muitos adesivos gritantes, aerofólios desproporcionais,
luzes neon fixadas ao assoalho e, geralmente, muito mau gosto.
Ainda bem que esta fase está acabando. Era duro ver na rua
um carro todo desfigurado, com escapamento furado para parecer som de motorzão
e com grandes chances de ter um motor completamente manco. Longe de como os
japoneses fazem por lá.
O problema é que esta fase vitimou muitos carros legais que
existiam por aqui, como o Mitsubishi Eclipse, os Golf GTI e os Civic VTi.
Deste último é praticamente impossível encontrar um totalmente original, ou
mesmo com alguma modificação leve que possa ser revertida sem muitos problemas.
Quando falamos hoje em dia de hot hatches, temos poucos exemplos no mercado local. Nos anos 1990, o
VTi era vendido aqui como uma das melhores opções. Até hoje é um dos carros
convencionais com motor de aspiração natural com uma das maiores potências
específicas disponíveis. O pequeno 1,6-litro tinha 162 cv, um pouquinho a mais
do marco de 100 cv/l. Tudo graças ao comando de válvulas VTEC, herança do
grande Honda NSX.
Já falamos aqui no Ae um pouco sobre este magnífico comando. Com um sistema hidráulico usando o próprio óleo do motor, cada comando de válvulas aciona um terceiro ressalto, que permite as válvulas de admissão e escapamento abrirem (levantarem) mais e com uma duração aberta diferente, maior que com os dois ressaltos "normais". Esta mudança ocorre ao redor dos 5.500 rpm, e acima disto, o motor se
transforma em um pequeno animal enfurecido, capaz de girar até 8.200 rpm.
Existe um equipamento do mercado de acessórios e preparação
que permite que o motorista regule a rotação de acionamento do VTEC. Se o motor
não tiver nenhuma modificação, isto pode não ser muito recomendado.
Falando em preparação, no exterior e no Japão
principalmente, há inúmeras opções de kits de preparação para o motor do VTi,
tanto com turbos como com sistemas de aspiração natural. Preparadoras como a
Mugen e a Spoon tem seus próprios pacotes e versões vendidas prontas, como os
famosos Mugen Type-R com seus 200 cv.
O Civic VTi é um carro viciante. A toda hora você quer ver o
VTEC entrando em ação, sentir a aceleração extra como se fosse um carro turbo
na hora que a turbina entra em ação conforme a rotação do motor aumenta.
Diferente do Civic Si moderno, que a transição é bem linear, no antigo Civic
era uma alteração abrupta, nítida. O motor transforma-se praticamente uma
unidade de corrida neste ponto. É como num carro normal tirar o pacato comando de válvulas e colocar outro, tipo de competição.
Não apenas de motor este carro vive. A suspensão é muito boa
também, com a traseira independente, bem calibrada. Andando rápido, o carro é
bem estável, mas poderia sair um pouco menos de frente. Como ainda é um
Civic, não pode ser um carro para andar pendurado no limite da aderência. Os
freios são bons, mas o ABS original do carro deixa o pedal um pouco borrachudo,
mas nada que estrague a experiência.
Talvez o mais atraente do VTi seja sua capacidade de se
misturar no trânsito como qualquer outro Honda e passar despercebido. Os mais
de 160 cv ficam quietinhos, e só podem ser liberados com um pouco mais de
espaço, pois não é em qualquer lugar que dá para esticar marchas até 8.000 rpm. O mais curioso era que o motor tinha as mesmas dimensões de diâmetro dos cilindros e curso dos pistões do VW AP1600: 81 x 77,4 mm.
A versatilidade deste Honda é um ponto positivo, pois você
tem na mão um carro com temperamento bem instigante e ao mesmo tempo, um hatch
normal, com porta-malas e banco traseiro. O carro é um pouco baixo, com altura de rodagem "para bons caminhos", a frente
tende a raspar em valetas, e requer cuidado.
Uma coisa curiosa é que diante do temperamento "guerreiro" do motor com o ressalto central, com os ressaltos "civis" o motor chega a parecer fraco. Entretanto, a potência nessa condição está em torno de 100~110 cv, o que não é tão pouco, fora que o motor é muito elástico nessa condição, adequado para uso normal em cidade. Mas quando o ponteiro do conta-giros chega a 5.500 rpm, prepare seu coração, pois é outro motor debaixo do capô. Ele berra como motor de corrida e vai à rotação de corte, 8.200 rpm, com uma rapidez que empolga.
