Também tenho percebido pessoas andando pelo meio da rua sem motivo aparente, não sei se acham a rua mais espaçosa, esquecendo que ali é lugar para veículos automotores e que a prática representa um grande risco de acidentes graves.
Mas existe o outro lado, ruas que foram alargadas sem que houvesse o recuo total dos imóveis às margens, o que ocasionou calçadas estreitíssimas, que obrigam o pedestre a ir para o meio da rua. A rua da foto é a Barão de Mesquita, no Rio de Janeiro, trecho entre a avenida Maracanã e rua Uruguai. Ali, a calçada tem trechos que mal passa uma pessoa, em vários pontos com um poste de luz espetado.
Não tem jeito, se vem algum pedestre na contramão, alguém vai ter que pisar fora do meio-fio. Carrinho de bebê, nem se fala. Mesmo sozinho, nos pontos onde existem postes cravados no meio da calçada, ou vamos pela rua ou nos arrastamos entre o poste e os muros.
Um desafio também para os motoristas, que volta e meia se deparam com pedestres invadindo a rua, de costas para o trânsito, sem ligar muito para o risco que correm, provavelmente já anestesiados pela prática cotidiana.
Mais um exemplo de dois pesos e duas medidas, em alguns locais colocam grades nas calçadas, demonstrando um cuidado às vezes excessivo com o cidadão, em outros pontos toleram o pedestre pisando no asfalto de costas para o fluxo e dividindo o espaço com carros e ônibus. Esse é o nosso país.
AC
Claro, em muitos lugares não há jeito. O pedestre é obrigado a andar na rua. Mas eu não consigo entender por que essa atitude persiste em vias cujas calçadas são adequadas.
ResponderExcluirAlexandre, voce devia vir aqui em Belém ver as calcadas. Alem de estreitas e com os postes, sao totalmente desniveladas, com esgoto correndo pelo meio-fio, montes de lixo e entulho.
ResponderExcluirQuem sabe as do Rio nem sejam tao ruins quanto voce achava, hehehe
Não há padronização nas calçadas e não há fiscalização, principalmente em bairros fora da área central, o pessoal usa até de depósito para materiais de construção ou estacionamento.
ResponderExcluirO pedestre que tem que dar os pulos e o motorista, que tem que desviar.
E em ruas que são estreitas, com calçada estreira e que estacionam dos dois lados? O pedestre vai pra onde?
Isso aí, infeliz país de Gersons.
Também é comum preparar argamassa na rua em frente aos locais de obra.
ResponderExcluirAki as calçadas são livres, lisinhas e na maioria das vezes desimpedidas.
ResponderExcluirE o povão vai lá p/ meio da rua.
Coisa de interior...rss.
Não tem jeito...povo não tem educação msm.
Aí qnd morre a culpa é do motorista.
Sou um pedestre e ando pela rua... Pelo meio da rua! Bom eu faço isto normalmente em ruas do meu bairro e que sei que tem trânsito muito baixo. Eu acredito que o motivo mais plausível seja mesmo o do desnivelamento que sofrem os passeios e também os vários obstáculos. Além disto, eu acredito que antigamente as pessoas optavam mais pelo passeio em função dos cavalos. O cavalo muitas vezes é imprevisível, pode te dar uma pescoçada, um coice... Além de ser um elemento mais alto do que um carro. A gente teme o que vê e ás vezes morre pelo que não vê! De qualquer forma, como vamos nos instruir como pedestres, respeitando também a faixa a nós destinada para atravessar uma rua? E digo mais, do jeito que vão as coisas, vão chamar de estúpidos os motorista que simplesmente trafegam; sobrelevando o direito dos pedestres a toda rua! Ninguém divide mais nada...
ResponderExcluirExiste um profissional absolutamente ignorado nesta história: o urbanista.
ResponderExcluirQuantas prefeituras tem funcionários urbanistas? Pouquíssimas. A maioria desloca engenheiros civis para cuidar do planejamento e da fiscalização das ruas das cidades, sem que a suas formações sejam especializadas no tema.
Nosso país sofre com a falta de padrão de calçadas. Para vocês terem uma idéia, a largura mínima de uma calçada deveria ser de três metros, dos quais 75 cm junto ao leito carroçavel poderiam ser reservados aos postes e árvores de pequeno porte, assim como outros equipamentos; os 150 cm centrais para a circulação de pedestres e cadeirantes; e os 75 cm junto aos lotes para gramados ou eventuais áreas cobertas por marquises.
Alguém aí conhece uma calçada neste padrão?
