Em toda a minha vida sempre fiz questão de ter todas as informações sobre qualquer produto. Por que exatamente, não sei, mas o fato é quando utilizo qualquer coisa sem dispor de dados a respeito de suas características, funcionamento, acho muito estranho. Como acho muito estranho quando um carro novo é apresentado pela fabricante, nas chamadas (entrevistas) coletivas de imprensa, faltarem dados técnicos do veículo. Chega a irritar.
O mesmo noto nos salões de automóveis. O pessoal técnico nos estandes parece alienado sobre o que está ali exposto. Pergunta-se alguma coisa e quase sempre a resposta é "Não tenho essa informação no momento", "Dê-me seu cartão de visita que depois lhe escrevo" ou "A pessoa que pode lhe responder está numa reunião". Isso nos dois dias de imprensa, com número bem menor de presentes.
Informações quase sempre difíceis nos salões (foto cars.uk.msn.com) |
No último Salão de Frankfurt, por exemplo, procurei informação sobre o novo motor V-6 do Jaguar XF, que eu soube aproveitarem o bloco do V-8 deixando dois cilindros vazios. Não teve jeito e só consegui saber no Salão de Genebra seis meses depois, onde um engenheiro da Jaguar me confirmou a solução de utilizarem o mesmo bloco para seis ou oito pistões.
Ou então informação que não representa exatamente o que a peça, conjunto ou conceito representa. Por exemplo, a Porsche descreve sua caixa de direção atual como "eletromecânica", mesmo na língua original. Ora, toda caixa de direção é mecânica — ao menos por enquanto. O movimento do volante chega às rodas por meio exclusivamente mecânico, na caixa de direção um sistema de engrenagens transforma o movimento circular do volante em retilíneo para atuar nas rodas diretrizes. Não é, por exemplo, como no sistema de freios atual em que o movimento do pedal é transmitido ao freio de cada roda por meio hidráulico. Se o fluido hidráulico vazar, se perder, o carro fica sem freio — daí o circuito hidráulico duplo obrigatório hoje, se um falhar resta outro para garantir alguma atuação de freios, embora reduzida.
Direção "eletromecânica" Porsche (desenho www.porsche.com) |
Então, conceitualmente falando, a direção de um Porsche tem assistência elétrica, um motor elétrico atua sobre um dos elementos da direção, que tanto pode ser na árvore de direção quanto na cremalheira da caixa de direção. Mas o sistema continua mecânico e dizê-lo que é constitui redundância, uma vez que toda direção hoje é mecânica até hoje. É por isso que o leitor lê nas fichas técnicas no Ae "Direção - pinhão e cremalheira com assistência elétrica."
Outra questão, até discuti isso esses dias com meu amigo e jornalista Fernando Calmon, é a dos câmbios manuais robotizados que ele, como muitos aqui e mundo afora, chamam de 'automatizado'. Eu (e muitos) o chamamos de robotizado por ser precisamente o caso. O movimento de garfos e luvas sincrônicas no interior do câmbio não é feito pelo motorista por meio de uma alavanca, mas por atuadores elétricos ou eletroidráulicos, que são, numa linguagem simplificada, robôs.
Câmbio VW DSG, "automatizado" (desenho myturbodiesel.com) |
Ocorre, porém, que esse mesmo câmbio robotizado pode ter — e tem, na maioria dos casos — uma função automática, em que os "robôs" recebem "ordens" de um "cérebro", ou seja, um computador convenientemente programado determina as trocas de marcha sem interferência do motorista. Só que nem todo câmbio robotizado tem essa função automática, caso, por exemplo, dos câmbios de carros de corrida como os Fórmula-1. Por isso, o leitor do Ae sempre lerá nas fichas técnicas "Câmbio - robotizado de dupla embreagem de x marchas à frente e uma à ré".
É também muito estranho os fabricantes, a maioria, informar potência em cavalos-vapor (cv) e torque em newtons·metro (N·m), misturando unidades. Ou se expressa potência em quilowatts (kW) e torque em N·m, ou em cv e metros·quilograma-força (m·kgf). O motivo da incoerência? Elementar: como 1 m·kgf equivale a 9,806 N·m, causa mais impacto dizer que o torque é de 196,1 N·m do que de 20 m·kgf.
N·m em vez de m·kgf salta mais à vista (www.motorpasion.com.br) |
Outra, e esta vem dos Estados Unidos, é chamar câmbio ou caixa de mudanças de 'transmissão', como se vê muito escrito 'transmissão automática', aportuguesamento puro e simples de 'automatic transmission'. No Brasil transmissão é todo o mecanismo que leva o movimento do virabrequim do motor as rodas, envolvendo embreagem, câmbio, cardã, diferencial e semi-árvores. Nos EUA isso tudo está englobado na 'driveline".
Por falar em transmissão, o leitor do Ae nunca lerá que o câmbio de tal carro é de 'seis velocidades', o termo em inglês (speed) e em francês (vitesse). Prefiro o italiano "marce", aqui marchas, que tem a ver com o alemão "gang", em cuja língua velocidade é Geschwindigkeit....
Na informação técnica dos fabricantes há um exagero de termos estrangeiros e suas siglas. É um tal de Adaptive Cruise Control (ACC), Emergency Stop Signal (ESS), side blinker (repetidora do indicador de direção), Electronic Stability Control (ESC) ou Electronic Stability Program (ESP), Antischlumpfregelung, ASR (controle de tração) e tantos outros que parecem não ter fim. Há exceções, claro, de uso consagrado como ABS, é desnecessário cada vez escrever sistema de freios antitravamento.
Outro aspecto relacionado com informação e que a dificulta, é coisa só nossa: o carro flex. Desde que surgiu há onze anos complicou tanto textos quanto fichas técnicas ao ser necessário especificar dados de potência/torque, desempenho e consumo com os dois combustíveis. Era tão mais fácil antes!
Potência
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130 cv
(G), 132 (A), a 5.250 rpm
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Torque
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18,4 m·kgf (G), 18,9 m·kgf (A), a 4.500 rpm
|
Isso sem falar na falta de informação capital sobre o produto, como seu consumo de combustível e desempenho. É absolutamente inaceitável um fabricante omitir esses dados e me foge à compreensão por que tal procedimento. Isso quando não informam os dados com gasolina e álcool, só com um dos combustíveis.