Velocidade máxima de 220 km/h e aceleração de zero a 100
km/h em 7 segundos deixam claro que o carro é esperto, e muito. O ronco do motor quando
está trabalhando no modo samurai, com o VTEC abrindo as válvulas ao máximo, é mesmo
surpreendente. Parece mesmo um motor de corrida. Curiosamente, o ronco só é
percebido de dentro do carro. Quem está na rua só escuta o som do ar sendo sugado
para dentro do motor e o escapamento. Claro, isto para o escapamento original, com
um esportivo a coisa muda.
Por se tratar de serem dois motores num só, a Honda precisou escalonar o câmbio de maneira a atender o melhor possível os dois. Disso resultou que com os comandos "civis" atuando a marchas ficaram mais próximas entre si do que desejável, e com o "samurai" o inverso, ficaram mais espaçadas do que o ideal. Percebe-se esses dois estados de câmbio claramente ao dirigir o VTi. Uma solução seria um "câmbio VTEC", com relações próprias para cada tipo de motor, hoje fácil de conseguir com um câmbio CVT de marchas virtuais aplicando programação dedicada a cada um.
Por se tratar de serem dois motores num só, a Honda precisou escalonar o câmbio de maneira a atender o melhor possível os dois. Disso resultou que com os comandos "civis" atuando a marchas ficaram mais próximas entre si do que desejável, e com o "samurai" o inverso, ficaram mais espaçadas do que o ideal. Percebe-se esses dois estados de câmbio claramente ao dirigir o VTi. Uma solução seria um "câmbio VTEC", com relações próprias para cada tipo de motor, hoje fácil de conseguir com um câmbio CVT de marchas virtuais aplicando programação dedicada a cada um.
Com cuidado para não raspar o bico e o assoalho em valetas e
lombadas, e também desviando dos buracos monstruosos das nossas vias públicas,
este Civic nasceu para ser usado diariamente como um carro comum, que na
verdade, ele é. Tem porta-malas e banco traseiro usável, ar-condicionado,
direção assistida hidráulica, ABS, vidros e travas
elétricas. E ainda tem um motor ao estilo Dr.
Jekyll and Mr. Hyde.
Hoje é possível comprar um VTi por valores entre R$
25.000 e R$ 28.000 dependendo do ano e da condição. O problema é
encontrar um que esteja original, coisa muito rara hoje em dia. Quando era
novo, o VTi custava apenas alguns milhares de reais a mais em relação ao Civic
comum, um valor justo por uma opção tão interessante. Lembrando que o moderno
Si quando veio custava praticamente R$ 100.000,00, enquanto que o Civic sedã
normal era quase R$ 30.000,00 mais barato.
Poucos carros modernos deste segmento vendidos no
Brasil chegam neste nível de desempenho,
com uma faixa de valor similar. Mesmo as versões mais apimentadas dos hatches
atuais não possuem um motor aspirado como este. O Citroën DS3 tem motor
1,6-litro com 165 cv, porém turbo, e custa R$ 80.000,00 novo. Usados já custam
R$ 60.000,00. O Mini Cooper S usado custa perto dos R$ 55.000,00 e tem potência
similar, também com motor turbo 1,6-litro.
Este é um verdadeiro carro de entusiasta. Por fora, apenas
um mero Civic hatch, com um pequeno adesivo na lateral escrito VTEC, rodas
diferentes aro 15-pol. e um escape com a ponteira um pouco maior. Nada mais. Por
debaixo do capô, um dos motores mas bem projetados de todos os tempos.
Vale lembrar que um motor aspirado de 100 cv/l não é comum
até mesmo hoje em dia, e nos anos 1990 a Honda já oferecia esta opção em um carro
comum, que é revisado em concessionárias com uma tabela de garantia normal.
Isto requer muito desenvolvimento e comprometimento com qualidade.
Mas, uma coisa é preciso ter gravado na mente. Este carro
pode te decepcionar, por conta de seu próprio caráter esportivo. Isto mesmo,
este ótimo carro pode traí-lo e deixar você frustrado. Explico: o motor,
quando levado ao seu potencial de rotação, é fenomenal. O som é instigante. Ver
o ponteiro do conta-giros subir até os 8.000 rpm é viciante, mas ainda assim é
um carro normal. Você pode se enganar e pensar que vai acelerar mais que um
carro maior e mais caro, mas não vai.
