Visualmente era igual a este |
Isso foi em 1981. Eu era solteiro e já havia juntado dinheiro suficiente para pagar a diferença da troca de minha Belina 1979 por um VW-Porsche 914 de 1974, vermelho, motor de 2 litros com 120 cv, que até então tinha rodado 52 mil km. Não era muita diferença assim. O 914 valia muito menos que o 911, já que vinha do aproveitamento de peças da VW, e foi fabricado para entrar no lugar do 912, que a grosso modo era o 911 com o motor 4-cilindros do 356. Seria como gastar o mesmo que numa troca por uma Belina nova e mais uns 20% desse valor. Meu costume é não gastar em nada, não tenho necessidades consumistas, então, sendo solteiro, com casa, comida e roupa lavada de graça, sobrava grana. Beleza!
Motor central-traseiro e dois porta-malas. Teto targa. |
Mas o 914 era, sim, um sonho. Eu havia corrido de kart por uns tempos e já sabia dar valor a ter o motor posicionado no entre-eixos traseiro. Meu irmão já tivera um, 1971, prata, cujo motor era mais fraco, de 1,7-litro e 90 cv, e apesar desse não ser lá grande coisa de arrancada, na estrada era espetacular. Mantinha na maciota velocidade de cruzeiro ao redor de 170 km/h e nas curvas nem é preciso falar. E como freava! A disco nas quatro e peso também nas rodas traseiras. Uma vez trocamos de carro por umas semanas, porque ele quebrara o braço pulando uma cerca atrás da namorada atleta e minha Belina era mais fácil pra ele guiar, então inventei que eu precisava viajar para Porto Alegre a trabalho, papo-furado, e me mandei de 914 pro Sul para acertar umas contas uma gauchinha loira. Mas naquela época ter carro importado era sinônimo de dor de cabeça, correr o risco de ficar com o carro parado por meses a fio, fora inesperadamente aparecer uma despesa impagável. Esse era um dos motivos do carro usado importado naquela época não custar tão caro. Resumindo, possuir um carro importado era ter, tal qual Dâmocles, uma espada sobre a nossa cabeça, presa somente por um fio de crina de cavalo, então, além da grana era preciso querê-lo muito mesmo para justificar o risco. Por exemplo, lembro que ao comprar o 914 ele estava falhando. O vendedor, conhecido pela leve alcunha de Satã, me garantiu o carro e disse que mandaria arrumar, que era só um acerto no "módulo" e que tudo bem. Bom, a fama do Satã era de negociante honesto e meu irmão já havia comprado dele o 914 prata, então apertei o botão do “que se dane!”, confiei e fechei o negócio, que na semana seguinte eu passaria lá para fazermos a troca definitivamente. Bom, mas mesmo assim fiquei meio cabreiro e fui perguntar por aí sobre a gravidade de um módulo errático. Me falaram que era trêta da brava, que um módulo daqueles custava uma fortuna, que demorava séculos para importar, etc, etc; me botaram um medo danado, como se minha vida dependesse desse módulo infernal funcionar direitinho ou não. Era como ter um marcapasso movido a pilha paraguaia no coração, ou algo parecido.
Explicando ao jovem leitor, veja só, computação naquela época ainda era coisa do outro mundo. A Apollo 11 – que poucos anos antes havia ido pra Lua e voltara – tinha menos capacidade computacional embarcada que hoje tem um relógio digital de pulso, além de que era bem menos confiável. Uma maquininha de calcular, que hoje custa R$ 3,00, custava uma baba. Imagine o quanto custava aquele misterioso e soturno módulo?
E aí se instaura o velho drama humano, onde o medo luta contra um desejo lancinante. Muitos já se deram mal cedendo ao desejo, muitos até já morreram em camas quentes e alheias por cederem a ele, mas outros muitos também se deram bem e hoje guardam boas lembranças dessa ousadia, e assim a luta interna vai até que um lado vence. No meu caso, felizmente, o desejo venceu e estou aqui tendo alguma coisa boa pra contar. Afinal, em última hipótese eu daria uma bica nesse matreiro módulo e trocaria a injeção por dois bons carburadores Weber duplos e, apesar dessa despesa, que seja. Além disso eu bem sabia que aquele era o caso do "é agora ou nunca", que depois a vida me engoliria, que depois eu acabaria casando e que meus caprichos naturalmente cairiam para os últimos da lista das prioridades, cada vez mais últimos...
Naquela época eu já morava há alguns anos na fazenda e minha vida era trabalhar bastante, cuidando de gado e plantação, além de pegar umas ondas e outras coisas sempre que possível, então minha preocupação era estudar e aprender o máximo sobre o meu trabalho para fazer jus à confiança que meu pai depositava em mim, e também ao salário que ele me pagava, claro. Não sobrava tempo para me atualizar na mecânica além da das máquinas agrícolas para estar sabendo que raio era aquele tal de "módulo", aquela maldita caixinha que ia meio escondida num canto, que nem cobra, ao lado e ao fundo direito do motor, e que, segundo o Satã, comandava a injeção de combustível. Pra mim tudo se resolvia basicamente com uns bons Weber e boa. Metia Weber no Fusca, metia Weber no Fiat 147, metia Weber na Belina. Por que não meter Weber no 914?
