A M5 E34 e seus antecessores |
"Nós sempre nos tratávamos como bons
companheiros. Era como a gente dizia sobre um cara: você vai gostar
dele. Ele é legal. É um bom companheiro. Ele é um de nós. Sacou?
Éramos bons amigos. Mafiosos.
Mas o Jimmy nunca poderia entrar realmente para
a máfia, porque tinha sangue irlandês. E no meu caso, nada
importava que minha mãe era siciliana. Para se tornar realmente um
membro da máfia, você tem que ser 100 por cento italiano. Entrar
para a máfia, porém, é a maior honra que a gente podia ter. Isso
significa que você faz parte de uma família, um grupo. Significa
que ninguém pode mexer com você, e que você pode mexer com
qualquer um, desde que ele também não fosse um membro, lógico. É
como uma licença para roubar. Uma licença para fazer qualquer
coisa. E até onde o Jimmy se importava, se o Tommy entrasse, todos
nós estávamos entrando. Nós agora teríamos um de nós como um
membro.”
Esta semana não podia deixar de lembrar desse
trecho acima, dito pelo protagonista do filme de Scorcese “Os Bons
Companheiros”, de 1990. Henry Hill, o personagem interpretado por
Ray Liotta, nos explica o por que era tão importante que seu melhor
amigo, o violento Tommy DeVitto (Joe Pesci) ter oficialmente entrado
na Mafia nova-iorquina como membro. Para ele e o mentor de ambos
(Jimmy Conway, interpretado por Robert de Niro), era impossível por
uma série de motivos, mas somente o fato do companheiro receber a
honra os deixava felizes e realizados. Era como de, de alguma forma,
sendo a amigo tão próximo promovido, eles também o fossem.
E esta semana algo parecido aconteceu comigo.
Primeiro um bom amigo foi finalmente promovido em uma empresa em que
trabalhei; é o primeiro entre os quatro que entraram juntos quase
vinte anos atrás a receber uma promoção. Já me senti bem pacas
por ele, mas isto foi apenas um prelúdio do que estava por vir.
Afinal de contas uma banal promoção não me empurraria de volta ao
teclado para lhes escrever algo, queridos leitores, não com a
incrivelmente complicada vida que arrumei para mim. Não, o que me
fez sentir exatamente igual a este cara aí do início foi algo muito
mais legal...
Sabe como é, vai ter gente que vai ler este post
e falar: só por isso? Vai achar muito barulho por nada, tenho
certeza. Mas fazer o que, eu me senti assim, e só porque um amigo
comprou um carro.
Não qualquer carro, lógico. É na verdade um
daqueles que se convencionou chamar de supercarro, aqueles que
conseguem transcender a mera qualidade de transporte para, desde
novo, se transformar em algo especial. Um daqueles carros cujo
desempenho e comportamento são tão memoráveis que fazem os
profissionais abandonarem a fria análise e adotarem um lirismo e
paixão normalmente reservados a formas mais tradicionais de
literatura. Um BMW M5 1990.
Baseado no BMW série 5 de terceira geração (E34, 1987-1996), este não é só um M5; é o último feito a mão nas oficinas da divisão M da empresa bávara. É também o último a usar um seis em linha, e um motor derivado de competição. Na minha humilde opinião, um carro ainda mais interessante que os objetivamente melhores M5 que vieram depois dele, justamente por isso. Se os seis em linha construíram a BMW, este é talvez o mais legal de todos eles.
O cupê 3.0 CSL de corrida em seu habitat natural:o ar! |
Com certeza o seu pedigree é impecável. O seis
em linha “grande” da BMW apareceu pela primeira vez no sedã 2800
(E3) de 1968, mas logo fez sua casa, em vários níveis de potência
e preparação, no belíssimo cupê E9. Versões de competição
desse carro, coloridos, alargados, cheios de asas e sempre voando
Nürburgring afora em imagens para sempre gravadas no imaginário
coletivo entusiasta, colocam este seis em linha firmemente entre os
mais lendários já criados.
Tem asas e voa; um colorido CSL no aeroporto de Nürburgring |
Sua evolução seguinte também era destinada as pistas: a BMW pretendia que seu M1, um supercarro de motor central desenvolvido com a Lamborghini, fosse uma homologação para uma versão de competição, que efetivamente substituiria os seus cupês CSL “Batmóvel” nas pistas. Acabou sendo frustrada por mudanças de regulamento, mas o carro ganhou as ruas (e até as pistas num campeonato monomarca patrocinado pela empresa) com um seis-cilindros derivado diretamente da experiência acumulada em competição.