Por mais genial que seja o VTi, ele não faz milagres. O
carro é rápido, mas nos dias de hoje, ainda são “apenas” 160 cv. É muito fácil
deixar-se levar pelo ronco e pelo frenético ponteirinho no painel que pede mais
e mais rotações, e isto pode frustrá-lo se tentar acelerar com um carro maior que
você pensa que é moleza. De novo, o VTi é rápido, mas não faz milagres. Não
pense ele vai deixar para trás um Porsche Boxster, um BMW Z4 ou um Audi S3,
porque não vai. Use-o com consciência e será sensacional.
Quem tiver a oportunidade de andar em um VTi original, não
desperdice. Vale cada minuto, ainda mais se for em uma pista ou uma estrada
deserta, onde o genial VTEC pode trabalhar livremente e mostrar o que o termo hot hatch realmente significa.
MB
Fotos: carsmagazine, honda-tech, ek9.org, Honda
Eu tenho um BMW 318ti... Vocês o consideram um Hot Hatch?
ResponderExcluirEu acho que o mais importante é o que VOCÊ considera.
ExcluirConcordo com o Anônimo das 12:27.
ExcluirO carro é muito bom de andar.
pros padrões de hoje, que qualquer carro que era pra ser compacto tem 4 metros (o que acho ridiculo!) Acho que o 318 com seus 4,20 pode ser sim... mas na epoca de lançamento era um hatch bem grandão.
ExcluirSou mais um Citroën XM e sua suspensao por esferas hidroativas.
ExcluirAnonimo 17:53, é um outro tipo de carro, muito diferente (e muito legal também). Cada um no seu quadrado
ExcluirShow de bola! O mais legal desse carro é o mercado de peças de performance existente no mundo todo. Outra coisa boa é adaptar a mecânica dele no Civic sedan, um verdadeiro pega bobo.
ResponderExcluirSó um detalhe: A foto do interior não condiz com a carroceria do VTi. O carro da foto é um Civic hatchback de 4 portas destinado somente ao mercado europeu. Excetuando o volante, o painel é bem diferente do Civic de duas portas.
O conta giros vai até os 9 mil... será que não é um VTI também?
ExcluirPode até ser, mas o painel não é o mesmo do carro mostrado nas três primeiras fotos. O nome "VTi" foi usado em diferentes aplicações dependendo do ano e do país em que o Civic foi vendido. Pode ser assimilado à versão esportiva, como no caso do mercado nacional, mas pode ser também o equivalente ao Civic EX 2001 sedan que foi vendido no mercado europeu ou japonês. Ou seja, o nome VTi não quer dizer necessariamente que se trata de uma versão esportiva do Honda Civic.
ExcluirPortanto, para saber, no caso dos Civics e CRX da quinta e sexta geração, quais versões apresentam bom desempenho, temos que estar atento ao motor utilizado. O texto do Milton fala sobre o motor B16A2. Acho que dá pra fazer um post no Autoentusiastas só sobre essa série de motores!
Grande carro! E justamente por sua aparência genérica que ele se torna mais interessante.
ResponderExcluirHum....
Excluir"É muito fácil deixar-se levar pelo ronco e pelo frenético ponteirinho no painel que pede mais e mais rotações, e isto pode frustrá-lo se tentar acelerar com um carro maior que você pensa que é moleza" Audi A3 1.8 Turbo que o diga!
ResponderExcluirSe for automático, o VTi é mais rápido. Se for automático e 150cv, o VTi engole
ExcluirAnônimo, ai que entra a vantagem do turbo, com simples reprogramação e filtro de ar o A3 180 parte para os 220/230 cv. E o VTI? Vai precisar ir pra Rev It Up pra, talvez, andar junto, ou, se quiser andar na frente, se render ao turbocompressor.
ExcluirJa dei "coro" em muito A3 chipado, que o dono falava que andava horrores...
