Era 1976. Eu tinha a concessionária VW no Rio e corria na equipe oficial Ford, a Mercantil Finasa-Motorcraft, dirigida pelo saudoso Luiz Antônio Greco. O primo Billy Sharp comprou um Maverick para correr, em sociedade com um amigo comum, o Mauro de Sá Mota Filho, e o carro era assistido na pista pelo Greco e seu time de grandes mecânicos. Era um "agregado" à equipe.
O Maverick V-8 era muito atraente e o primo gostou tanto do Maverick de corrida que acabou comprando um para uso pessoal. Comprou direto da Ford, da frota, cor marrom médio metálico (foto), que não era disponível e por isso o carro era único. Tratava-se de pintura para o "show de cores", como era chamado na Ford o expediente para a escolha de cores.
Assim que retirou o carro no pátio da Ford, no Taboão, deixou o carro na Greco Competições, que era o QG da equipe, para pôr no motor o pacote Quadrijet, igual ao que se usou nas provas de Turismo Divisão 1 nos dois anos anteriores. Trocou as rodas pelas Scorro, também de corrida, e mandou pôr amortecedores Koni. O carro era um verdadeiro canhão, até para os padrões de hoje, e feliizmente não tinha a "GT decor", aquele monte de faixas pretas que o primo não gosta e tampouco eu.
Dias depois o Greco avisou que o carro estava pronto e o Billy me chamou para irmos a São Paulo buscar o carro (morávamos no Rio). Pegamos um avião, chegamos, almoçamos e apanhamos o Maverick para viajar para casa. "Vai tocando você", disse o primo, e saímos.
Estávamos em Itatiaia quando ele comentou, "Que m.......... , meu relógio quebrou!", ollhando, desolado, para o relógio de marca famosa, coisa de Cartier ou Patek Philippe. Realmente, quebrar um desses não era comum, muito menos agradável. Eu então disse para ele, "Sossegue, que não quebrou não". Não entendeu nada quando viu meu relógio marcando a mesma hora que o dele e foi aí que ele se deu conta de como estávamos indo rápido...Os 253 quilômetros da parte mais rápida da estrada haviam sido cobertos em 1h35 - 160 km/h de média. Sempre que podia, estava nos 200~210 km/h indicados que o Maverick andava - pé em baixo, claro. Ninguém ali era muito jovem, eu com 33, ele com 38 anos.
O carro andava mesmo. Uma noite saímos para São Paulo, tinha corrida. Ele no Maverick, eu no Passat TS. Claro, viemos à moda. Passamos por um posto da polícia rodoviária que tem antes de Resende como vínhamos, era um posto meio morto (é até hoje). Para quê...No próximo posto da lei, em Itatiaia, barricada. Encostamos e lá veio a esperada bronca. O patrulheiro mandou-nos acompanhá-lo até dentro do posto. E tome cara feia, ameaça de nos levar para um delegacia por direção perigosa, um baita sermão.
"Também corro", disse o chefe do posto, "mas na pista! O que vocês estão fazendo é total irresponsabilidade," essas coisas. Continuando, "Eu até sou sócio da Associação Carioca de Volantes de Competição, fazemos automobilismo sério, sem pôr em risco a vida de ninguém", numa tremanda bronca. Foi aí que aconteceu o que ele não esperava, perguntei-lhe se sabia quem era o presidente da tal associação de pilotos.
— Não, quem é?
— Está falando com ele.
Eu era mesmo o presidente da ACVC.
Foi como se eu tivesse (nos dias de hoje) mudado o chip do patrulheiro-chefe. "Bob Sharp! Eu bem que vi seu sobrenome na identidade! E logo dois Sharps!". "Puxa, vê se vão mais devagar, tomem cuidado, façam boa viagem e boa corrida domingo! Puxa, que prazer enorme, Bob!"
Ufa...