E outra, nada de pedras portuguesas: isso é uma herança cultural carioca que deveríamos rejeitar. Por incrível que pareça, o melhor piso de calçada também é um dos mais baratos: o concreto alisado intercalado com juntas de dilatação.
Escrevi sobre este assunto há alguns anos e quem quiser saber mais pode acessar o link a seguir:
http://www.jeantosetto.com/2007/06/acessibilidade-universal.html
Coloquemos os carros na calçada então! Se não couberem, coloquemos as motos!
ResponderExcluirNão se esqueçam dos aclives de SP que encrustam um lote de 5 metros, que força um degrau gigantesco para o do lado. E o brincalhão do proprietário põe ardósia e da aquela invernizada. Em dia de chuva é uma verdadeira pegadinha do malandro! Haaaa!
ResponderExcluirEssa questão das calçadas estreitas vem de muito longe: a situação é a mesma no centro de Lisboa, mas ali existe a atenuante de que se trata de uma cidade muito mais antiga do que as nossas.
ResponderExcluirDe qualquer forma, para mim ficou claro que o pedestre lisboeta era considerado um cidadão de segunda classe. Caminhando por aquelas calçadas onde só passa uma pessoa por vez, lembrei da velha história, verídica ou não, sobre a interpretação que os moradores do Rio de Janeiro davam para as iniciais P.R. gravadas nos coches da corte de D.João VI: "ponha-se na rua".
O bairro da Vila Olímpia em SP é assim. Antes um bairro residencial, foi invadido por prédios comerciais, pessoas trabalhando e carros, muitos carros, poucas vagas, um caos.
ResponderExcluirAlém das calçadas serem cada uma num nível, chega-se ao limite de alguns trechos terem só um filete de calçada, sendo necessário fazer malabarismo, outros pontos tem árvores que seus troncos quase ocupam toda a calçada.
À noite, tem bares, happy-hours e mais trânsito. Mais um bairro que cresceu sem qualquer planejamento. O dinheiro a qualquer custo faz com que se construa sem pensar nas consequências. A hora do almoço é uma zona, muita gente pra pouca calçada. Filas, enchentes, nem parece um bairro nobre.
Pior que isso ficou na propria rua uruguai ... a rua seria mao dupla e depois mudaram de ideia, porém ja tinham colocado PONTO DE ONIBUS, acredite! Ficou meses aquele ponto do outro lado ... ridiculo!
ResponderExcluirAte hoje existem postes na rua ... eh verdade, ate hoje os postes ficam ha 4 cms da calçada e no meio da rua ... se alguem quiser eu tiro foto e mando! Moro na rua Uruguai e passo por ela todo santo dia! Infelizmente!
Um dos maiores absurdos são os degraus nas calçadas em declive: são armadilhas criminosas (alguns chegam a mais de 50 cm). A culpa não é da topografia: é dos imbecis que constroem as calçadas.
ResponderExcluirVejam como poderia ser mais civilizado (San Francisco, Filbert Street):
http://maps.google.com/maps?f=q&source=s_q&hl=pt-BR&geocode=&q=1493+Filbert+Street,+San+Francisco,+CA,+United+States&aq=0&sll=37.799544,-122.424173&sspn=0.012445,0.039783&ie=UTF8&hq=&hnear=1493+Filbert+St,+San+Francisco,+California+94123&ll=37.799544,-122.423916&spn=0,0.039783&t=p&z=15&layer=c&cbll=37.799476,-122.424235&panoid=YtJxo1R4vHPkzeXt7htpNw&cbp=12,97.42,,0,0
O anônimo das 13:22 quer os carros e as motos na calçada?
ResponderExcluirPois bem, já fazem isso! Gente que entra na calçada de posto de combustível para evitar o farol do cruzamento. Gente que lava o carro na calçada em frente de casa. Motoqueiros que entregam correspondência também já transitam pelas calçadas.
Infelizmente falta ao brasileiro um mínimo de educação e civilidade. Palavras que podem ser unificadas num conceito: urbanidade.
Em novos loteamentos fechados da minha região, estão sendo criados regulamentos específicos para a padronização da calçada. Um dos itens é que o futuro morador não pode alterar as cotas de nível extremas da calçada. Uma idéia que poderia valer para os bairros abertos.
JT
ResponderExcluirVocê falou tudo: "cotas extremas das calçadas". Esse é um dos maiores problemas existentes hoje na construção de calçadas. Cada um faz como quer e lá está o famoso e famigerado degrau (ou degraus!) dividindo um lote de outro.