Fotos: autor
Concordando com informações da JAC, os carrinhos parecem bem econômicos: nos 200 km rodados sem nenhum cuidado com o consumo, o ponteiro de combustível abaixou pouco mais de ¼.
E isto deve continuar até o início da fabricação em Camaçari, na Bahia, o que segundo Habib deve acontecer só em meados do próximo ano. Na visita à fabrica da Ford, passei pelo terreno da JAC que, por enquanto, está apenas na terraplenagem, como já havia informado um nosso leitor baiano.
Além da logotipia, o 1,5 também traz rodas de liga leve de 15 pol. |
Distinto público, agora sou um “experto en coches
chinos”. Não mais um simples “especialista em carros chineses”. Sabiamente, o
Bob resolveu internacionalizar meu título, agora válido também para todos os
países da América Latina de língua espanhola, Miami inclusive.
E lá fui andar de JAC, de novo, acrescentando uns 200 km no meu currículo
invejável com os chineses. E foi a vez com os novos J3 mais esportivos, com
motor 1,5 flex, que vai equipar opcionalmente tanto o hatch
quanto o sedã Turin, e recebem a denominação de J3 S.
Os J3 “1,4”
continuam a venda (ainda não flex, portanto "inflex") e os J3 1,5 Jet Flex serão uma opção mais
esportiva, com a mesma carroceria que ganhou um face-and-butt lift alguns meses
atrás. A cilindrada aumentou mais do que os aparentes 100 cm³. Isto porque o
motor “1,4”
merece as aspas por ter exatos 1.332 cm³ de cilindrada, bem mais para 1,3 do que
1,4.
Mesmo motor com maior curso dos pistões vai para 1.499 cm³ |
Assim, ao passar para 1.499 cm³ (realmente um 1,5-litro) os
Jaquinhos ganharam 167 cm³ de cilindrada. E de quebra, a JAC começa a transformar
toda sua linha em flex, queimando álcool (ou etanol para os mais...
sofisticados) e gasolina, além da mistureba habitual dos dois combustíveis.
Volante em couro e costuras vermelhas |
A transformação para flex fez da Delphi, o fornecedor dos
componentes de injeção, uma míni Torre de Babel, já que participaram as
subsidiárias do Brasil, China e Estados Unidos. Apesar das diferenças de
línguas e costumes, se entenderam: o sistema, inclusive, dispensa o tanquinho de
gasolina para partida a frio. O álcool é pré-aquecido nos injetores, quando a
temperatura ambiente está mais baixa (geralmente menos de 15 ºC). Esta solução
de injetores (ou flauta) aquecida está se popularizando para jogar fora o
jurássico (desde 1979) tanquinho.
Já o nome chique Jet Flex, apesar de sugerir um carro muito
“lápido” até para os chineses, se trata de uma jogada de marketing, abreviando
JAC Engineering Technology, daí o "Jet".
O motor é basicamente o mesmo quatro-cilindros com duplo
comando de válvulas, sendo o de admissão variável. Houve aumento de cilindrada
pelo curso dos pistões. São os mesmos (de 75 mm de diâmetro), com
aumento do curso pelo "vira" de 75,4
mm para 84
mm. Ou seja, um motor “quadrado” (diâmetro praticamente
igual ao curso) se transformou em subquadrado, ou de curso longo, maior que o diâmetro, o que
favorece torque (e potência) em baixa rotação, mesmo em motores multiválvulas como os JAC.
No painel "Wolsburg, a iluminação de fundo agora é vermelha nos Jet Flex |
O resultado foi torque máximo de 15,5/15,7 m·kgf a 4.000
rpm (gasolina e álcool) e uma potência máxima de 125/127 cv a 6.000 rpm. A
taxa de compressão permaneceu tímida, de 10,5:1, segundo Sergio Habib (ou Mr.
JAC no Brasil) pelo fato de os “chineses serem muito conservadores”.
Com uma taxa mais elevada surgiriam números melhores ainda
para potência e torque. Mesmo assim, são valores bem adequados para um hatch
que pesa 1.060 kg
em ordem de marcha (1.100
kg para o sedã Turin). Mesmo rodando com três pessoas,
o sedã se mostrou bem atlético em serras e curvas nas regiões de
Campinas e Atibaia (SP). Segundo a importadora, com o motor 1,5 flex o JAC J3
chega aos 100 km/h
em 10 segundos e “se aproxima dos 200 km/h”. Tradução: uns 190 km/h já estão de bom
tamanho.
