Uma visão especial mesmo nos Estados Unidos |
Motor de 383 polegadas
cúbicas, bloco grande, um monstro. Freios a tambor, sem servoassistência, assustador. Direção não assistida também.
Força no braço!
Calafrios na espinha.
Assim eu me senti ao dirigir pela primeira vez um histórico pony car em solo
pátrio, os Estados Unidos da América, ou apenas América, como eles dizem lá.
Meu amigo desde a faculdade, Fábio, já
conhecido no AE por outras montarias mecânicas que tem ou teve (veja links no final), emigrou
para os Estados Unidos e está lá trabalhando, vivendo melhor e mais barato.
Eliminou de seu cotidiano a possibilidade de ser assaltado em cada esquina,
além de não mais pagar três vezes o valor justo de um produto qualquer. Exceto
bananas, talvez.
Como parte dos planos
era ter o privilégio de comprar um carro histórico por lá, tratou logo de
escolher um Mopar, para completar a trinca das Big Three, as antigas
marcas que dominavam isoladas o mercado americano. Ele já tem um Chevrolet Camaro e um
Ford Mustang. Por obra desses três fabulosos fabricantes e legiões enormes de fãs das três marcas, os três modelos ainda
existem, sendo que o único que nunca deixou de ser produzido foi o Mustang. Falaremos em breve deste, pois é o carro de uso diário do Fábio.
Rodas Rallye, como nos Charger R/T brasileiros |
Em visita ao
amigo e sua família, ele gentilmente me passou a chave do monstro belamente
recoberto da tinta na cor Hemi Orange,
para que eu pudesse andar nele,
sem o perigo de quebrar algo em alguma lombada ou valeta brasileira, já que lá
essas excrescências feitas para estragar carros não existem. Também não há remendos mal feitos com asfalto de péssima qualidade como aqui.
Quando andei no Camaro e no Mustang do Fábio aqui no Brasil, fiquei muito mais preocupado em não destruir o carro devido a alguma interferência externa. Na terra natal do Challenger, tudo flui de forma muito mais sossegada, a começar pelo piso que não tortura os veículos e seus ocupantes. Se os carros pudessem escolher onde viveriam, esse seria o país (não sei por que me lembrei do Bob e do Jorge Ben Jor...).
Quando andei no Camaro e no Mustang do Fábio aqui no Brasil, fiquei muito mais preocupado em não destruir o carro devido a alguma interferência externa. Na terra natal do Challenger, tudo flui de forma muito mais sossegada, a começar pelo piso que não tortura os veículos e seus ocupantes. Se os carros pudessem escolher onde viveriam, esse seria o país (não sei por que me lembrei do Bob e do Jorge Ben Jor...).
Dirigir enxergando o capô é ótimo |
Saímos então para uma
volta por estrada, avenidas e ruas próximas, com direito a passagem no posto de
abastecimento. Por toda parte há gasolina padrão com até 10% de etanol, mas, em
alguns postos, se encontra a magnífica gasolina pura, sem álcool, desejo de
todo possuidor de carro antigo, do tempo em que álcool era para limpar
vidro, desinfetar agulha ou beber mesmo.
Gasolina livre de álcool. Liberdade de escolha |
No posto, o carro
chamou atenção adoidado, mesmo estando em casa. Por aqui seria uma confusão
sair com ele e parar em local público.
O desafiador R/T tem
uma cor ótima, e com teto e faixas pretas, tudo o que precisa um muscle car, o
termo muito empregado para esses carros, que na verdade são pony cars, pois são
menores que os muscle originais, como o Pontiac GTO, por exemplo. Na verdade é uma carroceria pequena para o
tempo em que surgiu, e nesse primeiro ano, já nos moldes conceituais dos
concorrentes Chevrolet e Ford, o Challenger divide quase todos os componentes
com o Plymouth Barracuda, da marca já infelizmente extinta.
Desenho belíssimo, faz o carro parecer bem mais baixo do que é. A dianteira com faróis e grade recuados garante uma aparência de bote da serpente, ou de aspirador de estradas. Turbulência é problema, mas o estilo fala mais alto, o carro parece que está sempre avançando sobre o asfalto para devorá-lo.
