(foto: www.sodthenet.com) |
Gosto de viajar à noite, sozinho no carro e estrada vazia. O mundo e eu. Ninguém falando, o som desligado; nada para me tirar da imersão em meus pensamentos, ninguém me solicitando, nada para atrapalhar a conclusão a que quero chegar comigo, só eu e eu. E o carro é bom pra isso; um aconchegante casulo móvel. Pra mim, ao menos, é. Momentos assim, noite, carro e a solidão da estrada vazia também são bons para chegarmos aos benditos momentos em que conseguimos ficar sem pensar em nada, que é quando nem nós mesmos nos solicitamos pra nada, uma delícia nirvanesca.
Atualmente temos o telefone celular, que tocando pode vir a quebrar esse raro estado de coisas, porém, não muito tempo atrás nem celular tínhamos e a coisa seguia assim, as pessoas sem saber onde estávamos e nós sem saber onde estavam as pessoas; o que, se por um lado é ruim, por outro é bem bom.
Prefiro as luzes do painel desligadas, coisa que infelizmente os carros atuais não permitem. Os mais antigos, sim, muitos permitiam. Hoje, no mínimo fica uma chata luzinha —, oras, como se eu precisasse olhar para o velocímetro para saber a que velocidade estou. Com elas desligadas, basta volta e meia clarear os mostradores e dar uma checada geral. Tudo em ordem, velocidade do carro, rotação do motor, temperatura da água, nível de combustível, e o carro me sossega em meu sossego, me dizendo que está tudo bem com ele e que é para eu seguir tocando, que se pintar algo estranho ele me advertirá acendendo uma luz correspondente. Agradeço-lhe e sigo na boa.
Também gosto muito quando à noite e sozinho pego uma tempestade daquelas, com chuva aos borbotões junto a lufadas de vento lateral que dão chacoalhões no carro, dessas sopradas que a gente escuta uuúff!, zuíímm, pelas frestas das janelas, e temos que tratar de, rápido no volante, mas com delicadeza, compensar os empurrões laterais para manter o carro na linha.
Essa compensada na direção tem que ser na sintonia fina. Não podemos exagerar; tem que ser no ponto; ponto exato. Temos que estar atentos, pois esse vento varia de intensidade de segundo a segundo, sendo que por momentos ele simplesmente deixa de existir — como se estivéssemos no vácuo —, e às vezes até nos parece que a lufada passou a vir do lado oposto. E é aí que temos de ser mais rápidos e exatos, pois se dermos bobeira e continuarmos a manter o volante virado, forçando o carro contra o vento, com a súbita parada da ventania o carro repentinamente se desvia forte para a de onde ela vinha.
(www.obviousmag.org) |
Fio da navalha. Gigantes brincalhões e com pulmões imensos à beira da estrada se divertindo a soprar sobre nós, e nós, usando a cachola, driblando-os e nos saindo de liso. O lance é corrigirmos o volante tão rápida e intensivamente quanto a variação das forças do vento que agem sobre o carro. Não podemos ser mais lentos, mas também não podemos ser mais rápidos que o vento. Não podemos corrigir no volante menos que o necessário, mas também não mais. Qualquer coisinha a mais ou a menos, seja na velocidade, seja na variação, passa a ser exagero e há o risco de descontrole.
É nessas horas que a gente pensa: “Puxa vida! Eu já precisava ter trocado esses pneus!”, ou, “Puxa vida! Fui economizar colocando pneus cuja marca nunca tinha ouvido falar e eles são ruins paca!”, ou, “Puxa vida! Como são bons esses pneus!”. Pneus, pneus, pneus... São o nosso único contato com o solo, todos os nossos comandos dependem deles e mesmo assim por vezes são tão desprezados, tão desconhecidos, tão menosprezados.
Tenho mania de pneus. Para mim, sair de viagem sem checar os pneus e respectivas pressões é algo que me contraria. É como montar um cavalo e sair para correr atrás de vaca sem antes ter verificado seus cascos, pegando um por um para ver se tem pedra incrustada, desgaste fora do aprumo, lasca saindo ou qualquer coisa que o machuque, pois tudo isso, além de maltratar o cavalo, o fará falsear a pisada, e aí vem o tropicão e é o chão chegando rápido pra gente.
(www.senvergonha.net) |
Gosto muito quando ao longe vejo a tempestade em que inevitavelmente vou entrar. Aqui, com céu ainda relativamente limpo, e lá ao longe nuvens escuras se avolumando, expandidndo e contorcendo, raios cortando o céu, cachoeiras d’água em véus despejando lá de cima. Essa cena costuma ser vista nos finais de tarde de verão, mas mais bonita é quando à noite é vista durante as instantâneas iluminadas dos grandes raios, aqueles que vemos crescendo, arranhando o céu de ponta a ponta com desenhos que parecem fulgurantes rios de luz e seus afluentes. E aí, a gente que vinha guiando com tudo calmo, tudo meio abafado, começa a sentir ventos daqui e dali, cada vez mais intensos, e folhas e poeira cruzam a estrada em correria. É sinal que logo vai começar a pauleira.
A chuva pode começar de mansinho, como uma leve garoa, mas também pode começar já em seu clímax torrencial. Prefiro as que começam já com tudo, como se tivéssemos mergulhado numa parede de água.
As boas marcas de pneus evoluíram muito nos últimos anos. Lembro que era relativamente comum o carro aquaplanar, isso há coisa de 20 ou 30 anos. Hoje está bem mais raro acontecer, pois hoje o desenho dos bons pneus fazem com que se livrem mais facilmente da água, mesmo assim tenho certa aversão a pneus muito largos, pois eles tendem mais a aquaplanar, principalmente em carros pequenos e leves. No seco, pneus largos, tudo bem, mas na hora do temporal não há dúvida que os mais estreitos se portam melhor rasgando mais facilmente as lâminas d’água . Portanto, sem exageros, nem muito largos e nem muito estreitos. Pneus largões, “pro carro ficar lindão”, é besteira de principiante.
Tempestades, tempestades! Onde estão vocês, com ventos que vergavam árvores, que as pelavam das folhas esparramando-as com pássaros em vôo céu afora, que balançavam meu carro como se ele fosse um chihuahua na boca de um bulldogue? Ando com saudades de vocês, queridas tempestades.
