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07.agosto.2013
Salão de Frankfurt terá VW Golf e Peugeot 308
Briga de cachorro grande, a faixa de mercado onde
estão o VW Golf e o Peugeot 308 é a de melhor equilíbrio entre porte,
importância e rentabilidade. Nela, Ford Focus, Fiat Bravo, Audi A3 Sportback,
Hyundai, Kia e muitos outros concorrentes de peso. Um erro e as contas e o
futuro se complicam no cenário de briga-de-foice-no-escuro que é o mercado mundial de automóveis.
Ter um bom produto e resultados é o sonho das fabricantes. Nele o Golf é líder e
a Peugeot era segunda até 6 meses, caindo após.
Salão de Frankfurt, o IAA, é referência temporal,
econômica e geográfica para lançamento de produtos. E, em sua casa, a
Volkswagen fará festa grande para obter enorme divulgação com seu Golf, para os
chegados Golf 7, indicando a sétima geração do produto. Líder, parâmetro, terá
a responsabilidade de manter a liderança, fazendo-o mundo a fora. Como a Coluna informou
em outubro passado, a empresa, em seu projeto de liderança mundial, quer passar
o traço da atualidade em seus produtos. Nada de carros ou motores antigos
fazendo trabalho de espeleologia mercadológica para descobrir algum buraco no
mundo onde possa vender carros peculiares com motores de projetos antigos. O
Golf feito pela VW há largos anos no Paraná é da geração 4 e 1/2: Quatro do
quando tinha similaridade com o modelo alemão, meio indica a intervenção
estética liderada pela área de design da VW do Brasil para
revitalizar o automóvel.
O Golf 7 vem sobre a plataforma MQB, permitindo
variar a distância entre eixos, mesma base do Audi A3 Sportback, importado
recém-lançado no país. A motorização deve ter a mesma base, 4 cilindros, em
alumínio, cilindrada de 1,4 e 2,0, 16 válvulas e turbo.
A campanha de publicidade, em tradução livre
dirá Sempre imitado, nunca igualado. E anúncio gaiato, mostra
uns amadores descompromissados tentando cantar My Way, com gravação
de Frank Sinatra mostrando claramente o que é original e o que é cópia.
Produtos e marcas tem comportamentos opostos.
Enquanto a VW tem clientela européia para o Golf, a Peugeot apostou
internacionalizar vendas, vender mais no exterior que no continente de origem.
E o foco pela VW de padronizar mundialmente seus os produtos tem mira
distante pela Peugeot: o novo 308 a ser lançado em Frankfurt nada tem a ver
com o modelo iniciado produzir há dois anos pela marca no Mercosul. Ela opta em
ter modelo tipo Mercosul, um de seus melhores e o mais rentável de seus
mercados. Assim, em alguns anos terá a plataforma que dá estrutura e com a
carroceria da foto, entretanto com pequenas intervenções estéticas para atualizá-la
aos nossos olhos.
Na Europa, como referência, disse a Peugeot que o novo
308 custará 16.450 euros – mesmo preço do Ford Focus, e menos que Golf 7 a
17.715 euros.
Mudança chamativa, a Peugeot refreou o atrevimento
estético – deve ter batido no limite da magnitude de grade e grupo óptico, como
praticou até a geração passada – adotando traço mais comportado, contido,
menores grades e faróis. Para enfrentar a universalmente aclamada e reconhecida
robustez construtiva do concorrente Golf, a Peugeot diz nele incluir os mais
elevados padrões de qualidade, incluindo materiais de decoração, o metal
acetinado e os detalhes em preto profundo.
Novo Peugeot 308. Lá |
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Zero na Latin NCAP ainda
repercute
Nota da Coluna sobre avaliação
realizada pela Latin NCAP, entidade supraoficial, indicando GM Agile e Renault
Clio recebendo Zero numa tabela de cinco estrelas quanto a segurança em batida
contra barreira física, mereceu esclarecimentos da Renault. Ei-la:
“ O Novo Clio foi testado sem air bag. Esta
configuração corresponde à regulamentação em vigor nos mercados onde é vendido,
já que as regulamentações sul-americanas ainda não exigem o air bag. A
partir de janeiro de 2014, todos os Novo Clio serão comercializados
com air bag para o condutor e passageiro.
