De kart na Índia, vindo dos Estados Unidos! |
"Well, I escaped
Flint at an early age, owned 50-percent interest in a Cragar flathead
A-bone roadster at 12, ran at El Mirage at 15, had first automotive cartoons
published in Rosetta Timing Association's program in 1948. Went to Art Center
College, developed sense of humor working in World's Greatest Rolling Clown
Show (GM Styling Section). Then worked as fry cook, mercenary, airline pilot,
art director of R&T, farmer, Wall Street broker, poet. Drove a go kart around
the world, became an Alpine guide, did freelance art work and smuggled. Helped
found Automobili Cyclops SpA and hold position of propaganda minister in
perpetuity. Now working philantropically to solve moral situations in Southern
Mediterranian waters for the U.N."
Stan refuses to talk about his CIA work, arctic exploration or his stint as a human cannon ball."
“Bem, eu escapei
de Flint bem cedo, fui dono de metade de um roadster Ford A com motor
flathead Cragar aos 12 anos, corri em El Mirage com 15, tive meus primeiros
cartoons automotivos publicados no programa de corridas de arrancada da Rosetta
Timing Association em 1948. Fui para o Art Center College, desenvolvi senso de
humor trabalhando no “World’s Greatest Rolling Clown Show” – O Maior Show
Ambulante de Palhaços do Mundo (Departamento de Estilo da General Motors). Aí
trabalhei como cozinheiro, mercenário, piloto de linha aérea, diretor de arte
da Road & Track, fazendeiro, corretor em Wall Street, poeta. Dirigi um kart
ao redor do mundo, me tornei guia Alpino, fiz trabalho de arte freelance, e
contrabandeei. Ajudei a fundar a Automobili Cyclops SpA onde tenho a posição de
ministro perpétuo da propaganda. Agora trabalhando
filantropicamente para resolver situações morais nas águas do sul do
mediterrâneo para as Nações Unidas”
“Stan se recusa a falar sobre seu trabalho na CIA, exploração
ártica e passagem por circos como bala de canhão humana.”
Uma pessoa que define sua vida resumidamente assim não pode
deixar de ter passagens interessantes para os autoentusiastas.
Stan Mott, americano de Flint, Michigan, certa vez rodou
37.500 km para um total de 61.550 km
percorridos, contando as travessias marítimas, em pouco menos de três anos
e meio, de kart, puxando um reboque. Foram vinte e nove países visitados.
Artista multi-tarefas,
na General Motors trabalhou com ninguém menos que Peter Brock, em um tempo
maravilhoso de criatividade quase totalmente livre.
Nos tempos de GM, um Cadillac alternativo e o bom humor estava evidente |
Lá, deixou claro seu
talento para os cartoons, quase sempre com o tema transporte. Esse talento o
levou a uma agência de publicidade em Nova York, onde o inusitado aconteceu.
Tudo começou em janeiro
de 1961, quando ele tinha 27 anos, e estava ao redor da máquina de café com
alguns colegas, quando um deles disse que era uma vergonha que eles iriam poder
ver o mundo apenas quando fossem idosos aposentados, e mais provavelmente ainda
numa cadeira de rodas, devido à necessidade de trabalhar para poder guardar
dinheiro por anos a fio.
Nas grandes empresas a
máquina de café é sempre um ponto de tomada de decisões, e Mott disse que não
concordava, e sabe-se lá de onde surgiu a idéia de apostar um café que daria a
volta ao planeta de kart. Ele nunca tinha dirigido um, imaginem o nível de
desprendimento criativo de um artista
desses.
"The Supertanker Chopper", petroleiro misturado a moto |
Até mesmo com descanso lateral! |
Trem de corrida, 24 Hours of Cho-Cho |
Belas carrocerias! |
Politicamente incorreto, note a poça de sangue |
Em 15 de fevereiro do mesmo ano, após um mês de brincadeiras e gozações de todo tipo dentro da agência, um cargueiro iugoslavo deixava o porto da capital do mundo com Mott e seu kart, além de um amigo chamado Bill Davis e seu carro pequeno também. Mott podia ser uma pessoa diferente, mas maluco de ir sozinho ele não era. Achou outro livre pensador para o acompanhá-lo, na pessoa de Davis. Tinham reboques de madeira compensada com os itens mínimos necessários para a absurda aventura.