Costumeiramente também faltam dados que interessam ao leitor mais atento, que busca informações na imprensa, como Cx e área frontal, acionamento do comando de válvulas se por correia dentada ou corrente, comprimento da biela, diâmetro das válvulas, relação de direção, pressão de superalimentação, relação do conversor de torque e bloqueio, se tucho hidráulico ou sólido, tensão e capacidade da bateria, potência do alternador, entre outros. Quase sempre preciso "arrancar a forceps" tais informações.
Dá praticamente o mesmo trabalho compilar uma ficha técnica reduzida ou uma completa. As fichas da BMW, por exemplo, são ricas em informação, dá prazer obter os dados delas. Denota atenção com seu público direto ou indireto, via imprensa. No Brasil, as da Volkswagen são bem completas.
Como alguém há muitos anos me disse e passo adiante, "informação a mais nunca é de menos".
BS
Que estranho! Então se eu abrir o V6 eu vou encontrar um V8? Não entendi essa logo agora na busca incansável por redução de massas! Os 2 cilindros vazios será que tem algum tipo de função ou será só redução de custos! Nessa de informação ainda tem chamar o motor completo de bloco.
ResponderExcluirA. 06/04/14 15:15
ExcluirE tem essa mesmo, chamar motor de bloco!
Também fiquei curioso com a aparência desse motor! Coisa mais estranha.
ExcluirUm informação que sempre sinto falta são os gráficos de torque vs rpm e potência vs rpm. Os fabricantes se limitam em divulgar apenas os valores de pico!
Quando o americano chama seus motores de small Block, big block, todo mundo acha bonito. Se no Brasil usam o termo bloco, é feio. Eita síndrome de vira latas,
ExcluirA. 06/04/14
ExcluirComo assim, usar o termo bloco é feio? Usa-se também bloco pequeno, bloco grande.
Amigo, acho que você entendeu errado..
Excluir''Details: Supercharged 3.0-liter V6
This new engine finds it's bloodline from the current Jaguar V8 engine. The all-aluminum architecture of the V8 forms the basis of Jaguar's new supercharged V6. The engine will be presented in two states of tune depending on its application; the 380hp version and a 340hp version.
The new quad-cam V6 shares its all-aluminum construction with the V8, with the lightweight die-cast block supplemented with cross-bolted main bearing caps to increase rigidity and therefore refinement. The valves themselves are subject to control by a dual independent variable cam timing (DIVCT) system which is activated by the positive and negative torques generated by the movement of the intake and exhaust valves. This variable timing system features actuation rates of more than 150 degrees per second throughout the rev range, to optimize power, torque and economy at all engine speeds.
This responsive and uninterrupted power delivery is made possible through the use of spray-guided direct injection (SGDI) which delivers precisely measured quantities of fuel directly into the center of the combustion chambers at pressures of up to 300 bar (2,176 PSI). The fuel is delivered several times during each combustion cycle, creating a more homogenous air-fuel mixture for cleaner and more efficient combustion.
To maximize combustion efficiency, these spark plugs are precisely oriented both in relation to the injector and within the combustion chamber. The compression ratio is also raised from 9.5:1 in the supercharged V8 to 10.5:1 in the supercharged V6, further improving fuel economy and reducing emissions.
Mounted in the 'V' of the engine is latest-generation Roots-type twin vortex supercharger, which is the key to achieving high-specific output and efficiency. A water-cooled intercooler reduces the temperature of the intake air to optimize power and efficiency. The supercharger boost control is electronically managed by new Bosch engine management software. The engine features a system of counter-rotating front and rear balancer weights which lend it the same smoothness and refinement characteristics as its larger V8 brother.
The V6 powertrain will be completed by a Jaguar-tuned ZF eight-speed automatic transmission. This transmission's large spread of ratios allows the engine's prodigious power to be fully exploited while optimizing economy and emissions.
Efficiency is also boosted by an Intelligent Stop-Start system which improves fuel consumption by up to seven per cent in European Test Cycle.* Utilizing a twin solenoid starter, the system is able to restart the engine in less time than it takes for the driver's foot to move from the brake to the accelerator. In engine stop-start 'change of mind' scenarios, it is able to reenergize the engine via rapidly reintroducing fuel into the cylinders.''
caro Anônimo07/04/14 15:36, poste com a tradução, por favor, nem todos aqui são 'manjados' em lingua inglesa.
Excluirfica a dica
Ainda na categoria "falta de informação": manuais do proprietário (não sei se são todos, inclusive os de carros de alto luxo) beeeeem fraquinhos. Poderiam (e deveriam) conter muito mais dados técnicos. Outro dia queria saber o off-set das rodas, e nada. Filtros e velas também não estão especificados, entre outras coisas.
ResponderExcluirMr. Car
ExcluirIsso, os manuais, em regra, contêm pouca informação técnica.
Bob.
ExcluirÉ uma forma de manter os compradores dentro das oficinas autorizadas.
Antigamente, alguns manuais especificavam até mesmo a função de cada fio no conector para o auto-rádio. Hoje em dia essa informação via de regra foi substituída pela mensagem "a instalação de um auto-rádio fora da rede autorizada implicará em cancelamento da garantia..."
Quanto ao assunto do post, a maioria vai aos salões para ver o diâmetro das pernas das garotas, e não ouvir discurso sobre diâmetro x curso de pistões. Salão é uma forma de arrecadar ingresso, não de mostrar novos produtos.
Bob e Mr. Car
ExcluirIsso é um fato que me irrita bastante, eu acho que eles pensam que o proprietário é um imbecil que não tem idéia do que faz, mas que vai desmontar o motor se tiver a chance, quando procuro algo sobre manutenção o que encontro é basicamente "Reparos e manutenções só devem ser executados por profissionais qualificados".
Os manuais da Renault, então, são ridículos. Será - perdoem, pois pode parecer preconceito, não é a intenção - que é o efeito da 'feminização' dos carros?
ExcluirQualquer carro atual tem manual incompleto.
ExcluirAgora olha o manual de um carro antigo, seja Fusca ou um um Alfa Romeo 2300TI.