Esse desenho foi tomado de uma idéia inicial de três anos antes à apresentação do Dodge Charger, lançado em 1966, que deveria ser propulsionado não por um motor de combustão interna, mas por uma turbina a gás. Assim, o air dam (represa de ar, nome dado ao defletor dianteiro) na dianteira seria o local da tomada da turbina, o que não aconteceu. Mas o belo estilo foi adotado no Challenger. Com esse buracão na frente, o coeficiente de arrasto é de 0,48, bem alto.
No desenho de 1963, aquela que viria ser a inspiração para a dianteira do Challenger |
Grade e faróis recuados só aumentam a cara de mau |
O carro está em ótimo
estado, tem um histórico de poucos proprietários, manual, nota fiscal, adesivo de vidro com as características do carro utilizado pelas fábricas e concessionários quando o carro é novo (window sticker), obrigatório por lei americana, ou seja, o conjunto
completo, portanto, que faz colecionadores valorizarem um carro.
O preço é informação que só o dono tem, mas carros desse modelo e ano chegam a ser anunciados por até US$ 50.000 no site eBay, variando muito de acordo com o estado e originalidade, como não poderia deixar de ser. Como eu digo sempre que alguém discute preço de carros usados, nunca há um preço certo ou limite, mas sim, o estado do carro e o número de ofertas no mercado é que tem que determinar isso.
Depois de dar uma boa olhada em alguns detalhes, o embarque na carona para sentir o carro sem dirigir, algo que sempre aprecio fazer quando há tempo.
Macio de suspensão,
inclina pouco, sem ter comportamento de barca, como se dizia por aqui nos
tempos de Dodges e Galaxies. Os bancos tem um conforto razoável, e segurança é
coisa garantida por cintos abdominais e se a pessoa quiser, um transversal
adicional que fica preso no teto e pode ou não ser usado.
Volante na altura certa, bancos confortáveis, mas não seguram muito em curvas |
Razoável espaço traseiro. Notem o encaixe para os cintos no console |
Dirigindo, a história é
diferente. É o jeito certo de saber o que é um carro com 43 anos de idade.
A caixa automática faz as preocupações com freios e direção diminuírem. Ao menos a atenção fica mais concentrada
nesses dois sistemas, e não se precisa pensar em trocar de marcha também. É a
consagrada Torqueflite 727 com três marchas, de funcionamento perfeito, quase
atual no quesito qualidade de mudanças, muito suaves. É incrível como coisas que têm fama a merecem
de verdade, já que as Torqueflite sempre são muito bem comentadas nesse mundo dos Mopar.
A aceleração, objetivo
de vida de um muscle car ou de um pony car, é forte. Nunca falta fôlego, mas
não abusamos por vários motivos. Um, a raridade do carro, o outro, a confiança
depositada em me entregar um carro desses, além do imponderável: a chuva que
começou quando saímos com a máquina. Seria algo medíocre fazer besteira em um
carro com freios a tambor no molhado. Eles tem o mesmo diâmetro na dianteira e
traseira, 11 polegadas ou 279 mm. Prefiro ser contido mais do que meu normal
nesses casos.
Forçando só um
pouquinho, dá para sentir que o carro tem tendência a sair de frente, algo
benigno num carro de tração traseira, e facilmente corrigido eliminando o
excesso de aceleração.
O motor é obviamente de oito cilindros em “V”, de bloco grande com 383 polegadas cúbicas
ou 6.274 cm³, alimentado por um carburador de quatro corpos. É fácil de saber
se um V-8 Chrysler é big block ou não mesmo sem estar acostumado ao tamanho deles. Os
big block tem o distribuidor na frente, os small block, atrás, perto da parede
de fogo.
Tem 340 hp (250 kW) brutos; em cv líquidos, cerca de 20 a 30% menos, já que não há fator de conversão exato. Portanto, cerca de 270 a 280 cv na nossa antiga mas habitual unidade. Essa potência ocorre a 5.200 rpm, com
torque máximo (bruto) bestial de 58,7 m·kgf a 3.400 rpm. Um belo número, sem dúvida,
suficiente para carregar os 1.610 kg em ordem de marcha com facilidade. A taxa
de compressão é de apenas 9,5:1, e poderia ser maior facilmente. Sobre ronco de motor, melhor não falar nada. É lindo demais. Vejam o curto vídeo que fiz, apenas para registrar.