Interior espaçoso |
O Satã tinha uma pequena loja de carros lá embaixo na Av. Brigadeiro Luís Antônio, em São Paulo. Já meio coroa, tipo a minha idade atual, na casa dos 50, tinha estatura baixa, era entroncado, peludo tipo Tony Ramos, e era um halterofilista fanático que somando o peso que ele já levantara dava pra ter erguido o Pão de Açúcar às nuvens. Parecia um gladiador romano caído do tempo e o qual vestiram com roupas do homem moderno. O braço dele era uma maçaroca só de músculos, um bíceps sei lá de quantos centímetros de circunferência, bração que ele compulsivamente media com uma fitinha ensebada lá. A munheca do cara era da largura da mão, daquelas que soltam parafuso de roda sem precisar de ferramenta. Dar a mão pra ele, cumprimentá-lo, era botar a mão numa prensa. Numa dessas ele me contou que certa noite marcou bobeira ao atravessar uma rua e quase foi atropelado por um Chevette. Com o susto, soltou um berro chingando a mãezinha do cara, que logo adiante parou e veio com tudo de ré. Pois o Satã não se alarmou. Disse que posicionou as pernas e preparou o soco puxando o golpe por baixo, como se fosse dar um belo de um huck nos rins, e quando o Chevette veio ele deu. Bumba! E foi um só, na lata, e a tampa do porta-malas do Chevette se abriu, Tóing! Bom, bastou essa para que o dono do Chevette metesse o rabo no meio das pernas e caísse fora dali o mais rápido possível.
Como se vê, apesar dele ser um sujeito muito calmo e educado, mexer com o Satã era encrenca. Foi honesto comigo – sua fama, como disse, era de negociante honesto – e logo consertou esse tal de misterioso módulo e o Porschinho ficou perfeito, funcionando lisinho, tudo certo. Porsche é Porsche, uai. Alemão é carrasco com carro. Não é que nem italiano, que fica alisando lata de carro como se fosse as coxas da Claudia Cardinalle. Alemão é bruto com as máquinas, então suas máquinas sempre foram feitas pra encarar maltrato, então Porsche, Mercedes, carros e motos BMW, Fusca, máquinas agrícolas alemãs tipo Claas, são tudo máquinas para encarar a guerra. Acho que a Porsche fundada pelo velho Ferdinand aperfeiçoou o câmbio sincronizado de tanto se arrepiar ouvindo os compatriotas arranhando marcha, engatando sem esperar o tempo certo, socando a alavanca na marra, enquanto que o italiano vai só assim, na doçura, dupla-embreagem, punta-tacco, cuidado ao cambiar, tudo na base dos preparatórios, como se a máquina devesse ser conquistada por um motorista que, conhecedor de suas necessidades, as satisfizesse. Estou falando. Italiano bom de máquina é assim, a trata feito a Claudia Cardinalle. Nunca saí com a Claudia Cardinalle, mas já saí com umas Alfa e com umas Ferrari, e acho que com elas vale ter esse cuidado, compensa.
O meu irmão, apesar de não ser alemão, já que é um vira-latas que nem eu, um raça-indefinida, sempre dirigiu que nem alemão, na bruta, e o 914 prata até que o agüentou por anos sem problemas, e olha que o dele também tinha esse maldito módulo e aquele trabulador meio molenga e impreciso característico dos Porsche antigos. Cinco marchas, perna de cachorro, com 1ª marcha para trás e junto a nós, curso longo, mas longo mesmo. Adoro esse tipo de câmbio, sem problemas, mas sei bem que hoje teria gente borboleteira tendo xiliques com esse câmbio, gente que espalha por aí que guia pracacete. Tá bom que guia...
Daí que peguei o 914 e me mandei direto de São Paulo pra Poços de Caldas, que eu queria mesmo era subir babando aquela Serra da Mantiqueira pela mesma estrada que anos antes eu costumava subir com o saudoso XK120.
Bom, mas a conversa está boa porém quem estabelece as prioridades por aqui está me dizendo que já falei demais, que já contei muita lorota e que eu tenho que levar o lixo pra rua, dar ração pros cachorros, etc, etc, então terei que deixar o que se seguiu para mais adiante. Tudo bem?
AK
Que máquina hein Arnaldo? Sou jovem ainda, passo longe da experiência dos mais velhos, mas olho os carros dessa época como se fossem grandes e velhos amigos; a interação entre motorista e máquina desses modelos é algo cada vez mais raro de se ver. Como li uma vez em outro artigo, acho que até mesmo aqui no Auto Entusiastas, carro antigo às vezes tem até suas manhas e cacoetes, mas se bem cuidados, cuidam bem de você também.
ResponderExcluirA diferença, Davi, é que os carros antigos, na época, eram novos, e carro novo é sempre bom. Imagine um Ford Modelo A novo? Novinho, saído do forno, tudo justinho, alinhadinho, pronto para cair na estrada e rodar miles de quilômetros...
ExcluirFacinhos de guiar, nos tratavam muito bem, sim.
Num Porsche 914/4, eu diria:
ExcluirNa reta voce me aperta, na curva a gente acerta!
Jorjao
Seria algo maravilhoso, realmente, sem nem pensar duas vezes!
ExcluirAK, como contador de histórias (ou seriam causos?) vc é impagável. Mas bem na melhor parte a patroa tinha que aparecer? É sempre assim... rs
ResponderExcluirEssas histórisa são sempre fascinantes, valeu só pelo "Satã", vamos ver como se sairá o porschinho!
Até hoje vejo uns desses perdidos fuçando por aí, e não são caros.
"Era como ter um marcapasso movido a pilha paraguaia no coração"
ResponderExcluirtô rindo muito imaginando isso....
Ver o nome Arnaldo Keller no topo do texto já me faz abrir um sorriso no rosto! Sempre excelentes histórias. Mas fiquei curioso sobre a viagem para Porto Alegre, minha cidade natal. Hoje moro em SP e já fiz este trecho umas 3 vezes dirigindo um alemão, não é Porsche, mas é Audi, daqueles que ainda tem 3 pedais!
ResponderExcluirPor falar em Poços de Caldas, ninguém do AUTOensusiatas foi no Poços Classic Car final de semana passado? Eu fui, e estava muito bom, algumas fotos estão no meu blog. Grande abraço!