É para enfrentá-las que sempre tenho em meu porta-luvas uma arma secreta: um simples tubo de pasta de dentes. Uso a pasta de dentes para desengordurar o pára-brisa. Isso é dica que aprendi com um caminhoneiro. Daqui e dali vai juntando óleo no pára-brisa; é escapamento de caminhão, é óleo no asfalto que sobe junto com a água levantada pelos pneus de quem vai adiante etc, e os limpadores acabam por não fazer uma boa varredura, fica aquela visão meio psicodélica, e ter a visão turva nos faz tomar decisões erradas. Bom, o que faço é parar num posto de combustível, molhar o vidro, e com uma mão esparramar pasta por todo ele. Dois centímetros de pasta bastam para cobrir todo o vidro. É bom também limpar as palhetas. Em seguida é só jogar-lhe uma baldada d’água e seguir viagem, que o caro leitor verá que o pára-brisa ficará “como um cristal”, a expressão usada pelo caminhoneiro que me deu essa dica há mais de 30 anos; fora que sua mão ficará perfumada feito o hálito da Fernanda Lima.
(superwallpapers.com.br) |
Hoje em dia, com a popularização do ar-condicionado um terrível problema praticamente deixou de existir, que é o embaçamento do pára-brisa. Mas antigamente, quando a imensa maioria dos carros não tinha o tal “a/c”, experimentávamos de tudo: espalhar detergente, espalhar fumo de cigarro, flanelinha, papel higiênico, jornal, produtos líquidos mágicos, etc, etc, e nada resolvia a contento. Uns carros eram piores que outros. Uns embaçavam logo de cara; outros já demoravam mais, mas em todos sempre ficava uma réstia de embaço. Nunca ficava “como um cristal”.
Tempestades, minhas adoráveis tempestades! Por onde andam? Se vocês não vierem vai faltar água e energia elétrica, e aí nossos irresponsáveis e imprevidentes governantes, sejam lá de que partido forem, vão ver o que é bom pra tosse.
AK
E eu que achava que era louco por ter um prazer enorme em dirigir na chuva! Não chuvinha, mas tempestade mesmo, daquelas que o céu fecha e parece até daqueles filmes apocalípticos, de tantas nuvens negras e densas e pelo sol ter se escondido sabe se lá onde. Grande texto Arnaldo!
ResponderExcluirCompartilho deste prazer. Guiar na BR com os raios rasgando ao horizonte é algo espetacular. engenharia do universo pura força e beleza (quando não em minha cabeça rsrs).
ResponderExcluirILDC
Viajei no texto.
ResponderExcluirO que faz mais falta hoje em dia é o som do silêncio. Por isso adoro o horário entre 3 e 4 da madrugada, parece-me que nestes horários o silêncio e a quietude da cidade são quase totais, gosto de sentar-me no quintal de casa, olhar a rodovia SP270 a uns 2 Km de distância e ficar ouvindo o "som do mundo".
Mudando um pouco, alguém se lembra da esponja "Visortec" ? Realmente funcionava!
Sempre me divirto com chuvas fortes, desde que a estrada não tenha tráfego intenso, pois o spray imundo jogado no pára-brisa por outros carros, ônibus e caminhões, além dos "braços-duros" pela frente, torna a viagem muito tensa e cansativa.
ResponderExcluirEu pensava ser o único vivente desta terrinha a gostar de tempestades, mas ora que conheço mais um. A única diferença é que gosto de estar acompanhado da esposa, desde que ela fique quietinha. Também não curto som nesses momentos.
ResponderExcluirQue dica legal essa da pasta de dentes. Não vejo a hora de testar.
Ótimo texto Arnaldo.
ResponderExcluirRecentemente peguei duas viagens de quase 700km com chuva. Uma de dia em que a tempestade veio bem forte, deixando a situação quase sem visibilidade nenhuma, mas que passou rápido.
Na outra, de noite, choveu quase o percurso inteiro alternando entre "cair o céu" e garoa fraca. Confesso que, apesar do gostinho de desafio, foi estressante pelo longo período exigindo atenção extrema.
Felizmente durante as duas ocasiões pude comentar: “Puxa vida! Como são bons esses pneus!”
Caro Arruda, imagino que nessa sua viagem havia mais gente a bordo, e isso estressa mais o motorista. Ao menos pra mim, estressa. Acho que aumenta a sensação de responsabilidade.
ExcluirSim, nessa de noite família a bordo e o tráfego intenso de caminhões característico da Regis Bittencourt.
ExcluirEsqueci de comentar da ótima dica da pasta de dente. Vou experimentar em breve.
Tá explicado, Arruda. Com a família a bordo tudo muda de figura.
ExcluirMuito bom o texto AK. Sou principiante nesse autoentusiasta(tenho 1 ano de CNH), por isso peguei poucas tempestades, mas as que eu peguei foram ótimas, é divertido tentar acertar o carro em meio a uma ventania daquelas, de noite então, o desafio fica mais satisfatório. E sim, dirigir de noite, sozinho por uma estrada fazia é uma das melhores coisas que existem. Agora essa de desligar as luzes do painel, e da pasta de dente no para-brisa foram ótimas dicas, serão muito úteis para mim aqui no Rio de Janeiro que anda chovendo de forma descontrolada(tem semanas que passam sem uma gota d'água, e do nada o tempo muda),Bom, meu carro não tem A/C(um corsinha wind 96), então já sabe, embaça com até um suspiro na chuva.
ResponderExcluirAcho que é só, ótima matéria e muito obrigado por nos passar esse maravilhoso conteúdo.
Boa a dica da pasta de dente. Recomendo sempre ligar os faróis baixos em situações de visibilidade reduzida, como com chuva. Tbm adoro viajar sob chuva, só não gosto quando ela é muito forte e meus limpadores não dão conta.
ResponderExcluirLavar o parabrisa com uma solução de álcool com amoníaco também dá um efeito desengordurante muito bom.