Quando o autódromo do Rio estava terminando a primeira grande reforma, naquele ano, era comum a turma entrar lá à noite para fazer lenha. Fomos várias vezes, sempre o Maverick e o Passat TS. Até que numa noite chegou um batalhão da PM. Todo mundo cercado, CNHs recolhidas, todos deveriam acompanhar os policiais até uma delegacia policial em Jacarepaguá.
Saímos do autódromo, aquela fila de uns trinta carros, o Billy atrás de mim. Aí ele sai, emparelha comigo, me olha, nossos olhares se cruzam e foi aí que a telepatia ficou comprovada: aceleramos e nos mandamos. Dali a alguns dias cada uma recebeu intimação para comparecer ao Detran. Lá chegando nos devolveram as CNHs sem fazer muitas perguntas, coisa rápida. Nem ele nem eu entendemos nada. Só pode ter sido a autoridade de trânsito considerar que não houve infração de trânsito e nem delito, não estávamos correndo em via pública. Ainda bem que ficou só nisso.
Bons tempos aqueles!
BS
(Atualização em 29/6 às 21h10, colocada foto do Maverick do primo)
hehehe..belo relato Bob!
ResponderExcluirCarro bonito esse da foto, imagino-o no marrom metálico..algo fleumático e elegante mesmo.
Ah muitos anos atrás - uns 19 a 18 para mim - sentia-se que a fiscalização realmente era mais amena, legislação e multas, mais suaves por assim dizer. Eu poderia dizer que aproveitei essas épocas no momento - talvez - mais delicado e perigoso da formação do motorista. Imagino como era a muito tempo então. Poderíamos dizer que isso leva aquilo, e a mortandade atual é fruto de vistas grossas do passado, mas a verdade é que não é bem assim e a discussão seria muito longa...
Mas eram bons tempos! Bob, o teu Passat TS conseguia ao menos importunar o Maverick? Vi o teste do quadrijet na Quatro Rodas da época, e o safado acelerava até os 100 em apenas 7,8 segundos!! Ele espancava o 250-S, seu maior adversário...
Mister Fórmula Finesse
Mister Fórmula Finesse
ResponderExcluirO TS só umportunava em trechos sinuosos. Perdia bastante em aceleração, claro. Na pista, quando corriam todas as classes de cilindrada juntas, os Passats incomodavam, mas na saida de curva, adeus.
É sempre um prazer ler esse tipo de texto.
ResponderExcluirEu imagino as cenas e td mais...
Bob....de uma olhada nesse video...acho q vc vai matar as saudades....hehehe:
http://www.youtube.com/watch?v=2slovGXrk5s
Mais uma matéria incentivando o desrespeito às regras de trânsito. Bom, mas segundo o Bob, andar a 200 por hora em via pública é coisa normal né!! Ainda bem que não tem problema...
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBob, tá chegando a hora, heim?...lá no canal SPEED!
ResponderExcluirAliás, Existe alguma possibilidade de vocês disponibilizarem os conteúdos dos programas pra download?
Quase como se fosse um "videocast"?
Grande abraço, e ótima postagem!
No www.vertvonline.org tá passando futebol! Será que só vai dar pra ver na TV paga?
ResponderExcluirDepois que fui multado sem razão em Porto Alegre por supostamente estar sem cinto de segurança, visto que que uso até para ir no mercado a três quadras de casa...
ResponderExcluirEsses tempos de fiscalização do século passado dá saudade até em quem não era habilitado nessa época...
Abraço,
NID
Que horas passa o piloto. Tá passando futebol e ainda está no primeiro tempo?
ResponderExcluirCarlos
ResponderExcluirQuem está incentivando? Por acaso eu disse para outros andarem a 200 km/h? Para mim é normal andar a 200 numa estrada, para você não? Questão de habilidade, caro leitor. Recomendo nunca dirija numa Autobahn, ou passam por cima de você. E saiba que hoje se pode andar a 190 km/h sem incorrer em crime de trânsito, é apenas infraçào. Vamos parar com hipocrisia, por favor, disso o Brasil está cheio. Sou um dos que mais briga pelo cumprimento das leis de trânsito, inclusive contra o abuso dos carros-esconderijo com vidros saco-de-lixo.