Davis foi escolhido
pela experiência, pois ele já havia cruzado os Estados Unidos, de kart também!
O navio foi para o porto de Gênova, na Itália, onde começou a primeira perna da
viagem. Depois de cinco minutos dirigindo, Mott reclamou de dor nas costas,
visão tremida, ouvido apitando e nervos formigando, e quase colocou tudo de
volta no navio, só não o fazendo por um
problema básico. Não tinham dinheiro para embarcar de volta. Precisamente, Mott
tinha consigo US$ 1,65.
Mott e Davis desembarcando em Gênova |
No clube de kart da
cidade, onde almoçaram, foram indicados a uma pessoa de Turim, a
130 km de onde estavam, que poderia modificar os pequenos carrinhos para que ficassem melhor para viagens, e para lá
foram. Não tinham nem mesmo faróis ainda, algo básico.
Obviamente foram
parados pela polícia logo de cara, mas um bom samaritano os ajudou num Fiat
500, e os escoltou toda a distância até a oficina do mago dos karts em Turim.
Isso à noite, após um segundo e enorme
almoço que terminou já no escuro, onde Mott disse que saía pasta até pelas
orelhas.
Os karts, da marca
Italkart, tinham motores McCulloch de
moto-serra, foram trocados por motores
de Lambretta, com 175 cm³ e 7 cv, adaptados a uma caixa de 4 marchas para
desempenho decente, além de consumo baixo, totalmente diferente de um motor de
kart normal, que bebe bastante, ou mesmo do motor de moto-serra que veio dos
EUA. Com o motor italiano, o consumo era algo como 70 km/l, bem melhor para a finalidade.
Não havia nenhum tipo
de documento de registro para os karts serem utilizados como veículos de uso em vias públicas, mas
uma placa do estado da Flórida era
usada, depois de ter sido recebida como presente dado por um marinheiro
americano ainda em Gênova, de onde haviam chegado de navio. Isso fazia a
polícia e demais autoridades um pouco mais calmas com a inusitada aparição
Na Grã-Bretanha, porém,
depois de cinco meses na Europa, os karts foram confiscados já na entrada, em
Dover, devido à falta de seguro obrigatório, e Mott foi de carona até Londres
para tentar conseguir um seguro que permitisse que a viagem prosseguisse. Duas semanas
se passaram e nada de encontrar uma empresa de seguro que os acolhesse. Nesse
meio tempo, a rede BBC de televisão e rádio ficou sabendo da viagem, e queria o kart e Mott
no programa do apresentador Cliff
Mitchelmore, bastante popular à época. Os especialistas da emissora estatal
tentaram convencer os oficiais de Dover a liberar os já famosos destemidos.
Concordaram apenas em transportar um dos karts até Londres para a gravação do
programa. Foi apenas o de Mott, com o de Bill ficando guardado no porto.
Em Londres, Mott teve então a sorte de encontrar um americano
chamado Carl Bonner. Ele deu a dica que para poder rodar, o kart deveria ser disfarçados como se
fosse algo diferente, e que isso enganaria a polícia inglesa.
Em Croydon, no
concessionário Lambretta, onde estava sendo feita a revisão no kart, Mott conseguiu uma caixa de papelão de
televisão, arame e fita adesiva, e fez uma carenagem frontal. Cortou também
dois pedaços que coubessem nas laterais, e escreveu: Perigo, Experimental. Pintou
com fundo cinza, para dar mais ainda uma aparência de protótipo. Fixou a placa
da Flórida no papelão e se mandou às 3 horas da manhã. O trabalho havia tomado
oito horas.