ExcluirEu uso um produto próprio para o reservatório de água do lavador do para-brisa, um tipo de detergente. Funciona muito bem, remove até os insetos gordurosos esmagados, sem ter que parar pra isso... E na parte interna, anti-embaçante qualquer, como o da Wurth, funciona bem e evita ter que ligar o ar só para essa finalidade.
Excluir"álcool com amoníaco ????
ExcluirMas aí você escangalha a pintura!
Gosto de pegar um estrada sinuosa logo cedo, o diesel dos caminhões de tanque cheio que caem nas curvas, me dá deliciosas escapadas de traseira.
ResponderExcluirIsso é legal !
ExcluirMas o bom mesmo é apostar corrida contra um Scania ladeira a baixo....
Tem cada humorista por aqui kkkkk
ExcluirÉ engraçado o quanto certas postagens no AE me põem a cachola a imaginar coisas... como é bom isso!
ResponderExcluirAdoro dirigir sob chuva forte, mas de dia. Quando as nuvens encobrem o céu e cortam a claridade excessiva, a temperatura baixa e, assim que a chuvarada cai, o barulho de água e vento é tudo o que se escuta dentro do carro. A paisagem muda, o trânsito desaparece e eu fico com a rua ou estrada só pra mim. Os poucos motoristas que ainda se atrevem a dividi-la comigo dirigem com atenção (não sei se é efeito da chuva forte ou se só os atentos guiam nessas condições) e posso aproveitar o momento. Uma delícia!
A primeira vez que dirigi um carro para outra cidade, foi de noite, debaixo de chuva, com 18 anos. Me senti absolutamente seguro no Fusca, curtindo o vai e vem do limpador de para brisa, cujo som é bastante peculiar. Quando guio nestas condições é como voltar para casa.
ResponderExcluirEu também adoro as "condições adversas" da noite e chuva.
ResponderExcluirMas uma vez muito legal foi quando estava indo até o Rio de Janeiro em férias, no Omega, e encontrei com um Fusion V6 no caminho, logo depois de Juiz de Fora, fomos juntos até a entrada do Rio de Janeiro, eu entrei pela Via Amarela (acho) e o cabra do Ford seguiu pela Avenida Brasil.
A tocada era relativamente rápida, 100-120 km/h e Fusion e Omega nos trilhos, ora eu passava a frente, ora eu seguida o Fusion, acho certo que houve por parte do outro motorista o mesmo pensamento que eu, sobre compartilhar um pouco a vantagem de ir a frente sem spray, e também ir atrás pegando o trilho.
Depois de descermos a serra de Petrópolis, durante a descida na verdade, a chuva já foi ficando mais fraca. Quando sinalizei para sair da Avenida Brasil o senhor do Fusion piscou faróis como quem agredecia, sei lá... poucas pessoas ultrapassamos durante a chuva, muita gente prefere parar em um posto de combustível e aguardar, então foram os doze cilindros trilhando o caminho molhado.
Nunca vou me esquecer.
Quando fui à Bahia agora no fina de 2013, peguei chuva 90% do tempo. Foi nesses temporais onde o estado do Espírito Santo foi severamente castigado.
E eu achava que era o único doido no mundo que gostava de dirigir sob tempestades, legal saber que mais gente com o mesmo probleminha que eu, hehe...
ResponderExcluirMuito legal, Arnaldo. Permita—me algumas observações. Impressionante com pneus largos são piores no molhado! A questão é que todo carros hoje tem rodao e pneuzao! Ora, até não muito tempo, 195 era borracha pacaramba! Hoje, uma largura comum.
ResponderExcluirUma dica é passar esses repetentes de água no pára-brisa. Há muitos anos usava o fantástico rain—x. Para se ter idéia, acima de 60 km/h podia se dispensar os limpadores, pois o vento se encarregava de tirar às gotas.
Outro dia, Lu sobre um risco adicional de pneus ruins ou gastos no molhado. Dada a menor capacidade de "cortar" a água, eles a empurram para todos os lados, inclusive para frente. Resultado: pára-brisa coberto de água e visibilidade prejudicada.
Estou com quatro fantásticos Continental em meu carros, e posso garantir que a água "levanta" bem menos.
Abraço!
Lucas CRF
Sempre fui um viajante solitário, aliás até mesmo na cidade pouco uso o som do veículo, prefiro o som do silêncio.
ResponderExcluirAgora, o problema atual é conseguir encontrar estradas vazias, mesmo de madrugada...
Existem situações em que o vidro "embaça por fora"... é comum em certas épocas do ano, aqui na Estrada de Caucaia do Alto. É uma combinação de umidade e frio que a palheta não consegue limpar, é como se a água penetrasse no vidro, e com os faróis dos veículos da outra faixa a ofuscação é total.
ResponderExcluirEssa é uma razão de sobra para os parabrisas terem desembaçador elétrico, mas não entendo por que nenhum carro tem. Nos países frios em que o parabrisa congela, então, deve ser terrível. E mesmo lá fora esses sistemas são muito raros. O Novo Uno era para ter saído com um sistema desses, mas algum "gênio" da Fiat entendeu que ele deveria ser instalado só em carros sem a/c... é inacreditável.
A Ford Transit tem esse desembaçador elétrico no parabrisa. Funciona à perfeição.
ExcluirKlaus
Ao refrigerar a cabine pelas saídas superiores (próximas aos vidros), para melhor uniformidade na cabine, algumas vezes também ocorre embaçamento do para-brisas.
ExcluirMais sobre o para-brisas térmico:
http://estadodeminas.vrum.com.br/app/noticia/servicos/2006/12/27/interna_servicos,22335/para-brisa-solucao-simples-e-economica.shtml (desconsiderem a primeira imagem)
http://diariodenatal.vrum.com.br/app/301,21/2010/08/27/interna_vrumtb,40517/index.shtml
http://colunas.revistaautoesporte.globo.com/quarentena/?p=1070&cp=3
De acordo com os links acima: Funciona por 3 minutos no vidro dianteiro e desliga, requerendo novo acionamento? E no vidro traseiro não? Deve ser porque dirige-se a maior parte do tempo olhando para trás, não é mesmo!?