Deu TILT no SPEED?!
ResponderExcluirQue saco...
Ótima história Bob!!
ResponderExcluirGostaria de ter vivido esse tempo bom!
Hoje o máximo que me divirto é quando vou buscar minha irmã na casa do namorado... Aí o Prisminha rala!
Tirando isso, tenho que dirigir como um animal doméstico, seja pela polícia, seja pela namorada que tem medo de barulho (porque é isso que dá sensação de insegurança, eu acho) ou pela falta de local seguro para fazer qualquer coisa além do normal.
Fico aqui só imaginando daqui uns anos como será chato o mundo... é só ver como sempre tem pessoas que vem aqui para serem políticamente corretas... pobres humanos. Preferem fazer o que o Willian Bonner fala para fazer do que decidir quando e onde pode andar acima do limite de velocidade ridículo das nossas estradas.
Antonio C. Jr.
ResponderExcluirNão sei ainda se dá para disponibilizar para download. Temos que esperar o programa entrar na grade normal.
Pô Bob, tô chateado, esse www.vertvonline.org coloca futebol de segunda divisão em vários canais legais, inclusive no Speed. Vou esperar pra ver amanhâ, já que não tem futebol 10:30.
ResponderExcluirQue coisa...
ResponderExcluirTiraram o doce da boca das crianças ( eu, inclusive)...ah ah ah
Droga.
Que coisa hein Antonio!
ResponderExcluirPena que o Bin Laden já morreu, pois eu ia sugerir a ele atirar aviões em todos os estádios do mundo, lotados, claro.
Futebol é uma desgraça, até nisso vem atrapalhar
Bob,
ResponderExcluirFaça votos que vc mantenha por muitos anos este entusiasmo automobilístico.
Obrigado mesmo, de verdade!
Esse blog é pura utilidade pública!
Parabéns à equipe!
Pois eu acabei de ver aqui, na SKY!
ResponderExcluirExcelente, diga-se de passagem! Parabéns ao Bob e ao AK!
Muito bom. Qdo era adolescente lá em Piracicaba, a Rodovia do Açucar ainda não estava inaugurada e os únicos que circulavam por aquele retão de asfalto lisinho, preferencialmente 'a noite, era a turminha dos Mavecos, os 250S, Passats TS e similares. Eu tinha uma Brasilia com um motorzinho melhor, mas nada de rodas, suspensão rebaixada ou pneus mais largos (faltava grana), então só assistia.
ResponderExcluirBacana o Speed Masters, Bob. Agradeço de montão a iniciativa. Assisti com minhas filhas, de 10 e 5 anos (as duas apaixonadas por uma BMW 130i que nos proporcionou uma das viagens mais divertidas de nossas vidas), e valeu a tarde.
ResponderExcluirMuita coisa para melhorar? Sem dúvida. Afinal, é um piloto. Nem o Top Gear nasceu perfeito.
Um gancho entre os blocos, ligando o tema "carros clássicos" (sua técnica, história e conceitos mecânicos) com os esportivos atuais - sempre que possível fazendo referência às características que permanecem válidas hoje em dia, tanto nos carros como na arte de guiar -, que serão levados às pistas, pode trazer uma dinâmica interessante ao programa.
Identidade ele já tem!
Mais uma vez, muito obrigado a você e ao Arnaldo.
Boas aceleradas.
Mais uma história interessantíssima, principalmente o fato de tirarem as CNH's de vocês dentro do autódromo. Ninguém entre vocês reclamou disso não? Afinal, não estavam em via pública, poderiam no máximo dizer que estavam invadindo patrimônio público, sei lá, mas crime de trânsito certamente não cabia.
ResponderExcluirSobre o Speed Masters, parabéns, acordou meu pai que estava roncando no sofá e não o fez dormir de novo.