Concordo com você João os manuais da Renault estão ridículos... Me parece que a fabricante "esconde" informações na esperança do proprietário levar o carro somente na CSS. Coisas básicas como modelo de vela, tipo de líquido de arrefecimento e até o óleo do motor não constam nos manuais da Renault. Se quiser essas informações só ligando no SAC ou entrando no Chat... Mas fazer o que se a maioria dos proprietários nem o Guia Rápido acaba lendo.
ExcluirBob, você esta a anos luz. Aqui é Brasil, e a maioria dos editores apenas repassa o "press release". A minha maior indignação é nenhum instrumento de midia, ou quase nenhum divulgar dados reais de valores de venda de veículos, por exemplo pesquisas reais de preços praticados. Como nesta nota, onde o editor leva a entender que debater preço é questão irrelevante perante as melhorias do novo Corolla. http://carros.uol.com.br/colunas/alta-roda/2014/03/18/debate-sobre-preco-esvazia-meritos-do-novo-toyota-corolla.htm . Enfim penso, estamos probres sim, principalmente em informações.
ResponderExcluirBob se soubesse o sofrimento que tive com compensadores estático de reativos e um banco de capacitores em série, parece que os fabricantes gostam de sentar em cima das informações< digo a você precisei de 9 meses para compilar tudo oque precisava.Fiz esta comparação ,não é um automóvel, mas é um comportamento tipico de alguns fabricantes.
ResponderExcluirFora do ramo automotivo também existe a sistemática falta de informação que começo a pensar ser falta de conhecimento mesmo. Os caras aqui no Brasil NÃO SABEM MESMO. A poucos anos so consegui resolver um problema em uma serie de motores, do mais famoso fabricante do mundo de motores diesel, quando consegui que fabrica no pais de origem me atendesse. Antes disto queriam achar de qualquer maneira uma desculpa para nao dar garantia, chegando a ponto de mandarem um email dizendo que eu não tinha feito a manutenção do silencioso!
ExcluirCarro então, falta tudo mesmo.
Eu tenho em casa um manual de manutenção de uma Yamaha RD 350, cobrindo os modelos de 1973 a 75 que com mais um pouco de informação daria para Fabricar a moto com ele. Isto sem falar que na qualidade do manual em si, capa dura, impresso em papel Couche e com desenhos que desdobrando tem quase o tamanho de um A3. Este manual foi comprado em 75 no Japão (3 línguas, ingles, espanhol e francês) em uma revenda, cheguei, pedi, o cara foi lá atras e trouxe, paguei e fui embora sem drama. Sou mesmo um dinossauro de outra época.
Leister
ExcluirÉ mesmo impressionante o descaso. Nove meses!
Fazendo coro ao Álvaro, eu tenho comigo os manuais das Honda ST 70 e CB 350 de 1972, ambos em inglês... o da CB ainda se dá ao requinte de vir com um folheto anexo com todo o esquema elétrico da moto.
ExcluirAmbos completos e, pra quem domina o idioma, de fácil leitura.
Vejo que é um problema, geral. Mas pensem juntos todos estes equipamentos que falei a vocês custam na casa de milhões de dolares. Vejo como o Leonardo e Alvaro falaram fora do pais existem manuais bem completos, praticamente ensinam a fazer a manutenção
Excluirabraço a todos
Pior é que algumas conceituadas revistas automotivas costumam ignorar até mesmo o peso do veículo em suas superficiais fichas técnicas.
ResponderExcluirSerá que até este dado é dispensável?
Já mandei diversas reclamações às editoras.
Parece que hoje em dia é mais importante a beleza com que a informação é apresentada do que sua qualidade.
A última pérola são os novos e coloridos infográficos da Fenabrave (pelo menos os acessíveis ao público), onde as informações sobre os "Modelos mais Vendidos" se restringem agora só aos veículos com maior volume de vendas.
As informações completas, tão interessantes para se acompanhar o que acontece com o mercado como um todo, foram suprimidas.
Lamentável!
O mais importante hoje é a conectividade, algo como o quão fácil é conectar o carro com a internet, eu acho.
ExcluirIsso, por um lado, pode até ser interessante. As versões mais básicas dos modelos já teriam tudo o que se quer do carro. Com as versões mais completas se diferenciando quase que apenas por essa parafernalha de conectividade e infotenimento, quem não liga pra isso, como eu, pode optar pelas versões mais baratas.
ExcluirBob,
ResponderExcluirO fato é que hoje em dia há cada vez menos demanda por esse tipo de informação. O consumidor em geral não demonstra mais tanto interesse nesses pormenores. E pior, se interessar por isso agora é tido como "coisa de nerd", vê se pode!
Cito este trecho do texto: "Costumeiramente também faltam dados que interessam ao leitor mais atento, que busca informações na imprensa, como Cx e área frontal, acionamento do comando de válvulas se por correia dentada ou corrente, comprimento da biela, diâmetro das válvulas, relação de direção, pressão de superalimentação, relação do conversor de torque e bloqueio, se tucho hidráulico ou sólido, tensão e capacidade da bateria, potência do alternador, entre outros. Boa parte dos consumidores sequer faz ideia do que isso significa. Eu mesmo - que não tenho carro - desconheço a função de mais da metade desses itens.
No entanto, concordo com você que quanto maior o nível de informações sobre um produto, melhor. Um dos motivos de eu gostar das avaliações do Ae é justamente pelo fato delas incluirem detalhes que dificilmente se encontra em outros veículos de informação. Mesmo que elas não sejam do interesse de boa parte dos consumidores, é fundamental que estejam à disposição de quem queira consulta-las.
Muito bem levantada a questão do colega Mr. Car sobre os manuais trazerem cada vez menos informações sobre o produto. E isso não é exclusividade de carros. Já vi produtos eletrônicos vindo com "manuais" de apenas uma página, o que é um extremo absurdo!
Parabéns pelo texto.
Até concordo contigo sobre a baixa demanda mas, precisa haver demanda por essas informações???
ExcluirAnônimo,
ExcluirNa verdade não precisa haver demanda. Penso que seja um dever do fabricante disponibilizar as informações técnicas e um direito do consumidor/entusiasta/curioso (etc.) ter acesso a elas.