Acesso fácil para quase tudo |
Radiador enorme: sistema de arrefecimento para acelerar mesmo |
Desenhado por Carl Cameron, o
mesmo que fez o desenho geral do Charger 1966, o Challenger
veio depois do Mustang (1964) e Camaro (1967), e bem apropriadamente, se
chama "desafiador", pois chegou depois ao mercado para enfrentar ambos.
Sua carroceria é a E-body, a
menor do grupo Chrysler, e muito parecido ao Plymouth Barracuda, apesar de ter
entreeixos maior que esse em duas polegadas (50,8 mm). A explicação é que com a
chegada do Cougar, baseado no Mustang mas visando um cliente que preferia um
pouco mais de luxo e conforto, a Chrysler respondia com o Challenger, ficando o
Barracuda como sendo o carro de briga contra Mustang e Camaro. Na prática, ambos disputavam o mesmo mercado.
Teve uma infinidade de motores,
sendo o mais desejado o 426 Hemi. Mas o
carro que andamos já é muito legal, sem precisar custar os olhos da cara, com o
motor padrão do R/T deste ano. Nesses momentos se percebe que há sempre
exageros no campo automobilístico. O 383 é um motor com potência de sobra para fazer
do Challenger um carro muito agradável, sem precisar obrigatoriamente de um
Hemi debaixo do capô.
Com ele acoplado ao câmbio
automático, o quarto de milha é coberto em 14,8 segundos a 159 km/h, indo de 0
a 100 km/h em 7 segundos e chegando a velocidade máxima de 204 km/h, mostrando
a clara limitação gerada pelo arrasto aerodinâmico. Com uma dianteira mais lisa, ganharia facilmente uns 10 km/h.
Carros antigos são uma aula de
história, e quanto mais fundo vamos mais percebemos o quanto tudo vai mudando
ao longo do tempo. Um exemplo é a posição de dirigir desse carro. Senta-se
baixo, em um banco com encostos de cabeça nulos, e mais reclinados do que o
necessário. Apesar de parecer ruim, depois de andando por um tempo, nota-se que
é uma posição não tão complicada.
Outra coisa é o retrovisor
externo apenas na esquerda, algo impensável em qualquer carro moderno. É bom
pelo prisma da cautela, pois você não coloca o carro para a direita sem olhar
bem, não apenas aquela leve olhadela no espelho. É preciso estar com o pescoço
em ordem.
Carroceria em ótimo estado, alinhada |
Lanternas de lado a lado são adoráveis |
Não cansa olhar para ele |
O ano de 1970 é o mais
legal dos Challenger. As alterações feitas a partir de 1971 não deixaram o
carro melhor visualmente, especialmente em 1972, quando a grade piorou muito a
aparência do carro, assim como a traseira, que perdeu as lanternas que ocupavam
toda a largura e adotou-se pequenas sinaleiras.
Visualmente piorado, e com a
crise do petróleo de 1973, os motores tiveram as taxas de compressão
diminuídas, gerando menos potência e mais consumo. Com os consumidores se
concentrando em carros menos gastadores de combustível, foram diminuindo as
opções de motores e em abril de 1974 deixou de ser fabricado, após 165.437
unidades. Muito mais raro que Camaros e Mustangs, obviamente.
Valeu pelo grande privilégio, amigo Fábio. E nem precisei lavar o carrão em troca, como você havia dito um mês antes!
Quadro de instrumentos batizado de Rallye: conta-giros no centro |
Pino da trava de segurança extra do capô |
O cabo da trava de segurança |
Emblemas na grade dianteira. Road and Track – Estrada e Pista |
Placa usada nos concessionários e pelos entusiastas |
Abaixo, os links para os outros carros do Fábio. O Porsche não mais ocupa sua garagem.
JJ
E ainda tem gente que prefere suves...
ResponderExcluirNão seriam modelo Rally as rodas do Dodge?
ResponderExcluirAnônimo,
Excluirestá correto, já consertei, obrigado.
JJ,
ResponderExcluirQuanto ao downgrading dos motores em 1974, fora resultado das leis de emissões mais rígidas por parte da EPA. Segue excerto abaixo:
"By the 1974 model year, the emission standards had tightened such that the de-tuning techniques used to meet them were seriously reducing engine efficiency and thus increasing fuel usage. The new emission standards for 1975 model year, as well as the increase in fuel usage, forced the invention of the catalytic converter for after-treatment of the exhaust gas. This was not possible with existing leaded gasoline, because the lead residue contaminated the platinum catalyst. In 1972, General Motors proposed to the American Petroleum Institute the elimination of leaded fuels for 1975 and later model year cars. The production and distribution of unleaded fuel was a major challenge, but it was completed successfully in time for the 1975 model year cars. All modern cars are now equipped with catalytic converters and leaded fuel is nearly impossible to buy in most First World countries."
