— Olha aqui, senhor Cézane, não dá pra pintar aquelas montanhas ali do fundo um pouco menos azuladas? – pede o pretendente a comprador da obra de arte, enquanto vê o artista diante do cavalete. Não sei aonde é que o senhor está vendo tanto azul assim naquelas montanhas lá.
— Mas, afinal, senhor Da Vinci, essa mulher aí, a Gioconda, estava sorrindo ou não quando o senhor a pintou? Não dava para ser mais claro, mais evidente? – outro comprador opina.
— Veja bem, senhor Rodin, esse sujeito aí sentado no toco e segurando o queixo não está muito do meu gosto, não. Além do mais é irreal. Ninguém pensa pelado sentado num toco. A gente pensa pelado só quando está sentado no vaso. É ou não é? – outro opiniento mal educado.
Pois é, qual seria a reação dos artistas teriam diante dessas opiniões bestas?
No mínimo uma bicuda bem dada no traseiro do energúmeno.
Assim agia o meu ídolo como construtor de carros, o Comendador Enzo Ferrari, porque ele encarava seus carros como obras de arte.
Fosse lá algum candidato a comprador se meter a besta com ele que imediatamente receberia um coice dos bons. Segundo ele, e com razão, ninguém melhor que ele mesmo para saber como um automóvel esportivo deveria ser, e, mesmo que o carro não fosse aquilo tudo, que seja, os Ferrari eram os carros dele, eram as obras de arte dele e ninguém tinha que meter o bedelho. Que comprasse quem gostasse, porque o único compromisso que o Comendador tinha era com a arte.
Ele estava certo. Esse é o único modo de se produzir uma obra de arte. Não tem outro caminho.
Ele chegava a ser grosseiro, muitos dizem, mas eu o compreendo, porque já escutei tanta besteira na vida que entendo quando um sujeito sério perde a paciência diante da estultice, e quando a ignorância está associada à jactância por possuir os meios de compra – ou seja, o burro tá se achando –, aí fica irritante duma vez.
De uma dessas explosões de gênio nasceu a Lamborghini, o leitor autoentusiasta sabe mas não custa relembrar. Foi quando Ferruccio Lamborghini, grande fabricante italiano de tratores e costumeiro comprador de Ferraris, foi se meter a criticar os engates de câmbio do Ferrari, justo para o Comendador. A resposta foi que o Signore Lamborghini mal sabia fabricar tratores e não entendia nada de carro, que ele era um bruto e coisa e tal, e que era pra ele ir catar coquinhos. E o Ferruccio, que era outro sangue-quente, retrucou que ele então fabricaria esportivos melhores que os Ferrari, e foi o que tentou fazer.
Se o conseguiu ou não, não vem ao caso, só digo que o único Lamborghini que me faz balançar diante de um Ferrari seu contemporâneo é o Miura.
Então, diante desse princípio – de que só se pode criar algo mais elevado se o único compromisso é com a própria obra – é que se entende a diferença entre um carro feito para agradar o consumidor e um carro feito para agradar a quem o constrói.
O carro-arte não sai de moda. Se a arte for boa mesmo, vira um clássico, ou melhor, já nasce um clássico.
Se para construir um carro o fabricante tem que ficar pedindo opiniões de tudo quanto é lado, com pesquisas onde a maioria dos que opinam é nula em conhecimento de carros, ou mesmo perguntando a quem entende, mas que não é da casa, então, nunca será criativo, nunca inovará.
Imagine o Professor Ferdinand Porsche perguntando a meio mundo como é que ele deveria fazer o Fusca? Imagine o Pininfarina perguntando como deveriam ser as linhas do Cisitalia 202? E o Zagatto perguntando ao jornaleiro da esquina o que achava do Alfa dele?
Quem sabe fazer não pergunta.
Agora, há outro tipo de veículo, o feito pra faturar, e esse, tudo bem sair perguntando por aí como é que a massa quer um carro.
— Painel multicolorido, é? Tudo bem. A gente faz.