Mas acredito que os fabricantes não pensam assim e, por isso, disponibilizam somente as informações mais procuradas, deixando o restante em segundo plano. Devem pensar assim: "ah, se ninguém requisita essas informações, por que irei me dar ao trabalho de colhê-las e compila-las?".
Ao menos é essa a impressão que eu tenho, não somente no mercado automotivo, mas também no setor de produtos eletrônicos, de TI etc.
Tem situações onde a informação não só é bem vinda como necessária em termos de segurança. A alguns anos me deparei no salão da moto, com um famoso fabricante de pneus apresentando um de seus produtos que era para uso exclusivo em "track days".
ExcluirO que tem isto de mais? Bem o pneu é bonito "quase slick", a rapaziada que gosta de fazer pressão no bar da moda, com certeza iria comprar e colocar em suas 1000, e iriam se dar muito mal, era um pneu "for track only" e o "técnico" presente apesar de saber disto disse que o único problema seria em dias de chuva por que os sulcos são muito pequenos, o que estava completamente e criminosamente errado!
Pneu de competição demora para aquecer, mais que pneus de rua, precisam de "mais agrecividade para atingirem a temperatura ideal de funcionamento e sem ela até aderem menos que os de rua. Outra coisa, eles possuem um numero de ciclos de aquecimento muito menor que os pneus de rua, podem muito bem estarem a ponto de se decompor antes de apresentarem sinais de desgaste que obriguem a troca. Resumindo, "heat cycles" e problema de aquecimento para ai sim serem superarem os de rua o cara não sabia e tinha um monte de "pressão" admirando e fazendo planos para por um deles e ir para o bar da moda.
Já viram que com este negocio de falta de informação eu sou brabo mesmo.
A compra dos veículos é decidida cada vez mais pela emoção, uma vez que os modelos estão muito próximos quanto às soluções técnicas. Tenho a impressão de ser por isso que o fabricante acaba por descuidar-se da disponibilidade dos dados técnicos, assim como descuida-se do preparo de quem deveria ser capaz de faze-lo, como você relatou no caso do Salão do Automóvel. Até a imprensa dita especializada, (que você tão bem conhece, Bob), não revela o preparo que seria necessário para interpretar e "traduzir" essas informações aos seus leitores, como acontece aqui no Autoentusiastas. O kit Multimídia acaba sendo mais importante do que todo resto. Parabéns pelo texto. Abraços;
ResponderExcluirBob, uma curiosidade que sempre tive: no caso de um evento de lançamento, como são repassadas as imagens oficiais que o fabricante fez do veículo para os jornalistas?
ResponderExcluirCassiano
ExcluirAtualmente fornecem pen drives com fotos e textos, ou então, tenho visto, informam um site onde se pode baixá-los. Só um fabricante ainda fornece fotos em papel e texto impresso, além do pen drive, a Mercedes.
Bob,
Excluireste artigo (vocês continuam chamando-os de "post", quando na verdade post é do leitor -- "postagem do leitor") é muito interessante, merece ampliação e, até, "bater de bumbo" (produzir incômodos até obter-se resultados práticos).
Bem, começo com um comentário, deselegante talvez, mas desprovido de qualquer intenção (de fato). Você faz uma espécie de campanha em relação ao posicionamento das repetidoras do indicador de direção. Ok, entendo, mas sem significação alguma (a sua -- e de outros -- opinião). Falar que o "lugar correto" é fora do espelho externo é risível... Você olha para o retrovisor dos outros carros ou olha para o "blink" ou o alerta intermitente por luz? O que deve chamar a atenção do outro condutor é o pulso iluminado e não a estética posicional de onde vem a luz. O dia que você me provar que uma luz pulsante no retrovisor chama menos atenção de outros condutores do que aquela inserida no "corpo" do veículo, bem, terei o prazer de me retratar e lhe render homenagens -- publicamente. ;-)
A questão das siglas me incomoda também, mas seria uma complicação terrível se todos os países adotassem as suas. Imagine-se na Europa; imagine um brasileiro viajando pela América do Sul... O que deve existir é uma padronização para funções idênticas em veículos de fabricantes/montadoras distintas. Exemplo: "piloto automático" (cada uma usa o nome que mais lhe agrada, mas no fundo é algo que irrita qualquer condutor, autoentusiasta ou não) -- assim como já padronizou a sigla ABS.
Quanto as informações com métricas distintas, bem, isto existe sim, mas é proibido em nosso país -- ou o INMETRO não está sendo rigoroso. Se há falhas, que seja indicada e reivindicada formalmente.
Manual e informações técnicas: enquanto não houver obrigatoriedade, nada feito. Certas práticas, ainda mais as oriundas da indústria, nunca serão detalhadas, somente quando se desejar a exposição das virtudes do produto -- logo não é cultura. Ou há imposição formal, ou cada um fará o que achar melhor -- melhor para a empresa, nunca para o consumidor. Neste caso, a mudança é de "cima pra baixo", apesar de não gostar desta forma, mas regulamentação é faz necessária. Lembre-se que até pouco tempo atrás nem "manual" era obrigatória, fazia a empresa que queria (cortesia?).
Existe uma linha limítrofe entre a intolerância e a rabugice -- é preciso saber o lado em que se encontra.
Abraços,
Xamanian
Xamanian
ExcluirO próprio blogger chama de postagem, ou post, aquilo que publicamos. Prefiro 'post' a 'postagem' por combinar melhor com "um artigo", gênero masculino.
Sobre as repetidoras, risível, ao mesmo tempo triste, é você achar que espelho, um acessório do veiculo que nem existia 50 anos atrás, é local apropriado para colocar essa importante sinalização, e você achar que considero correta a aplicação dela no pára-lama dianteiro uma questão de estética. Não preciso lhe provar nada, basta que você mesmo veja e analise as duas soluções e conclua qual a melhor localização. Aliás, sugiro que você escreva para a Volkswagen alemã e lhes diga que a repetidora do up! de lá está no lugar errado. Faça o mesmo para a GM do Brasil, alerte-os de que erraram o lugar da repetidora no Cruze.
Siglas: puro marketing, não é necessário usá-las. Ou nunca notou que não usamos aqui no Ae?
Informações métricas: você só pode estar brincando ao sugerir que eu reivindique alguma coisa nesse sentido. Uso as corretas e fim de conversa.