Para não deixar barato
e mostrando o bom humor característico, Mott ainda escreveu “Cyclops” no
papelão, em homenagem ao minicarro criado no tempo em que trabalhou na revista Road
& Track, um personagem em forma de carro que ele usava para seus cartoons,
e que sempre era retratado de forma cômica.
Teve algumas versões, tanto reais quanto em desenhos ao longo dos anos em que apareceu na revista.
O projeto básico do Cyclops II |
Frenagem extrema, faróis se soltam, portas se abrem |
O primeiro Cyclops, com Stan Mott |
A versão Royale, para milionários |
Um Cyclops real e Stan Mott, no concurso de Amelia Island |
Para testar se a dica
de Bonner funcionaria, parou no primeiro policial que viu para perguntar pelo
caminho correto, e narrou-se a seguinte
conversa:
“Eu vi isso na
televisão. Belo passeio!” disse o policial
“Posso tirar uma foto
sua junto do kart?“ Mott perguntou.
“Claro ! Eu vou fingir
que estou multando você. Não posso aprovar nada ilegal, rá rá rá!“
“Não senhor, claro.“
Carenagem e placa, e assim se rodou na Inglaterra |
Como obviamente
acontece na Ilha, choveu forte, o papelão molhou, um pedaço se grudou à tomada
de ar do carburador e o motor parou de funcionar.Totalmente encharcado, Mott
removeu o papelão molhado do motor, aguardou a temperatura baixar e prosseguiu
viagem, conseguiu chegar a Dover, encontrou com Bill Davis e escapavam na próxima balsa a cruzar o Canal,
com um policial correndo a pé atrás deles, para embarcarem exatamente no
momento em que o agente da lei quase os alcançava.
Na França foram
chamados de insanos, e os franceses, com um jogo de cintura natural, disseram
que a insanidade era parte da vida, permitindo que eles dirigissem nas ruas e
estradas.
O frio chegava a ser
quase fatal, e num trecho durante o inverno, entre Marselha e Genebra, ele
dirigiu na traseira dos caminhões grandes para aproveitar o calor proveniente
do motor, o mais perto que podia do diferencial. Isso era não atrás, mas
embaixo do caminhão!
Houve uma dúzia de
acidentes nesse trecho, causados pelo seu estilo não ortodoxo. O frio enaltece
a criatividade, certamente. Pelo menos nem uma gripe surgiu nessa fase
perigosa.
Uma derrapagem não tão feliz |
Cortando caminho em Hannover. Claro que o caminhão estava parado. |
No final de 1961
alcançaram as proximidades do Saara, mas Davis desistiu nesse momento. Ele
havia planejado aproveitar uma carona de iate para o Caribe, mas o barco saiu
sem ele, pois gastaram bastante tempo na festa de aniversário de Pablo Picasso.
No Marrocos, Mott foi convidado a jantar com o Ministro do Interior, após este
ver o kart com o reboque na rua, e depois de dias de condução por estradas de
asfalto, onde seus pneus furados eram dados de presente aos nômades, que
agradeciam efusivamente, já que a borracha era sempre desejada para fazer
sandálias. Nesse jantar, um francês disse a ele que um homem tinha o direito de
fazer uma refeição decente antes de se perder para sempre no deserto do Saara.
Animador.
Tentou entrar na União
Soviética, mas em plena Guerra Fria isso se mostrou impossível, pois 1962 foi
justamente o ano da Crise dos Mísseis de Cuba, apenas três anos após a ilha outrora próspera ter sido submetida ao comunismo que a colocaria na situação lastimável que perdura
ainda hoje.
Mesmo já acostumado à
posição desconfortável do banco, a cada hora era necessário parar para
descansar e relaxar as costas, mesmo que
esse fosse acolchoado, coisa não normal num kart.
Foi então para o Leste
europeu, passando antes pela Suíça, onde chamou a atenção dos integrantes de um
circo pelo inusitado veículo e pela galaba, um traje que ele havia comprado para
enfrentar o frio do Norte da África.