Externamente, a versão mais esportiva tem poucas diferenças |
Apesar da afirmação da importadora de que nada mudou na
suspensão, o J3 está bem mais estável e melhorou muito sua traseira meio solta
nas entradas de curvas mais rápidas. Ou seja, alguns ajustes finos de
calibração de suspensão (amortecedores, molas e buchas) foram executados,
tornando o J3 bem mais “na mão” quando se dirige rapidamente. O motor 16V é um
pouco rumoroso, o chinesinho poderia ter mais material fonoabsorvente em locais
estratégicos, mas o nível de ruído deve diminuir com o uso: os carros testados
eram praticamente 0-km.
Depois de amaciados, os motores tendem a ficar mais lisos de funcionamento.
Mesmo assim, o destaque fica para o torque em baixa rotação, bem forte para um
motor 16V, resultado também do comando de admissão variável. Alguns
“coleguinhas” jornalistas reclamaram principalmente de rodas desbalanceadas, o
que não foi o caso dos J3 que dirigi. Segundo a JAC, os carros chegaram em cima
da hora da apresentação e alguns nem foram completamente revisados. O que
evidencia a necessidade de um trabalho de revisão final dos carros chineses
quando chegam ao Brasil, principalmente pela JAC querer manter sua fama de “os
melhores chineses”.
JAC J3 agora também tem opção de motor 1,5 flex |
Concordando com informações da JAC, os carrinhos parecem bem econômicos: nos 200 km rodados sem nenhum cuidado com o consumo, o ponteiro de combustível abaixou pouco mais de ¼.
A decoração de bom gosto (certamente do próprio Habib, que é
um autoentusiasta) é bem discreta e conta com costuras vermelhas nos bancos e
volante (em couro) além da iluminação de painel na mesma cor. Segundo Habib,
"o consumidor está cansado de esportivos só na aparência". Surgem
também novas coberturas de pedais e soleiras de portas. Os pedais são meio
xuning e pessoalmente dispenso. Mas há quem goste.
Além do motor, nada mudou mecanicamente no J3, permanecendo inalterados
suspensões, câmbio e transmissão e até mesmo freios. A alavanca de câmbio tem
um curso um pouco exagerado, o que pode ser facilmente corrigindo diminuindo
sua altura, a velha receita que se usava no Fusca. Merece citação a marcha-lenta, que fica irregular com o condicionador de ar ligado. Parece que a ECU
não recebe o “aviso” de ar ligado, não fazendo assim a necessário compensação
da mistura ar-combustível. As rodas são de aro 15, de liga leve.
Mas, nos preços é que mora o pesadelo da JAC: 40 mil dilmas
para o hatch e 41,7 mil para o Turin. Por mais R$ 1.000 se tem uma central
multimídia. A empresa não foi atingida pelo adicional de 30 pontos porcentuais
de IPI determinado pelo regime automotivo Inovar-Auto, pois está construindo fábrica no
Brasil e, pela regra, pode importar até 20.000 J3 e J2 por ano e 4.800/ano de
qualquer outro modelo sem o pesado encargo adicional. O que não estava no
programa, porém, era a desvalorização do real em 40%, o dólar subindo de R$ 1,60 para R$ 2,25 em menos de três anos (já chegou a R$ 2,40). Por esta razão, as vendas
da JAC, que chegaram a 24.000 carros/ano, caíram para aproximadamente a metade.
E isto deve continuar até o início da fabricação em Camaçari, na Bahia, o que segundo Habib deve acontecer só em meados do próximo ano. Na visita à fabrica da Ford, passei pelo terreno da JAC que, por enquanto, está apenas na terraplenagem, como já havia informado um nosso leitor baiano.
Mas Habib afirma que já resolveu os problemas maiores,
inclusive passando o controle societário para os chineses, agora maioria
acionista e que devem trazer inclusive maquinário completo para acelerar a
fabrica baiana.
De lá deve sair um produto especifico para o Brasil,
inclusive com motor 1,0 de três cilindros (leia matéria sobre o Ford 3C Flex).
Enquanto isso, a JAC promete mais três lançamentos ainda
este ano: J2 e J6 flex, além do novo SUV T6. Não deixa de ser uma afirmação verdadeira de
que a operação é duradoura, ainda que passe por um momento complicado.
Outro fato que pode afastar compradores de uma marca chinesa
e não internacional está exatamente nas peças de reposição. Ainda mais que os
modelos JAC vendidos aqui têm algumas características exclusivas para nosso
mercado.