Regulamentação para manuais? Outra brincadeira sua...
Linha limítrofe, sim, concordo, para separar burrice de falta de educação. O mundo está precisando muito disso.
Não concordo contigo mas defendo o seu direito de discordar do Bob.
ExcluirGostaria de comentar apenas a questão da repetidora de seta, não consigo entender qual a dificuldade de ver que não é uma questão estética. Imagine que você está posicionado ao lado de outro veículo (qualquer lado, tanto faz) porém um pouco para trás, de forma que a janela dianteira do seu veículo coincida com a janela traseira do outro veículo. Nessa posição você não conseguirá ver nem as setas e nem a repetidora de seta se a mesma se localizar no espelho mas conseguirá vê-la se a mesma se localizar no pára lamas. Simples questão de segurança.
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Ooops... a resposta é para Xamanian 06/04/2014 17:12
Excluir_____
42.
Sem falar no custo de reparação... Mais barato trocar um espelho retrovisor sem repetidora de seta que um com.
ExcluirAntigamente, as empresas divulgavam mais dados técnicos dos automóveis. Hoje, há um misto de arrogância perante a suposta imbecilidade do consumidor, e o desejo de omitir dados, para que o mesmo não faça suas escolhas de modo objetivo. Dificilmente um site de fabricante fornece todos os dados que o AE publica, e isso porque o Bob sai atrás. O que o fabricante menos quer é ser detonado entre os consumidores por suas irreais escolhas de câmbios curtos e relações r/l desfavoráveis... as fábricas sempre relevam a impressão subjetiva sobre a análise objetiva das características.
ResponderExcluirOutra coisa irritante é que, no Brasil, não é possível se comprar manuais de serviço dos automóveis, como se faz livremente nos EUA. A informação, aqui, é tratada como "segredo de estado", e a VW é uma das grandes expoentes dessa prática.
Sem querer fazer propaganda, mas já fazendo, e, infelizmente sem ganhar nenhum tostão por isso, procure por reparador fiat e chevrolet. Vai se surpreender...
ExcluirAs duas estão de PARABÉNS por essa iniciativa. Subiram no meu conceito com isso. Porém, ambas exigem um cadastro lá pra poder baixar as coisas, o que poderia ser mudado.
ExcluirÉ isto mesmo. E cada vez mais os produtos, expoentes de nossa tecnologia, se tornam meros objetos, quase que com status de algo mágico e incompreensível, e descartáveis já em sua essência. O mundo onde rudo deve ser trocado em favor do novo, sejam objetos, sejam valores (nem tão novos assim).
ExcluirÉ mundo dos jogos de marketing, onde o supérfluo é superior ao conhecimento (o real conhecer).
Mundo onde uma imagem - de pouco valor - vale mais do que mil palavras; mundo onde a imagem é o que vale, e onde seus habitantes são adestrados a repetir que a boa palavra (conhecimento) cansa, e que somete é útil quando de obras ficcionais, nos romances de cabeceira e semelhantes, muitas vezes mal lidos, onde somente o ato de expor a posse é o que interessa; a vender a imagem do ser que não é, mas que aparenta ser. O que era para ser leitura de "passa-tempo", vira ferramenta de doutrinação para mentes vazias (inclusive de pensamento).
Nem toda a letra é boa, e nem todo ensino é para o bem. Há de se ter bom-senso, este desconhecido.
Curvas de Potencia e Torque....
ResponderExcluirPor que sao tao raras de se ver.. acho-as importantes:
Exemplo a VW poderia ter divulgado essas curvas no lançamento do motor EA211.
Se eu fosse do depto de markenting faria um comparativo entre desses graficos EA111 X EA211.
Nada mais respeitoso com os clientes ou possíveis clientes que a divulgação de informacao
Tenho fé que um dia chegaremos lá!
Realmente essa informação faz muita falta para ter noção de como um carro se comportará. O problema é que, além do consumidor não fazer questão (e ainda tem pseudos entendedores que definem comportamento do motor pela rom de torque máximo), arrisco dizer que com o passar do tempo, mais e mais consumidores nem sequer saberão extrair informações de gráficos desse tipo.
ExcluirAté mesmo muitos da imprensa especializada que possuem acesso a dinamômetro para fazer testes, não tem preocupação de mostrar esse gráfico de forma legível. Apenas números absolutos e, quando muito, suas respectivas RPM, o que não necessariamente define comportamento do motor.
Perfeito. Muito se comentou a respeito do pequeno ganho em potência do motor MSI em relação ao VHT. Poderia a Volks ter feito essa comparação em resposta às críticas.
ExcluirA. 06/04/14 17:07
ExcluirEssas curvas são mesmo muito importantes. Pedi as do EA211 1,6 e em todos os lançamentos passarei a solicitá-las.
"arrisco dizer que com o passar do tempo, mais e mais consumidores nem sequer saberão extrair informações de gráficos desse tipo". Vc tocou num ponto importante, e que foge do assunto automóvel. Coisa de escola básica: quantos sabem interpretar um gráfico?? Plano cartesiano, alguém lembra disso?? Eixo X e Y... coisas simples que todos deveriam saber, não só quem é da engenharia ou da economia.....
ExcluirBob, hoje em dia quem pesquisa informações técnicas sobre algum produto, seja para comprá-lo ou apenas conhecê-lo, é visto como avis rara, ou alienígena mesmo. O marketing, especialista em criar frases feitas e elogios vazios, eliminou completamente esse aspecto na publicidade e propaganda. Consumo? Dados técnicos do motor? O importante é saber que o carro "é a sua cara", "é cool", "é fashion", é "o maior lançamento do ano", e por aí vai. Quanto mais oca a mensagem, melhor.
ResponderExcluirComo consequência, só o que os vendedores são treinados para fazer é repetir esses clichês. Certa vez, pedi o manual de instruções de uma TV que estava interessado em comprar (única fonte confiável, já que até o site do fabricante estava com informações defasadas e contraditórias). O vendedor tomou um susto tão grande que só conseguiu olhar pra mim e dizer:
-Manual de instruções????
Bob, me explica esse V6 da jaguar. mesmo sendo 6 cilindros ativos ele tem os 8 no bloco?