Tá bom, Rafael, eu conto dessa viagem pra Porto Alegre. Só não conto da gauchinha, senão me lasco aqui.
ExcluirPasse o endereço do seu blog, por favor.
Hahaha. Tá bom, pode deixar a gauchinha de fora de história! Clicando no meu nome vai para o meu blog. Aqui está o link direto para a matéria: http://rph95octanas.blogspot.com.br/2013/08/5-pocos-classic-car.html
ExcluirArnaldo
ResponderExcluirParabéns pelo texto, a comparação entre as máquinas alemãs e italianas foi muito espirituosa. Mas você está mesmo devendo a continuação.
andycds,
ExcluirComecei a reparar na brutalidade deles com as máquinas quando os vi trabalhando com maquinário de fazer feno similares dos que eu tinha e fiquei abismado como eles desciam a lenha, todos, sem dó nem piedade. Daí fui reparando em como eles guiam. Claro que há exceções.
Quais peças que esse Porsche utilizava da VW? O motor e suspensão é parecido com o da VW? Adoro essas histórias suas AK.
ResponderExcluirH
H,
Excluirque eu me lembre, o motor 1.7 tinha muita coisa da VW. Já o 2.0 nem sei. Na época eu não estava ligando muito para isso, não. Maçanetas internas de VW, luzinha interna, aquela meio oval dos Fuscas.
Suspensão era Porsche mesmo, freios também. Eu precisaria pesquisar para te responder com certeza, mas, se me lembre bem, o 914, ao menos no começo, foi fabricado em plantas da VW. Te respondo aqui só com lembranças, nada certo, jornalístico, OK? No próximo post conto com certeza.
Na verdade, era essa a minha intenção. De saber quais as peças eram da VW só pelas lembranças mesmo, nada de precisão técnica. De saber se usou alguma gambiarra ou peças da VW pra manter esse Porsche. Lembro que um amigo meu usava muitas peças do Fiat 147 pra manter o Laika dele..., pudera, o Laika vêm da Fiat. Essas coisas também dão boas histórias. Enquanto isso, eu estou ansioso pra segunda parte AK.
ExcluirH
H,
ExcluirAgora é tarde. Agora fiquei curioso. Tenho um livro só de 914 aqui, pode deixar. Tá fácil.
Tenho um Lada Laika lá na fazenda. Está no estaleiro, literalmente, estalando tudo...
Mais uma história legal do AK!
ExcluirMe fez lembrar de uma matéria que li no Best Cars sobre o carrinho e tem bastante detalhes, talvez satisfaça a curiosidade de vocês.
Taí o link: http://bestcars.uol.com.br/cpassado3/porsche-914-1.htm
Arnaldo,
ResponderExcluirMuito legal esse seu post.
Era muito crianca , meu pai adorava carro e lembro que ele falava nesse tal de Sata e Oswaldo Sucata , que tambem negociava carros importados na epoca. Por serem tao peculiares nao esqueci mais esses nomes.
Uma epoca dificil para os importados com certeza. Mas falam que naquele tempo haviam otimos profissionais que mexiam bem nessas encrencas todas .
Adoro esse carro e mesmo com um motor nao muito potente deve fazer alegria de quem gosta de guiar.
Um renomado preparador de SP montou um 914 com mecanica Audi 1.8 turbo. Voce deve conhecer esse carro. Sao quase 400cvs , numa casquinha de ovo. Um belo brinquedo....
Aparentemente esse carro aceita tudo que e motor , ja vi nos EUA ate com V8. Porem soa estranho um Porsche borbulhando como um Mustang.
Se necessario, cometer a heresia, um motor legal para se instalar nos 914 sao os boxers da Subaru , em suas diversas versoes.
Mas casamento perfeito era a versao 914 com a mecanica dos 911. Acho que sao pouquissimos por aqui ... o que para mim os tornam ainda mais desejaveis e distantes!
Conte mais desses carros e dessa epoca, devem haver muitas causos bons de se lembrar.
Abracos
Anônimo, o preparador que meteu um Audi 4-cil turbo num 914 é o Ricardo Malanga da Brabo Motorsport. Já me convidou pra andar nesse carro e estou marcando bobeira. Vou atrás. Obrigado.
ExcluirO tempo é curto mesmo.
ResponderExcluirEnquanto eu leio o que postam no blog no meu intervalo de almoço o tempo vo. Já tá na hora de voltar pra labuta.
Ansioso pelo II Arnaldo.
Abraços.
Poxa! Já estava tão entretido com o texto, lendo-o com aquele sorriso bobo no canto da boca, quando este foi interrompido para por o lixo pra rua...
ResponderExcluirIsso é maldade com o leitor!
A única vez que vi um 914 foi em um encontro no forte de Copacabana. Era desse mesmo laranja da primeira foto. Tive sorte de o dono estar por perto para dar umas cutucadas no acelerador do 2.0 para que eu gravasse o som com a minha câmera.
Carrinho muito simpático!
AK
ResponderExcluirTudo bem. Só não demore!
Sensacional a introdução AK; por obra do acaso, hoje fiz uma pequena viagem com um carro 1974, com a caixa meio claudicante, e na coluna..(experiência nova para mim!).
ResponderExcluirVamos aguardar pela segunda parte do relato, a primeira já foi um deleite de ler!
MFF
Também eu, lá pelos anos 1970 passei por uma dúvida semelhante, trocar ou não de carro, abrindo mão do certo pelo maravilhoso mas duvidoso.
ResponderExcluirNa época eu tinha uma bela Veraneio, com imensas rodas e pneus especiais, faróis de milha, volante Walrod, toca-fitas, etc, etc.
Recebi a proposta de um colega para trocá-la pelo seu Triumph TR4A, vermelho, rodas raiadas e tudo mais.
Um sonho.
