Alfas 2300 em Xerém |
O Campus de Laboratórios do Inmetro, em Xerém, distrito de
Duque de Caxias, RJ, região da Grande Rio de Janeiro, viveu nesta terça-feira,
25 de março, um momento marcante com a passagem da Caravana Alfa Romeo.
Quinze carros de todas as épocas da fabricante desfilaram pelo Campus, como
parte de uma viagem histórica pelo Brasil para visita à antiga Fábrica Nacional
de Motores, onde foram fabricados inicialmente. Naquelas instalações funciona atualmente a fábrica de carrocerias de ônibus
Ciferal-Marcopolo.
Servidores e colaboradores do Inmetro — Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia que, coincidentemente, tem 40 anos de existência — lotaram o entorno do
restaurante, para ver de perto veículos que fizeram sucesso nas ruas nas
décadas de 1970 e 1980, entre eles o Alfa Romeo 2300 branco que puxava a caravana e que depois de 40 anos voltou em perfeito estado a Xerém, onde foi produzido.
“O nosso maior desafio foi trazer intactos e sem problemas mecânicos carros com muitos anos de uso, depois de uma viagem de 1.300 quilômetros. Isso mostra a confiança que temos nesta marca. Temos muita admiração pelo Inmetro e agradecemos a recepção especial. Nós nos sentimos em casa”, disse Marcelo Paolillo, idealizador do evento que marca o 40° aniversário de lançamento do Alfa Romeo 2300 e que recebeu do Inmetro uma placa comemorativa.
Para alguns dos servidores da Casa, como Mercidis Batista, da Divisão de Finanças (Diraf /Difin), este foi um reencontro com o início de sua vida profissional. “Meu primeiro emprego, aos 19 anos, foi na fábrica da Alfa Romeo, aqui em Xerém, onde trabalhei por dois anos após servir o Exército. Depois vim trabalhar no Inmetro, onde estou até hoje. Ajudei a montar estes carros e estar ao lado deles me deixa com saudade”, disse, apontando para o Alfa Romeo 2300 branco.
Os carros ficaram expostos das 12h00 às 15h00 e depois seguiram o percurso de uma caravana que cruza o país, com trajeto de 2.300 quilômetros. A viagem, que começou no dia 22 de março, em São Paulo, passando por Curitiba, São José dos Campos (SP), Petrópolis, Xerém, Betim (MG), termina na capital paulista, no dia 27 de março, após oito dias de estrada.
Participam da caravana colecionadores e amantes do Alfa Romeo, movidos pela paixão.
Ae
Ae
Coisa linda essa foto com três belos exemplares do Alfa Romeo 2300!
ResponderExcluirAi, ai, ai, "sôdade" do meu 2300 1977! Comprei já com 15 anos (o carro, não eu, he, he) em 1992 e fiquei com ele até 1997. Cinco anos sem o menor aborrecimento, inclusive com longas viagens rodoviárias. Era a manutenção periódica normal de qualquer carro, e colocar combustível. Só. Carrão! Se as circunstâncias fossem favoráveis como eram na época do meu (morava em uma cidade pequena com trânsito sossegado para usar no dia-a-dia, e tinha lugar para guardar dois ou mais carros), bem que eu procuraria outro, desta vez um 2300 Ti-4 1986. Parabéns, 2300!
ResponderExcluirQuem reclama de Alfa é porque nunca teve um deles.
ExcluirUma das grandes qualidades da marca , além da alta tecnologia é a resistência e robustez mecânica.
Aliás isso garantiu inúmeras vitórias em pistas e corridas, mesmo qdo os carros da Alfa Romeo não eram os mais rápidos.
Parabéns pela sua 2300 , poucos e apenas seletos motoristas tiveram o prazer de possuir um Alfa Romeo.
De que cor era a sua?
ExcluirAnônimo 26/03/14 18:36 hs: era cinza, mas não muito claro, já puxando para o chumbo.
ExcluirEm país onde troca de óleo é artigo de luxo, carros mais sofisticados não têm chance. Sem falar que as Alfas sempre foram mais baratas (mas em nada piores!) que Mercedes e BMWs. Resultado: os sem-noção compravam Alfas e simplesmente as usavam até elas não aguentarem mais.
ExcluirEm tempo: que pão-durismo é esse com as fotos, equipe Autoentusiastas? A data (e o carro) merecem fartas fotografias, he, he!