Wikipedia.
Para mim, que trabalhei em css Dodge no Brasil, este post é uma maravilha de viagem... Parabéns, Juvenal, pela bela matéria. Suas impressões do V-oitão são exatas.
ResponderExcluirQue belo carro!
ResponderExcluirO som é lindo.
dipoloeletrico.blogspot.com
Um canhao em arrancada cobrindo o 1/4 milha em 14,8s! A velociadade maxima me decepcionou . Pensei que esse carro atingisse 220km/h , o que seria compativel com sua potencia.
ResponderExcluirAcho que o velho cambio automatico de apenas 3 marchas atrapalha um pouquinho !
Mas enfim um perfeito exemplar da era os muscle-cars americanos.
Eu gostaria de ter um em minha garagem e seria exatamente nessa cor!!!
Imagine 220 km/h com pneus diagonais... melhor que só chegue a 204.
ExcluirJJ
ResponderExcluirAcho que voce conhece o interessante concept car da Dodge, o Charger III de 1968!
Muito legal esse carro. Tenho um em miniatura da Matchbox, que guardo da epoca de crianca.
Abaixo segue algumas informacoes:
http://www.carstyling.ru/en/car/1968_dodge_charger_iii/
Saudacoes
Muito legal!
Excluir_____
42
Que passeio hein JJ?
ResponderExcluirE olha que sou mais chegado em carros europeus, em especial os alemães, mas um desses aí em um lugar civilizado é o nirvana.
Senti um pontinha de inveja, mais da branca, da boa.
Michael Schumacher
Mas né Schummy!
ExcluirSonho de consumo de qualquer auto entusiasta carro louco gasolina pura bom asfalto ! esse seu amigo Fabio e um afortunado por ter essas máquinas com certeza belíssimos carros,o portuga tavares vai ficar louco com esse post abracos e ate o próximo post !
ResponderExcluirAcho que o Mr.Car vai gostar desse Dodge tambem!
ExcluirSe bem que ele prefere os luxuosos... e esse Chalanger tem um vies bastante esportivo.
Gosto mesmo demais dos luxuosos, mas nenhum dos esportivos da trinca Challenger-Camaro-Mustang pode ser desprezado. A semana do "Autoentusiastas" foi aberta com chave de ouro, foi aberta em grande estilo com este post.
ExcluirLindo, sem ligar parece que tá andando....... magnífico o estado de conservação. PARABÉNS.
ResponderExcluirBelíssimo!perfeito nos mínimos detalhes,com travas de segurança do capo realmente necessárias,não como muitas colocadas pelos mano de xenão zulado,abraço.
ResponderExcluirNão dá para importar essas estradas para cá??
ResponderExcluirMuito bem comentado, meu chapa!
ExcluirOtimo seria importar as ruas e estradas dos gringos!
Jorjao
Sim .. Arrume um bom despachante e bastante $$$$ ...
ExcluirVocê pode montar uma empresa que lide com pavimentação e buscar construir o asfalto de maneira que ele fique o mais liso possível, e que respeite as normas(inclinação, acostamento) e condições para escoamento de água da chuva. Se for poroso, melhor.
ExcluirEstou cada vez mais pensando em "vazar" daqui do Brasil... chega de passar raiva nesse país !
ResponderExcluirEstou também cansado de pagar tanto imposto e ver tanta injustiça e crimes, crimes e crimes o tempo todo !!
Queria acreditar que "o gigante despertou", queria muito mesmo...
Quem sair por último apaga a luz !!
Vou providenciar meu passaporte...
Nao vaza nao ... fica por aqui mesmo !
Excluiresse pais precisa de pessoas com criticidade,indignadas e com vontade de mudanca, como voce, para as coisas comecarem a andar.
Nao se mude , mude o Brasil !