Com a galaba, comprada de mercadores no Marrocos |
Fez uma temporada com o
circo Stuy Family, onde trabalhou como
palhaço. Isso lhe rendeu dinheiro para ajudar nas despesas. No
número, fazia desde um cômico árabe a um caubói americano, fácil pelo seu
habitual chapéu, onde ele perseguia índios suíço-germânicos com seu kart.
Quando acabou o frio,
partiu em direção à Rússia, passando pela Áustria. A partir daí foi acompanhado por uma
integrante do circo que resolveu fazer a viagem de scooter, Christine Zuest. Literalmente Mott roubou a atração eqüestre do show, já que Christine se apresentava em acrobacias com seu cavalo.
Depois de um bom tempo, Christine Zuest escreveria um livro sobre a viagem, intitulado Follow Your Itch: Globe-trotting for three years with a go-kart.
Entraram com facilidade
na Hungria, mas se viram em desespero pelo visto de apenas três dias e o asfalto
muito ruim, que vibrava o kart de forma absurda, sem poder andar rápido.
Chegaram à fronteira para deixar o país à
meia-noite e meia, atrasados, e descobriram os guardas bêbados, no fundo do
posto de fiscalização, onde havia um bar! Um deles
queria uma luta de comunista versus americano, e deu um soco em Mott, que se esquivou e o fez acertar a parede. O barman, único sóbrio no local, correu, pegou os
passaportes, carimbou e os mandou saírem rápido, antes que a situação ficasse pior.
Escapando de trás da cortina de ferro, passaram por Berlim Ocidental, onde foi feita a foto abaixo.
Berlim , com Christine Zuest no portão de Brandenburg |
Acabaram por ir à
Grécia, e depois à Jordânia, onde o Rei Hussein o convidou para participar de
uma corrida de karts que era feita sempre nas tardes de sexta-feira no aeroporto de Amã, a capital.
Hussein era entusiasta praticante, depois de já há muito tempo ser um
entusiasta dos automóveis normais. A conversa girou toda em torno de
automóveis, motores e corridas, com o rei sendo tão casual que Mott, que
parecia já o conhecer há muito tempo, nem mesmo se deu conta que ele era o Rei.
Algo normal entre entusiastas, não apenas de carros. Rapidamente se faz novos
amigos, pelo simples fato de se apreciar coisas similares.
Mott não ganhou, na verdade ficou em último nas três corridas, já
que o veículo já era mais usado e cansado que qualquer kart que
estava na pista. Um inglês inspetor de bagagens do aeroporto venceu a primeira
prova do dia, sem dar moleza ao Rei. Depois, nas outras duas, o Rei ganhou,
pois era mesmo rápido, sem proteção nem receios, dado o bom humor e a leveza de espírito de Hussein.
O Rei da Jordânia com Stan Mott |
Chegaram por terra até o Kuwait, pegaram um
navio para a Índia, sempre com Christine junto, apesar de em um trecho ela
deixou o scooter e tentou viajar no reboque, sem sucesso. Foi demais de desconforto, e de Madras a Bombaim, o trem foi a saída para ela.
De Bombaim (hoje mais chamada de Mumbai) pegaram um
navio para o Japão, onde ele foi parado diversas vezes pela polícia. Stan Mott
sempre mostrava todos os papéis que tinha, de sua carteira de motorista
americana até passagens do metrô de Paris. Em seguida ele perguntava se o
policial gostaria de experimentar o kart, em alto e bom inglês. Sempre o
policial ia embora sem pedir nada a mais, e não houve nenhum problema sério.
Do Japão embarcaram na travessia para cruzar o Pacífico até Los Angeles, chegando em abril de 1964, para depois atravessar os Estados
Unidos. Nenhuma das três placas de licença que ele ganhou de presente ao longo da
viagem iria ter qualquer efeito com a polícia rodoviária americana e, assim,
foi parado 46 vezes em 11 estados, tendo gasto uma média de uma hora com cada
parada, até voltar a Nova York.