Como já disseram, é um programa piloto, ainda vai melhorar muito, mas eu espero que as voltas em Interlagos com câmera onboard e "pau na máquina" existam em todos os programas. Se possível, tentem colocar várias tomadas internas no mesmo quadro com, por exemplo, aquela câmera entre os bancos, uma nos pedais (com algum "ponta-salto"...hehehe), uma no velocímetro e uma da cara de vocês acelerando. Aí a gente aqui, que tá só assistindo, nem vai saber pra que canto da TV olhar! Seria perfeito!
Algo mais ou menos assim: http://www.youtube.com/watch?v=coLD8JwtToI.
De qualquer forma, mais do que parabenizo-os pelo programa! Tomara que entre de fato pra grade do Speed e que possamos desfrutar deste maravilhoso programa todos os sábados à tarde.
Abraços.
Que diferença de antigamente pra agora...
ResponderExcluirAntes o policial realmente autuava os motoristas, e a bronca e ameaça de tomar a CNH eram uma maneira de conscientizar os motoristas (ou ao menos, assustá-los).
Hoje em dia, os "policiais invisíveis" (radares) só querem saber de meter a mão no bolso da gente, sem saber de conscientizar ou educar.
Quanta mudança de valores...
Bob, desculpe entrar neste post e fazer um off topic mas precisava comentar o Speed Masters. Achei muito bom para um programa piloto, voces dois fazem uma dupla bacana principalmente no pega com o Porsche e o Alfa. Voce, um pouco tímido achei e a filha do AK é de uma simpatia e carisma sem igual. Parabéns a todos os envolvidos e muito sucesso!!!
ResponderExcluirAbraços
Eita nóis.
ResponderExcluirMe lembro daquele Passat TS Turbo que o José Luiz Vieira testou em uma das primeiras Motor3, naquele tempo de Fuscas e Fiats 147, era de dar água na boca. Li aquela reportagem umas quatrocentas vezes.
Pois é... O Bob diz que andou a 200 km/h na estrada e aperece gente descendo a lenha nele. Quem aqui anda exatamente no limite de velocidade. Quem aqui para todas as vezes no sinal amarelo? Quem aqui anda sem falar ao celular? Quem aqui não fuma enquanto dirige (é infração também, afinal, dirige-se com apenas uma das maos ao jogar as cinzas, sem falar na historia de lançar detritos). O cara se sente bem, confortavel aos 200km/h na estrada. Deixa ele. Minha velocidade de conforto é em torno dos 140/150 km/h. Vou e volto todos os dias na estrada. Não matei ninguem, não freio dentro das curvas, não ultrapasso pela direita, não grudo na traseira de ninguém e tiro o pé muito antes de chegar atrás do carro que vai na minha frente. Então qual é o mal de se andar a 250 por hora nessa condição??
ResponderExcluirAté parece que bronca de policial vai adiantar e corrigir a postura de alguém no trânsito...tem mais é que multar mesmo. Se não tem consciência expontaneamente que comecem a ter pelo bolso. Educação se dá para crianças... Mas é legal...tem muitos pilotos habilidosos que querem andar assim e infelizmente acabam levando outros que estavam andando certo...pelo menos é menos um irresponsável na rua.
ResponderExcluirNormal andar a 200km/h? Até pode ser...mas só onde é permitido.
Gustavo Cristofolini
ResponderExcluirPerfeito!
Legal o post!!
ResponderExcluirA velocidade máxima era alcançada no retão de Resende?
Meu pai já me contou que o pessoal que tinha Maverick V8 aqui em Barra Mansa ia correr com o pessoal lá em Jacarépaguá, e uma vez quando a polícia chegou o pessoal foi correndo pra todos os lados, gente sumiu pra dentro do mato...
Bob, um tempo atrás num fórum de Maverick um cara do Rio disse estar com um Maverick quadrijet sem mecânica com o nome Billy Sharp nos documentos antigos... Deve ser o mesmo carro, então!