ExcluirNão subestime a tecnologia VTEC da Honda
Diego, o turbo tem essa facilidade. Mas estamos falando de originais, se for para entrar em mexidos, tem Civic VTEC aspirado que anda horrores e é possível ganhar muita potência sem gastar muito (ainda que mais do que num chip, é claro)
ExcluirEm reprogramação, é importante ter na cabeça que a turbina original trabalha bem até certo ponto. 220 a 230 cv nos A3 seriam o máximo sem ter que trocar turbina e outras partes. Muito chip aí promete 250 cv no motor original só usando álcool, mas além de prejudicarem muito a durabilidade não andam o que prometem como disse o anonimo 17:56
Até hoje não entendo o porque da Honda tirar esse modelo de linha no Brasil.
ResponderExcluirA resposta é sempre a mesmo: GRANA.
ExcluirRetorno baixo e custo elevado para manter rodando concessionários treinados e com peças para atender a manutenção.
Acho que no caso é mais a mancha na imagem da marca que custo, afinal o carro tinha de diferente pouca coisa em relação a um Civic normal. Se ve muitos desses em acidentes, em péssimo estado pelos donos que esmirilham e até fazendo papel de carro alegórico com as modificações de mal gosto. O carro desvaloriza como consequência, trazendo má fama para a marca e insatisfação para os donos, o que agrava ainda mais a situação. Donos cada vez piores compram o carro sem a mínima intenção de manter direito e o ciclo se repete pior ainda. Se vê muitos desses se arrastando nas ruas com motor em péssimo estado
ExcluirÉ de doer o coração e a fabricante acaba não mantendo o carro em linha por medo de se queimar
Nos anos 90 era um carro japonês com poucas peças no mercado e de manutenção cara.
ExcluirPor isso não vingou.
Bela lembrança, o VTI,
ResponderExcluirMilton, os números de desempenho 1997 ( Revista Auto Esporte, edição especial O Importado do Ano - Honda Civic ) , mostravam :
0-100 8,5s ( Honda 8,0 )
Máxima 199,2 - acharam estranho para os 160 cv , mas certeza era limitada. ( Honda 207 )
Círculo de derrapagem a 0.84G neutro com LEVE tendência sobreesterçante, Dunlop SP 195/55-15
A Oficina Mecânica testou o carro também,
Conseguiram a mesma arrancada
Final de 207 com melhor passagem de 211 .
O Carro não é muito leve, 1128kg Custava 43.499 dólares à época.
Divertido, muitos pilotos tinham o VTI - CRX
Abraço,
Alexei
É isso mesmo, veja como os números não mentem.
Excluirabs,
Sério que esse carrinho tem 1128 kg?
ExcluirEu ia dizer que esses números não fazem muito sentido, já que meu Omega faz 0-100 em 10 seg., mas se esse ele pesa mais de 1100 kg esses 8,5 estão na média.
Esse Civic bem que merecia ter passado por uma dieta, ele com menos de mil kg ia fazer estrago até em alguns carros citados no texto.
Isso.
Excluir1080 Kg o anterior, foi o que a OMecânica testou e zero a 100 em 8.7 máx 211
1128 Kg esse mais moderno e maior 0 a 100 8.5s e máxima limitada ,deu 199,2
O Fábio Alexandre ( postou ali embaixo) que sabe muito desses VTI e CRX, tem um inclusive.
Tive um coupé (EJ1) automático (depois manual), original (depois turbo). Carro prazeroso, masss só tenho uma reclamação: a suspensão era dura demais pra sp e estourava buchas o tempo todo (mesmo originais, principalmente aquela do "facão") e olha que eu sou cuidadoso com buracos. Em compensação meu fit atual (GD3) é muito melhor de suspensão, embora ainda raspe bastante a frente.
ResponderExcluirOntem(13/03/14) saiu em um leilão, um civic vti azul, aparentemente original, batina da traseira:
ResponderExcluirhttps://fbcdn-sphotos-e-a.akamaihd.net/hphotos-ak-frc3/t1/1002667_600457870047295_86376904_n.jpg
Eu ainda tenho um CRX que está com 60.000 km. Mas te falo que subindo rampa de garagem, ele é mais fraco do que um carro 1000. Sempre achei a primeira muito longa para ele (60 km/h). Mas realmente acima das 5.000 rpm, com acelerador acima de 70% e temperatura de água acima de 70%, ele se transforma.
ResponderExcluirBelo carro Alexandre
ExcluirO desfrute e o conserve bem.... Se, original e inteiro, ja é peça disputada por colecionadores.