Mesmo tendo pedido autorização para três estados e tentado um registro especial na Califórnia, nenhum departamento de trânsito o atendeu, e Stan resolveu usar uma placa da Suíça e encarar as 3.500 milhas da Rota 66. Com conversas, a situação sempre foi contornada, sem nem ao menos uma multa! Quanto bom senso...
Mesmo tendo pedido autorização para três estados e tentado um registro especial na Califórnia, nenhum departamento de trânsito o atendeu, e Stan resolveu usar uma placa da Suíça e encarar as 3.500 milhas da Rota 66. Com conversas, a situação sempre foi contornada, sem nem ao menos uma multa! Quanto bom senso...
Na agência o café quente o aguardava, em 5 de junho de 1964, três anos, quatro meses e um
dia depois da partida. Com açúcar e creme.
Desenhos
de Stan Mott, direitos de cópia assegurados. Agradecemos ao Sr. Stan Mott que
gentilmente autorizou o uso das imagens
de seus cartoons no AUTOentusiastas.
Cartoons reproduction,
copyright by Stan Mott. We thanks Mr. Mott for his authorization to reproduce
his work here at AUTOentusiastas. Special thanks, and keep it rolling, Stan!
Tanque de guerra de corrida |
Outro tanque, esse um porta-aviões para o deserto |
Auto-retrato na Inglaterra |
Mandíbula-foguete |
Do Cyclops ao Concept I, que viria a ser o New Beetle. Engraçadíssima explicação visual. |
JJ
Fotos: sbiii.com; deansgarage.com; darkroastedblend.com; forgottenfiberglass.com; blog.hemmings.com
Fotos: sbiii.com; deansgarage.com; darkroastedblend.com; forgottenfiberglass.com; blog.hemmings.com
JJ,
ResponderExcluirHistória espetacular essa!
MAS
Marco,
Excluirmuito obrigado.
CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP
ResponderExcluirRi efusivamente com as histórias. Dá vontade de não ir trabalhar amanhã.
Danilo,
Excluirobrigado. Mesmo, muito obrigado.
Pessoal, eu postei essa matéria na comunidade de Formula 1 do Orkut, coloquei a fonte, o link do site, mas se tiver problema eu apago lá.
ResponderExcluirAchei que seria interessante mostrar essa histórias pra outros.
Danilo
ResponderExcluirO motivo é nobre, mas essas coisas se perguntam antes. Tudo bem, pode deixar.
Me desculpe Bob, fiquei empolgado
ExcluirDá-lhe sapatada Bob!
ExcluirDanilo
ExcluirEu também!
Agora já era.
ExcluirJá foi.
Simplesmente incrível. Algo impensável, ainda mais nos dias de hoje.
ResponderExcluirFico imaginando o quão leve de espírito esse sujeito deve ser. Quanta persistência!
Abraço!
Lucas CRF
Caro Bob, excelente post, como sempre, e bastante divertido. Entretanto, permita-me dizer que antes de 1959 Cuba também não era um poço de prosperidade. O Fulgêncio Batista era um enorme *****. Já ouvi dizer de mais de uma pessoa bem informada que matava pessoas por mero sadismo ao acaso no meio das ruas, simplesmente parava o carro e metralhava, e era um problemático. Para se ter noção do caráter do sujeito, as investigações do governo dos EUA e da CIA topam, em 1958, com a Conferência de Havana, uma das maiores reuniões de mafiosos da história, principalmente de mafiosos estadunidenses, não só com o aval mas com a participação do queridíssimo presidente cubano. Cuba era um paraíso para os milionários e para os turistas, mas o povo era miserável. A situação estava tão ruim que o povo se voltou para quem apareceu como oposição, o Fidel Castro, que, à época, não se alinhava à União Soviética ainda. O próprio governo dos EUA o apoiou, pois queria se livrar de Batista. O que aconteceu depois todos nós sabemos, o plano deles deu errado, Fidel quebrou os acordos, e Cuba se alinhou aos soviéticos, tornando-se inimiga dos EUA. Mas antes de 1959 a situação não era também das mais desejáveis, eles não passavam de um quintal de outro país que estava numa situação horrível.