É por causa deste tipo de aplicação de determinadas tecnologias que a coisa não vai para frente. A maioria vai simplesmente dizer que é ineficiente (que não funciona a contento ou deve estar quebrado), e de certa forma estão certos. Aqui não é utilizado para derreter a neve/gelo de quando o automóvel estava estacionado, mas sim manter desembaçado. Mas não, vamos fazer o cliente ficar apertando o botão constantemente (o atento que sabe e percebe que o negócio desliga com 3 minutos em cada ciclo).
Deveria se, quando acionado "sem o limpador de para-brisa estar ligado", funcionar por 3 minutos (função padrão - descongelante ou rápido desembalamento), e com o limpador(es) ligado (dianteiro ou traseiro), o funcionamento ser atrelado ao mesmo, deixando de funcionar com o desligamento destes. Em primeiro momento ligar em potência máxima, e ao passar de 3 minutos, identificar que está em outro modo de operação (concomitante com o funcionamento do seu respectivo "limpador/limpadores") e assim passar para modo "econômico" de potência, para manter ação desembaçante e sem consumir muita potência/eletricidade; cumpriria as duas funções. Será culpa da Saint-Gobain Sekurit ou do fabricante do automóvel? Quem desenvolve a eletrônica aplicada?
Inventado em 1995; apresentado ao mercado brasileiro em 2005; primeiro produto com desenvolvimento local a contar com o equipamento em em 2010; e... 2014, parece que o negócio morreu por aqui (e não é culpa do consumidor - tanto pela pequena oferta como pelo projeto)...
É também necessário algo para os retrovisores "molhados" (repleto de gotículas d'água), e vidros laterais que permitam a visão para o mesmo sob estas condições climáticas - por vezes embaçam também se não tiver sistema de ventilação adequado para a função (alguns automóveis possuem dutos exclusivos para a função).
Enxergar bem é necessário (segurança ativa).
Klaus, de que marca é o vidro? Funciona de modo ininterrupto? É conjugado com o funcionamento dos limpadores?
ExcluirAllan Welson, não prestei atenção na marca do vidro, mas a van é importada da Turquia. Amanhã olho e te digo. Funciona por cerca de 3 minutos ( depois de uns 40 a 50 segundos já desembaçou tudo) e não é conjugado com o limpador ou com ar condicionado. É totalmente independente.
ExcluirKlaus
Klaus, obrigado pelo retorno.
ExcluirCertamente deverá ser Saint-Gobain Sekurit - e por este tempo de 3 minutos, desconfio que a eletrônica de controle adotada é também dela (ou ao menos a metodologia de utilização).
Como o tipo de funcionamento é o mesmo (inclusive o tempo de acionamento), não terá problema se não conseguir saber qual a marca, pois pelo citado por ti, não é diferente do sistema adotado no Fiat Uno - ficou-se na mesma, nada mudou. Ainda não foi desta vez o encontrar de nova lógica de funcionamento para o sistema, que era o que eu estava desejoso em saber.
Novamente, muito obrigado.
Também gosto de dirigir sob chuva, mas se for a noite, por estradas desconhecidas, não curto não. As sinalizações horizontais que somem, dificuldade em ler as placas indicadoras de saídas, que "brilham" quando molhadas, a água que esconde as "panelas", tudo isso torna a tocada cansativa. Mas não fico feliz da vida ao perceber que vou atravessar um temporal a frente, pois por várias vezes peguei tempestade "indesejável": granizo e/ou ventania com muitos galhos grandes de árvores pela pista...
ResponderExcluirDelicioso o texto!
ResponderExcluirTambem sempre gostei de dirigir em dias de chuva. Uma das viagens inesqueciveis que fiz foi um dia que na Fazenda, precisamos buscar uma plataforma de colheita de milho. Como não havia quem fosse buscar fui com o F-11000 que tinhamos. Voltei a noite e embaixo de chuva, dirigindo sozinho o Fordão...Na estrada Deus o Ford e eu. Muita água e raios do lado de fora. Dentro somente a brasa do cigarro e as luzes dos vários instrumentos do painel do caminhão (manometro de ar, manometro de óleo, tacometro, amperimetro, temperatura da água, indicador de combustivel e velocimetro) e 600km pela frente, todos percorridos embaixo de muita chuva.
Faz exatos 10 anos isso. Mas foi uma viagem deliciosa!
Arnaldo,
ResponderExcluirDeus te ouca, que caiam varias delas na regiao do Alto da Cantareira, belo post!
abraco,
MAS
Só discordo da parte de não precisar olhar o velocímetro. Infelizmente, com a indústria da multa à espreita em todos os cantos, não dá mais para dirigir no feeling. Basta uma pequena descida para se exceder o limite e acabar levando uma multa.
ResponderExcluirNada melhor que dirigir à noite numa estrada e dar aquela parada no meio do nada, olhar para o céu e ver a quantidade absurda de estrelas que são invisíveis quando se está numa cidade. Ou ver ao longe os clarões de uma tempestade se aproximando.
Sem contar a sensação relaxante do barulho de uma chuva forte caindo sobre o teto do carro.
Dirigir sob chuva ou à noite, ou sob chuva e à noite, é uma das coisas mais epeciais que existem! Apenas você e o carro, no silêncio da noite, ou com a chuva a chocar-se contra o carro, provoca uma das melhores sensações do mundo!
ResponderExcluirVejo muitas pessoas com pavor de dirigir nestas condições, eu não. A sós com o carro, sinto-me protegido, sinto-me em casa.
Sair sem destino, sem hora, sem cobranças. Apenas curtindo a paisagem. Até pode ter companhia, mas tem que ser "a companhia", a mais especial de todas, aquela que realmente se ama. Senão fica chato e estressante.
Sim, dirigir assim é uma das melhores coisas que nós, seres humanos, podemos fazer!
eu sou meio cagão pra isso, me sinto perfeitamente confiante nos meus julgamentos andando na chuva, mas uma coisa foge do meu controle, o julgamento dos outros e esse sempre me deixa receoso.
ResponderExcluirSobre histórias de chuva fiquei impressionado ano passado chegando em Goiânia. Começou a chover e de repente passei por nada menos que 5 acidentes, a maioria que escorregou para fora da pista, um ficou na mureta. E olha que a chuva não foi nada mais que uma garoa forte com o asfalto em boas condições. Como não presenciei nenhum deles acontecendo não posso tecer comentários sobre as causas, se foi excesso de confiança, imperícia, ou falta de manutenção (pneu ruins), mas boa parte dos carros era bem nova.