Tive o privilégio de andar num desses original há uns tempos, ainda que de carona. A descrição do autor é perfeita, a palavra que vem na cabeça é carro de corrida. O som do motor é ardido, apaixonado, desesperado e nervoso como num motor de corrida sem abafador nenhum. Não é tão rápido assim, realmente, mas é muito emocionante e na época era algo de outro mundo
ResponderExcluirAinda por cima é resistente e economico se usado fora do VTEC. Uma vez vi um desses inteiro original, acho que foi a única vez que fiquei babando num carro que nem sabia de quem era e quase fiquei esperando o dono aparecer para comprar
Discordo apenas do preço. Na época dele, alguns milhares de Reais a mais era bastante coisa, apesar que melhor que a diferença entre EXS e Si realmente. Mas, nos últimos dias do Si, a diferença de preço foi quase nula entre os dois, de 2 a 5 mil a mais (considerando o preço alto do EXS, é bem pouca diferença)
Só fico imaginando como deve ser conduzir um VTi em Interlagos, principalmente na subida dos boxes, logo após a junção. Lá vai ter espaço de sobra para explorar o motor perto dos 8000 rpm! Mas mesmo no miolo vai ser interessante aprender a dosar corretamente toda essa cavalaria e o comportamento explosivo do motor após os 5500 rpm...
ResponderExcluirAcho que nao deve ser nada facil guiar um carro nervoso como esse em Interlagos.
ExcluirCoisa para profissional... eu acho!
Não é tão difícil assim, existem carros bem mais nervosos. A única dificuldade maior é deixar o VTEC entrar em curvas, mas mantendo o carro na marcha certa isso é difícil de acontecer (ou vai estar acionado o tempo todo ou desativado durante a curva, geralmente)
ExcluirÉ mais suave de andar que um carro turbo modificado, a mudança de comportamento não é tão abrupta.
ExcluirO lado que pode "pegar" um pouco é manter o motor sempre em alta e tomar cuidado para não errar marcha. Imagine jogar uma primeira no lugar de uma terceira a 8.000 rpm. rs
O barulho seria espetacular apesar do prejuízo!
ExcluirNúmeros de aceleração e velocidade máxima extremamente impressionantes.
ResponderExcluirO Citröen DS3, hot-hatch já testado pelo Ae, com um motor turbo e toda a tecnologia que não se tinha na época desse Civic, não tem um desempenho melhor. Impressionante.
Bela matéria, Milton.
Saudações,
Boni.
Boni, pois é, anos atrás a Honda já tirava praticamente a mesma potência da mesma cilindrada sem nada da complicação do turbo.
ExcluirEu ainda prefiro o VTi anterior, o com farois afilados e blocos elipsoidais nos farois.
ResponderExcluirConcordo 100% contigo, Paulo. Acho um design bem mais marcante. Tive um VTi 93, branco, todo original, e realmente o carro era sensacional, não obstante o torque em baixa ser um pouco frustrante...
ExcluirA maioria dos fãs do VTi preferem a versão anterior (EG). Já os que preferem a versão apresentada na matéria (EK), citam a maior rigidez da carroceria como ponto a favor.
ExcluirMas ninguém nega: a versão EG tem muito mais pegada. Ele é mais espartano, mais próprio para uma tocada em alto giro. Enfim, o EG tem mais pegada!
Uma simples barra de torção na torre dianteira melhora muito a rigidez do EG.
ExcluirHonda é Honda e fim de papo.
ResponderExcluirEu ainda sou mais a VW!
ExcluirO Golf GTi sempre foi uma referência em termos de hot hatch. Mesmo o nosso pesado GTi de 180cv era um bom carro.
ExcluirMilton,
Excluirolha... Não. Por muito tempo o GTi não foi referência e mesmo hoje não o é, frente ao Focus RS [R.I.P] e Astra OPC ou o Classe A AMG. Os Golfs que foram referência foram o I, o V e o VI, o VII já chegou com muita concorrência e sobrevive pelo nome que tem.
Discordo. No nosso mercado com opções ínfimas, o Golf GTI era umas poucas opções de hatch rápido, mesmo com o preço elevado. Mesmo fora, o GTI não faz feio. Existem carros melhores? Sim, mas não quer dizer que não seja um carro rápido dentro dos limites.
ExcluirEu achei o GTI novo muito bom e o preço dele básico está alinhado ao que se paga na europa. O carro é bem rápido e pode não ser muito rápido em curvas, mas é extremamente seguro nelas. Hoje os hot hatches de outras marcas são mais rápidos, mas não vendem aqui e talvez custassem muito caro.