Fiquei dias sem dormir, mas acabei desistindo do negócio.
Falou mais alto a necessidade do carro para ir à faculdade, para o estágio, trabalho...
Algo que estava longe da confiabilidade de um carro inglês daquela época.
Ah, se na época eu tivesse dinheiro para manter dois carros, teria aquele Triumph até hoje!
BlueGopher, bom, mas essa Veraneio também deve er rendido boas histórias...
ExcluirMas só com o que vc gastava de gasolina dava pra pagar oficina à vontade para o TR4A. Veraneio gastava mais que Galaxie.
Tudo bem, que seja para mais adiante.
ResponderExcluirSua definição do carro alemão (das máquinas alemãs como um todo) foi ótima. Daquelas que pertencem ao mundo do "é verdade, nunca tinha pensado nisso..." Da mesmíssima forma que a definição do carro italiano - o tal cuidado com a macchina...
Melhor foi o gosto declarado pelo câmbio de curso longo, meio molenga e impreciso. Coisa de quem "já esteve lá" e sabe como é. Opala e Caravan 2,5-L também tinham câmbio assim, lá pelo fim dos anos 1970. E não causavam problema algum a quem gostava de dirigir.
LF.
LF, o do 914 está, em imprecisão, mais para o do primeiro Passat, só que com curso muito mais longo. A gente se adapta, como com muita coisa na vida.
ExcluirO painel do 914 também lembra o do primeiro Passat. Parece que as origens VW e Porsche em alguns momentos se confundem.
ExcluirE sim, a gente se adapta a quase tudo, menos a ter sido condenado (no meu caso, pelo menos) a passar os dias dirigindo um popular todo de plástico barulhento e com motor de máquina de costura.
AK, suas histórias são sensacionais, meus parabéns mais uma vez ;)
ResponderExcluirArnaldo, aproveitando o tema do seu post, fui me informar sobre a possível compra de um Porsche Boxster 97/98/99, mas alguns mecânicos me falaram que o custo da manutenção não compensaria, mesmo com baixa km. Sua postagem diz tudo, o receio é forte, alguma sugestão? Obrigado, Carlos.
ResponderExcluirCarlos,
ExcluirSe o Boxster foi bem cuidado, sem problema algum.
Calcule tudo na pior hipótese, o quanto de dinheiro vc perderia, além de uma possível perda para revender. Se isso não lhe quebrar as pernas, mande bala. Assim vc evita o risco de mais tarde se arrepender por não ter feito, e essa é uma sensação muito chata.
Ah, essa capacidade que os textos do AE têm de nos inserir nos causos, fazer com que nos sitamos um dos personagens... Belo texto, AK, espero a segunda parte.
ResponderExcluirE concordo plenamente com você, eu também "resolvo basicamente tudo com uns bons Weber".
Chorei. De verdade.
ResponderExcluirkkkk Arnaldo Keller inspiradíssimo! Final impagável!
ResponderExcluirEu conheço o botão do "que se dane" por outro nome, he, he, he! Quanto ao feito por você (comprar um importado sonhado e que depois de uns anos fica ao alcance de nossas posses), ainda não tive coragem. Se tivesse seria o dono de um europeu Alfa-Romeo 164 ou talvez de um americaníssimo (aaaaaaaaaamo "barcas", acho que todos já sabem) Ford Taurus daqueles quadrados. Valia até a station-wagon, que acho lindíssima.
ResponderExcluirArnaldo Keller ,
ExcluirGrande cronista automotivo....
Garanto que seu Porsche com "apenas 120cvs" dava pau adoidado em qualquer dos big dogs brasileiros da epoca (Opala 4100 ; Charger RT ou Maverick V8). E digo em retas e principalmente curvas. E ainda tem louco,atualmente, que paga mais de 80K num Maverick ou Charger!
Com certeza tambem andava mais que muito importado metido a esportivo.
Abracos
Mr.car
ExcluirEu iria de Alfa 164 sem pensar . Tenho uma 2300 / 78 e sei como sao bons esses carros. As Alfas sao muito esportivas , cansei de jantar carros V8 como Dodges em estradas, sem muito esforco.
Imagino o que um aviao como a 164 nao 'e capaz de fazer...
Abracos
Anônimo, mais pra frente eu conto a respeito. OK?
ExcluirAo anonimo 07/08/13 15:27
ExcluirEssa historia da Alfa 2300 andar mais que Maverick V8 e Charge nao e tao facil de se imaginar.
Nas retas os V8 andavam mais que a Alfa com certeza. Agora em curvas a historia devia ser outra. Acho que o pessoal de Dodge deve ser meio preguicoso para trocar de marcha principalmente naquele cambio antigo na coluna de direcao, ai talvez voce levasse vantagem com um carro de cambio de 5 marchar e relacoes curtas.
Mas e bom lembrar que com leves modificacoes (4jet, escape, filtro de ar, etc)os V8 ganhavam muita potencia. Eles saiam estrangulados de fabrica para conter o consumo voraz. O motor 4cil do Alfa ja estava mais proximo do limite. Nao ha duvidas que era muito mais desenvolvido com duplo comando , camera hemi. carburacao quadrupla etc. Porem acho que nao da para comparar motores de litragem tao diferentes. O do Alfa era menos que a metade em cilindrada que esses V8s.
Nao ha a menor duvida que uma Alfa 164 anda muitissimo mais que os velhos Charges e Mavericks , mesmo esses tendo preparos leves de motor. Mas ai e outra comparacao injusta pois estamos falando de carros com diferenca de 20anos pelo menos.
Admiro as 164 , o barulho do V6 e lindo. Certa vez dirigindo um Vectra 2.2 (mecanico) tentei acompanhar uma 164 na estrada e foi simplesmente impossivel... sei que elas atingem 230km/h . O Bob ja comentou que reputa esse carro como um dos melhores sedans ja fabricados. Custam barato , mas sao dificeis de pecas acredito e a manutencao deve ser bem cara.