Cara chato p/ kct.
ResponderExcluirAcha ruim andar a 200?
Não tem braço ou nem tem colhões p/ fzr?
Vai caçar um pau p/ vc subir e some daki.
E se achar ruim, blow me.
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ResponderExcluirBelo post! É sempre fascinante ler esse tipo de histórias.
ResponderExcluirQuanto à questão da velocidade, acho que deve haver bom senso. Se as condições permitem, não há por que não andar. Aqui no RS há estradas que permitem andar a 160 km/h ou mais tranquilamente. Só que para isso, além do motorista respeitar suas próprias limitações, o carro deve estar com a manutenção em ordem.
Muito mais perigoso é um carro com a suspensão "detonada" e/ou pneus ruins andando no limite de velocidade da via.
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ResponderExcluirVitor Castro
ResponderExcluirO retão de Lorena é o dobro do de Resende...Só pode ser esse Maverick. O carro ainda existe, que máximo!
César
ResponderExcluirEsse tipo de reclamação naqueles anos não era aconselhável. O AI5 ainda levaria dois anos para ser levantado...
Quer dizer que até o Bob Sharp já deu carteirada?
ResponderExcluirE se fosse um juiz ou político, andando acima do limite e dando o famoso "sabe com quem está falando", será que estariam todos elogiando?...
Anônimo 26/06/11 00:43
ResponderExcluirJuiz ou político não são, geralmente, habilidosos ao volante. O Bob, todos nós sabemos que é. E muito!
Esse carro acabou no com um conhecido meu que tirou a mecanica e mandou o resto p/ o Ferro velho. O interessante é que segundo ele o carro tinha uma pequena plaqueta de indentificação com a inscrição QUADRIJET, que está com ele até hoje
ResponderExcluirEsse carro acabou no com um conhecido meu que tirou a mecanica e mandou o resto p/ o Ferro velho. O interessante é que segundo ele o carro tinha uma pequena plaqueta de indentificação com a inscrição QUADRIJET, que está com ele até hoje
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ResponderExcluirCaro Bob...Belo relato..saudades dessa epoca romantica do nosso automobilismo,,,- eu comprei em 1974 ou 75 ..um Ford Maverick, azul ,,que era do Fabio Crespi..- o motor foi prepradao pelo Bruno Brunetti...Div 1 ;; andava muito,,,- Participei com esse carro das 25 horas de Interlagos ( acho que foi a de 1975 ) ,,em dupla com o saudoso amigo Dante Di Camillo- finalizamos na 6a colocaçao- choviscou a corrida inteira.. a gente subia o lago, totalmente de lado , com meio acelerador.( sera que alguem tem foto desse carro --estou colecionando fotos dos carros que pilotei e nao tenho nenhuma deste " bólido " .Saudades tbm da nossa APVC ( Associaçao Paulista dos Volantes de Competição ) - eu ainda tenho a minha carteirinha de socio-proptietario fundador - assinada pelo Eduardo Celidonio,, que era o Presidente na epoca ( 1969 ) abraçao do amigo da mesma idade..12/11 - 14/11 ..Águia from Floripa
ResponderExcluirVelocidade e um conceito relativo, hoje pelos carros e estradas seria perfeitamente seguro e possível andar muito mais rápido que na época dos Maverick.
ResponderExcluirO problema sao os motoristas de hoje ou seja qualquer um, desculpem se soa politicamente incorreto, mas com a popularização do automóvel foram para as ruas e estradas a camada que tem menos cultura (ou para ser mais direto ignorante) da nossa sociedade.
Inegável que Na época citada o acesso ao carro era menos digamos "popular".
Hoje para alguns motoristas sair da imobilidade eu já considero excesso de velocidade, conceito relativo lembra?
Adoro automóveis, motos e tudo que anda, na estrada ando rápido para os padrões dos motoristas atuais, mas nao faço besteira, com carro tenho zero acidente (arranhados nao contam), com moto, bem quem nao tem?