— Um monte de botãozeiras, é? E quantas? ... Ta bom, o senhor quer mais botões e funções do que pode usar. Tudo bem, a gente empeteca a coisa pra valer.
— Sensor de ré nesse hatchzinho que se o senhor esticar o braço pela janela já alcança o para-choque traseiro, é? Tudo bem, nóis faz.
— Flexifuel? Beleza, moleza! É só chipar. Vai gastar mais dos dois, gasolina ou álcool, vai jogar combustível fora, mas o senhor teme que aconteça o mesmo que aconteceu por quinze dias há 22 anos, quando faltou álcool em alguns postos? “O Brasil que se exploda que eu quero mais é o meu”? tô sabendo, normal. Não dá pra confiar em usineiro mesmo, minha prima me disse isso, a que já engravidou de dois e não cavou nada.
E assim vai nascendo um carro ao gosto do freguês. Tudo bem, porque é assim que a máquina gira e é assim que vende.
Vende, mas o produto não tem personalidade, e se não tem personalidade, não dura, logo tem que mudar de cara.
Quando a gente pega um carro que foi feito sem que quem o construiu tenha feito concessões, esse a gente sente. Mesmo que tenha defeitos, ele tem personalidade, a gente sente.
E esse é o único jeito de gamar num carro, ele tendo personalidade. Tendo personalidade a gente releva os defeitos; é que nem gente, que nem bicho.
E para não dizerem que estou sendo elitista só citando carros exclusivos, vai aí: o Uno modelo antigo (hoje Uno Mille) tem personalidade – e é por isso, dentre outras qualidades, que ainda está aí –, o Mini Morris tem, o Citroën 2 CV tem.
Então, fabricantes, nos perguntem menos e por favor façam carros como acham que devem ser. Fiquem sossegados, que os senhores darão conta do recado. Não fiquem escutando opinião besta, não percam tempo com isso.
Alfa Romeo TZ3 Stradale por Zagato (www.wheels24.co.za) |
É o que eu sempre achei. Um especialista (o fabricante) é o que sabe melhor do que ninguém o que tem que ser feito, pois tem experiência e pessoal capacitado. Muitas opções levam as pessoas a muitas dúvidas. Infelizmente hoje fazer um carro é tão caro que todos querem ter certeza do que estão fazendo e se vão faturar com isso. Em minha humilde análise, esse é o motivo por que atualmente os carros quase todos se parecem em tudo, pois as pesquisas devem dar aproximadamente os mesmos resultados.
ResponderExcluirOlha esse Alfa... o.O
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ResponderExcluirÉ bom não esquecer o Edsel da Ford. Pediram opiniões para o mundo todo e deu no que deu...
ResponderExcluirQuanto ao Fiat Uno, ou Mille, que nunca tive, é o carro de maior personalidade fabricado no Brasil, depois do Fusca. Se a Fiat quiser, ele pode ter uma sobrevida de mais mais uns bons 20 anos.
Não podemos esquecer também do primeiro Escort.
Gostei da tua explanação.
30/06/11 09:47
Acordou inspirado Naldão!
ResponderExcluirSem comentários!
Parabéns pelo post.
Vida longa ao Uno (o verdadeiro, porque o "novo" é uma enganação). Com certeza a Fiat consegue dar um jeito de por air bag nele pra cumprir as normas que virão. Tem que dar!
ResponderExcluirPaulo, uma observação: o Alfa Zagato é maravilhoso, mas tem um grande defeito. O motor é um V10 de Dodge Viper. Não dá né?
Uma coisa que aprendi na minha vida profissional: Nunca discuta com um engenheiro!
ResponderExcluirAcho um desrespeito a qualquer profissional questionar subjetivamente o motivo de algo ser assim ou assado.
O cara ficou queimando pestana um tempão, estudou aquilo com um conhecimento que vc não tem e sabe perfeitamente pq aquilo foi feito daquela maneira.
A gente que "acha" que entende de alguma coisa, só nos resta bater palmas. Ou entrar na faculdade pra peitar ele daqui a 5 anos...