ResponderExcluirAssim que minha esposa tirou carta coloquei ela duas vezes para subir serra na chuva. Claro, passando dicas sobre como identificar os melhores trilhos, da necessidade de ser mais suave com o carro, etc. As duas vezes ficou brava comigo por colocá-la "na fogueira", mas depois entendeu.
É uma experiência que não se aprende com instrutor em autoescola.
A única coisa que não gosto na chuva são os buracos escondidos e os motoristas que ficam com medo da água e passam a dirigir como lesmas. O pior é que não dão passagem ainda por cima. E no começo da chuva, enquanto não limpa o asfalto, é bem perigoso também
ResponderExcluirMe fez lembrar de uma situação que vivi a uns anos atrás. Era 2005 e eu saí, por volta das 21:00hrs, de Toledo/PR rumo a Foz do Iguaçu no Fusca que eu tinha na época. Logo na saída de Toledo desceu um dilúvio. Meus limpadores, que como sempre, estavam em perfeitas condições, não davam conta do recado (coitados, eram de Fusca....). O jeito foi ir de boa acompanhando um caminhão que estava na frente, seguindo suas luzinhas. O detalhe é que era um caminhão transportador de frangos, que, como muitos sabem, não são nada limpos. Os primeiros quilômetros foram mais complicados, mas aos poucos a chuva foi diminuindo, e quando cheguei em Céu Azul, na BR-277, só restava o asfalto molhado. Grande noite aquela. Gostaria de repetir a dose, mas no mesmo Fusca!
ResponderExcluirViajei de São Paulo ao Uruguai com chuva forte por pelo menos 80% do percurso.
ResponderExcluirSempre gostei muito, mas nessa viagem me prometi nunca mais pedir chuva.
Realmente, estar sozinho para essas ocasiões é uma benção à qual não tive direito..
Tive a mesma experiência ano passado voltando de Foz do Iguaçu, rumo a São Paulo. Chuva forte o trajeto todo. E um verdadeiro dilúvio ao sair de Ourinhos. Como já estava escurecendo, rapidamente o estresse aumentou. Acabei pousando em Avaré, por que o cansaço chegou no retão da Castelo e como a patroa não gosta de dirigir na estrada... detalhe estava com um Dobló 1.8 alugado que foi uma bela companhia de viagem.
ExcluirBacana o texto.
ResponderExcluirSó para lembrar todos os citroens apagam o painel.
Maravilha... pensei que era só eu era assim... Achei quem faça o mesmo. Gostar de andar sozinho, numa estradinha bacana, bem pavimentada, desligado do mundo e só admirando a paisagem ao meu redor...A vontade é de não parar nunca! Não sei se isso é normal, mas o volante me vicia... Aquela vontade de ir até onde a estrada me levar, sem destino certo, sem preocupação com compromissos, com horas marcadas. Sou estradeiro, e com muito orgulho! Não tem coisa melhor do que desbravar caminhos desconhecidos (talvez meus ancestrais sejam Bandeirantes) É o mesmo sentimento que move a galera dos motoclubes, e os irmãos caminhoneiros! A questão é que eu gosto de automóvel, em pese a admiração por outros veículos... Quanto às tempestades, adoro contemplá-las, mas à distância. Sempre que avisto uma das boas, paro o carro, e disparo a maquina fotográfica aleatoriamente, até conseguir registrar um belo raio, mas... Tempestades à distância, por favor! Em São Paulo tudo é lindo e maravilhoso: pista dupla, taxas refletivas, sinalização impecável... Mas aqui em Goiás, meu caros... O sistema é bruto, rústico e sistemático: Pista simples de mão dupla, em topografia irregular, buracos traiçoeiros que surgem do nada, em locais sem menor visibilidade. Aí vem a chuva, que no verão, não costuma ser fraca! Para início de conversa... é preciso ficar atento não arrebentar o possante num dos vários troncos de árvores que provavelmente vai cair no meio da pista! Sim! Isso mesmo! por qqui não tem essas áreas de escape bonitnhas, gramadinhas, barreiras New Jersey, defensas... As faixas de domínio de nossas rodovias, são bem ecológicas e preservam a vegetação nativa, repletas de gigantescas árvores. Não podem ser retiradas, sem ordem do IBAMA. Aqui se o cara cochilar, ou mesmo tirar o carro para fora da pista para evitar uma colisão frontal, muito provavelmente, morrerá ao atingir uma gigantesca árvore (foi assim que perdi um amigo que ficou agonizado até o fogo tomar conta do carro...morreu carbonizado!). Mas voltando à chuva: em Goiás, deparamos com verdadeiras enxurradas, atravessando a pista, em curvas, rampas e cabeceiras de pontes, (em virtude do entupimento ou da ineficácia dos elementos de drenagem da rodovia) Até carro zero, com pneu zero, conforme a velocidade, dá aquela aquaplanada... (mais um conhecido meu, morreu na BR-050 ser atingido por Pick Up S-10, que aquaplanou, numa enxurrada dessas, em plena curva, rodou e atingiu em cheio sua Parati, que vinha em sentido contrário... morreram ele e sua filha de 4 anos)... Ausência ou ineficiência da sinalização horizontal: Taxas refletivas por aqui, são um luxo... Tem mais uma coisa boa: o motorista goiano, parece que não aprende na auto-escola, que preciso abaixar o farol quando vier outro veículo em sentido contrário. Agora vamos somar tudo: Á noite, com chuva, estrada de pista simples, árvores caídas na pista, asfalto irregular, faixa apagada, trechos alagados, vários farois te ofuscando a visão e a preocupação de sair da pista para não trepar num belo pé de anjico... Gostaria que alguém tivesse essa experiência... E teeeennnso demais!
ResponderExcluirJesus, não rola umas bombas aí de vez em quando não? Tiros de artilharia, minas terrestres......