ResponderExcluirFabio Alexandre
ExcluirIsso mesmo, os dois cilindros traseiros não contêm pistões e o virabrequim não tem a manivela respectiva. Obviamente, nem mecanismo de válvulas.
Isso é que é economia de escala.
ExcluirDifícil de acreditar que os engenheiros da Jaguar tenham feito algo tão estupido. Fabricar um bloco V6 com o mesmo peso de um bloco V8.
ExcluirAlguns fabricantes produzem motores V8 e V6 na mesma linha de usinagem por uma questão de custos. Neste caso os blocos tem a mesma arquitetura, mas os V6 tem apenas 6 cilindros.
Um problema desta solução é que como o angulo ideal dos V8 é 90 graus e o dos V6 é 60 graus, os V6 ficam com 90 graus o que gera desbalanceamento que para ser equilibrado exige o uso de eixos balanceadores contra rotantes.
Se fosse um lusitano ou um chinês que aprontasse uma dessas...
ExcluirAcho que essa decisão foi influenciada por qualquer setor da fábrica, menos o de engenharia... Talvez seja reflexo da mudança de dono...
ExcluirBob, custa-nos acreditar. Consegue-se uma foto ou informação oficial disto? Abracao.
ExcluirAchei uma animação. A primeira evidência de que é um V6 tabajara está no virabrequim extremamente comprido e com um contrapeso que roda como se à espera de um conjunto de dois pistões para movimentar. Quem for pausando o vídeo verá que surge o bloco, também estranhamente comprido para uma unidade de seis cilindros em V (ainda que fique a impressão de que a parte correspondente aos cilindros mais próximos da saída de força não tenha o formato redondo que normalmente teria). A Jaguar, um tanto com vergonha do improviso repleto de engenharia que fez, tapa a visão do público com um coletor de escape que levita estrategicamente naquele ponto. Porém, que se note o quão retangular é o perfil lateral desse motor (V6 de raiz costuma ter um perfil lateral mais contido em um quadrado).
ExcluirMesmo a animação ( obrigado ao amigo que a postou) deixa tudo mais estranho... cilindros (ocos) não redondos. ? Há na imprensa estrangeira material a respeito? Abração.
ExcluirTemos esta nota oficial da Jaguar Land Rover sobre o motor. Ainda sobre os tais cilindros perto da saída de força que não são redondos, um cara pegou o quadro do vídeo em que dá para ver isso bem. Dá para ver com boa nitidez que é um comprimento de V8 (o tal perfil lateral acentuadamente retangular) para algo que funciona com seis cilindros em V. Pelo que vi também, o tal "contrapeso fantasma" serve para atenuar as vibrações decorrentes dos 90º de inclinação das bancadas. Pelo que se fala neste fórum, os cabeçotes têm o comprimento típico de um V6 (o que também explicaria não vermos predisposição de parafusos na parte perto da saída de força). Porém, os tais cilindros falsos com formato não redondo deixam a coisa ainda mais estranha justamente por seu formato esquisito. Teria a Jaguar inventado alguma função para eles (refrigeração, condução de óleo)? Ainda assim, o tal V6 tabajara gera um problema de cara: o centro de gravidade fica deslocado mais para a frente do que ficaria em um V6 de bloco curto, não permitindo que a marca consiga manter o centro de gravidade tão entre os eixos quanto seria possível com uma solução melhor. Também iremos perguntar se a Jaguar Land Rover está tão na touca assim para sequer conseguir fazer um bloco de seis cilindros em V modular com o V8 e que tenha o comprimento mais curtinho de um V6 propriamente dito?
Excluir"N·m em vez de m·kgf" acredito que o certo seria N·m em vez de kgf.m
ResponderExcluirA. 06/04/14 18:14
ExcluirÉ indiferente a ordem dos fatores num produto e nesse caso é mera convenção da indústria a distância antes da força quando se tratar de torque de motor para diferenciar de torque de aperto.
O que eu gostaria de ter dito é: Em vez de "m·kgf", acredito que seja kgf.m.
ExcluirE foi o que ele te respondeu, essa unidade de torque é uma multiplicação de dois fatores: quilogramas-força (kgf) e distância (m). Numa multiplicação, a ordem dos fatores não altera o produto, então é indiferente escrever kgf.m ou m.kgf, o resultado é o mesmo. 7 vezes 8 e 8 vezes 7 são a mesma coisa.
ExcluirProduto que são comutativos são os: entre dois escalares, e o produto escalar entre vetores. Já o produto vetorial não é comutativo. Como o torque é uma grandeza Física definido por um produto vetorial. Logo há diferença entre m.kgf e kgf.m, de sinal, mas há.
ExcluirAnônimo07/04/14 11:58
ExcluirComprimento e massa são grandezas escalares e a força, uma grandeza vetorial. A multiplicação do vetor força pela massa e pelo comprimento não representa um produtor vetorial.
"Comprimento e massa são grandezas escalares e a força, uma grandeza vetorial. A multiplicação do vetor força pela massa e pelo comprimento não representa um produtor vetorial."
ExcluirPrimeiro, kgf no caso não é "kg.f"unidade de massa multiplicada por uma força e sim uma unidade de força, não é uma unidade do Sistema Internacional,mas é muito utilizada na pratica pela fácil associação a prática, exemplo tem uma alavanca x preciso mover ykg então preciso tanto de torque. Não há conversão de unidades.
Segundo: m é a unidade do vetor posição de aplicação da força ao ponto que eu quero medir o torque.
http://www1.bipm.org/en/si/derived_units/2-2-2.html
"Binário (português europeu) ou torque (português brasileiro), momento de alavanca ou simplesmente momento (deve-se evitar este último termo, pois o mesmo pode referir-se também ao momento angular, ao momento linear ou ao momento de inércia), é uma grandeza vetorial da física."
... "É definida no Sistema Internacional de Unidades para o torque é o newton metro. Ainda que matematicamente a ordem destes factores, "newton" e "metros", seja arbitrária, o BIPM (Bureau International des Poids et Mesures) especifica1 que a ordem deve ser N·m e não m·N."
Perceba que ele cita: ainda que matematicamente, m.N=N.m, o BIPM especifica que a ordem deve ser N.m, mas como kgf.m não é uma unidade do SI, não deve tem regas, embora analogamente deveria ser kgf.m e não m.kgf e o N.m não esteja na ordem da fórmula matemática que defina torque, T= r x F (onde T, r e F são vetores e deveria ter uma seta para direita em cima).