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirO marketing prega que as empresas devam ouvir cada vez mais os seus consumidores, buscando saciar seus desejos e necessidades, sendo que as recentes teorias da adminsitração pregam que o cliente deva ser chamado para ajudar a desenvolver e divulgar o produto.
ResponderExcluirDessa forma, cada vez será mais comum essa safra de carros "sem personalidade", pois em geral, o motorista comum não tem paixão por carros. Pra falar bem a verdade, o brasileiro médio não entende bulhufas de nada sobre carros.
Porém, ainda existem carros com muita personalidade. O último que me vem a cabeça é o BMW 1 M...
O problema é que estes custam caríssimo...
Assim, carros com personalidade acabam sendo sonhos distantes... e para nós "simples mortais", resta sonhar com um Hatch tração dianteira e com 100 e pouquinhos cv, para dai começar a pensar em uma forma de melhora-lo ou então partir para algum carro antigo, mas cheio de estilo.
A demanda por carros com personalidade e baratos existe. Pena que nenhum fabricante ache interessante satisfazer essa demanda.
Perfeito esse post. De tanto ficarem perguntando à pessoas que não fazem a menor idéia do que estão falando é que existem esses "aventureiros" que são verdadeiros abortos automobilísticos. Eles povoam meus pesadelos andando por aí carregando 200 kg de plástico,decoração de extremo mau gosto em 200% dos casos, denominações patéticas que ultrapassam o ridículo e por aí vai.
ResponderExcluirTodos esses lixos deveriam passar pelo Jeremy Clarkson que destruía os carros tidos como "lemon" (gíria em Inglês para carro "tranqueira") nas mais variadas e impiedosas maneiras.
Lista de lixos:
- Qquer geringonça q leva o nome "adventure" da FIAT
- Sandero Stepway
- 206 e 206,5 SW Escapade
- Qquer Cross da VW
- C3 XTR
E todos os outros q eu esqueci.
Esqueci de citar duas coisas: O Renault Logan, quando o vi no lançamento até assustei de tão feio que o achei, mas depois de guiá-lo gostei pacas do carro e hoje até que o acho bonitinho. A gente se acostuma. Esse carro foi feito por engenheiros e cumpre o que dele se quer.
ResponderExcluirOutra coisa: há uns tempos fizeram uma pesquisa para que criassem a mulher mais linda do mundo, então escolhiam a boca mais bonita, acho que da Michelle Pfeiffer, olhos mais bonitos, Sharon Stone (estou chutando), cabelos, nariz. Juntaram tudo isso, o que achavam de melhor, e deu uma jabiraca dos infernos... Não sei porque lembrei do Agile.
Outro que tinha o temperamento parecido com o do Comendador era Ettore Bugatti pois ele buscava a construção perfeita, mais luxuosa possível.Seu expoente maximo foi o Royale.Ao ser questionado quanto ao valor pedido pelo Royale(custava mais que o dobro de um Rolls Royce) ele teria dito "aos sonhos não importa o preço"
ResponderExcluirVou mandar esse link pro meu velho que insiste na idéia de me fazer trocar meu tão querido Passat Village num carro mais novo...rs
ResponderExcluirSem dúvida, as obras de arte são italianas, apesar de gostar de carro alemão.
Para qualquer carro no mundo, seja de qualquer categoria, sempre há uma obra de arte italiana.
Agora, AK, chamar Logan de bonitinho foi "kick the wood of barrack" :D
Excelente post, como sempre!!!
Abs, Eduardo.
Em tempo,AK em carro que tem personalidade os defeitos viram "caracteristicas"
ResponderExcluirEx:
Porsche e sua traseira arisca
Fusca e a falta de porta malas (traseira idem)
Dodjes nacionais em geral(exeto dodginho) má navegabilidade nas curvas
e por aí vai.
É o motorista/piloto/kamikaze que tem que compreender e aprender a domar a maquina tirando o maximo do q ela oferece.