ExcluirEm Goiás é bem comum esse cenário... pista seca com chuva concentrada em um único ponto, verdadeiros paredões de água depois tudo sequinho rs... é bem divertido e sempre que posso estar na região, alugo um carro e pego estrada.
ResponderExcluirEsse blog traz cada assunto...
ResponderExcluirJá que tantos perderam o pudor de expor seu gosto pela chuva, agora vou contar o meu gosto.
Adoro o “spray” borrifado pelos caminhões naquele momento em que a chuva dá uma trégua. O limpador varre o para-brisa deixando aquela área limpa e o contorno sujo de lama. O contraste do painel limpo com a meia-lua suja que se forma no canto inferior do vidro é algo quase que surreal. Aliás, sempre fui fã de carro bem sujo por fora e bem limpo por dentro. Não sei porquê...
Somos dois! Chamo de "maquiagem de estrada", aquelas marcas de água suja varridas pelo vento e contornado as linhas do capô, retrovisores, teto. Sempre gostei. Cada louco com a sua mania.,,rs
ExcluirAh, eu tbm gosto de contemplar essa sujeira no carro. Mas só enquanto o tempo estiver chuvoso, depois q sai o sol tem q limpar.
ExcluirAproveitando que este post do Arnaldo virou um divã, este fetiche por carro sujo e limpo é meio patológico kkkkkk.
ExcluirMas sério, gosto que se use o carro. Este povo que "empalha" o carro, não utilizando em dia de chuva, evitando viagens etc etc me irrita!
kkk. Fetiches.
ExcluirPois é, quando tive um Palio, na primeira vez que peguei a estrada na chuva com ele, fiquei decepcionado! Pois a palheta do limpador do lado do motorista é imensa, de modo que a tal "meia lua suja" que se forma é extremamente pequena.
ExcluirCSS e Gabriel.....somos tres entao.
ExcluirEduardo Rrokerijj
CSS e Gabriel .... somos tres entao ! Abraço
ExcluirO rastro deixado pelos limpadores mais interessante que já vi, é o da linha Gol da primeira geração. Memorável.
ExcluirAdorei esse "gosto estranho"!
ExcluirTenho também aficção em ver o carro e sua marca hidrodinâmica que o vapor dos caminhões criam na carroceria. Me lembro de um Monza Class 1993 que tive e os riscos perpendiculares àquela frente de cunha faziam desenhos lindos! E os que ficavam nos vidros dianteiros, os quais os retrovisores criavam: parece um spray redondo!
A meia-lua então, coisa mais linda, ainda mais dando o contraste com o vidro límpido de um pouquinho de detergente colocado no reservatório da água que o limpa.
Ah, que beleza! Que saudades de pegar uma tempestade! hehehehe!!!
Robson Lott
Pois é, se não cair chuva logo e no lugar certo, #nãovaitercopa, rararará....
ResponderExcluirAgora, com licença, que eu vou testar a paradinha da pasta de dente!
Só não é boa idéia dirigir à noite e com chuva forte na SP 50. Ali sim, dá medo!
ResponderExcluirJoão Paulo
Maravilhoso texto Arnaldo!
ResponderExcluirSou mais um da legião de malucos que gosta de desafios ao volante. Não preciso dizer que me identifiquei com o texto, né ?
Abraço!
O nível na Usina de Serra da Mesa está muito baixo mesmo com as chuvas no Centro Oeste.
ResponderExcluirEu tenho uma dica, pra quem quiser testar.
ResponderExcluirQuando chovia de dia, e ficava tudo branco (aquela situação que tem muita luz do sol, mas que esta escondida pela chuva, e essa luz faz os pingos ficarem brancos) eu usava um oculos de sol para dirigir, não muito escuro, 'fumezinho' claro, e não pode ser colorido, testei colorido ( lente amarela, verde...) e fica uma droga...
Eu percebi durante esse tipo de chuva que é como se diminuisse o contraste (numa foto por exemplo) e usando o oculos apesar da diminuição da luz, a melhora do contraste, funcionando como um filtro, ajuda bastante na visibilidade.
Não vale muito pra peliculas, já que é necessario que seus olhos se acostumem a menor quantia de luz, e como na frente normalmente não tem, ela geralmente atrapalha (principalmente com a dica do oculos!)
Ozirlei
Ô Arnaldo! Belo texto...Para quem compartilha o gôsto de dirigir sózinho e em silêncio é quase poético! Ganhei a tarde... A dica da pasta de dente, apesar de ser filho de caminhoneiro e já ter gastos algumas dezenas de horas dirigindo aquilo que na minha adolescência chamavam de caminhão, eu ainda não sabia. Vou experimentar.
ResponderExcluirÓtimo texto como sempre. Conseguiu explicar o que todos nós sentimos naquele prazer quase sádico de dirigir na chuva. Um grande abraço!!
ResponderExcluirTexto adorável!
ResponderExcluirTambém gosto de dirigir a chuva (mas só durante o dia!). Um desafio a mais, fazendo o carro e o motorista como único ser. Também sinto falta das longas viagens que fazia só durante a faculdade (meus pais moravam a meros 600 km de distância). A grande maioria das vezes, só o som da respiração, pneus e motor (no caso um ótimo VW 1.0 16v com saudáveis 69 cv que nunca me deixou na mão ao longo dos 120.000 km em que esteve comigo. Mas manutenção em dia também).
Durante a noite prefiro os relâmpagos e/ou a Lua, sem chuva. Não gosto da combinação faróis + chão brilhante + ofuscamento (embora na época os xenon eram de acordo com a Lei, somente top de linha importados os possuíam).
Abraços Arnaldo!
Uma vez voltei de um Track Day com os pneus carecas e tive que descer a serra com chuva. Nunca alguém agradeceu tanto por terem inventado o ABS e o controle de tração como eu nessa vez. Todo mundo andando normal a 80km/h e eu quase morrendo nas curvas a menos de 60km/h.
ResponderExcluir"Pneus largões, “pro carro ficar lindão”, é besteira de principiante." He he mandou bem ,gostei também da dica da pasta .Gosto também de dirigir na chuva ,não muito forte,e sobre "tempestade onde estão " a represa do Cantareira (SP) que o diga.