O medo justificável dos consumidores é de depender
totalmente das revendas autorizadas e do importador para a manutenção. Resolvi
pesquisar no mercado paralelo.
Primeiro, o numero de acessórios/cacarecos para os JAC já é
imenso, principalmente para o J3: faróis auxiliares, calhas, frisos, coberturas
cromadas para maçanetas e espelhos, tapetes bordados com logo da marca,
adesivos decorativos e por aí vai.
Também os componentes de carroceria mais procurados em
pequenas batidas são encontrados com facilidade, tais como faróis e lanternas.
Assim como se encontram peças mecânicas de desgaste e
reposição — pastilhas de freio, filtros, correias, rolamentos etc — fora da rede
autorizada. Sinônimo de que importadores independentes já viram nos JAC um bom
negócio para vender peças de reposição.
Além disso, muitos postes devem atravessar a rua correndo na
frente dos JAC, pois existem dezenas sendo vendidos em partes, num novo estilo
de picadinho chinês. Acham-se facilmente peças usadas, bastando uma busca nos
melhores sites de vendas (Mercado Livre, Bom Negócio, Olx...), procurando por “JAC
sucata”.
Aí se encontra de tudo, usado, claro, de carroceria completa
à vidros, passando por portas, capô, pára-choques, parte elétrica, detalhes de
acabamento até motores e câmbios. Sempre o mais fácil são as peças do J3,
exatamente por ter maior volume nas ruas.
Enfim, os chineses da JAC já estão bem naturalizados por
aqui, fazendo parte da paisagem até de bons ferros-velhos. Além de ganharem um
“experto em chinos” na figura deste velho escriba que gosta de graxa.
JS
Nota do Tio: Quero agradecer os leitores que, após um
simples comentário na trilogia (1, 2 e 3) do meu Chepalinha) colocaram meu
livro “Sorvete de Graxa” novamente na lista dos mais vendidos da Editora Europa
(https://www.europanet.com.br/livraria/literatura/sorvete-de-graxa/). Poucos
(inclusive nós que escrevemos) tem noção exata da força do AUTOentusiastas.
O Tio, engraxado e comovido, agradece, acrescentando que vai
logo começar a escrever o Sorvete II, que até poderá se chamar “A Vingança da
Graxa Assassina”.
JAC 1.5 com a mesma cavalaria do Fiesta 1.6 !
ResponderExcluirSem contar que no 0-100 o chinês e 2 segs mais rápido e atinge fácil os 200km/h enquanto o Fiesta tem que suar horrores para mal chegar aos 190km/h.
Imaginem quando botarem esse motor no J2. Se isso ocorrer com certeza será meu próximo carro... Sim um carro totalmente de entusiasta!
E a forca da nova geração chinesa dando um pau danado na centenária montadora Americana!
Esses gringos que se cuidem!
JAC só é melhor que Ford nesse seu joguinho de Super Trunfo. Tens algum trauma com a "centenária montadora americana"? Compre o seu JAC e seja muito feliz!
ExcluirAo "Anônimo20/04/14 14:29"
ExcluirO Fiesta tem 130cv e ele é mais pesado que o JAC, agora ache 5 estrelas no LatinNCAP chinês ? acho que não tem né ?
É, Josias, é grande a força do AE que tornou-se uma referência em automobilismo; prova disso são os seus 600.000 acessos mensais. Duvido que haja, seja no Brasil ou no exterior, um site ou qualquer publicação sobre automobismo tão completo e profissional como este.
ResponderExcluirPara mim, o pesadelo da JAC não mora nem no preço, compatível com os de concorrentes igualmente equipados e com mesma faixa de motorização. O pesadelo mora mesmo é na incógnita quanto à sua durabilidade, confiabilidade, robustez (coisa que precisa de ainda mais alguns anos para se ter uma resposta), falta de uma rede de concessionários maior, se vai haver facilidade em encontrar peças de reposição e em havendo, o custo delas, a aceitação do mercado (se não vai virar um mico de desvalorização ainda maior que os concorrentes, e com imensa dificuldade para revender),enfim...o carro em si parece bem interessante, mas estas dúvidas precisam de respostas. Eu ainda não arriscaria. E tem até a questão ideológica: não gosto nada nada da idéia de estar contribuindo para o crescimento e fortalecimento de uma potência comunista.
ResponderExcluir...Segundo Habib, "o consumidor está cansado de esportivos só na aparência"...