ExcluirAlém disso, a qualidade de acabamento e construção do GTI novo é de igual para igual com a de uma Mercedes (talvez até melhor). O carro transpira qualidade, sendo um dos únicos alemães que gosto hoje em dia.
Me lembro bem do lindo som do escapamento!
ResponderExcluirRecentemente fiz um test drive no 2.0 automático, que a propaganda tanto insiste em dar um ar mais jovial e esportivo, e tive vontade de chorar (de tristeza).
Eu tenho um ka 2013 1.0 e no etanol considero um Hot hatch. srrsr
ResponderExcluirEm consumo deve ser...
ExcluirAcho que para voce e sua habilidade, esteja mais que suficiente...
ExcluirHá um ano me tornei o dono de um VTi 95. Sei que alguns não gostam de não encontrar um VTi sem alteração, mas é um mal que todos os esportivos japoneses sofrem (Supras, Eclipses, GTRs, Subaru WRXs...). Com um vasto mercado de peças de performance, é natural que esses carros sejam alterados. Parece que isso é parte da cultura dos carros japoneses mesmo, um traço comum.
ResponderExcluirO importante mesmo ao adquirir um "velho" Honda é avaliar a qualidade das peças que estão no carro. Todos os upgrades do meu carro eu faria igual, e há alguns que nem teria coragem ($$) de fazer. E vale dizer que não vejo, nos encontros de Hondas, nenhum "Veloz e Furioso" sequer, amém!! Essa onda passou e quem realmente estragou o carro não é era um admirador real do veículo.
Mas realmente, nenhum carro é igual o outro: todos tem algo diferente, tem sempre um detalhe. Você pode encontrar 5 carros com comandos mais bravos, cada um de um fabricante diferente. E essa pluraridade não é nada ruim. É parte da cultura do carro. Como dizem os entusiastas: Old Hondas never die. They just get faster.
PS: para não surtarem, informo que o meu VTi é todo original por fora, e bem acertado por baixo. Um sleeper na medida do possível he he he. O Bob Sharp conheceu o carro em Dezembro, no Torneio de Regularidade. Mas ele só o viu por fora...
Abraços,
Júlio
Júlio, este era um carro que gostaria de ter, porém nunca encontrei um exemplar em boas condições e no meio do caminho fui contaminado por BMs e nunca mais sai da marca... Parabéns pelo carro... deve ser muito especial... Abraços...
ExcluirTive um coupé exs m/t e passei para um 325 e36 m/t (carro de passeio). Não me arrependo nada, só tenho a dizer que o Honda era mais na mão, mais leve e a suspensão muito mais dura, enfim, excelente pra andar rápido ou na pista. O acerto da suspensão do BMW tem um compromisso esportividade x conforto bem melhor. Fora o torque, claro. O prazer de dirigir nos dois carros é o mesmo, mas o modo como os dois carros chegam nesse prazer, acho que é bem diferente.
ExcluirJúlio, parabéns pela viatura, que tem muito mais tecnologia embarcada do que muito carro com embalagem moderninha. Na garagem do prédio onde mora minha avó, em Florianópolis, tem um VTi vermelho Ferrari, da primeira geração que chegou ao Brasil, todo original e em excelente estado de conservação.
ExcluirCuide do seu com muito carinho, pois logo será colecionável, além de já ser fonte de muito prazer.
Antônio do Sul
Meu irmão teve um VTi.
ResponderExcluirMuito bom dinamicamente, mas como estilo e acabamento interno tristes. Barulhos mil, principalmente nas portas.
Acho justamente legal nele o estilo. É pena ver no que essas montadoras japonesas se transformaram, apesar da qualidade.
ExcluirJoão Paulo
Vendo esses velhos VTi dos anos 90, fica a indagação: como o Civic 2014 consegui ficar tão careta???
ResponderExcluirTaí um carro que sempre achei muito bonito! Pega que o preço é meio salgadinho.
ResponderExcluirJoão Paulo
Opa, quer de graça né? Qualquer importado dessa idade dele e com esse desempenho custa daí para mais. 25 mil num carro desses, especialmente se em bom estado, já está muito barato
ExcluirConcordo com 16:01: dá pra achar audis, mercedes e bmws dessa idade com desempenho (em linha reta e possivelmente em curvas) superior pelo mesmo preço, inclusive em bom estado. Já custo de peças é outra história. Mas também não pense que é barato manter um civic dessa idade mesmo considerando a compatibilidade 92-00.
