Spyker C8 spyder |
O post do Bob sobre o velocímetro faz lembrar de um fato curioso. Quanto mais moderno os carros estão se tornando, com toda eletrônica embarcada e sensoriamento de diversas funções, a quantidade de informação transmitida ao motorista diminui.
Sem entrar no mérito dos carros especiais, como o Nissan GTR, Ferraris e Lamborghini com paineis digitais, os carros de uso comum estão tendo cada vez menos indicadores no painel. Os tradicionais indicadores analógicos, os famosos ponteiros, estão caindo em desuso, sendo eliminados ou no melhor dos casos, substituídos por luzes indicadoras.
Velocimetro, hodômetro e luzes de aviso, mais nada |
Basicamente, o importante a se informar é a velocidade e o nível do combustível, para o motorista comum que só usa o veículo como uma ferramenta para ir de A até B, sem se preocupar ou se interessar pelo o que está ocorrendo no funcionamento do carro, é o necessário. Esqueçam temperatura da água e rotações do motor. Temperatura e pressão de óleo, nem pensar.
Os diversos indicadores dos parâmetros de funcionamento do motor, antes até dispostos como parte do design e charme do veículo, são até indesejados em muitos casos. Basta acender uma luz vermelha no painel para saber que algo está errado e pronto. Se o carro ferver, acende uma luz indicando que a temperatura está errada. Se der problema na circulação de óleo, a luz de óleo acende e pronto.
É a simplificação da máquina, o mínimo necessário (também uma boa redução de custo) a se saber sobre os sinais vitais do veículo.
Acho legal ter estas informações, saber como está a pressão de óleo, a temperatura exata do motor, mas realmente por necessidade de uso, não é mais requerido. É fato, os carros estão muito mais confiáveis, não precisam mais de todo monitoramento do condutor para evitar que o pior aconteça, mesmo porque hoje em dia se algo der errado, a chance de ter um reparo rápido por conta do próprio motorista é praticamente zero.
Por curiosidade, nos carros mais antigos e que dispunham de diversos instrumentos, o bom senso do fabricante fazia com que a informação mais importante para o motorista era alocada no centro do painel, em acima da coluna de direção, para rápida visualização. Os Porsches sempre tiveram o conta-giros ao centro, a Lancia colocava o manômetro de óleo...
MB
Mas que é bem mais interessante e enche os olhos de quem está guiando, um painel completo hoje em dia é uma satisfação, isso é. Veja o Ferrari 250 e o Jaguar XJ220 abaixo.
Por curiosidade, nos carros mais antigos e que dispunham de diversos instrumentos, o bom senso do fabricante fazia com que a informação mais importante para o motorista era alocada no centro do painel, em acima da coluna de direção, para rápida visualização. Os Porsches sempre tiveram o conta-giros ao centro, a Lancia colocava o manômetro de óleo...
MB
Faço coro com você,eu tive um tempra turbo stile que tinha o painel completo, sabia tudo que estava acontecendo pois me fornecia pressão e temperatura do óleo, além de pressão da turbina e todo o resto.
ResponderExcluirNa minha opinião economizar com termometro de água é a famosa economia burra, pois o carro não será novo pra sempre e com o ponteiro podemos evitar maiores estragos porque a luz espia normalmente só acende quando a M já ta feita.
O DelRey tinha um painel legal.
ResponderExcluirDel Rey, Monza... Eram bons paineis... (e com o maravilhoso contagiros à direita!).
ResponderExcluirMas agora, se vier com o reloginho de temperatura do motor... eh "um carrão"! rsrsrs
No início eram os Fuscas com seu velocimetro e marcador de combustivel, passamos pelos Del Reys e Monzas e agora, voltamos ao Fusca...rsrsrsrs
Quanto mais divertido e entusiasmante é a tocada de um carro menos tempo temos pra mirar os reloginhos.
ResponderExcluirPara quem os entende é bacana tê-los. Para a minha mãe não. É mais importante o conforto dos bancos do que essas informações. Tudo depende de "pra quem" é esse carro.
Alguns carros conceito que andei vendo tem telas em LCD em que se alternam as "visualizações", desde o trivial até medições mais específicas.