ResponderExcluirPerfeito! Para quem é autoentusiasta, essa frase se encaixa bem. Porém acho que para esportivo, ainda falta um acerto menos conservador de suspensão e um redimensionamento dos freios e pneus. Tudo isso, mais bancos razoavelmente envolventes e pedais bem posicionados (pela foto acertaram nisso), e o carro tem potencial para andar junto, em termos de desempenho, com Punto Sporting/Blackmotion.
Um pouquinho mais de maturidade e seus carros se tornarão excelentes no meu ponto de vista. Se achasse um usado em bom estado, compraria fácil um J3 ou um J2.
Renato.
ExcluirIndependente da brincadeira de "experto en chinos", tenho observado que os JAC tem evoluido bem nos três anos que estão por aqui. Não são grandes mudanças visuais, mas exatamente isso, acertos finos que tornam o carro mais gostoso de rodar. Mas, claro, dá pra melhorar ainda mais.
gostaria muito de saber cual o porcentagen de motoristas que abastecen con alcol,eu tenho 60 anos e nunca coloquei un litro sou o unico.os chinos ven ai con carros maiores e melhores
ResponderExcluirAnonimo.
ExcluirEsta porcentagem, de motoristas que abastecem com álcool, é bem variável. Depende muito do preço. Em alguns estados, isto nem acontecem, pois rodar com álcool é bem mais caro do que com gasolina. Em São Paulo, por exemplo, já passou de 60% em tempos de álcool barato. Hoje caiu muito. Em geral, só vale a pena quando o álcool custa menos de 70% do custo da gasolina. Ou, para se ter um rendimento melhor.
Por exemplo aqui em Brasília é absolutamente inviável usar álcool. Fica estranho ter um flex que gasta mais gasolina só para ter essa opção.
ExcluirJmarkus
ExcluirUm carro flex não gasta mais gasolina por ser flex. Eles geralmente tem taxa de compressão mais elevada (para queimar álcool) e acabam sendo mais econômicos com gasolina. O problema é inverso. Para aproveitar melhor o álcool, eles deveriam ter taxa mais alta ainda e isto causa pré-detonação com gasolina. Resumindo: um carro flex é bem econômico com gasolina e nem tanto com álcool.
Como leitor do "Sorvete I", aguardo o II.
ResponderExcluirMais um brilhante texto!
ResponderExcluirGostei muito de o sr. ter tido a curiosidade de pesquisar sobre o mercado de peças para esse modelo. Nunca vi um jornalista que avalia carros novos pensar em como será a manutenção dele quando cair em mãos de segundo ou terceiros donos, que não teriam condições de comprar o carro quando 0km.
Me pergunto, no caso do JAC e de outros chineses, quando os manuais de reparo e catálogos de peças começarão a pipocar na internet.
Victor.
ExcluirAcredito que este é o erro mais frequente de muitos "coleguinhas" jornalistas: achar que a compra do carro é o fim. Na verdade é o começo. Assim que o carro sai da concessionária, ele deixa de ser 0Km e passa a ser um usado. Por isso, tenho certeza que o sucesso de uma marca ou modelo está diretamente ligado ao que se vai encontrar nas ruas, em termos de peças e assistência técnica, independente da rede de concessionários. Obrigado por concordar com isso. Realmente o próximo passo é se encontrar literatura técnica sobre os JAC na internet. Mas, pelo que percebi, eles são bem convencionais qto à manutençao. Mas, claro, devem ter seus macetes.
Deveria se chamar refresco de autoentusiasta, kkk.
ResponderExcluirBoa pascoa (meio atrasado) pra todos que fazem, escrevem e seguem esse diário de fanáticos.
Luiz.
Ótima leitura, Josias. Muito agradável!
ResponderExcluirBoa Páscoa!
Nícolas.
Nicolas, mais atrasado ainda: Boa Páscoa pra vcs e todos os entusiastas.
ExcluirO sedan lembra um Chrysler Neon dos anos 90 que foi espichado no eixo y... também lembra o Voyage.
ResponderExcluirLorenzo.
ExcluirVerdade, há uma pitada de Neon. Mas, no retrovisor, lembra mais um Gol G5 ou Voyage, depois que o J3 foi reestilizado. Observei isso no teste, pois eram um 20 J3 e sempre tinha algum na traseira.
A primeira vez que vejo "terraplenagem" escrito corretamente, até colegas de profissão, do ramo, escrevem de forma equivocada com "a". :) Cristiano Reis
ResponderExcluirCristiano.