Concordo com o que você disse e parabenizo-o por isso. Deu-se o mesmo com um japonês que queria vir para o Brasil depois da II Guerra Mundial, escreveu a um amigo que estava aqui há muito tempo se havia algo em que pudesse trabalhar, no que o amigo respondeu "Fique no Japão, ajude a reconstruir nossa pátria", e essa pessoa seguiu o conselho e ficou. Seu nome: Soichiro Honda.
ExcluirE veja o que ele conquistou, mesmo com um começo difícil ele se superou, assim como a empresa que leva o seu nome.
ExcluirA história de Honda é dos exemplos mais citados de empreendedorismo.
Fico imaginando se a Honda fosse brasileira, prefiro ela assim, mas que teria sido interessante seria.
ExcluirMuito legal a história, eu não conhecia. Obrigado anônimo e Bob.
ExcluirLindo demais!!!
ResponderExcluirPara ficar perfeito para mim, só faltou ser câmbio manual e com a manopla "pistol grip shifter".
Valeu pela bela matéria JJ.
Abs
Filipe W
Não sou fã da escola americana, mas pros mopar eu abro uma exceção.
ResponderExcluirPra mim são os carros mais "badass" de todos. Um barracuda vermelho small block e um charger 68 preto 440 sixpack são dois carros que eu gostaria de ter antes de morrer. Pena que pra realizar esse sonho só indo pra lá.
é mesmo Carlos Eduardo, os Mopar quase sempre são os carros dos bandidos nos filmes.
Excluir440 "sixpack" de que eu saiba é exclusivo do Plymouth Road Runner 1970. Mas é mais "perfumaria" que qualquer coisa; a maioria dos Hemi saíram com um quadrijet, o que é mais que suficiente para um 440.
ExcluirVocê tem razão quanto ao ano que foi ofecido inicialmente o sixpack, 1970. Porém esse pacote foi oferecido a todos os mopar com esse motor, dodge charger incluso.
ExcluirO que você chamou de perfumaria aumentou a potência do 440 em 45 cv. E o hemi 426 sempre saiu com 2 quadrijets.
Potência do 440 6-pack 1971: 385 hp @ 4700 rpm (cr 10.31:1)
ExcluirPotência do 440 4v 1971: 370 hp @ 4600 rpm (cr 9.5:1)
Fonte: Allpar
Aparentemente, os Hemi saíram originalmente com 2 quadrijet. Não que fosse necessário... os Hemi da Nascar usavam só um. E se você montar o seu próprio motor hoje, também tem essa opção. Basicamente, é carburação de sobra. O 440 "6-pack" tinha um comando levemente mais forte, tal qual o 340 equivalente com câmbio manual da época (290 hp contra 275 da versão normal).
Um dos Americanos dos anos 60/70 mais belos que foram fabricados (na minha humilde opinião). Estava estudando como importar um Pony, mas além de caro é altamente burocrático. Achei um Firebird 1979 em ótimo estado por US$ 5.000,00, e fiquei pasmo em saber que comprar e importar sairia a bagatela de R$ 25.000,00!! Uma pena, realmente. Belo texto, me senti dentro da máquina, apreciando a estrada com vento nos cabelos e ouvindo o V8 roncar alto!!
ResponderExcluir25 mil está de graça; pesquise por aí e você cairá de costas.
ExcluirJuvenal, mas que sonho !!! Parabéns ao Fábio por esse maravilhoso Challenger !
ResponderExcluirQue inveja boa, hahaha !!! Abraço
Rafael F.
Magnífico. Simplesmente magnífico.
ResponderExcluirSó posso dizer uma coisa deste post: BABEI!!!
ResponderExcluirMotor de 383 polegadas cúbicas, bloco grande, um monstro. Freios a tambor, sem servoassistência, assustador. Direção não assistida também. Força no braço!
Descrição mais que perfeita para carro de macho! (embora eu não faria objeção alguma em substituir os tambores dianteiros por um belo par de discos, mesmo que sólidos... Parar 340 hp brutos no tambor é, literalmente, para os fortes! rsss...)
Road Runner,
ResponderExcluiresta troca está nos planos do Fábio, para o carro ser mais tranquilamente utilizável.
Existe um kit recente da Borgeson, que adapta uma direção hidráulica de Cherokee nos clássicos Chrysler. É uma caixa mais moderna que as hidráulicas tradicionais desses carros e, se não me engano, tem também uma relação mais rápida. Logicamente, é uma hidráulica "firme".