Outro dia estávamos discutindo isso aqui no escritório. O que torna um carro clássico? O que faz com que no futuro um desenho continue sendo considerado belo e atemporal? Chegamos à conclusão que a cada dia que passa os carros são menos atemporais. Que dos que foram fabricados no Brasil, poucos conseguiram essa façanha... O consenso foi que o Uno (antigo), o Ka (antigo) e o Vectra (aquele dos retrovisores saindo do capô) entre poucos outros foram os que conseguiram marcar sua época independentemente de gostar-se ou não do desenho...
ResponderExcluirÉ isso aí, AK. O Agile é a síntese da mediocridade que assolou a GM brasileira.
ResponderExcluirAntes, a linha de veículos em sintonia com a Opel dava gosto.
Depois começaram a esculhambar:
- Corsa travestido e piorado no Celta/Prisma
- A mesma linha de motores
- Vectra que é um Astrão
- Agile e Montana que são um aborto estilístico e mecânico
- Astra, Meriva, Zafira, S10 e Corsa ("novo") sem atualização há tempos
Basta entrar no site da Opel e chorar com os modelos de lá.
"Alguns carros foram feitos para estar na garagem; e outros na sala de casa."
ResponderExcluirNa minha serão 03, já impecávelmente preparados...
Parabéns Arnaldo, pelo post. Excelente!
Das pessoas de personalidade é que nasceram os carros de personalidade!
Ou alguém por aí já ouviu falar de algum chinês que seja referência em automóveis??
Ahh, referência em cópias...
Aí sim!
CM
Impressionante , como os Carrozieres italianos sao mestres em produzir obras de arte sobre rodas : Pinifarina, Bertone, Zagato entre outros.. O anos se passam e eles , sempre eles, nos surpreendem com formas apaixonantes... essa nova Alfa Zagato e linda demais !
ResponderExcluirComo curiosidade de tao belo o Cisitalia esta exposto no museu de Arte Moderna de Nova York . Ao lado dele essa honra so coube ao Jaguar E-Type.
Lembro que ha uma reproducao do Cisitalia no Brasil esculpida pelo extraordinario carrociere italo-brasileiro Sr Toni Bianco e hoje exposta no museu do Automobilismo em Passo Fundo ! Alias vcs que sao do ramos poderiam postar uma materia com a historia do sr Bianco
Bene ... e como ja dizia meu avo : O que e belo deve ser apreciado.. Vou continuar olhando para as fotos desse post .. puro colirio para os olhos !
Ciao
A grosso modo e nos dias de hoje, o estilo é ditado pelo departamento marketing. A estética - sempre atrelada à personalidade - só se faz presente em casos isolados ou conceituais.
ResponderExcluirParece que as mesmas liberdades de criação que foram dadas a Paul Bracq, Bruno Sacco ou a Flaminio Bertoni, hoje não são permitidas.
Ainda mais se ficarmos com a observação desse último, de que diferença alguma existe, entre desenhar um automóvel ou esculpir uma peça artística.
Por falar em desenho italiano , outro dia aqui na Barra me passou uma Alfa V6 de capota baixa . Minha esposa e as criancas ficaram apontando maravilhados ...
ResponderExcluirRaro de se ver ... mas como e bonito ! preto reluzente , um dos carros mais lindos que ja vi.
Quem o desenhou ?
AK;
ResponderExcluirNessa era de carros arredondados o Logan parece uma caixa de fósforos com rodinhas mas me lembra bastante um carro que sempre achei bem desenhado - o Tempra - pelo equilíbrio das formas.
O logan é como aquela moça timida e sem vaidade, mas com o tempo se revela uma mulher e tanto.
Já o Agile é como um traveco de beira de rodovia... Uma enganação sem classe!
kkkkkkkkkkk
AK, concordo integralmente com o que você diz nesse post. Design por comitê sempre foi (e sempre será) um convite à mediocridade - e quanto maior o comitê, mais mediocre o resultado.