ExcluirÉ a velha história do "só a trinca alemã vale". Dá para achar sim sedans e peruas grandes, pesadas e de manutenção cara por esse preço. A maioria automática, em cores "radicais" como prata e preto. A maioria também NÃO tem o mesmo desempenho em retas e curvas por esse preço, a não ser que você ache uma M3 bagaçada por 25 mil. Mas tem status, então um sedan chato e automático vale 25 mil e um esportivo divertido não... Às vezes aparecem umas coisas nada entusiastas por aqui
ExcluirAdemais, tem gente dando 20 a 25 mil em Opala 4 cilindros e Fusca e acha que vale, não sei porque o espanto com um carro 20 anos mais novo, esportivo e cobiçado valer o mesmo
Tive uma L200 com esse mesmo toca-fitas da Mitsubishi. Saudosas recordações!
ResponderExcluirDesconhecia essa carroceria. Aqui na cidade onde moro existe um VTi ano 89, se não me engano, com carroceria Targa, que acho muito interessante.
Ops, VTi não, CR-X "del sol".
Excluirhttp://www.youtube.com/watch?v=SjPq4t_MnBU
ResponderExcluirJá estou no segundo VTi EK (1997~1998). Ambos completamente originais. Acho os VTi EG (1992~1995) muito mais bonitos e estilosos, mas não tem como negar que os EK são melhores e mais avançados em sua construção e, necessariamente, melhores para uma pegada mais esportiva. Fora que quem nunca viu vídeo de crash test de EG não tem nem ideia do risco que é dirigir um desses "no bagaço"...
ResponderExcluirFlávio, eu gostaria de saber como é a questão da manutenção e onde comprar peças para um carro desses. Desde que conheci o carro (e ainda não ouvi o ronco ao vivo) quis ter um. Esses japoneses antigos me encantam. O que devo procurar em um modelo para saber se está bem conservado ou não?
ExcluirObrigado!
Acabou a festa mesmo aqui no Japão,não fazem mais esportivos de verdade,os que tem agora são só para que tem muito dinheiro sobrando,agora tudo esta muito eco,híbrido,chato,e na época do vti ou sir a gasolina aqui custava 90 ienes o litro,agora esta 160.
ResponderExcluirGasolina a 160 yienes
ExcluirAff !!!
160 ienes o litro, dá pouca coisa mais cara que os 3 reais no brasil. Isso porque o japão importa praticamente todo o combustível do oriente médio. A gasolina deles rende mais km por ter menos álcool e a renda média é uma das mais altas do mundo. Não têm lombadas nem pavimentos esburacados. Não têm do que reclamar.... (tem terremotos e tsunamis ocasionais, mas nossos marginais matam muito mais por ano).
ExcluirVocê esta certíssimo.relmente dirigir aqui esta em outro patamar.
ExcluirNoto também que infelizmente o Japão se perdeu mesmo com os grandes carros e os grandes esportivos. A maioria deles ou não existe mais ou são piorados em relação ao passado
ExcluirO Civic hatch com motor VTEC era vendido na europa e era um carro muito criticado. Além do desing exagerado, não andava muito e tinha uma suspensão muito mal falada (aparentemente, muito pouco conforto para pouco fazer curva). O Corolla já não tem mais versão esportiva, sendo que eram muito boas. O Sentra também não tem mais, assim como a Mitsubishi logo deve transformar o EVO num híbrido e a Subaru passou anos entre desing ruim e suspensão abaixo da média
Em compensação tem os fantásticos GTR e o novo 86, mas isso comparado ao mar de esportivos acessíveis e interessantes não é muita coisa. Não sei se foram as constantes crises ou as constantes catástrofes ou se os japoneses estão cedendo às babaquices ocidentais (muito eco e coisas do tipo, como bem disse o Carlos) mas parecem ter mesmo desistido de fazer esportivos e carros interessantes
O Civic atual é um ótimo carro, mas sem comparação com os modelos da época do VTi. Sem contar que parece indeciso entre ser um carro mais esportivo (como o New Civic) e ser um sedan cheio dos badulaques como no novo
Os Honda Prelude que vieram ao Brasil também tiveram esse motor (além de um 2.0 "paisano"). Nos Estados Unidos, tiveram um Vtec 2.4. Não entendo de Honda, mas acho que é isso.