É um jeito interessante de ter tudo o que se quer mas sem a poluição visual interna que um carro urbano do dia-a-dia nega.
- Osmar Fipi
O interior desse Spyker é a coisa mais cafona que já vi em minha vida. Acho que nem o Clóvis Bornay imaginaria algo parecido...
ResponderExcluir"É fato, os carros estão muito mais confiáveis, não precisam mais de todo monitoramento do condutor para evitar que o pior aconteça, mesmo porque hoje em dia se algo der errado, a chance de ter um reparo rápido por conta do próprio motorista é praticamente zero."
ResponderExcluirA resposta tá aí mesmo... Pra que encher o motorista de informações que ele não precisa e possivelmente não vai entender mesmo...?
A média dos motoristas já é ruim demais pra ainda se dar ao luxo de desviar a atenção pra um ponteirinho se mexendo...
Sr. Olavo, apesar de esse comentário não ser o assunto do post, não resisti e vou comentar também. Concordo com o sr. sobre a cafonice, apesar de que gosto é gosto, mas a pior coisa nesse carro é no caso de um acidente imaginar aquela placa de metal no assoalho se soltando e várias partes do corpo se chocando com as várias partes de metal que estão por todos os lados desse carro.
ResponderExcluirAgora quanto ao assunto dos mostradores; acho que a simplificação só é interessante para as montadoras. O ruim será se elas nos privarem dos mostradores, só prque as pessoas não sabem usar. Mas a razão mesmo da simplicação é somente a redução de custos.
O aviso por lâmpadas, me lembrou da piada que versa que, ao se acender qualquer delas, saem duas mãozinhas no estilo "top top" avisando que f...u.
ResponderExcluirAconteceu comigo, quando a lâmpada de aviso da temperatura da água do 147 acendeu. O resultado foi o empenamento do cabeçote. Deu um trabalhão insano resolver o problema, pois eu estava na estrada a quilometros de lugar nenhum (MT). Continuo preferindo os ponteiros. Servem, ao menos, para avisar que algo não está nos conformes,o que permite remediar uma situação adversa.
Painel de carro era o do Del Rey e ponto final! O resto é firula. No conta-giros tinha até faixa verde indicando condução economica, muito mais interessante que o vacuometro do Monza.
ResponderExcluirO engraçado é que hoje em dia é muito mais simples fazer um painel completo do que era nos "tempos do Del Rey" - Com a eletronica, as unidades de comando gerenciam todo o motor, e a indicação no painel, é so colocar o fio e o "ponteiro" para mostrar a leitura.
As ultimas Kombis's a ar, por exemplo: A central da injeção monitora a temperatura do óleo e a carga da bateria, acelerando automaticamente o motor quando um desses atingisse niveis criticos (maior aceleração, maior velocidade no alternador e mais ar para refrigerar o motor). Nao seria só colocar um instrumento no painel e tirar a leitura????
O painel mais bonito era o do Uno Turbo.
ResponderExcluirTambém prefiro o ponteiro pois se ele não estiver medindo você logo vê, ele não sobe e a luizinha? se ela estiver queimada você só vai saber quando tiver se fu$$$$$. Foi o que aconteceu com o celta de meu primo, até o mecânico que ele chamou rodou com o carro sem agua.
Aproveitando o assunto, destaco a ausência do tacômetro na versão GL do Vectra B. Eu tenho um (98/98) e fico indignado!
ResponderExcluirMilton, só um detalhe: o Jaguar é um XJ220, não XK.
ResponderExcluirCom relação aos painéis, acho que estamos voltando a ter mais informações para o motorista. Erros como o painel minúsculo do primeiro Fox, marcador digital de combustível (que, se não me engano, "pegou" no Brasil com Celta e Palio) e até mesmo velocímetro digital (que eu não gosto muito, parece que tira um pouco da noção de ganho ou perda de velocidade) estão desaparecendo, em prol do velho método analógico, nem que seja em telas de LCD de última geração.
Apenas por curiosidade, um belo e diferente painel mostrado nos últimos anos foi o do Reventón, que se inspirava no dos caças: http://www2.uol.com.br/bestcars/carros/saloes/frank07/reventon-7g.jpg
Outro painel muito interessante era o do Prêmio 1.6, aquele da versão mais completa.