O Novo Clio cuja versão foi testada pelo Latin NCAP
tem um nível de segurança igual e até mesmo superior àquele de seus
concorrentes diretos no segmento (Peugeot 207 Compact, VW Gol Trend 1.6, Fiat
Palio ELX, 1.4 Chevrolet Celta, Ford KA Fly Viral, Chevrolet Corsa Classic e
Fiat Novo Uno). Todos estes modelos, testados em 2012, obtiveram 1 estrela nos
resultados Latin NCAP. O novo processo mais rigoroso do teste Latin NCAP fez com
que o Novo Clio, testado em 2013, não obtivesse nenhuma estrela. Se
nos baseássemos no protocolo do Latin NCAP em vigor em 2012, o Novo Clio teria
obtido 1 estrela, assim como os seus concorrentes do mesmo segmento “.
Questão poluída, provocando contestações e respostas
de comunicação social sobre um tema de engenharia e segurança. A verdade clara
é que os automóveis vendidos abaixo do Equador, por falta de exigência dos
consumidores e por leniência da legislação, têm menos estrutura que os modelos
de origem, submetidos a testes oferecem resultados cabais, porém as condições
infra-equatoriais permitem contestações.
A argumentação da Renault bem exibe a perigosa
situação dos consumidores, correndo riscos de danos físicos e de morte. Afirmar
que a mudança no método conseguiria 1 estrela no máximo de 5, é firula. No
âmago da questão, Zero ou Um mostra riscos e perigos em pancadas frontais.
Isto só mudará quando o governo federal olhara para
a indústria automobilística, sétima no mundo, envolvendo 23% do PIB industrial, como
agente econômico e não como coisa paralela, menor. A mudança de óptica
permitirá entender que o entorno deste ente mítico e mágico deve ser
cuidado. Desde garantir vias onde possa circular e cumprir sua função de agente
da mobilidade, quanto ser seguro e proteger seus usuários em acidentes.
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Roda-a-Roda
Afinando – A
BMW confirmou o início das obras de sua fábrica brasileira em Araquari, SC,
para novembro – parece, os alemães não estão considerando as chuvas de verão
como obstáculo à terraplanagem ... Em novembro de 2014, início de produção e
produtos indefinidos. Quer fazer 32 mil ao ano. Pelo volume deve pretender
alimentar a Sul América.
Outra –
A Honda fará outra fábrica de automóveis no Brasil. Será em Itirapina, SP a 200 km
da Capital e a 100 km da atual base, em Sumaré. Terá capacidade idêntica à hoje
instalada, 120 mil veículos/ano, e dela tirará, em 2015, um novo carro pequeno,
do porte do Fit e do City. Um deles, possivelmente, o pequeno utilitário
esportivo apresentado pela Coluna há dias.
Dúvida – A
Volkswagen alimenta a dúvida da produção do Golf geração 7 em sua fábrica no
Paraná. A verdade veio à tona. Fornecedor da marca informou à Coluna ter
componentes aprovados e em preparação para fornecer à linha de produção a
partir do início do próximo ano.
Cabeça fria – O
pulo de 24,9% nas exportações, invertendo a posição de queda de 5% para alta em
20%, não fez Luiz Moan, presidente da Anfavea – a associação dos fabricantes de
veículos –, embarcar na nau dos insensatos ufanistas. Sua crença atribui o
crescimento ao aquecimento dos mercados importadores. E não reflete ganhos de
competitividade de nossa indústria.
Condicionamento – Outra curiosa conseqüência da visita do Papa: conteve vendas de
automóveis zero-km em Rio e São Paulo.
Sem –
Honda iniciou importar o mexicano crossover CR-V com tração apenas nas rodas dianteiras.
Versão paralela à com tração total. Motor comum, 2,0, monocomando acionando 16
válvulas com aberturas variáveis. 155 cv de potência, torque de 19,5 m·kgf.
Pesa 54 kg a menos e custa, na versão luxo, R$ 5 mil menos que os R$ 114.900
pedidos pela versão ELX com tração nas quatro rodas.
Por observar, cada quilograma de transmissão custa quase
R$ 100 ...
Honda CR-V, tração pelas rodas dianteiras |
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Relatividade – Diz a imprensa versada na mescla de economia e o varejo da vida
pessoal de alguns agentes, que a fortuna do ex bilionário Eike Batista se
esvaiu e chegou ao tamanho da dívida do ex-senador Luiz Estevão com o Governo
Federal: R$ 200 milhões. Em sendo, o brasiliense está melhor na foto dos
cifrões e zeros: seu patrimônio, com alguns milhares de imóveis, e sua
disposição em construir uma cidade nas beiradas da Capital Federal, é
aparentemente muito superior.