Ja dei muita carona para policiais da PRF e eles sabem disto o problema hoje e cultural, vc vê isto na rua com os cidadãos andando a pe o mesmo delito baseado no desrespeito a regras de segurança relevantes eles levam para o volante.
Me sinto Dinossauro, ser de outra era quando me deparo com certas regras e comportamentos atuais.
Penso que devo ser o mais politicamente incorreto dos coroas, ando de moto para ir para minha empresa todo dia (mais de 60km/dia de Tornado) mantenho intocado e original um Omega 4.1/ 95, para quando quero me lembrar o quão melhor de dirigir e um tração traseira, uma Captiva V6 para me lembrar o quanto se evoluiu nestes anos da eletrônica embarcada, uma Gixxer 750 K10 para os fds na BR. 040 e finalmente um pacato Corsa Classic para sair de casa incógnito.
Yes seu amigo aqui e um Chevy Guy, So sei dirigir olhando a gravatinha no volante, fazer o que, aprendi a dirigir em uma C1416 e passei para Opalas e de certa forma estou neles ate hoje.
Pena nunca tive a chance de participar de competições, mas também nascido e criado no interior era difícil.
Acosta
Bob, eu também prefiro o Maverick sem as faixas fica um visual mais limpo.
ResponderExcluirJa ia esquecendo uma coisa, na minha época de garoto uma diversão garantida era tocar a F 350 V8 (apesar de ser um Chevy maníaco) da fazenda que andava mais que que a maioria dos carros da época.
ResponderExcluirQuem aqui se lembra do que chamávamos "rápido de frutas"? Coisa de caipira.
Naquele tempo um caminhão 3/4 que chagava fácil aos 120/130 em retas nao tão longas assim.
Acosta
Arnaldo e Bob ... bem legal o programa ontem, tomara que se torne duradouro.
ResponderExcluirO formato do programa não é artificial como os outros e espero que vcs mantenha essa "informalidade" que faz o telespectador aproximar das reportagens.
Abraços
Ps. Não posso deixar de destacar a presença da Nina .. sempre linda demais... rs
ps2. Bob, desculpa, mas eu prefiro as faixas no Mavecão ...
Posa, vou perder de novo. O speed channel online ta fora do ar, não carrega nem a pau. Sacanagem.
ResponderExcluirNão acredito: o speed tá transmitindo outro programa! Vão reprise outro horário?
ResponderExcluirMarcelo Giacomin
ResponderExcluirFaixas decorativas é questão de gosto e respeito quem aprecia. Do mesmo modo, não gosto das faixas do Opala SS.
Anônimo 26/6 00:43
ResponderExcluirApenas aproveitei que o patrulheiro citou a associação de volantes de competição. Qualquer um faria o mesmo. E nem foi preciso mostrar a carteira.
Acosta
ResponderExcluirPenso exatamente igual. E outra: também sou apaixonado por Chevrolet.
Acho que foi porque cresci na décade de 1990 (sou de 1991) dentro de Monza, Kadett, Omega, Vectra e D20 e ouvindo meu pai dizer que "o melhor carro que existe é o Omega". Época em que a Chevrolet "Andava na frente".
Caro Bob,meus parabens pelo texto e ja sou fã do programa.
ResponderExcluirva a merda,desculpe,os pseudos chatos de saco politicamente corretos.
neste retão de Lorena,onde resido,sentido Rio,aos domingos bem cedo costumo soltar a cavalaria do meu dart 79,eles gostam e precisam dum chao preto sem ninguem.
homens gostam de v8,moleques de xunning.
tudo de bom
Qual a relação entre riqueza e cultura? Existe rico burro e ignorante, como também existe pobre culto e educado.
ResponderExcluirEsse comentário só poderia vir de um dinossauro que gosta de carros da Gm.
Logo que foi liberado a importação de carros, era comum ver nos noticiários os ricos se matando, e matando outros também, a bordo de superesportivos.