ResponderExcluirMr.Car
ExcluirMateria aparecem algumas outras fotos:
Se os administradores do AE permitirem , segue link:
http://www.vrum.com.br/app/301,19/2014/03/24/interna_noticias,49313/viagem-de-2-300-km-comemora-40-anos-do-alfa-romeo-2300.shtml
Saudaçoes
Mr. Car
ResponderExcluirNão é nada disso, apenas publiquei um release do Inmetro, que só tinha essa foto.
Bob Sharp e Mr. Car. Serao disponibilizadas fotos em breve nos sites http://www.alfaromeobr.com.br e http://www.arcmg.com.br.
ResponderExcluirF. Caesar.
Incrível o que essa marca desperta de paixão em quem gosta e entende de carro.
ResponderExcluirEu não vejo fã clube nenhum (Porsche, Mercedes, BMW, Jaguar ) e outras de sangue azul promovendo qualquer ação semelhante a essa incrível comemoração dos Alfeiros.
"Buon viaggio" !
os dois Portal Mercedes do Brasil promovem regularmente encontros e passeios, e até viagens, de vez em quando. não é uma carreata como essa dos Alfas, mas são tão ativos quanto...
ExcluirBob,
ResponderExcluirVocê teve experiência com esse Alfa 2300? Caso positivo, conte-nos se gostou, ou até faça um post. Quanto àquele Torneio Campeão, acho que esse é o nome, que a Ford promoveu em 1975 para o lançamento do Maverick 4, você participou da corrida? Se você tiver dirigido ou competido com o Maverick4, poderia nos brindar com um texto sobre o OHC2,3l, se foi um bom motor?
Thiago A. B.
ExcluirAndei alguma coisa, sim, no Alfa 2300, só o Ti4, de amigos que apareciam na minha concessionária VW para eu dar um trato no ajuste dos dois carburadores duplos. Gostei muito, bom de andar, rápido para aquele tempo (meados dos anos 1970). Mas não sei se tenho horas de vôo suficientes para um post. / No Torneio dos Campeões, sim, participei, uma prova em Interlagos, outra em Brasília, intervalo de uma semana, 14 e 21/09/75. Em Interlagos, 8º, em Brasília, 4º. Mas nessa eu tive que escudar o José Carlos Pace para ele ser campeão, pedido (ordem...) do Greco, meu chefe de equipe. Meu carro estava melhor que o dele e eu poderia ir embora. Mas deu certo e o Pace foi o campeão do torneio. O motor não tinha nada de brilhante.
Bob,
ExcluirObrigado pela resposta! Sobre o episódio envolvendo o Pace, como se tratava de um evento para promover o carro, ficaria "chato" ele ter perdido a corrida....Nesse contexto, tudo bem ceder.Abraço
Thiago A.B.
ExcluirNão foi questão de tudo bem, mas de esquema de equipe, o Pace corria conosco em algumas provas. Faz parte do jogo esse tipo de atitude.
Grande iniciativa dos alfistas apaixonados, para um grande carro que marcou a história do automóvel no Brasil. pena que, mesmo morando em Petrópolis, não tive a oportunidade de ver a caravana passar. Meu pai trabalhou na FNM na época em que eu nasci... A propósito, há mais fotos e boa cobertura no portal Maxicar: http://www.maxicar.com.br/old/eventosefatos/957558733_alfistasvisitamFNM0314_c.asp
ResponderExcluirAnônimo 26/03/14 18:18 hs, e Bogher: agradeço as indicações de sites com mais fotos.
ResponderExcluirBob, eu estava brincando: não carecia se explicar, he, he! Mas agora sabemos onde ver mais fotos.
Êta carros lindões! Pena que não tive um. Gostaria de rever os FNM JK.
ResponderExcluirPS. Sintomático o 'movidos pela paixão' do final do release...
Taí um carro no qual eu já andei (criança ainda) e que sempre quis experimentar, pois sua fama de estabilidade e motor com boas respostas aliadas ao (ainda me lembro daquele 2300TI) indiscutível conforto.. tem tudo pra ser marcante...
ResponderExcluirSugiro um post sobre os quarenta anos do Golf.
ResponderExcluirmeu pai teve uma B 1977 zero kms. A direção era mais pesada que um 1113 queixo duro, e o motor era fraco. O carro precisava de 4 kms para embalar.. Mas era lindo e cobiçado na época...
ResponderExcluirPara Anônimo27/03/14 08:21.