Derrapou – A
coleção Carros Inesquecíveis
do Brasil, que semanalmente despeja nas bancas de jornais uma miniatura de
veículo da história da indústria automobilística brasileira por caros R$ 39,90,
na última edição derrapou na realidade. Mostra um Karmann-Ghia, diz ser de
1962, e o exibe clarinho e monocromático. Mas, como exibido, não houve. Todos
tinham duas cores.
Financiamento – As promoções do tipo Juros Zero – na verdade
negociados pelas fabricantes com seus próprios bancos – tem reduzido a massa de
financiamento. Décio Carbonari de Almeida, presidente da ANEF, a associação das
financeiras das fabricantes registra um decréscimo de 18% na comparação de
junho de 2013 ao deste ano. Diz também, a taxa de juros baixou. Em junho a
média foi de 1,23% ao mês, Em maio, um décimo maior. No bruto 15,80% ao ano.
Peso Pesado –
O mercado de caminhões passará por enorme e nunca vista alteração, com a
chegada de novos fabricantes, mais que dobrando a relação das marcas hoje
vistas em nossas estradas: Ford, Iveco, MAN – ex-Volkswagen, Mercedes, Volvo e
Scania.
Por cima –
Um dos argumentos de venda da marca Metro-Sachman, com produtos chineses é que
seus produtos foram dimensionados para carregar carga acima das especificações
legais brasileiras: 7,5 t no eixo dianteiro e 13 t no eixo traseiro. As normas
legais estabelecem respectivamente 6 e 10 toneladas. Na combinação de eixos,
idem.
Realidade –
Entre a letra da lei e a realidade do asfalto brasileiro, os caminhões aqui
produzidos pelo menos igualam a nova marca. O excesso de peso é característica
nacional. A marca diz produzir 150 mil unidades anuais e utilizar componentes
internacionais produzidos e com assistência técnica no Brasil.
Novidade –
Um diferencial apresentado pela Scania para oferecer melhores resultados de
operação aos seus produtos leva o nome de Streamline.
Por si só os caminhões foram otimizados em aerodinâmica, pelo novo câmbio
Opticruise, e os novos motores Euro 5, sendo capazes de conseguir até 15% em
redução de consumo, primeiro item da operação. Complementa com pacote de
serviços para reduzir custos de manutenção.
Colectivo – A América Latina vem em crescente utilização de
sistema integrado de transporte urbano de passageiros. Canaletas exclusivas,
ônibus dimensionados a fácil entrar e sair, velocidades e deslocamentos
maiores. Uma evolução do que pioneiramente se implantou em Curitiba, PR. Com
financiamento internacional o sistema se chama Transmilênio. O de Bogotá,
capital da Colômbia, acaba de inovar comprando 200 ônibus Volvo híbridos
diesel-elétricos, contrato de manutenção por 5 anos e de proteção da bateria
por 12. Além das vantagens ao trânsito há ao meio ambiente pela drástica
redução na emissão de poluentes.
Sintonia – Em
Maceió mais um revendedor Troller. Vendas, assistência técnica, e muito campo
para os jipes da Ford, entre o lazer, trabalho na agricultura e produção
canavieira. Nome é Trilha Maceió, e fica à av Fernandes Lima, 2604.
Gerente Mário Pereira.
Sinal –
Liderando por três meses nas vendas do segmento scooter com
seu modelo Lead 110, a Honda se declara líder absoluta no negócio. Novidade no
produto, pode ser desligada nas paradas superiores a 3 segundos, buscando
reduzir consumo. Curiosidade como tecnologia, mas numericamente deve ser dado
desprezível entre o consumo mínimo e a economia idem.
Diversão – Quer imaginar performance e barulho do
motor Mercedes na Fórmula 1 de 2014? O V6, 1.600 cm³ com um turbo? A equipe Mercedes AMG Petronas gravou o motor e
simulou percorrer o mítico circuito de Monza. A mão de obra é áspera, mas a
simulação muito interessante. Está em www.youtube.com/MERCEDESAMGPETRONAS
Gente – Gustavo
Ruffo, jornalista, novo p.c. OOOO Deixou a revista Car and Driver e será repórter batucando computador
no Jornal do Carro,
publicação do Jornal da Tarde herdada pelo Estadão. OOOO Sérgio
Berezovsky, jornalista, surpresa. OOOO Após mais de 20 anos na Editora
Abril, e sete deles chefiando a revista Quatro Rodas, dispensado. Cortes. OOOO Santiago
Chamorro, colombiano, promovido. OOOO Novo presidente da General
Motors no Brasil. OOOO Indicação pessoal de James Ardilla, número 1
para a América Latina. OOOO Femininas indicações anteriores, pela
diretoria norte-americana, foram fugazes. OOOO Edgar Lourençon,
engenheiro, carreira. OOOO Novo diretor de Vendas, Serviços e Marketing da GM na América do Sul. OOOO Laurent
Barria, 38, francês, administrador com MBA, escala. OOOO Era diretor da Peugeot
em Portugal, agora o é no Brasil. OOOO Nívea
Ferradosa, publicitária, crescimento. OOOO
Deixou a Diretoria de Marketing da Citroën por cargo continental: diretora de
Marketing Digital da holding PSA América Latina. OOOO
É, foi a vez do Clio. A Renault tirou os airbags porque o cara não queria gastar 1500 reais a mais pra tê-los.