ResponderExcluirJoão Paulo
Como meu Fusca tem termômetro de óleo, concluo que tenho msais medidores que muira gente de carro zero!
ResponderExcluirQuando comprei meu Celta, estava em dúvida entre ele, o Ka e Clio.
ResponderExcluirUm dos principais motivos por eu ter escolhido o primeiro foi o contagiros e termômetro analógicos (nos outros, o último nem como opcional), o que é extremamente útil pra mim.
O contagiros me ajuda a manter um mesmo ritmo de condução, não acelerando desnecessariamente em situações que demandam maior torque (subidas...) e também, quando devo reduzir marchas, graças ao gráfico de curva de torque e potência.
Recentemente estive em São Paulo e graças ao termômetro, notei que o carro estava esquentando um pouco acima do normal e encostei. O reservatório do radiador estava seco!
A bomba d'água estava vazando um bocado, mas deu pra completar o nível e ir repondo ao longo do caminho até chegar em casa. Aliás este é um problema crônico nos GM, cheguei até a escrever a respeito (http://autozine.com.br/utilidade/relato-problema-na-bomba-d%E2%80%99agua-dos-motores-gm)
E se tivesse somente uma luz-espia? Quando ela acenderia? Quando o motor já estivesse fundindo? Ainda mais que os termômetros dos GM atuais são loucos (pouco mais de 1/4 do mostrador e já arma a ventoinha do radiador), talvez eu só notasse quando o motor já tivesse "ido pro saco".
Sem contar que o termômetro nos ajuda a saber quando podemos exigir mais do motor, quando frio.
O que me surpreende mais é que os Ford Zetec vivem dando trincas e rachaduras no reservatório do radiador e mesmo assim a Ford não melhorou o material do mesmo e ainda "capou" o Ka de um termômetro, nas versões de entrada.
Depois de um post do Bob (se não me engano) que lembrou como os carros atuais mentem no ponteiro de temperatura ja que é impossível ela ficar parada o tempo todo na temperatura ideal... então nesse caso fico com a solução do fit, uma luz azul enquanto o motor está frio e uma luz vermelha se estiver muito quente, e que avisa antes da merda acontecer.
ResponderExcluirMas também adorava os painéis cheios de marcador, del rey era um classico, bons tempos que a ford era referencia em acabamento.
Concordo contigo, Milton. O problema é que os "gênios" que estão recebendo carta de motorista hoje em dia não fazem a menor idéia do significado daqueles relojinhos todos, aí os marqueteiros da Vila Madalena e a turma da depenação substituem todos por lampadinhas para ficar parecido com árvore de Natal.
ResponderExcluirmas tb nao precisa ser uma relojoaria, além do conta-giros, temperatua e velocímetro, pressão do óleo, combustível e turbo se tiver, para outros intens sensores e alertas já são o bastante
ResponderExcluirO Del Rey teve o painel mais completo do Brasil. Tive um Guia e gostava muito das informações, todas úteis. Pelo manômetro de óleo sabia quando tinha que completar o nível e pelo voltímetro controlava o desempenho do alternador, quando ligava todos os equipamentos (som, farois, limpador, neblina...)
ResponderExcluirO contagiros era uma beleza: usando a faixa verde, chegava a fazer media de 13 km/l no alcool.
13 km/l, sim, com injeção eletrônica, engrenado, s/ pisar, o meu até zera o consumo nestas condições, e é 6cc
ResponderExcluirAutoentusiastas têm imensa dificuldade em entender que quem não entende de carro não se importa com isso?
ResponderExcluirQuem aqui "manja" de máquina de costura? Quer algo mais simples ou mais complicado pra poder operar?
Falta empatia pra esse povo...
O outro comprou um Celta ao invés de Ka ou Clio por conta do conta-giros?
ResponderExcluirÉ, entende mesmo de carros pelo visto. Ganhou um conta-giros e perdeu o resto do carro. Levou pra casa um dos carros de projeto mais tosco da história nacional.
Pra mim o menos importante é o unico que não pode ser retirado:o velocímetro. Não importa em que velocidade você está, mas se o ritimo que anda é compatível com a via. Tanto que carro de corrida não tem velocímetro.