ResponderExcluirNão gosto mais de dirigir à noite. Quando os carros não tinham A/C, gostava, para evitar o calor do dia. Além disso, à noite, se precisar de ajuda por algum motivo, ninguém para, ou se para, pode ser que não seja exatamente para ajudar. Chuva, até gosto, tempestades bíblicas, não: o limpador ligado no máximo, muitas vezes não impede que você não consiga ver um palmo diante do nariz. Quando viajava à noite, não me incomodavam as luzes do painel, no máximo, colocava-as no mínimo, he, he, mas nunca desligava. Som? Sempre! Pilhas e pilhas de fitas (hoje CDs ou pen-drives) de rock/pop/baladas variados dos anos 80, além de The Platters, Ray Conniff, e Fischer-Chöre. Estrada é terapia. Amo! Principalmente sem hora para chegar. Minha última grande viagem (900 Km) foi há um ano. E fui só, eu e meus pensamentos. Está na hora de repetir a dose. Interior de São Paulo outra vez, ou quem sabe minha super-hiper-mega-ultra adorada Brasília (1200 Km daqui).
ResponderExcluirPoxa, AK! Teus textos são poesia pura. Dá até uma pontada de tristeza ao perceber que quando se está chegando ao final, como aquele livro que a gente adora e não consegue parar de ler.
ResponderExcluirParabéns e obrigado pela dica da pasta de dente!
Abraços,
Esta tarde mesmo peguei um temporal aqui em BH durante uns 20 km. Já enfrentei vendaval uns anos atrás. Gosto sim daquela sensação de estar seguro, no carro com tudo funcionando, enfrentando os desafios.
ResponderExcluirIncomoda mesmo, como já disseram, são os lesmas que insistem em travar avenidas. E olha que não costumo correr muito. Mas pensem bem: se o motorista fica "ensebando", é mais perigoso, a enxurrada pode alcançar a avenida e tal.
Pasta de dentes? Sério ?
ResponderExcluirE tem a vantagem que não dá cárie nem no parabrisas nem nos dentes do motorzinho do limpador.
Acho q vc entendeu errado. Não precisa passar no motorzinho.
ExcluirMeu C4 tem uma função "dark" no painel, que apaga quase todas as luzes: ficam apenas os indicadores dos faróis (se estou com a lanterna, baixo, alto, farol de neblina e lanterna de neblina) acesos; uma nuance no sistema de som, caso queira achá-lo na escuridão; e a velocidade, ao centro do painel, cujo controle de intensidade se encontra no volante. Eu gosto *muito* disso. Só eu e a estrada, sem distrações.
ResponderExcluirCompartilho do mesmo prazer, dirigir a noite, com chuva, no silêncio da escuridão... mas com um repelente de chuva no parabrisa ao invés de pasta de dentes.
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/watch?v=l4xubVuHXco
Faço minhas as suas palavras "seo Kélis"! Com duas ressalvas: gosto do painel todo iluminado parecendo uma nave ( a Ford Transit que eu trabalho tem um painel muito legal), e melhor que a tempestade é aquele luar de lua cheia que só tem no interior. Sou um privilegiado que tem tudo isso aí do texto cinco dias na semana ( bate e volta de 600 km, saída por volta das 3 e chegada por volta das 14) motor Diesel ronronando ( 150 km/h a 2700 rpm), sozinho no carro e total desconsideração pelos limites de velocidade.
ResponderExcluirKlaus
Senhor Arnaldo sempre nos surpreendendo com seus relatos e histórias, dignos de um poeta, parabéns!
ResponderExcluirDirigir sozinho a noite sempre é bom para o entusiasta de verdade. Só você, o carro e a estrada. Tudo que se ouve é o ronco do motor e o relaxante chiado dos pneus no asfalto.
Meu carro veio com pneus Goodyear Excellence 185/60r14, muito bons em asfalto. Duraram 40 mil km cravados.
ResponderExcluirAgora uso 90% do tempo em estradas de terra e precisava de uma altura extra no carro. Ao invez de mexer na suspensão ou trocar de carro ( me falta $). Pesquisei bastante em Tire Review em sites Americanos em achei um pneu muito bem avaliado lá fora, onde dizem que dura até 90 mil milhas. O Kumho KR21.
Comprei pela internet na medida 195/70r14, conjunto 8,8% maior, me deu 2,55 cm extra em altura para enfrentar estradas de terra.
O carro ficou melhor, como se tivesse alongado o diferencial. Agora a velocidade do velocímetro é a real no GPS. Em chuva No asfato e em lama ficou uma delicia.
Único contra é que o 1.6 ficou um pouco menos esperto por os novos sapatos serem maiores e mais pesados.
Queria mesmo 175/80r14 mas não encontrei KR21 nessa medida.
O 195/70r14 tem praticamente a mesma altura desejada.
AK,
ResponderExcluirTambém gosto de dirigir em tempestades, mas não a noite. A fotossensibilidade me traz muito desconforto quando cruzo com outros viajantes, então prefiro o dia. Fora isso, quase atropelar uma anta - o animal mesmo - em uma curva e dar de cara com um maluco com o carro atravessado no meio da BR 020 me mostraram que quanto mais visibilidade, melhor.
E ainda sobre tempestades, tudo tem limite. Já peguei chuva de granizo com uma baita ventania na BR 364, em Mato Grosso, cerca de uns 20 km antes de chegar em Rondônia. A velocidade máxima era 20 km/h, não se via muita coisa adiante do capô que não fosse um ou outro vulto, de vez em quando o vento lateral balançava o carro e até árvore caiu na pista. E as pedrinhas de gelo batendo no teto solar só me faziam imaginar se o vidro realmente era resistente...
Caro Marcos, procure n'ao se deixar atrair pela luz do carro que vem de encontro. Olhe mais para a faixa branca, se houver, aa sua direita, claro que sem deixar de ficar sacando, com o rabo de olho, para o outro carro, para ver se ele n'ao est'a vindo para cima de voc"e.
ExcluirTenho saudades das viagens que fazia de carro quando criança. Quando viajávamos a noite e chovia distante, dava para ouvir pelo rádio o echo dos relâmpagos. parecia que estávamos viajando no espaço.