Na duvida teria os 3 em minha garagem e aproveitaria o melhor que cada um desses projetos iconicos e brilhantes tem a oferecer
Saudacoes
Francamente... a Alfa brasileira não deveria ser citada no mesmo parágrafo que a 164.
ExcluirE a bem da verdade, tampouco no mesmo parágrafo que um Maverick GT ou um Dodge Charger R/T. Não são carros perfeitos, mas tinham motor e boa relação peso/potência. Acho que esse Porsche teria sérias dificuldades contra um desses pouco rodado, mas só o Arnaldo para dizer.
Certos carros só funcionam no papel. A Alfa 2300, especialmente nos últimos modelos, tinha disco nas 4 rodas, câmbio de 5 marchas, tanque de 100 litros, um painel muito bonito, direção hidráulica progressiva... mas era uma tranqueira. Tanto que se tornou quase tão rara quanto o Simca Jangada. Meu pai teve uma. Tudo bem que não estava impecável, mas era um carro totalmente sem carisma para se dirigir, totalmente ordinário. É por isso que eu acho, se a VW comprasse a Alfa, esta daria um salto de qualidade sem necessariamente perder a "pinta".
Acho que 10 de 10 apreciadores da marca Alfa gostariam que a VW comprasse a marca.
ExcluirA Fiat nao sabe trabalhar com varias marcas e trata a Alfa com descaso.
Eu me oponho, a Alemanha que fique com suas coisas e suas barcas. Alfa tem que ser italiano e basta. Infelizmente ta com a Fiat, poderia ser outra mas tem que ser italiana.
ExcluirTudo bem nada Arnaldo cê tem mais e que contar mais histórias boas pra gente principalmente quando se trata de antigos que tinham que ser guiados por auto entusiastas e não esses novos pura eletrônica quando você ou o bob e portuga falam dos antigos da ainda mais prazer de ler o blog !
ResponderExcluirAK,
ResponderExcluirMesmo que o texto tenha sido do tipo "coito interrompido", a sequência promete... Mas não nos torture, volte logo!
Rafael de certo ele teve que encerrar antes do problema com rolo de massas! rs
ExcluirAbraços.
Estou vivendo a mesma fase do Ak... Duvida entre Bmw Serie 3 2003, Audi A4 avant 2006 ou Mercedes C220 kompressor 2005... Queria poder pensar num Porsche, mas esse sonho ainda é distante.
ResponderExcluirAlemão bruto com as máquinas? HAHAHA
ResponderExcluirAchava que só eu percebia isso... E percebi dando carona a vários colegas alemães: para fechar a porta do carro os caras metem a mão sem dó! Lá na Alemanha não são só as geladeiras que eles fecham com força! HEHEHE
Grande abraço e parabéns pelo ótimo texto!
Caro Arnaldo,
ResponderExcluirConfesso que até algum tempo atrás eu era leigo e até cético em relação aos "aircooled", a que chamava de arcaicos a um grande amigo meu, amante dos boxer, mas hoje com a internet e o interesse crescente por conta de ter comprado uma Puma P018 e por indicação deste amigo, vim a conhecer os motores Typ4, de cuja família pertence a 914 e a Vanagon... pena que esse motor sequer foi cogitado para equipar as nossas Kombis pois além poderem carregar 500kg a mais, seria fonte preciosa para fazer motores 2.3 de 200cv totalmente amansados e sem riscos de quebras que o motor Typ1 (o nosso conhecido Fusca) que acontecem quando levado a esses níveis de potência e torque.
Queria só um motor e câmbio de 914 para pôr na minha Puma e seria um cara feliz!
Coloque um motor Subaru, imagino que fique ainda melhor; já vi fazerem isso num Fusca.
ExcluirRoberto, um Puma com motor 1800, por aí, e bem acertadinho, já fica bom pacas! Pesa o que?, uns 800 kg? Já vai andar muito bem. Não complica demais senão acaba não fazendo nada.
ExcluirPrezado Arnaldo,
ResponderExcluirParabéns pela matéria, pena você ter encerrado o texto quando o comendo estava cruzando.
Sou proprietário de um 914 2.0 laranja e preto 1974, o qual já expus em Águas de Lindoia, Forte de Copacabana, etc, além de ter participado de diversos rallies, inclusive o I Raid da Mantiqueira. Acredito que seja o carro que alguém fez referência num comentário acima.
Gosto muito do carro, procuro mantê-lo sempre em excelente estado, seu motor 4 cilindros "preparadinho" com um par de Webers 40 IDF, distribuidor Bosch 009 (adeus injeção Jetronic e módulo), MSD, descarga dimensionada, um comandinho esperto com 282 graus, cabeçotes trabalhados, válvulas com 3 ângulos, virabrequim "counter weighted", volante um pouquinho aliviado, tudo balanceado, etc. Como era bom no tempo que não havia pardais na Dutra, subir aSerra das Araras era uma delícia. O carrinho anda muitíssimo bem.
A caixa "901" do tipo dog-leg, a alavanca de curso longo, o trambulador impreciso que obriga a manter as buchas do sistema sempre em bom estado, requerem uma certa sutileza no trato, e a consciência que se trata de uma caixa projetada nos anos 60, que equipou os primeiros Porsches de corrida de 5 marchas, portanto seu engate não é rapidísimo. Mas é uma questão de entrosamento e entender que não se trata de um câmbio acionado por borboletas.
Possuo também um MGB Roadster 1967.
Abraços a você e ao Alexandre V8 Garcia, e diga quando ele aparecer aqui no Rio, ligar para o Jorginho e para mim para batermos altos papos.
Vicente
Parabéns pelo carro Vicente!