Colei da Wikipédia não que eu não saiba definir o que é TORQUE, mas porque as minhas competências com a língua e a didática são ínfimas.
Obrigado anônimo pela correção.
ExcluirDe nada. Foi um prazer.
ExcluirNão sei você, mas eu já me informei tanto por aqui no AE que fico com vontade de participar, "informar" também, nos comentários. Sempre com respeito que é como deve ser.
Gostaria de aproveitar a justa crítica do texto e acrescentar duas coisas: 1º, a falta de qualificação da esmagadora maioria dos mecânicos (meros trocadores de peças) e 2º, a escassez de oficinas de preparação de motores, bem como a mediocridade das poucas que existem. Eu sinceramente lamento por isso. Gostaria de ter vivido entre os anos 70/80, pois me parece que havia mais dedicação, apesar da dificuldade de informações da época.
ResponderExcluirNo caso dos anos 70/80 eu creio que era por falta de opções. Como o pessoal não tinha para onde correr, precisava entender muito bem do pouco que havia disponível. Já hoje...
Excluir_____
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Eu também faria um paralelo às oficinas de funilaria... a turma só quer trocar peças e não manja nada de lanternagem. E tal qual a escassez de oficinas de preparação, existe também escassez de oficinas de restauração. Se você tem um carro antigo, está ferrado. Os caras desmontam tudo, fazem um serviço porco, perdem um monte de peças e sobra para você remontar o carro e ajustar tudo, porque isso demanda um mínimo de inteligência e dedicação, que eles não têm nenhuma.
Excluir"Lanternagem" ou funilaria, não sei se há diferença, para os carros atuais não há mais espaço para aquele profissional que seria capaz de fazer uma peça de uma chapa metálica. Sairia muito caro. É bem mais barato comprar uma peça nova.
ExcluirUma vez eu li uma reportagem na revista Quatro Rodas que mostrava um cara do estado de São Paulo, se não me engano, que fazia peças do zero para carros antigos, na reportagem ele estava trabalhando em um Jaguar. Essa era uma das reportagens que eu gostaria de reler.
Interessante, o manual do Uno (o original, dos anos oitenta) dá instruções até de como regular a marcha lenta do caburador e sangrar o sistema de arrefecimento, bem como regular freio de mão e embreagem. Tudo de uma maneira elementar e inocente, onde qualquer pessoa sã é capaz de fazer. Não consigo imaginar um fabricante atual "autorizando" um consumidor a realizar tais atividades. Acho mesmo que o problema não são os fabricantes, mas o motorista médio atual que é muito menos capaz que o de 20 ou 30 anos atrás...
ResponderExcluirNão espere que a "nova classe C", que antigamente andava de busão e hoje compra seus carros populares com a bênção do seu "Painho 51", tenha progredido também em número de neurônios, mesmo tendo hoje acesso às UNIBANs da vida.
ExcluirAs pessoas emburreceram de modo geral e irrestrito.
ExcluirA falta de interesse explica um pouco disso, as tralhas eletrônicas explica outro tanto, já outro tanto é +/- assim: Produz pouco e com qualidade, aumenta-se vertiginosamente a produção e já se abre mão daquela qualidade de outrora. Isso aplicado ao adensamento populacional.
Frigerio
ExcluirCaramba!
Voce escangalhou a nova classe C !
Painho 51 ! Rsss
Boa essa!
Me lembro que nos anos 80 e 90 os comerciais na tv japonesa de modelos novos de carro eram sempre acompanhados de "legenda" com a ficha técnica, com as informações mais relevantes, em caracteres pequenos mas legíveis. Não sei se são assim até hoje. Outro detalhe que apreciava nos comerciais de tv de lá era que sempre informavam o nome do artista da música de fundo, em caracteres pequenos no canto do vídeo.
ResponderExcluirContinua assim.
ExcluirIsso mostra bem como o pós-venda, tão decantado hoje e prosa e verso para a manutenção dos automóveis, só serve para encher o bolso das redes autorizadas que, em geral, prestam um serviço péssimo. Ai do cidadão(ã) que não saca nada sobre automóveis.
ResponderExcluirE vem muita gente arrotar que garantia do fabricante é crucial para a compra. Coitados, não sabem o que acontece em muitas oficinas de concessionárias...
Li alguns meses atrás o manual de garantia de uma Mitsubishi L200 2014 e pasmem, lá esta escrito que vedações, correias, bicos injetores, motor de partida, alternador, forrações dentre outros itens não estão cobertos.
ExcluirSobre os manuais, informação técnica e reparação básica estão tão escassas. Parece ser inversamente proporcional às informações sobre dirigir com segurança e/ou ser ecológico. É triste ver páginas e página num manual sobre descarte adequado do óleo, não dirigir sem cinto, e nada sobre como trocar uma vela.
ResponderExcluir_____
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Com os novos motores de comando variável e turbo, seria interessante se os fabricantes padronizassem e fornecessem também a rotação em que o motor atingisse uma porcentagem significativa de seu torque máximo, por exemplo, 75, 80 ou 85%. Seria bem menos "geek" do que fornecer curvas de torque, pelas quais o consumidor comum não se interessaria.
ResponderExcluirBem que o AE podia fazer um post sobre as diferenças, vantagens e desvantagens dos tipos de suspensão. Tive que jogar no google a "double wishbone" e a "McPherson" pra ver a diferença, pois não sabia
ResponderExcluirCerteza que a galera ia se deliciar tanto de escrever como de ler =)
http://bestcars.uol.com.br/tecprep/susp-1.htm
ExcluirLeia alí q vai ter tudo o que vc quer saber.
A. 07/04/14 08:13
ExcluirSim, e note que sou co-autor do artigo.
Curva de torque e potência ? Nem pensar. Gráfico "dentes de serra" ?, muito poucos funcionários dos fabricantes sabem o que é isso.
ResponderExcluirAgora estão omitindo nos sites dos fabricantes até as relações de marcha.