ExcluirEssa matéria me lembrou o Cemitério de Carros que passa no Discovery Turbo , oh programa bom de assistir !
ResponderExcluirNesse link se vê um lindo Challenger 340 T/A 1970 amarelo com suspensão da Hotchkis, que dá ao carro números melhores de slalon e força G do que o moderno Challenger de 2010.
ResponderExcluirAs modificações foram:
- A-arms tubulares; barras de torção esportivas na frente e atrás; subframe connectors; molas esportivas; terminais de direção ajustáveis; strut rods ajustáveis; direção hidráulica; câmbio Tremec de 5 velocidades; descarga Flowmaster; freios a disco nas 4 rodas; rodas Forgeline com peneus Yokohama. Todas as modificações no caro são do tipo aparafusadas, com exceção dos subframe connectors, que foram soldados.
http://www.youtube.com/watch?v=4SwRwY6pDdE - slalon
http://www.youtube.com/watch?v=kvnRmtsQJM8 - comparação com Challenger 2010
Fica "quase" tão bom, mas não melhor, segundo Rick Ehrenberg da Mopar Action. Não vamos desprezar 40 anos de evolução técnica; imagine a geometria radical que um Challenger moderno tem de fábrica.
ExcluirNão é porque eles dizem "America" lá que temos de dizer aqui tbm né... por favor...
ResponderExcluirSejamos mais politizados, América é um continente. Doutrina Monroe, não.
Sejamos menos politizados e menos imbecializados. America pode ser o continente ou o país, já desde antes da doutrina Monroe. Pra quem tem problema mental e é politizado demais que fica tendo que esconder o nome de um país porque não entende ou quer inventar pelo em ovo. O país chama Estados Unidos DA AMÉRICA, eles sabem que estão na américa e não que são a américa toda. América é um jeito de falar o nome mais rápido que todo mundo entende, ou você fala República Federativa do Brasil?
ExcluirOu você prefere falar estado unidenses? Qualquer país tem estados unidos, além desse nome ser ridiculo, mas é isso mesmo que os politizados são.
E agora vai comentar alguma coisa que faça sentido sobre o assunto ou vai politizar?
Ainda bem que, desde o início, mostrou-se incapaz de ter uma discussão civilizada, assim, mesmo podendo facilmente rebater esses argumentos senso-comum, não desperdiçarei meu tempo. Nem mesmo coragem para se identificar antes de derreter-se em ofensas, tem. Meus sentimentos por sua incapacidade, adeus.
ExcluirPoxa JJ, esse passeio foi para matar de inveja! E que inveja que dá vontade de sentir por mim mesmo. Passeio super fantástico. Só imagino how wonderful riding(driving) in that smooth road in the US can be. In a american muscle? Shut up!
ResponderExcluirUm antigo nacional já aplacaria minhas carências automotivas. Ah se eu tivesse comprado aquele Chevette Coupe 81...
O Challenger está quase perfeito. Além dos freios a disco na dianteira, eu colocaria um segundo retrovisor. Nem sempre o pescoço está em ordem hehehe.
Apesar de haverem muitos carros clássicos interessantes, os muscle cars e pony cars (seguindo a definição do Juvenal)americanos são de longe os mais fáceis de se manter graças ao grande mercado de peças de reposição. Se eu tiver condição de adquirir um, com certeza eu o farei. Mas, é claro, não fecharei os olhos diante das pérolas que construíram e deram continuidade ao nosso histórico automotivo.
ResponderExcluirMuito obrigado Juvenal pelo curto-arrebatador Vídeo! Imagino a sensação empolgante de retomar velocidade com a força desse motor. Felicidades, meu caro!
ExcluirKzR,
Excluirnão é minha a definição de pony ou muscle. Só repito o que aprendi em diversas fontes sobre esse assunto, como as revistas americanas.
Cara, que sonho! Sei que é difícil, mas não impossível, um dia eu pelo menos dirigir um destes. Meu sonho de infância é um Challenger '70 deste jeitinho, sem tirar nem por, só que na Plum Crazy. Já dizia o verso: "Sonhar não custa nada"...
ResponderExcluirJJ,
ResponderExcluirParabéns, fico feliz por você pelo Fábio, e muito obrigado pela matéria.
Curti o relato e comhecer melhor esta máquina maravilhosa.
ABRAÇO.