ExcluirO maldito módulo se deu mal com você. Ótimo!
Teu carro deve estar com uns bons 140 ou 150 cv, imagino. Canhãzinho.
Parabéns!
Arnaldo,
ExcluirO Rui (Mega Marcas - Jacarepaguá - RJ), preparador do carro, ainda não o colocou no dinamômetro, mas estimamos uma potência entre 140 e 150 cavalinhos, com um maravilhoso torque em médias rotações, uma retomada maravilhosa, e depois de 2500 rpm com muita fome de asfalto.
Originalmente o motor original gira no máximo uns 5.300 rpm. O meu passa fácil de 6.000. Quando fiz os primes do I Raid da Mantiqueira, no ano passado, o motor estava com apenas 1.000 km e eu andei com cuidado, evitando passar de 4.000 rpm. E fiz o quarto tempo com o carro desalinhado, porque trocamos as buchas das balanças traseiras na véspera da prova e não pudemos alinhar corretamente.
Para o II Raid da Mantiqueira, em Maio passado, o carro estava show, afinadíssimo, alinhado, ótimo de "chão", em suma, um canhão. Infelizmente um caso de doença grave na família me impediu de participar.
Informe um e-mail para que eu possa enviar-lhe algumas fotos do carro.
Abs.,
Vicente
Então acertei na potência, Vicente?
ExcluirAté que estou em dia, então.
Com uns 1.000 km, a meu ver, já pode dar umas esticadinhas curtas, mas curtas, tipo, de vez em quando esticar 2a e 3a, e depois aliviar.
Meu email é arnaldokeller@autoentusiastas.com.br. Por favor, me permita colocar fotos do seu carro no próximo post.
Claro, Arnaldo, fiz os primes no ano passado com muita cautela. Em Maio deste ano, com o motor já bem amaciado, se pudesse ter participado do II Raid da Mantiqueira, o papo seria diferente. Certamente elevaria o giro a uns 6000 rpm ou o máximo, se tivesse espaço.
ExcluirVou selecionar fotos e enviar. Talvez em vários e-mails para não pesar muito.
Tenho um canal no YouTube com vários vídeos do 914 (repare no vídeo de São Lourenço Parte 1/5, aos 0,54 min que pouco ultrapasso os 4.000 rpm). Ouça o engate seco da caixa 901. Lá você encontrará outros vídeos, registrados quando estive no RS em 2010 para visitar o Museu do Automobilismo Brasileiro, de Paulo Trevisan, em Passo Fundo, e experimentar alguns de seus carros na pista de Guaporé (Aldee SR, KG-Porsche (Dacon) e Espron-BMW. Adorei o Aldee SR que já foi guiado pelo Giuliano Losacco, um canhão.
Entre no YouTube e busque por LuizVicenteMiranda (tudojunto) .
Abs.,
Vicente
Vicente, isso é sacanagem. Chegou a me doer de saudades do 914. Mesma cor, e ainda com as suas melhorias...
ExcluirFicou bem mais rápido, mais forte mesmo. Belo ronco.
E que chão, hein? Como ele é gostoso!
Essa doeu. Está um show seu carro. Parabéns!! Fico feliz por um 914 estar sendo assim aproveitado, em boas mãos, com a boa tocada de quem sabe tocar.
Muito espirituoso mesmo você heim Arnaldo!
ResponderExcluirParece que estamos tendo uma bom papo lendo seu texto.
Tenho um amigo que tem alguns Porsches antigos, estava na casa dele quando estavam saindo 2 que ele havia vendido. Vendo aqueles carros irem embora, pra mim, sentia como se eles tivesse "alma", tem algo que não existe nos modernos, como um 911 turbo que passou em frente naquela hora que carregavamos os carros na cegonha.
Não mesmo, pelo menos pra mim.
Arnaldo,
ResponderExcluirDelicioso seu post, voce tem o dom de nos fazer sentir como que junto com voce vivenciando seus feitos, seu cotidiano à época, no caso, do Porschinho 914, e em tantos outros "causos" com que voce volta e meia nos brinda por esse excelente Blog.
Grato por compartilhar conosco.
Ainda que fora de tópico, voce gostou mais do New Fiesta Hatch mexicano ou do brasileiro ?
Abraço
Júlio
Júlio, não guiei o mexicano, mas duvido que seja melhor que o brasileiro. O nosso está muito bom, mesmo, muito bom de chão, motor, e câmbio robotizado, de dupla embreagem, excelente. A única coisa a lamentar é o pouco espaço no banco traseiro.
ExcluirArnaldo,
ResponderExcluirSeu 914 podia ser visualmente idêntico ao da foto que abre o post, mas só visualmente...
Esse carro da foto, de 1969, é o primeiro dos dois 914 que receberam o motorzinho de oito cilindros do Porsche 908 - daí o nome "914/8" na placa de identificação. Coisa de um certo Ferdinand Piëch.
Se for o mesmo Satã, fã das Mercedes, vi-o há uns 4 ou 5 anos numa loja especializada em antigos na Barão de Limeira.
ResponderExcluirTomara que seja. Ele se parece com o que descrevi?
ExcluirCaro Arnaldo:
ResponderExcluirBom saber que você está atendendo aos pedidos feitos no post do Jaguar e contando mais dessas estórias que contam as 'pequenas loucuras que dão prazer à vida'.
Olha, creio que a dona patroa aí não leia aqui ao AE, já que a Morena Vi e a Gauchinha Loira já seriam bons motivos para ouvir horas de palavras 'feminina caseira'.
Como não quero arriscar, apenas me cabe também lembrar em silêncio mesmo tendo muita estrada a menos que você, mas também compartilho o mesmo DNA de Collie (Collie Lixo).