ExcluirEu por exemplo, sempre quis saber qual o Cx e Area Frontal do HB20/HB20S. Segredo do estado coreano! Não é preciosismo. preciso dessas informações, especialmete porque uso o carro mais em estrada, situação em que a boa aerodinâmica faz toda diferença no desempenho e no consumo. (Entretanto desconfio que os HBs tem razoável aerodinâmica, só que esses dados colocariam em cheque a otimista potência dos motores). Nos manuais dos novos carros, também a decepção. Lembro-me do meu Velho Logus, cujo manual, informava cada detalhe do carro (inclusive desempenho e consumo, velocidade máxima, coeficiente aerodinâmico, área frontal, velocidade ideal para trocas de marchas, visando melhor desempenho ou melhor consumo, ou na fase fria do motor). Já o Manual do meu atual Palio Essence, praticamente só as instruções, sobre utilização de seta, farol, regulagem banco, do volante e no final uma tabelinha, com a dimensões do veículo e características do motor....
ResponderExcluirBob, além é claro do AE, você pode indicar outros bons sites com vasto conteúdo de informações?
ResponderExcluirFernando
ExcluirFrancamente, não conheço.
Nisso, o negócio é AUTOentusiastas e Best Cars.
ExcluirBest Cars Web Site, evidentemente.
ExcluirBob;
ResponderExcluirO que ultimamente anda ridiculo e oq ue a impresa anda divulgando por ai a teitulo de informação.
Semana retrasada recebi uma revista 4 Rodas e deu nojo, literalmente nojo mesmo de ver as coisas que saem divulgadas naquela revista.
Na avaliação do novo Gol Rallye com motor EA211, a revista cita o "volume de torque do novo motor". Volume de torque é absurdo. Volume é volume, torque é torque. Não pode haver nem "força de expressão" nem "licença poética" quando falamos em termos técnicos. Volume é simplesmente a quantidade de espaço ocupada por um corpo. Logo logo vão estar falando que esse volume de torque se dá a uma temperatura mais baixa de rotações de funcionamento....
Outra sandice escrita por alguém que entende de carro como eu de fisica quantica...relação "PesoxTorque". Absurdo. Absurdo, absurdo, uma daquelas correlações que dizem nada e só servem para gastar papel e fazer exercicio de divisão...O torque do motor é multiplicado pela transmissão e diferencial para chegar as rodas. O valor do torque nas rodas é totalmente diferente daquele do motor, alterando completamente a relação ao longo das marchas. O pior de tudo é que tem gente que ainda acredita nessas bobagens e quando vem alguém e procura ensinar o certo....tá tudo errado afinal foi a 4 Rodas quem escreveu e eles não erram!
Se eu fosse o Srs. Péricles Malheiros, Paulo Campo Grande e Sérgio Gwercman, eu simplesmente faria uma errata, um artigo explicando o porque das coisas (corretamente, e não os absurdos que escrevem) e tiraria de uma vez por todas essas sandices da revista.
Daniel
ExcluirA coisa toda está mesmo complicada nessa área...
Já faz um bom tempo que a Quatro Rodas virou uma espécie de Casa Cláudia dos carros... fotos muito bonitas, conteúdo que é bom necas.
ExcluirSó tenho comprado pra acompanhar o Longa Duração do 208 e especialmente do Etios... quando os dois acabarem seu curso, bye bye!
Daniel S. de Araujo, nas oficinas tem até uma piada quando aparece algum cliente metido a "entendido" e começa a falar muita besteira; dizemos assim: "Olha lá mais um que anda lendo demais a 4Rodas..."
ExcluirSaudades da época em que havia a seção "Correio técnico" na citada revista. Fora os comentários sobre as corridas descritos pelos próprios pilotos.
Eu faço isso, Leonardo, acompanhando pelo site. Só.
ExcluirCasa Cláudia dos carros...
ExcluirLeonardo ...., brilhante , essa foi a melhor da semana!
ha ha ha
Gostava mesmo era da 4 Jantes com Carsughi, Camanzi, Nehemias Vassão, e é claro, com nosso editor Bob Sharp. Aliás, hoje é Dia do Jornalista. Parabéns a todos os nossos editores, aos coleguinhas que postam e por que não, a este escriba.
ExcluirMuitos usuários não leem nem a página de pressão dos pneus e assim os fabricantes estão retirando informações pouco a pouco.
ResponderExcluirMinha tia tem um IX35 comprado na época de lançamento, ela jurava que era flex até alguns dias atrás.
Como ela sempre rodou com a gasolina comum nunca teve problemas.
Interessante que o problema parece ser mais evidente no Brasil.
ResponderExcluirNão vejo isso acontecendo tanto em sites americanos e ingleses.
Prezado Bob Sharp, sei que é "off-topic" gostaria de sugerir um post sobre os motores ELKO. e mais ainda, porque um projeto tão brilhante não emplacou.
ResponderExcluirÓtima sugestão. Também gostaria de um bom post sobre os ELKO.
ExcluirAqui em Belo Horizonte as concessionárias separam o tipo de câmbio em Automático e Mecânico, sendo que o correto seria Automático e Manual....
ResponderExcluirCreio que essa designação simplista de automático e manual tbm já não serve mais. Hoje há os CVT, epicíclicos e não-epicíclicos (q eu não sei como seria o "nome científico"). Com embreagem a seco, a banho de óleo, com conversor de torque...
ExcluirAí começa o acionamento dele, puramente manual, puramente automático, ou automático/automatizado com possibilidade de ser comandado manualmente. Creio que fica melhor definido. Viajei demais??
"Costumeiramente também faltam dados que interessam ao leitor mais atento, que busca informações na imprensa, como Cx e área frontal, acionamento do comando de válvulas se por correia dentada ou corrente, comprimento da biela, diâmetro das válvulas, relação de direção, pressão de superalimentação, relação do conversor de torque e bloqueio, se tucho hidráulico ou sólido, tensão e capacidade da bateria, potência do alternador, entre outros."
ResponderExcluirSeria muito bom se divulgassem isso, junto com as curvas potência/torque vs rpm. Muito mais úteis que os valores de pico que raramente serão úteis ou necessários.
ass: KzR
Faltou a informação básica que nunca acho quando vou avaliar um carro: MASSA.
ResponderExcluirDeve ser muito difícil falar quanto "pesa" o veículo...rs