ResponderExcluirComeçou a "histeria balonística" por aqui.
Todo mundo achando que um "balão na cara" em 2014 vai salvar vidas.
Neguinho enche os tomates com essa estória de Airbag, X estrelas e tal... mas nem conseguem ligar o farol baixo durante chuva, não mantém distância segura do veículo da frente.
Será que airbag vai ensinar os nobres condutores brasileiros a esterçar corretamente o volante, ou dirigir sob neblina? E usar rotação correta em ultrapassagens (maior causa de morte)?
Esse país aqui tá lotado de fakes.
Muito bom o comentário, Ledoni. Com um mau motorista no controle, até um Volvo é perigoso. rsrs
ExcluirPrefiro pegar carona num JAC com um motorista bom e consciente a pegar com um péssimo motorista dirigindo um Mercedes.
Até o bom motorista do JAC encontrar o péssimo motorista do Mercedes...
ExcluirNo mais, o problema de segurança do Clio não se resume aos airbags. Só a Renault diz isso.
Para mim, 1 ou 0 no teste é a mesma coisa. Esse 0 ou 1 correspondem a quantas vidas brasileiras ceifadas? Nota 10 para latin ncap!
ResponderExcluirhttp://dipoloeletrico.blogspot.com.br
Tenho dúvidas se a causa das mortes é realmente o carro brasileiro. É fácil colocar a culpa em um terceiro (principalmente se o terceiro for algo material) para se isentar de qualquer eventual responsabilidade.
ExcluirEntendo que tenha que haver ao menos padrões mínimos de segurança passiva que um automóvel deve oferecer (longe de mim falar que nossos carros são "o estado da arte"), porém queiram ou não, impor a fabricação de carros mais seguros é o mesmo que tentar matar uma árvore arrancando as folhas. Carros mais seguros não educam motoristas, e são esses quem realmente precisam de algum "upgrade" para poderem circular em nossas vias.
Concordo com você, entre 1 e zero não deve haver grande diferença, nem para o motorista 'cachorro louco' (que acha que sabe pilotar mas numa situação de risco é o primeiro a perder o controle do carro) quanto para o ótimo motorista (que dirige defensivamente e sempre conservando seu veículo com a devida manutenção, pois raramente passa por situações de risco e usando passa, consegue manobrar defensivamente assim evitando ou, pelo menos, minimizando ao máximo danos físicos e materiais).
Sem contar que Gol 6 faz uma estrela porém, 3 estrelas com AB2, o que ao meu ver, não é um desempenho de se jogar fora. E supondo que o Clio, de acordo com esclarecimentos da Renault, conseguisse 1 estrela no modelo sem AB2, imagino facilmente as 3 estrelas com o dispositivo.
Mendes
Até concordo que o motorista brasileiro carece de treinamento. Nem por isso podemos admitir que nossos carros não tenham um mínimo de segurança passiva. Aposto que quando o brasileiro for realmente treinado por um sistema de auto escolas de qualidade,as exigência por itens mínimos de segurança vai se fazer valer, assim como Europa e EUA.
ExcluirAbc
http://dipoloeletrico.blogspot.com.br
É como dizem: "Uma andorinha só não faz verão".
ExcluirClaro que o ideal seria carros 5 estrelas conduzidos por "motoristas 5 estrelas". Só acho que essa ideia de que nossos carros são "carroças", "gailolas", ou qualquer substantivo ou adjetivo pejorativo por não oferecer ambiente de proteção de primeiro mundo, um tanto exagerado.
Mas agora com essa repercussão do Latin nCAP, agora eu passo a ter dúvidas se o julgamento deles é realmente justo. Por que não usam o padrão europeu de testes?
Mendes