Engraçado que hoje em dia em nosso mundo 'pasteurizado', loucuras assim já são mais que motivos para internação imediata e todo mundo fica conformado em só enxergar o lado bom das coisas quando não há riscos negativos. Um amigo saiu aqui do Rio agora em Julho rumo Ushuaia a bordo de um Opala 1979 (SEM AQUECIMENTO!!!!) e estou curioso aqui com as estórias que virão com ele. Liguei para ele essa semana mas ainda está fora de área e espero que ele não tenha virado uma cápsula do tempo congelada no meio do caminho, conforme ficamos sacaneando em paródia ao filhote de mamute encontrado na Sibéria em 2007.
Abraços e não demore a continuar a ótima conversa, já que é uma (com todo o respeito) sacanagem você ter dado uma de "João Kleber".
Abraços!
Ô, Marcio, pô! João Cleber, não! Please! haha!
ExcluirEsse seu amigo, se voltar vivo, merece hospício, sim. Deve estar passando um frio que nunca imaginou passar. Chega a ser perigoso, sim.
E seria fácil meter um ar quente improvisado no Oala. Só desviar a água do sistema e fazê-la passar por um pequeno radiador dentro da cabine. Daí, com uma pequena ventoinha, boa, tá resolvido!
Estou com dó do cara. Dois amigos foram em 72 para Bariloche no inverno, de Fusca e sem aquecimento. Colocavam esparadrapo em tudo quanto é fresta, pois o ventinho, disseram, parecia que cortava feito faca.
Nossa, Márcio... encarar a Patagônia e extremo sul sem aquecimento é para poucos. Fui lá de carro em outubro/novembro e o esquema é pesado! Mas tem muita gente que vai de moto. E uma moto nunca será mais confortável que um carro em relação às intempéries.
ExcluirAbraço
Lucas CRF
Que a segunda parte não demore em aparecer, pois pela introdução já deu para ver que vem coisa boa.
ResponderExcluirNo final do ano passado passei por essa indecisão de me arriscar em um puro sangue alemão, mesmo correndo o risco de dar zebra pelo caminho. Era um BMW 540i 1997 com câmbio manual, verdadeira mosca branca de olhos azuis nesta terrinha tupiniquim, que um amigo meu comprou e decidiu vender cerca de 4 meses depois. O carro estava muito bom, só havia um pequeno amassado na saia lateral esquerda, coisa pequena. Aconselhei meu amigo a não vender, pois era um carro excelente, sem o risco dos custos estratosféricos de uma transmissão automática baleada. O que me pesou contra foi o fato de não caber em minha vaga de garagem do apartamento onde moro e que seria um carro de uso diário. Mas a tentação foi grande...
Arnaldo,
ResponderExcluirGrato pela resposta à minha consulta sobre o New Fiesta.
Tenho ligo muitos elogios da imprensa especializada sobre o PowerShift de dupla embreagem, mas ao que parece há registros por parte de proprietários de ruidos, e isto também nos EUA, advindos da dupla embreagem. Voce sabe algo a respeito?
Ah, náo esqueça da continuação de seu post, imperdível com certeza.
Abraço
Júlio
Julio, não posso imaginar que a Ford brasileira faça uma besteira dessas. Não faz. Os testes são rigorosos e a engenharia deles é muito experiente e competente, assim como as outras fabricantes do mercado. Casos assim são esporádicos, muito raros, e daí já vem aquele bafafá todo. Se for ver todos os carros têm uma lenda parecida a respeito e o sujeito, por um medo ilusório, acaba não comprando carro nenhum.
ExcluirArnaldo,
ExcluirPenso exatamente como voce, mas há registros, pelo que se lê inclusive no "Reclame aqui". Isso me fez lembrar algo na mesma linha que também estaria ocorrendo no Audi A1, também atribuido ao sistema de dupla embreagem, e no caso do A1 trata-se de sistema DSG.
Eu tenho um Azera e fico sempre impressionado com a suavidade e absoluto silêncio do meu câmbio automático epiciclico, com conversor de torque, tanto em Drive quanto no modo sequencial (embora um pouco lento, mas condizente com a proposta de um Azera).
Abraço
Julio
Tem lugar que nem pode ver o nome DSG, foram muitos os problemas nos primeiros carros assim. Se continuam hoje, outra historia, mas teve quem tomou uma lascada das boas com esse cambio e fora de ser caso isolado.
ExcluirDei uma sapeada nos classificados da internet pra ver se realizava o sonho de ter um Porsche depois de ler o post, mas esses carrinhos estão na média de uns 90 mil cruzeiros.
ResponderExcluirAcho que o mais perto de um esportivo de motor boxer traseiro que eu poderia ter seria um Puma mesmo...
Mas o Puma e um belo carrinho tambem .
ExcluirUm classico nacional
Faz um motorzinho mais bravo com 1,8 ou 1,9 carb dupla e escape e vc tera um brinquedo e tanto.
Outro dia vi um Puminha com necanica Ap 2,0 injetado do Santana. Devia ser um aviao
Boa sorte!
Esses dilemas são sempre instigantes. Estou a 5 anos guiando um carrinho familiar, automático. Mas tenho uma brecha pra pegar um carro que gostei muito: Punto T-Jet. É a emoção contra a razão.
ResponderExcluirPodes pegar esse sonho. O T-jet também pode ser racional com o downsizing.
ExcluirAnônimo,
ExcluirPorque o T-Jet não seria razão? Carro econômico, espaçoso...
Coragem, rapaz!
Então, fico em dúvida da manutenção, sobretudo troca de correia dentada, mas acho impossível não existir em SP capital alguém que faça serviço dentro da técnica.
ExcluirOutra coisa que diz parte da mídia é que o motor é fraco demais abaixo dos 2000 rpm (vira um 1,4 aspirado, dizem), ainda não fiz um teste nele pra saber. Mas li aqui o Bob e vc, e nunca falaram nada disso, seja no Punto ou no Bravo de mesmo motor. Procedi essa conversa ou é papo de quem tem medo de apertar o acelerador?