ResponderExcluirPorem hoje com a industria da multa essa mostrador se mostra o mais importante pro bolso do motorista.
Será que é isso mesmo ou vocês que estão muito chatos? Nenhum carro básico teve muita coisa além de velocímetro e marcador de gasolina. Nunca. Foi assim nos primeiros carros da linha BX (obviamente excetuando os com motores a ar), com os fiats do 147 ao Palio, e por aí vai. O Galaxie foi o carro mais caro da sua época e só tinha marcador de velicidade e combustível. O Monza só tinha esses dois e o de temperatura quando foi lançado, mesmo na versão SLE.
ResponderExcluirContagiros só nas versões esportivas.
Não dá pra pegar o exemplo do Del Rey Guia, dos Monza pós 85 1/2 e Uno e Tempra Turbo como se fossem a regra pois foram excessões.
Minha Kombi Corujinha e meu Fusca Itamar tem contagiros e marcador de temperatura de óleo!!
ResponderExcluirAmbos tem mais instrumentos que 90% dos carros vendidos atualmente.
Meu Escort Guarujá tem tudo isso, mais o vacuometro, amperímetro e voltímetro portanto possui mais instrumentos que 100% dos veículos vendidos atualmente...
Monza SL/E, Kadett, Santana, Del Rey, Uno, Tempra, Marea, Gol G3 não são exceções e tiveram ótimos painéis!
Quantos Unos turbo foram vendidos com e quantos MIlles e S cujos paineis não tinham nem medidor de temperatura forma vendidos?
ResponderExcluirQuantos Kadetts GS/GSI forma vendidos e quantos SL cujo painel não tinham contagiros forma vendidos?
Quantos DelRey Guia foram vendidos e quantos L cujo painel não tinham contagiros forma vendidos?
Então sim, esses paineis "completos" sempre foram excessões, pois via de regra equipavam apenas versões de topo, cujas vendas nos totais dos modelos gerlamente não são expressivas.
Número de vendas obviamente vai refletir a favor dos paineis simples, pelo simples fato de serem os carros de maior comercialização.
ResponderExcluirSão coisas diferentes, utilidade e necessidade atual dos indicadores, e o 'charme' de um painel completo.
Até quando o AE vai permitir comentar sem fazer o tal "login/senha"??? Não há esta opção por administrador do blog?Tem anônimo que só entra aqui pra encher o "piquá" (troll)...
ResponderExcluirO painel do Uno Turbo era demais! A Fiat demorou pra fazer uma versão com o motor do T-Jet, apesar que este modelo novo é tosco, duvido que fará sucesso como "a botinha" fez.
Vejo pressão de óleo como algo essencial, no 307 por exemplo, a luz espiã só acende faltando 1,5L de óleo, com o cabeçote "avisando" há um tempão!
Sds
Se a informação é importante para a injeção eletrônica, por que não seria importante para o motorista???
ResponderExcluirEstamos passando para uma época de imbecilização automobilística.
Poderiam aproveitar e substituir todos os "reloginhos" dos aviões por algumas luzes também, pelo jeito tam gente que se confunde com eles...
Pois é, do jeito que vai, num futuro sombrio poderemos ter a realização do "Carro Microsoft", com todos os instrumentos secundários ou luzes-espia substituídos por um único indicador de erro, chamado "General Car Fault"...
ResponderExcluirFabio,
ResponderExcluirSe o cara quiser, faz um perfil fake só pra trollar, com é comum de se ver em outros lugares. Ou seja, a medida seria inócua.
Realmente hoje em dia, com tantos sensores já instalados para a ECU, seria muito fácil termos muito mais informação do que temos atualmente. Mas por outro lado, também acho que as pessoas mais leigas iam achar o carro "complicado demais" e nem iam saber para que serve tanta informação.
ResponderExcluirDe qualquer forma, conta-giros e termômetro de água deveriam ser parte do "pacote básico" de qualquer painel.
Minha esperança é que num futuro próximo, com os "clusters de instrumentos eletrônicos" (na verdade telas de computador) as pessoas possam escolher num toque de botão se querem um painel "básico" ou "avançado".