ResponderExcluirDesculpem-me: eu quis creditar o Juvenal Jorge e acabei falando do Bob no começo do comentário.
ExcluirC. Silva,
Excluircorreto, mas Cuba não se discute, lamenta-se.
Sensacional! Adoro esses "malucos beleza" que, com suas histórias e desafios, nos mostram que o mundo pode ser muito mais divertido.
ResponderExcluirAventura inspiradora, ótimo post!
Romulo Rostand,
Excluirmuito obrigado, fico feliz que tenha gostado.
Sinceramente, comecei a ler o texto meio que por obrigação, pois faço questão de ler cada um, assim como os comentários, e acabei surpreendido. Ao invés de ficarem reprisando e desvirtuando os heróis antigos, poderiam lançar um filme a respeito dessa história. Divertidíssima!
ResponderExcluirConcordo, merecia um filme e seria um daqueles filmes inesquecíveis.
ExcluirRômulo
Anônimo,
Excluirdaria mesmo uma bela película !
Primeiramente, parabéns ao JJ pelo post. Espetacular.
ResponderExcluirEstou rindo aqui imaginando o quanto esse cara é bom de lábia para contornar tantas enrascadas.
Eduardo Costa,
Excluirobrigado.
JJ,
ResponderExcluircertamente um de seus posts mais fenomenais, um dos TOP-3.
Abraço,
André.
Que história! Realmente cruzar o mundo de kart não é pra qualquer um. Inspirador!
ResponderExcluirMarciano
Só conseguiu cruzar o mundo porque não passou pelo Brasil. Aqui com certeza teria ficado retido e estaria brigando com a nossa burocracia até hoje...
ExcluirEle iria ser roubado mesmo!
Excluirha ha ha
An. 14/04/14 10:14
ExcluirAté agora, o melhor comentário do ano! Daqui não passaria jamais!
Sensacional!
ResponderExcluirMFF
MFF,
Excluirobrigado.
Prezado Juvenal! Post sensacional... Acho que o protagonista, ao trocar de dimensão exibirá um enorme sorriso de orelha a orelha... O texto , empolgante, me fez lembrar algumas daquelas maravilhosas e longas estórias do Tin Tin, onde ambas se confundem ( Estória e História ). Parabéns!
ResponderExcluirHuttner,
Excluirobrigado. Sem dúvida a vida é muito boa para Mott e que faz o que gosta.
Juvenal, qualquer coisa que eu escreva aqui será redundância aos comentários acima ou insuficiente para agradecer ao simples prazer de nós autoentusiastas não nos sentirmos solitários com você compartilhando tal história incrível e impensável nesse mundo tão asséptico e pasteurizado de hoje.
ResponderExcluirUm forte abraço.
Márcio Santos,
Excluirsuas palavras me comovem de verdade. Fui apenas um mensageiro de uma maravilhosa estória na vida de uma pessoa legal. Stan Mott respondeu meu e-mail pedindo autorização para publicar seus cartoons no mesmo dia, com educação e fineza. Um cara legal, e fico feliz de pesquisar, escrever e dividir com os leitores.
É para tirar o chapéu e aplaudir de pé o Sr Stan Mott! Um verdadeiro aventureiro e autoentusiasta!
ResponderExcluirEste sujeito não existe!!! Como disse o Hüttner aí em cima, lembrei-me do Tin Tin.
ResponderExcluirÓtima História JJ. Como sempre, você está sempre tentando nos tirar da normalidade... rá, rá, rá!!!
O AE está se superando a cada dia.
Bera Silva,
Excluiré isso mesmo. Coisas normais cansam. Hahahaha
Abraço