ResponderExcluirNão mesmo... Todos os VTi vendidos no Brasil tem o motor B16A2, tanto os 92~95 quanto os 97~98. Os Preludes só existiram 2.2 *sem* VTEC (F22A1 de 123hp), 2.3 DOHC *sem* VTEC (H23A1 de 158hp) e 2.2 DOHC *com* VTEC (H22A1 de 187hp)
ExcluirCorrigindo uma info: O VTi 1995 foi o único modelo que recebeu motor B16A3, ao invés dos A2.
ExcluirO B16A3 tem pequenas diferenças sobre os A2: knock-sensor e Vtec a 5.400 rpm, ante os 5.600 rpm dos A2. E há um mito de que ele tem 8cv a mais - info que não consta oficialmente em lugar algum.
O VTi 1995 também teve mudanças sobre as versões 92-94: a tampa do porta-malas tem um espaço menor para alocar a placa, conta com airbag duplo e bancos "concha".
Qual era o torque dele?
ResponderExcluir15,3 m·kgf a 7.000 rpm.
ExcluirPossui o ronco mais bonito dos 1.6 16v, espetacular!
ResponderExcluirDe fato, os anos 90 nos mostraram muitas coisas interessantes no tocante ao mundo dos carros. Com a abertura das importações, a grande oferta de carros estrangeiros abriu os olhos de muitos brasileiros. Eu fui um dos que abandonou o mundo dos carro nacionais por anos a fio, com exceção do Omega CD 3.0, que tive por alguns anos. Dificilmente, quem guiava BMW 325i, Audi A4, Citroen Xantia, etc, não se rendia ao seus encantos.
ResponderExcluirEntretanto e apesar da mágica do VTEC e dos 100cv/l, insisto que sempre faltou ao modelo o torque em baixa e tendência sobresterçantes. Longe de ser um americanóide adepto aos "lots of cubic inches", mas a primazia do "conjunto" dava certa vantagem a outros modelos do segmento há 16 anos atrás, quando presenciava embates homéricos entre dois amigos na serra da BR-040. De um lado, um Civic VTi 95 e de outro, o dono da concessionária Peugeot, acelerando um 306 GTi-6 dourado, que foi de uso do piloto Cacá Bueno quando o mesmo corria pela marca, de 406. A mim cabia, um pouco de longe, acompanhar os "pegas" a bordo do meu Swift GTi. A história mudaria 1 ano depois, quando comprei um Citroen ZX Dakar, que com seus 168cv, suspensão justa e freios potentes, me colocou de volta ao "páreo".
Voltando ao tópico, belas palavras para nos levar de um milênio ao outro. Ficou a saudade de quando levei meu pai, que achava meu Swift GTi muito "esperto", para uma volta no VTi do amigo PV. Até hoje meu velho comenta sobre o "Civic do limpador traseiro pequenininho".
Abraços
Swift GTi e GTI-6, ambos carros raríssimos e muito legais. Dizem que o GTI-6 vieram menos de 10 ao Brasil e nunca ouvi sobre um dourado! Cor essa que caia muito bem nele também!
ExcluirO Swift GTi é bem banca também. Giro de corte em cerca de 7.500~8.000 rpm! Muito bom de esticar as marchas!
ExcluirHoje tenho um 306 GTi-6, um ZX Dakar com 168cv e um Saxo VTS para me manter vivo na década de 90. Nada será como antes, mas não tem preço a providencial volta no tempo nos passeios dominicais pela serra de Petrópolis-Itaipava. Pura terapia para quem aprecia.
ResponderExcluirÓtimas diversões! Em um nível de desempenho um pouco menor, poderia adicionar um 205 GTi para fazer par com o 306.
Excluirabs
Não quer vender nenhum deles?
ExcluirNão, obrigado. São sonhos realizados e o valor deles é muito alto, para mim.
ExcluirOutras ótimas diversões dos anos 90: Gol e Parati GTi 16v, Vectra GSi, Tipo Sedicivalvole, Tempra Turbo.... em um menor grau, Uno Turbo e Corsa GSi
ResponderExcluirCarro que merece todo o carinho. Poucos carros cativam tanto.
ResponderExcluir