ResponderExcluirA propósito, gostaria de conhecer sua opinião sobre o Fiat Mio, carro conceito projetado a partir de 17 mil sugestões enviadas por 11 mil internautas em 160 diferentes países.
A minha opinião sobre esse projeto, eu já publiquei no meu blog. Pra quem quiser conferir, o post está em http://adverdriving.blogspot.com/2010_09_01_archive.html
Paulo, belo post sobre o Fiat Mio...
ResponderExcluirPorém esse conceito do "creative commons" que consiste na criação coletiva, cada vez mais tomará forma.
O único problema é que não convidam autoe entusiastas para participar do desenvolvimento.
Lembrei-me do episódio dos simpsons que o Homer é convidado para desenvolver um carro:
http://images.wikia.com/simpsons/pt/images/0/04/Homer_dreamcar.gif
A massa deve ser ouvida, mas não obedecida.
ResponderExcluirAssunto que muito se discute, não se resolve. Vide Fiat Mio.
Se você tem um relógio você sabe que horas são.
ResponderExcluirSe você têm dois relógios, nunca terá certeza...
É só lembrar o Ford Edsel. Foi o carro mais "pesquisado" da história (até então) e deu no que deu.......
ResponderExcluirAbs
Marcelo Foresti
AK
ResponderExcluirMeu filho caçula é formado em Desenho Industrial-Projeto de Produto; auto entusiasta e, apesar da imensa base estética do curso, ele é tbem Técnico Mecânico; por força disso,é inescapavelmente um "homem-técnico".O TCC dele foi uma leitura atual do projeto da Isetta.
Daí, as interminaveis discussões sobre o tema "forma e função",especialmente importante,crucial mesmo, para o trabalho q. se propôs.
O trabalho de quem projeta a forma externa final dos veículos,que desejamos sempre belos,foi,e tende a ser cada vez mais, condicionado a fatores q. extrapolam o já controvertido binômio básico,q.vão desde os modismos vigentes entre a clientela-alvo,(insira aqui uma lista enorme), até à simples exequibilidade técnica e/ou econômica.Daí,possuir o dote artístico,apesar de ser o primeiro requisito-infelizmente-não basta.
Daí,o florescimento dos grandes estudios de design(Pininfarina,Italdesign,Bertoneetc),onde os fabricantes encontram não só o projeto,mas tbem toda assessoria de métodos construtivos, quando não, a própria construção.
Agora,deixando de fora quaisquer condicionantes secundarios,veja só a Ferrari Breadvan.Shit happens!
E qualé a bronca com a mecânica do Viper? Pra mim,tá de bom tamanho...Dá 12,5% mais q. um Corvette...e com acabamento Alfa Romeo,hehehe
ô loco!
ResponderExcluirÉ 20%!
CÉUS!
ResponderExcluir25%!!! Eu não mereço tanto!
Nada contra um V10 daqueles! Eu queria um.
ResponderExcluirMas quem compra Alfa Romeo gostaria de ter um motor girador, pequeno.
Um V10 8.4 é estranho num Alfa. Isso que quis dizer. Mas é lindo, certamente.
Andrè du Citröen dizia "eu não dou à mínima pra pesquisa de mercado, quem sabe fazer carros sou eu!"
ResponderExcluirBem lembrada a observação sobre o Sr. André Citroën...
ResponderExcluirCréative Technologie!
E muita personalidade...
CM
O Sr. André Citröen deve estar se virando no túmulo com esses modelos que sua fábrica anda fazendo hoje...
ResponderExcluirGrande Arnaldo, perfeito!
ResponderExcluirOs grandes carros foram feitos sem palpites da patuléia. Ferraris (da época do Comendattore vivo), Maseratis, Bugattis, Duesembergs, Citroëns pré anos 80... hoje em dia não se fazem mais carros, em sua grande maioria são apenas meios de transporte insípidos e pasteurizados.
aproveito para agradecer pelo texto extremamente bem escrito e pela oportunidade de ver em um mesmo parágrafo de um texto atual "estultice" e "jactância". Ultimamente a última flor do Lácio tem sido muito maltratada, é bom vez por outra retirar palavras dos calabouços de seus dicionários...