ExcluirTenho uma 1975 primeira seria. A minha tinha especificacao de rodar somente com gasolina Azul (necessidade do tanque de 100 litros no projeto) .A direcao eh tao pesada quanto qualquer outro carro de direcao mecanica e dimensoes parecidas na epoca (Opala, Veraneio). Temos que ver e analisar com olhos dos anos 70. Ao andar em um carro desses voce ja deve antes de entrar comecar a mentalizar aquele cheiro de gasolina com corvim dos bancos. Ser paciente ao dar partida, ate o combustivel encher a camara do carburador por ter bomba mecanica. Esperar um ou dois minutos ate a marcha lenta estabilizar. E sair pelas ruas com a maquina do tempo. Quanto a B 1977 do seu pai, ele deve ter sofrido a mesma coisa que a maioria dos que tiveram experiencias negativas com Alfa Romeo 2300 tiveram. Falta de tecnicos e mecanicos especializados, que conhecessem as manhas do carro. A serie B ja vinha com regulagem e recomendacao para gasolina comum. O cambio era curto ate demais nas primeiras tres marchas dando agilidade em transito urbano. Regulagens de carburacao, ignicao e valvulas resolveriam isso. E quem queria um tempero a mais nessa epoca usava a mesma receita dos JK´s. Carburacao dupla (Solex, Weber, Dellorto), ignicao eletronica (primordios). A suspensao da B ja eh mais mole que da primeira serie, que tem uma tocada mais dura e esportiva. As oficinas especializadas e concessionarias Alfa Romeo-FNM (Jolly , GTV) ofereciam pacotes alem da personalizacao externa. Faziam estes incrementos mecanicos. Para aliviar a direcao pesada, a primeira serie tinha a possibilidade de ajuste no triangulo superior da suspensao traseira. Abaixando um pouco, modificava se o centro de gravidade melhorando em muito a estabilidade sem deixar o carro passarinhando a frente. Este triangulo eh responsavel em casos extremos na pista o tradicional aceno Alfista, comum com as GTA e GTV de corrida, andando em 3 rodas nas curvas. Cordialmente. Antonio Freitas.
Nada é mais pesado que Celta
ExcluirJoão Paulo
obrigado pela aula !!! com relação à direção, ele tinha saído de um dart 74 sem direção hidraulica e reclamava de ser mais pesada, o que me leva a acreditar que fosse mais pesada que os outros carros mesmo.. lembro dele falar que a direção (ou a coluna) se partia em caso de acidente, para absorver o impacto e não causar lesões no motorista....
ExcluirProvavelmente a direcao mecanica do Dart seja mais leve pela relacao interna da caixa. A barra de direcao das 2300 eh bipartida com junta universal mesmo, em caso de acidente nao entrar na cabine. Alem de estudo pioneiro de deformacao de cabine, pioneiro em cinto de 3 pontos, travas de portas traseiras de seguranca para criancas, freio a disco nas 4 rodas com modulacao para eixo traseiro, ventilacao dinamica eficientissima que desembaca todos os vidros, unico homologado para ter os 4 farois acessos simultaneos em alta ou baixa (Galaxie, Brasilia, Dodge 1800 nao eram), pneus radiais, cambio de 5 marchas, duplo eixo de comando, valvulas de escapamento de sodio, virabrequim com 5 mancais, carter em aluminio com aletas que facilitam a troca de calor, tanque de 100 litros em epoca que postos fechavam a noite e em fim de semana, embreagem hidraulica, apoio de braco central no banco traseiro, lanterna traseira tricolor, bancos dianteiros individuais, com encosto de cabeca, porta malas de 440 litros (maior entre os nacionais na epoca). Agora leve em consideracao o ano de 1974 no lancamento e compare com as opcoes disponiveis no mercado. Antonio Freitas.
ExcluirE quando saiu direcao hidraulica, era progressiva.
ExcluirTivemos um 2300 na família. Lembro-me do belo painel todo iluminado na cor verde, tão completo virou referencia na época.
ResponderExcluirEsse carro sempre me intrigou desde pequeno, quando lia a Quatro Rodas e em alguns comparativos dos carros de luxo ele ficava de fora por "custar muito acima da média de preço dos carros aqui mostrados."
ResponderExcluirEu pensava "pô, se é assim é porque ele deve ser bem melhor que os outros."
Lembro, quando criança, do meu pai andando em um 2300 ti mas não sei se era dele ou do estoque da loja... sei que minha mãe, anos depois, disse que era um dos dois carros que meu pai não gostou na vida (o outro era o Maverick).