ExcluirCredite isso ao Bob, ele é o melhor "corretor de texto" que conheço. Sei que é terraplenagem, mas às vezes derrapo neste truque da nossa complicada língua. Nem lembro como escrevi.
Caro Anônimo, segundo o pais dos burros, as duas formas de escrever são corretas, com A é com E.
ExcluirExatamente. No aurélio, ambas as duas formas estão corretas.
ExcluirO carro é bem apresentável, mas ainda é um chinês.
ResponderExcluirCom o tempo disputarão vendas com os fabricantes "tradicionais", e certamente irão abocanhar alguns, como já está acontecendo.
E. U.
Sinceramente, falta muito refinamento nos carros chineses. Os que dirigi (chery e jac) achei terríveis. Parece fiat dos anos 80.
ResponderExcluirMas tenho certeza que daqui a 10/15 anos eles podem até se tornar referência.
Apenas como comparação: temos uma empilahdeira chinesa na fábrica, e afirmo com 100%de certeza que ela quebra o dobro de uma yale
O Auto Entusiastas é referência definitiva sobre automobilismo no brasil. Lembro que a vários anos atrás eu lia matérias / artigos muito bons no Best Cars, e para minha surpresa grande parte destas minhas leituras foram escritas pelos atuais mantedores do AE. Eu sempre que possível indico a leitura deste blog para os meus amigos entusiastas, inclusive vários já tomaram como rotina, todo dia após o almoço ler um novo capítulo do AE.
ResponderExcluirUm abraço a todos que fizeram e a todos que fazem o AE ser o melhor site de notícias automotivas do Brasil e quiçá um dos melhores do mundo !
Em relação ao problema preço eu gostaria de saber como funciona esta mágica de manter os preços do carro fabricado aqui igual aos preços do importado ( como já se ventilou na imprensa que a Bmw, Audi e Vw entre outros, farão) Será que a Jac Motors também adotará esta política, ninguém vai furar este bloqueio? Como os impostos são compostos e não lineares os 30% mais o frete(este ultimo só no caso de quem tem isenção) devem bater tranquilamente nos 50 ou 60% a mais para quem importa. Como é que pode? Rodry
ResponderExcluirRody.
ExcluirOs vários impostos que incidem sobre os carros podem ser definidos como um cipoal, aquele amontoado de cipós, todos entrelaçados. Já me explicaram e até mostraram, pois são necessários gráficos para se entender como eles incidem. Eu realmente não conseguiria explicar. No lançamento deste JAC, Habib disse que o governo fatura mais que JAC e até citou o numero enorme referente aos impostos pagos, mas não anotei. E, pelo jeito, a unica forma de baixar este numero é realmente montando fábrica no Brasil, daí tantas novas plantas, mesmo num momento que o mercado está em queda.
É eu sei que é muito enrolado mesmo? Trabalhei durante anos numa e para uma multinacional de cigarros fazendo Promoções, daí eu conhecer muita gente que escreve aí.
ExcluirNo cigarro por exemplo num maço que custa R$ 5,00, R$ 4,00 são impostos! Agora pergunte a qualquer governante se ele quer impedir a venda? É pura hipocrisia!. Obrigado
Gostaria de me explicar melhor, quando digo composto quero dizer que o IPI de 30% + icms de 18% não dão 48% e sim 30%+18% + (30X18) = 53,4% (um exemplo pois não sei os percentuais exatos dos impostos e também como entra no calculo o IPI normal, ou seja pago também sobre o preço ou é apenas somado? Não coloquei frete nem demais impostos que incidem!) Obrigado Rodry
ResponderExcluirRody.
ExcluirNão conheço muito sobre impostos. Pago os meus, chio, mas não adianta muito. Pelo que dizem os coleguinhas jornalistas de economia, foram somados 30 pontos percentuais sobre o IPI dos importados de marcas que não tem fábrica aqui.Quando o IPI era de 11% passou para 41% e, em outra faixa, foi de 13% para 43%. Mas, não é tão simples, pois quem produz aqui tem cotas de isenção, proporcionais ao que é nacionalizado. Além disso, há um acordo com o México e os carros mexicanos não entram nesta faixa de imposto, daí VW e GM, por exemplo, terem preços melhores em importados que vem do México. Mas tbém existem cotas, razão pela qual o Nissan March mexicano vir para produção no estado do Rio, já que a cota e menor que a demando. Como eu disse, Rody, é uma confusão bonita. Precisa ser especialista em imposto para desvendar e explicar.