Abraço!
Texto épico! Concordo em gênero e número!
ResponderExcluirCarros como forma de arte deveriam ser regra!
Esse Alfa é foda!
Guilherme Costa
Doutor Quest,
ResponderExcluirAinda que sem os cortes retos do passado que o consagrou, é digno dizer que os nossos atuais Citroën tem a identidade visual da marca, que não se perdeu pelo caminho.
Ao contrário, coberta a logo, seria ainda assim facilmente identificado qualquer um dos lançamentos por algum entusiasta que conhecer um pouco dos autos originariamente europeus.
E a tecnologia inovadora de sempre, embarcada.
Veja o C5, desing germanizado, é verdade, mas com traseira curta e desenho arrebatador.
Monsieur Citroën revira sim, mas creio que de alegria...
Fusão PSA e acordos com a BMW tem lhe feito bem!
CM
Delicioso post Arnaldo.
ResponderExcluirAnálise mais do que perfeita sobre as principais obras de arte com que tivemos a oportunidade de apreciar.
Ferraris, Bugatis, Cisitalias, Lamborghinis, Porsches, etc.
E fico feliz por compartilharmos duas opiniões exatamente iguais:
Termos o Commendatore Enzo como idolo construtor de carros e reconhecer o unico Lamborghini decente: O Miura.
E tambem perceber que a "rabugentice" de Enzo, Ferruccio, Ferdinand, Ettore, entre outros, só pode ser explicada unica e exclusivamente pela "passione" que tinham pelas suas criações.
Sorte nossa!
Romeu
Anônimo de 30/6,
ResponderExcluirJá fiz para a Revista Tempo da Sky, sobre o Toni Bianco, há uns 2 anos. tentei colocá-la aqui nesta resposta mas era longa demais, o sistema não aceitou.
Verei se posso postar uma matéria que já saiu numa revista. Se puder, coloco.
Luis,
ResponderExcluirque Alfa V-6 é esse de capota baixa?
Paulo Levy,
ResponderExcluirLi seu post. Muito bom o blog, parabéns!
Olha, sinceramente, não tenho opinião formada sobre o MIO e o que o envolveu, só sei que é uma experiência que tinha que ser feita devido às possibilidades de comunicação que hoje temos, além do mais, como campanha de marketing parece que funcionou, já que estamos aqui comentando e todos sabíamos desse projeto.
Mas pra mim eu passo. Me dá outro carro aí, qualquer um, mas que seja carro. Muita boilice pro meu gosto.
Anônimo de 30/6
ResponderExcluirE quem foi que falou que o motor do Viper não é virador. Guie um pra ver o que sobe alto o giro. É um monstro espetacular de baixa e de alta.
Deixe que o coloquem no Zagatto, deixe...
Com certeza Arnaldo, queria um pra mim! rs
ResponderExcluirEu é que sou meio purista demais (ou conservador, como queiram. Ou chato mesmo).
Deixemos Arnaldo, eles podem! E a gente quer.
ANõnimo,
ResponderExcluirLegal é o Alfa 8C que usa o V-8 Ferrari. Mataram a velocidade máxima dele eletrônicamente para não passar da velocidade máxima do F430. O 8C tem melhor penetração aerodinâmica...
Olha, se for ver purismos, o Rolls já teve motor V-8 americano, o De Tomaso é bárbaro sendo cruza de italiano com americano, etc. Então, o que interessa é se funciona, se casa bem. Imagino que o Fangio ficaria felicíssimo se o 250F dele tivesse um V-6 japa, bloco de alumínio, com 350 cv que não quebrasse nem a porrete e virasse liso a 8.000 rpm. Ele não iria querer saber de onde vinha aquela máquina.
E a pureza de linhas, a sensualidade, a leveza mágica da Karmann Ghia?
ResponderExcluirE nas mãos do Moco, então, o carro mais desafiador que guiou?