Anonimo, nem precisa apertar o acelerador. A pegada é imediata. Experimente para ver. Vai cair o queixo.
ExcluirEsse Sata é realmente um cabron-barra-braba hein he he ,mas que culpa o Chevette teve para levar um murro!.Me lembrei do Passat 75 do meu pai (branco lotus lindo),um cara com um Chevette também se enfiou na frente do Passat meu pai não conseguiu frear e bateu ,no Passat arranhões no para-choque e na tampa,no Chevette amassou a tampa que ficou aberta,alias, era muito fácil amassar a tampa do Chevette e do Corcel,abraço.
ResponderExcluirDeixar a história para depois justo quando estava ficando bom? Pode isso, Arnaldo? Tudo bem, pode.
ResponderExcluirArnaldo, pelo que você falou no texto e textos passados, você trabalhava bastante na fazenda para seu pai. Este foi o seu primeiro emprego? Quando foi que você se meteu a fazer matérias sobre carros para revistas do gênero? Assim como Bob Sharp, seu nome já é bem conhecido no ramo.
Abs.
KzR,
ExcluirTrabalhe na roça dos meus 19 aos 49 anos, portanto, vivi da terra por 30 anos.
Por acaso comecei a escrever sobre carros. Sou amigo de um antigo sócio do Jornal Primeiramão e conversando com ele a respeito da preparação do seu Fusca 69, ele sacou que eu manjava e me convidou a escrever no Jornal Superauto, que é do Primeiramão. Dai uma coisa foi puxando a outra. Só vim morar em SP anos depois, mas por outros motivos, e não pretendo ficar aqui por muitos anos ainda, não.
OK?
Uma vez fui abastecer o MP Lafer e o dono do posto chegou com um 914 preto. Ele viu meu carro e ofereceu troca. Desconfiei na hora: ninguém troca um Porsche por um Lafer. Só fui entender a proposta indecente quando soube que o motor do 914 foi alterado: era um AP 1800...
ResponderExcluirSei muito bem o que é ficar na encruzilhada do desejo com a praticidade, ou do sonho antigo com a nova vida de casado. Experimentei isso quando fui paquerar uma Alfa Romeo 156. Felizmente busquei a opinião do conselheiro certo e não me cansarei de agredecê-lo por isto.
A italianinha quer atenção além da conta, mas compensa isso me dando o prazer de guiar um carro completo.
A vida é curta demais para ser mais um na boiada.
Fico imaginando que deveria ser bem prático essa primeira pra fora, e só ficar no H pra cambiar. Mas hoje só dá sequencial, participava duma categoria que também tinha caixa sequencial; mas acredito que o pessoal de lá do pelotão intermediário pra frente bota tempo em muita gente que diz guiar bem.
ResponderExcluir914.
ResponderExcluir928.
944.
Os Porsches mais injustiçados da história.
Meus sonhos de consumo são: 550, 914/6, 911 Carrera RS 2.7 e Turbo 930, 944 Turbo, 962 Evo II e 959.
ResponderExcluirTinha um deste 2.0 vinho sendo vendido a um tempo atrás aqui em BSB por 70K, acho que este carro não custa isso tudo, mas deve ser uma delicia guiar ao limite como se deve e merece.
Arnaldo, se vc falar do jeito q escreve, vc deve ser O kra prá sentar numa mesa d boteco contando causos ficar tomando cervejas e cervejas e cervejas!!!!!!
ResponderExcluirGrande Arnaldo!
ResponderExcluirComo de costume, ótimo post. No aguardo da continuação da história do porschinho.
Acho que, em termos de resistência, o que mais se aproxima desses carros alemães mais antigos (não ponho minha mão nem na água morna por esses mais novos, com mais processadores que a Apolo XI) devem ser os japoneses da Toyota. Afinal, dominaram o mercado americano nos anos 80 provando que sim, é possível ter um carro e não fazer amizade com o mecânico mais próximo.
Adorava meu Monza, mas depois que troquei por um Camry nunca mais quero saber de carburador.
Abraço!
Que legal Arnaldo, lembro de ter lido, acho que no Superauto, um conto seu com o 914. Que bom que você nos brindou com este texto - agora falta a segunda parte...
ResponderExcluirConsidero (nunca o dirigi) o 914 um carro fantástico, Cg baixo, pouco momento polar de inércia, qualidade alemã. Deve ser muito ágil, uma verdadeira máquina de comer curvas!
Aos amigos que estão na dúvida sobre ter um carro antigo ou diferente, eu digo para ir em frente! Ter um carro desses é mais que um filho, é de fato um casamento. Haverão momentos de alegrias, de tristeza, de "doença". Não será fácil nem barato, mas a pessoa que gostar realmente, tiver recursos necessários (conhecimento, dinheiro, tempo), o resultado é recompensador. Porém é bom lembrar que estamos no Brasil e temos que lidar com o que já existe aqui. Quero dizer, a pessoa quer um Mustang, mas não pode tê-lo. Ela pode escolher ficar a vida toda lamentando não poder ter o Mustang, ou ela pode buscar um outro carro de proposta semelhante (Maverick p.ex.). Outro exemplo, a pessoa queria um 911, mas só dá pra manter um Puma, então case-se com o Puma e seja feliz! Eu queria um BMW E30, mas só posso ter o Chevette, então casei com o Chevette.
Um abraço.
Arnaldo, é a primeira vez q "digio" por aqui, mas não me contive. Seu texto é fantástico. Vou acompanhar o AE com mais frequência somente pela sua vitalidade de escrita. Seu material aqui tem alma. Parabéns!
ResponderExcluirFernando Amoroso