Dart 79? Credo, não anda nem na reta, que dirá em curva, até Celta de pneu de bicicleta faz melhor.
ResponderExcluircomo eu escevi,homens andam e aceleram de v8 ,e a molecada acelera carrinho de plastico,kkkkkk
ResponderExcluirBob, fui procurar no fórum do Maverick e reli o texto, mas me enganei, não sei se esse carro ainda existe...
ResponderExcluirO usuário disse:
"Em meados dos anos 80 eu e meu irmão ganhamos um maverick SL V8 que estava sem motor, na oficina de um amigo, que perguntou se agente queria pra desocupar lugar , bem na época agente nem se tocou que aquele carro era diferente dos outros , pelo seguinte
1) tinha 2 emblemas nas laterais traseiras escrito "QUADRIJET" com i
2) o filtro de ar que veio na mala tinha 2 entradas de ar original ,não era adaptado
3) no documento vinha 250 CV
4) o sobrenome do antigo dono era SHARP"
Foto do carro(ao fundo): http://www.manualdomaverick.com.br/forum/gallery/pic.php?mode=large&pic_id=1444
Foto do emblema Quadrijet: http://www.manualdomaverick.com.br/forum/gallery/pic.php?mode=large&pic_id=1445
Isso bate com a informação de outro comentário acima...
Com foto e tudo, Bob!
ResponderExcluirOlha lá o marrom, http://www.manualdomaverick.com.br/forum/gallery/pic.php?mode=large&pic_id=1444
Outro dia um colega encontrou um dos Finasa, também no RJ:
http://hurbanos.wordpress.com/2011/05/07/salvem-o-finasa/
Tem vontade de ter um ainda, ou é coisa do passado?
Viajei junto no Maverick dos Sharp.
ResponderExcluirBoa!!!
Lombadi13 e Vitor Castro
ResponderExcluirO Maverick do primo certamente é esse mesmo. Acho que as rodas são as mesmas. O "Sharp" do doumento prova. Já pedi à mulher dele para escanerar umas fotos do Maverick e me enviar.
Já o Finasa parece ser mesmo o D3, embora eu tenha sido informado que se acabou com o novo dono uma batida em Goiânia (ou Cuiabá, não estou certo). Mas pode ser o mesmo casco. O motor dele está no Museu do Automobilismo Brasileiro, do Paulo Trevisan, em Passo Fundo, RS.
Agradeço o interesse de vocês.
Bob, Bacana o texto,conheço um Maverick, hoje o carro é grafitte que muitos dizem ser um dos Finaza tanto que o carro conta com o coletor e as 48, agora como funcionava está associação de pilotos? hoje não seria legal ter uma igual para ir contra os absurdos da CBA???
ResponderExcluirJoão Cesar Colatrello
ResponderExcluirA associação funcionava nos moldes da Grand Prix Drivers Association, dentro do nosso âmbito de pilotos do Rio de Janeiro. Servia para nos representar perante a Federação Carioca de Automobilismo (atual Federação Automobilística do Estado do Rio de Janeiro), reivindicar melhorias na pista etc. Se houver uma associação numerosa e coesa, muita coisa pode melhorar.
Tem cara que só se acha macho quando está na direção e fazendo merda. Fora do carro é uma florzinha...Deve ser por isto que gostam de película escura.
ResponderExcluirGosto de juntar estes "pilotos" de pá no asfalto...ou ter que cortar o "carrinho" deles pra tirar o guizado que sobrou em um acidente.
Belo post bob! Acho muito interessante essas histórias do passado. Essa coisa de entrar no autódromo a noite é um sonho pra mim! Nesse fim de semana estava falando com meu pai sobre essas... Aqui na cidade existe uma reta famosa, de +/- 1km... ele disse: "Passávamos eu e teu tio, com o simca hemisul com cano direto. Não tinha ronco mais bonito que o simca e o dodge do (não sei quem lá)"
ResponderExcluirEntre muitas outras que falamos nesse fim de semana...