Que tal então as proporções e personalidade das Alpine, aqui no Brasil Berlineta Interlagos por obra de Mauro Salles?
E nas mãos do Bird, atravessadas naqueles power slides perfeitos?
Beleza e competencia quando juntas produzem sonhos reais.
Digito direto de minha mesa no primeiro andar do prédio histórico da Karmann Ghia, em São Bernardo do Campo, berço de nossa indústria.
Cheio de orgulho por estar aqui.
Miura?
ResponderExcluirhttp://www.themotoringenthusiast.com/cars/featured/index
Ótima foto pra fechar com chave de ouro essa matéria...A união mais bela de duas das marcas mais carismáticas e admiradas pelos entusiastas,Alfa Romeo e Dodge,espero que a partir dessa união venham outros iguais....
ResponderExcluirLegal Arnaldo!! Me senti bem com seu post! Os carros aqui de casa são justamente um Mille e um Logan, "carros de pão duro" como diz um amigo meu, que aliás, tem a mesma frota que eu. Mais espaço pelo menor preço? Por que escolher outro? Na hora de comprar carro pro dia a dia tem que ser racional mesmo e boa. O que importa é custo/benefício, peso/ potência e boa. Quando puder ter minha obra de arte, aí será diferente. Não consigo conceber ter um boxter ou uma elise para parar na rua, dar na mão de manobrista etc. São paulo é um moedor para este tipo de carro... O lugar deles será no interior, na beira de uma vicinal de asfalto lisinho e sinuoso. Abraço!
ResponderExcluirPS: quando será o track day?
Claudio Ceregatti,
ResponderExcluirO KG está num museu de design em Nova Iorque.
Henrique,
O Miura é espetacular. Esse gringo não soube cuidar do dele.
Kiko Lanari,
A PROXIMA ETAPA DO RALLY DIAS 20 E 21 DE AGOSTO. Fiquei sabendo ontem.
Belo post como sempre AK!!!!
ResponderExcluirConcordo em gênero, numero e grau; aplico exatamente essa filosofia aí; fixo um objetivo, pesquiso e desenvolvo até chegar a algo interessante!
Quando dizem q é impossível, ruim isso, chato aquilo; respondo: fez? Testou o conceito? Enquanto não fizermos ninguém nunca vai ter certeza...
Mas voltando ao post, se li corretamente houveram mais stresses entre o Ferrari e o Lamborghini neste mesmo encontro 'amistoso'...
O Ferrucio tb reclamou que a embreagem era dura demais e a mulher dele não conseguia dirigir o carro...
O Comendador retrucou que ele vendia motores, o resto do carro era brinde! E q brinde!!! O q eu não pagaria para ver essa cena KKKKKKKKKKKKKKK
PS: a Miura é fantástica com o seu poderoso V-12 transversal; mas o meu coração bate mesmo é pela Countatch! Q carro mesmo sabendo q eu nem consigo entrar direito no carro...
Otimo texto, quem entende de carro já percebeu a muito tempo, a perda de identidade do automóvel.
ResponderExcluirNão se fala mais na performance do produto por medo ser politicamente incorreto, de ser taxado como incentivando correr.
Tenho e vou manter um Omega 4.1 1995 unico dono com somente 54k rodados para sempre, ele é um carro criado por montadora com um propósito especifico de atender ao que se acreditava na epoca que o tráfego seria de alta velocidade.
Foi um carro feito com caracteristicas que até hoje seriam modernas.
Incrível como hoje se vende aos montes coisas como Citroen Aircross, dos aventureiros de supermercado, o mais ridiculo.
E o que dizer daquelas descargas falsas nos parachoques de alguns carros? tem algo mais ridiculo? O que pensa um comprador destes verdadeiros burros de cigano?
Quando vejo anuncio de carro apregoando como item determinante uma função de telefone celular me dá a certeza de o mundo mudou.
Acosta
Ao ler este post, veio em minha mente automaticamente os comerciais de tv de uma montadora, pedindo opinião do povo sobre o carro e tal...
ResponderExcluirAK certíssimo!