ResponderExcluirO "canal" (expressão gaúcha de interessante) é navegar com uma Kombi no final da freeway, sentido litoral...e navegar - quase - não é força de expressão.
ResponderExcluirEla vai ao sabor do tempo, as mãos sempre em, aparentemente inúteis, micro (e nem tão micros assim) correções ao volante. Um golpe de vista (cerrando um dos olhos brevemente) identifica as mãos em movimento no volante, tentando conectar aqui em cima com "lá embaixo" (as rodas), e a carroceria estabilizada. E de repente o vento vem em um golpe de supetão, a van ameaça positivamente trocar de faixa, mas a correção de rumo tem que ser suave para não assustar os passageiros, e o cabra se concentra ainda mais para não ser pego desprevenido pelos ventos furiosos daquela parte da estrada. Abre-se as janelas laterais depois da coluna B da Kombi para fazer o ar escoar sem achar tantos obstáculos, mas o remédio é tirar um pouco o pé, e deixar o carro tentar achar sozinho a sua linha de condução....sem lutas, sem conflitos, navegando ao sabor do vento!
É uma grande experiência, mas é preciso ser um pouco iniciado nas artes da direção macia e defensiva.
MFF
Reportagem prazerosa de ler, pois no geral curto os fenômenos da natureza, como chuva, raios, tempestades, etc, enfim o "Poder dos Deuses" ... e realmente guiar sob essas condições desperta um sentimento de aconchego, pp qdo estamos guiando protegidos dentro de nosso carro ... dirigir à noite é bom demais: fugir do trânsito pesado, a temperatura no geral é mais amena, pode-se desenvolver uma velocidade máxima da via, o efeito dos farois cortando a escuridão é sensacional, as paradas noturnas para um cafezinho; é na noite que podemos usufruir o melhor do nosso carro ... Paulo Vanderlei Lisboa
ResponderExcluirPuxa, também gosto muito de dirigir assim, na escuridão interrompida por raios. Aqui em Mossoró/RN voltou a chover. Que esta bênção possa estar convosco também. Pena que meu pai dificultou minha vida ao mandar colocar, escondido de mim, "sacos de lixo" no nosso 206. E agora tenho feito um esforço grande para não dirigir feito mocorongo, tentando enxergar para os lados nestas condições citadas no post.
ResponderExcluirAdoro dirigir a noite, com chuva ou sem chuva. Adorava as experiências de namoro a distância, onde saia de Belo Horizonte pro Triângulo Mineiro depois do expediente da sexta-feira, e retornava domingo a noite pra capital em meados de 2007 a 2009. Boas lembranças em que os 476km de ida e os mesmos kms na volta meu ex-Monza e um Corsa GLS 1.6 16v me levavam na companhia alguns caminhões e carros que se contavam nos dedos da mão.
ResponderExcluir- O silêncio do rodar sem ruídos lá fora,
- a manutenção de uma velocidade confortável onde se tentava "achar" o ponto de melhor torque do motor,
- a busca da curva mais bem feita,
- as esticadas pra "limpar a garganta" do motor GM,
- o Malborinho light pra alegrar a sensação das horas se passavam, como os kms que desejava não acabarem naquela noite,
- a sensação de já saber o que vem pela frente por conhecer o caminho,
- as apagadas de farol nas ultrapassagens em curva com o auxílio de um camarada caminhoneiro que fazia o mesmo pra não perder o embalo, e em seguida um "PAM-PAM" pra agradece-lo,
- as músicas bregas das rádios locais,
- a sensação de que 15 dias depois ia fazer tuuuudo denovo!
Ah! Que beleza! Tenho saudades! Até na minha viagem de mudança de BH até o Ecuador eu tive o gostinho de estar na companhia do meu pai em alguns kms conduzidos nos Andes peruanos.... à noite!
Robson Lott
Só pra compartilhar a opinião de que realmente com uma chuva torrencial, não há nada melhor que ter o controle do carro nas mãos, enquanto São Pedro tenta tira-lo. A sensação de medo, porém com a segurança de que você é o responsável autônomo daquele monte de metal nas mãos dá uma emoção ímpar!
ResponderExcluirAcho que TODAS as viagens que, quando feitas somente você e Deus, te dá mais tranquilidade e experiência do que as que você tem a obrigatoriedade de carregar suas companhias sãs e salvas pra casa. Egoísta isso, mas também imprescindível para saber o que fazer quando acompanhado.
E de pensar que ontem, quando pra minha felicidade, peguei uma chuva assim aqui no Ceará, numa estrada escura, às 1:00 da manhã, vendo os relâmpagos, muita água descendo do céu e muita água na pista, fazendo o carro dançar valsa a 60KM/H, (quem conhece a CE-085 sabe a porcaria que ela é entre São Gonçalo do Amarante e Fortaleza) e ao invés de ficar tenso como a maioria ficaria, fiquei foi feliz e relaxado de poder dirigir nessas condições, me peguei rindo e pensando que sou louco por gostar de dirigir nessas condições. Bom, posso até ser, mas pelo menos não estou sozinho.
ResponderExcluirMe amarro em dirigir com chuva e prá mim quanto mais forte for, melhor. Nada como ouvir o som da água batendo no pára-brisas e no teto do carro enquanto se passa calmo e tranquilo pelo meio de toda essa bagunça, dentro do carro.
Esses dias eu estava dirigindo numa ótima rodovia e de repente começa aquele temporal. Coisa mais linda, já fiquei alegre, mas para minha tristeza os medrosos que estavam ao meu redor, já meteram o pé no freio e ligaram os piscas-alerta. É realmente triste, bastava terem ligado os faróis.
ResponderExcluirMuito legal esse negócio de corrigir a deriva do carro causada pelo vento. A não ser que se esteja em um novo Focus.
ResponderExcluirBons tempos em que os carros da Ford vinham com um reostato pras luzes no painel...
ResponderExcluirAlém disso, tinha o odiado quebra-vento (ou ventarola) que você abria um pouco e ajudava a desembaçar o parabrisa. Entrava umas gotinhas de chuva, mas desembaçava bem!
Alguem me recomenda um bom pneu medida 205 55 r16? Estou inclinado a comprar uns Dunlop DZ101...
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