GiovanniF
Interessante notar que, quanto menos familiarizados com automóveis e a sua condução, mais engajados no patrulhamento do politicamente certo são essa pessoas tão ciosamente corretas em seus atos e atitudes, ao ponto de passarem a imagem de "beatos" ao volante, já na última escala para a santificação nas suas carteiras de motoristas. Ora, sejam realistas, todos nos equivocamos, nos excedemos, nos empolgamos, vibramos e até transgredimos, em algum momento e algumas situações da vida, e porque não, também dirigindo um veiculo que nos dá prazer? Minha velocidade de cruzeiro, na qual sinto conforto e prazer na direção é em torno de 130 kmh; dirijo automóveis desde os 12 anos de idade, portanto há 47 anos; sou habilitado desde 1972 e já cruzei incontáveis vêzes a maioria das estradas deste amado País, a bordo de veiculos os mais diversos, em sua maioria automóveis, e, no único acidente sofrido na estrada, estava dirigindo a menos de 80 kmh, em estrada de baixo trânsito de veiculos, porém totalmente fora do meu modo de direção habitual; a propósito, só houve danos materiais no meu carro.Sempre respeitei a sinalização das vias, exceto as da ridicula velocidade de 80km e a bem da verdade em todos esses anos, conto nos dedos das mãos os motoristas que as vi respeitar. Deixemos de hipocrisia e falso moralismo, para que possamos, pelo menos continuar nos divertindo com as postagens do Bob e dos outros mestres; quem não entende o espírito dos artigos, que vá lamber sabão e procurar outro lugar para liberar suas frustrações! E dá-lhes, autoentusiastas de verdade!
ResponderExcluirBob,
ResponderExcluirMuito legal ter essa história, que vc me contou certa vez nos nossos saudosos encontros do Juarez, registrada aqui.
Abraço,
MAO
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirInteressante a placa. Esta "chapa" foi escolhida?
ResponderExcluirIsso mesmo o Maverick foi do Marco Casagrande que tirou a mecanica e a plaquetinha Quadrijet e deu o carro. A mecanica do carro de corrida Mecantil Finasa do museu Trevisan que está no Berta Hollywood resume-se aos cabeçotes Gurney Eagle, parece que o carro quando saiu das pistas foi de um tal de Paulo prata e posteriormente de um Zé Willy em Cuiaba depois foi do Paulo Lomba no Rio de Janeiro que vendeu um dos 2 motores que ele tinha com esses cabeçotes p/ o Trevisan por isso é leviano dizer que seria a mesma mecanica
ResponderExcluirBob a ford fez algum maverick quadrijet de fabrica, ou foi apenas uma manobra para homologar em competição.
ResponderExcluirparabens pelo belo blog para min é sempre bom aprender mais sobre antigomobilismo ainda mais se tiver mavericks V8 envolvido.
ResponderExcluirEm 85/86 o maverick foi levado para a oficina do sr.José Carlos ou Carlinhos no RJ para a retirada do motor V8 quadrijet, que iria para outro carro. Depois de algum tempo, foi largado na porta da oficina onde permaneceu por uns 2 anos. Foi adquerido pelos os irmãos Casagrande,que recolocaram um V8 quadrijet bem mais "brabo" que o anterior de padrão FORD original. Lembro do ronco do motor, que dava arrepios de tão invocado, tinha um quadrijet 750 e coletor de competição em aluminio e comando 296º e cabeçotes trabalhados. Nos
ResponderExcluiranos 80 não tinha pra ningem , tanto que esse mesmo motor mais tarde foi pra um mustangue 67 dos Casagrande,que ganhou no autódromo uma corrida em que participou até o famoso mustangue de corridas do Paulo Lomba.
Bela história desse maverick quadrijet. Ainda bem que não se perdeu no tempo... Bob posta mais fotos do maverick?
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