Em tempos de comunicação instantânea e online, cada vez mais rápido e de maneira uniforme, muda o comportamento humano. As tendências se espalham e um garoto roqueiro do Itaim Bibi mais rapidamente se parece com um garoto roqueiro de Londres. Ambos se vestem igual, ouvem as mesmas músicas, freqüentam o mesmo tipo de festa etc. O mesmo acontece com os carros.
Uma prova disso foi a recente adoção do branco como padrão de beleza para os carros. A maioria dos grandes lançamentos de 2008 foram apresentados primeiro na cor branca. Foi assim com o novo M3, o Nissan GT-R, entre outros. As versões especiais dos hot hatches europeus saíram somente em branco e até no Brasil o antes execrado branco hoje é visto com bons olhos nos fóruns automobilísticos, pelo menos pelos usuários de fora de São Paulo.
Num exercício de futurologia, afirmo que a próxima onda, ou melhor, uma das próximas ondas, será o que batizei de detuning. Todo mundo que trabalha com estética e estilo tem por obrigação manter um olho nas ruas, saber o que acontece, qual é a música que tanto o jovem do Itaim quanto o de Londres estão ouvindo. O mesmo acontece com as áreas de estilo das fábricas automobilísticas, a grande maioria bebe na fonte da customização dos carros.
Com esse olho clínico nos comportamento dos donos de carro, algumas fábricas exageram no “estilo inspirado nas ruas” e aí entra o detuning. Empresas de peças aftermarket vão produzir acessórios que tenham por objetivo tirar um pouco do aspecto customizado dos carros. Um exemplo de detuning já acontece nas lanternas dos novos Subaru WRX e WRX STI. Essa “desmodificação” tem tudo para virar um best-seller.
O próximo produto que urge a ser criado é aparelho para desligar os “leds que não desligam” da nova linha Audi, que a Porsche vai adotar e que certamente vai ser seguidas por outras fábricas.
VR, legal sua sacada. Mas acho isso uma maluquice. Quando o fabricante resolve oferecer a lanterna como (quase) todos queriam, resovem gostar mais do modelo antigo ?
ResponderExcluirAC
ResponderExcluirNa minha modesta opnião, fica muito melhor com o desenho mais tradicional.
:^)
VR
Eu também gosto muito de carro branco, um dos carros que eu mais gosto é um gol gti 16v branco pérola
ResponderExcluirE falando em lanterna traseira, eu espero que a Ford use uma lanterna normal na reestilização do Fusion, ele ficou muito feio com as Altezza que colocaram nele.
VR,
ResponderExcluirInacreditável a sintonia: hoje indo para o banco de manha no eixo rodoviário tinha um Impreza na minha frente, olhei as lanternas e pensei: que lixo, seria infinitamente mais legal com lanternas normais, vermelhas, ambar e branco só na ré. É isso aí, acho que tem muita chance de pegar sim. Eu peo menos se comprasse o impreza e tivesse como trocare as lanternas, trocaria no ato.
Acabo de voltar do Centro do Rio e presenciar aquela triste massa de carros “fuliginosos”, todos seguindo a “tendência” das variantes do cinza (como dizia meu antigo professor de Química Farmacêutica: “O branco e o preto não existem, o que existe são diferentes tons de cinza...”). Até que, para salvar meu dia, avisto um Fusion numa espécie de branco. Fiquei surpreso, nunca tinha visto um Fusion naquela cor e ficara perfeito. Dava pra “enxergar” todos os detalhes da lataria do carro, ao contrário dos vários outros pretos que eu havia visto antes. No momento cheguei a achar que a cor não era original, mas agora, pesquisando descobri que se chama branco Málaga e também existe um vermelho Moscou, que eu vi em um único Fusion semanas atrás. No momento da aparição do carro, eu estava no ônibus, quando o incauto motorista do coletivo soltou: “Não vai conseguir passar pra frente nunca, carro grande tem que ser preto!”. É por causa desse tipo de “crença” que somos escravos da “fuligem”. A Ford está de parabéns por disponibilizar estas nuances para um carro grande, que geralmente só conta com cores “discretas”. Talvez se aquelas lanternas traseiras fossem, ao menos, fumê nas regiões da ré e da seta, combinaria mais com a proposta do carro, apesar de que o carro claro combinou muito bem com as lanternas “brancas”. Ainda falando de cor, sempre me vem à mente o Escort XR3 conversível (1º modelo) na lendária cor bege nevada (branco pérola) que vi por volta de 1992, aos 5 anos e pouco de idade; quando fiquei chateando meu pai para comprar um, sendo que, naquela época era um carro de playboy e ele não pôde realizar meu pedido. Acho que foi nesse momento que comecei a manifestar os primeiros sintomas da síndrome que os colunistas e leitores desse blog sofrem...
ResponderExcluirO fusion também tem um azul muito bonito, mas essas cores (branco, vermelho, azul) só tem por encomenda, o preto eles tem a pronta entrega.
ResponderExcluirAliás, a lanterna traseira do Fusion é outra coisa que parece vir "tunada" de fábrica. Penso que um modelo tradicional, não espelhado, casaria com maior elegância.
ResponderExcluirLanterna Altezza? que que o Toyota-que-virou-lexus-com cluster-seiko tem a ver com a lanterna do Fusion?
ResponderExcluire outra, carro, como tudo na vida, deve ser visto no contexto. Fusion NÃO é grande. NÃO é carro "sério", sisudo. É um carro médio prum pai de família que não quer parecer paizão. Não se esqueçam que ele é americano.
Setright dizia que os navios mataram os carros, ou algo parecido. Quando lembrar da frase (ou abrir minha cópia de Drive On! do outro lado do meu quarto) escrevo uma slinhas sobre isso por aqui...
Bill
Caro Bill, aos meus olhos, o problema é que o Fusion tenta ser jovial em uma carroceria cujas linhas são claramente conservadoras.
ResponderExcluirOs faróis esticados em gota, grade estilo "pimp" e lanternas com detalhes cromados é que parecem fora do contexto da carroceria. Seria como botar tênis de skatista, mochila colorida e boné em um senhor para fazê-lo parecer mais jovial.
Esta "tunagem" do Fusion de fábrica (particularmente a grade e as lanternas) me parece dentro do contexto que o VR escreveu, "algumas fábricas exageram no estilo inspirado nas ruas".
Just my two cents.
[]s!
Caro Bill, quando eu citei sobre o "tamanho" do Fusion, eu quis dizer sob o ponto de vista (padrão) brasileiro. Concordo com o Juliano sobre a tentativa de “jovializar” o Fusion. Mas acho que, neste caso, pode não ter funcionado tão bem. Hipoteticamente, a tal lanterna nunca influenciaria negativamente a minha compra, mas, quem sabe, a de um senhor, um executivo ou outro que prefira um caráter mais discreto? Pois até agora, pelo menos aqui no RJ, é o perfil de quem vejo utilizar o citado carro.
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