O BMW M1 |
Denominado M88, o motor deslocava 3.453 cm³ a
partir de um curso de 84 mm e um diâmetro de cilindro de 93,4 mm.
Diferente de suas versões anteriores, porém, o seis em linha agora
contava com dois comandos de válvula no cabeçote, quatro válvulas
por cilindro e vela central. No lado da admissão, injeção mecânica
Kugelfischer, controlada por seis enormes e belíssimas borboletas
independentes, com suas respectivas cornetas, como todo motor de
competição dos anos 1970 deve ser, mesmo se montado num carro de rua.
O M1 era fabuloso não só pelo motor, mas o motor era fabuloso por
si só. Pete Lyons disse o seguinte sobre ele em 1979:
“... (o carro) tem várias qualidades
invejáveis, mas a principal delas é seu estimulante propulsor.
Colocado longitudinalmente atrás do cockpit, é como uma lança de
aço apontada para seu ombro, um comprido virabrequim, dois
magníficos comandos de válvulas, e vinte e quatro lindas
valvulinhas em cima de seis robustos pistões. De 3.453 cm³, ele
entrega 277 cv a 6.500rpm com um rosnar totalmente apropriado. O som do
escapamento é o mais proeminente dos sons do motor — como deve ser — e é uma barulho ótimo, rude e cheio de promessa em baixa, e que
cresce limpo para um uivo excitante no topo da faixa de giro. Ele é
tanto substancial quanto lírico, como um barítono cantando Wagner.
O som complementa perfeitamente o caráter do motor, e este caráter
é carismático, atrativo, cativante. Satisfaz tanto a alma, tanto ao
dirigir quanto ao ouvir, que você acaba odiando ter chegado a seu
destino.”
O seis em linha M88 |
O M1 foi o primeiro “M” a ser vendido ao
público, e era em sua essência algo de pouca duração. Quando
parou de ser vendido em 1981, o seu motor acaba por encontrar nova
casa no feijão com arroz da marca bávara: os seus sedãs e cupês.
Primeiro veio o cupê M635CSi (M6 nos EUA), em 1983, e depois o
primeiro M5, baseado na segunda geração da série 5 (E28), e o mais
veloz sedã do mundo em seu lançamento. Com a injeção mecânica
substituída pela Bosch Motronic (mas ainda com 6 borboletas), dava
282 cv.
O M635CSi e o M1 |
John Phillips III, da Automobile Magazine
americana, na apresentação do M6 em 1987:
“Mesmo se você não quer um BMW, merece ir numa
concessionária e dar uma olhada nesse motor em carne e osso (em
alumínio e aço?). Ele devia estar num museu de arte moderna. Num
posto em Bowling Green, Ohio, um atendente que pretendia apenas
checar o óleo, abriu o capô, e praticamente perdeu a cabeça e a
compostura: “CRIIIIIISTO! Jim, vem aqui rápido e OLHA pra isso!”
Jim logo apareceu, seguido pelo Bob, Roy, Maynard e o Billy Joe. O
óleo nunca chegou a ser checado...”
Phillips também gostou do barulho: “Na verdade,
falando de barulho, o M6 não emite nada a não ser música. A
sinfonia de sons que emana das seis borboletas individuais do seis em
linha é tão arrepiante quanto qualquer coisa deste lado de um
Cosworth DFV. Ferraris inclusos.”
O M5 1984 (E28) |
O último carro a carregar este velho mas
carismático motor de competição na rua foi o carro que meu amigo
comprou, o M5 E34. Para ser montado no moderno carro criado para
durar até meados dos anos 1990, o motor dos anos 1970 foi amplamente
reformulado. O diâmetro do cilindro foi aumentado para 86 mm,
perfazendo 3.535 cm³ (na verdade então um 3,5 litros, e não 3,6 como
diz a BMW). A taxa de compressão foi aumentada para 10:1, novos
comandos de válvulas, e um sistema de admissão completamente novo
de comprimento variável (mas ainda com seis borboletas) foi criado.
Novas molas de válvulas e um novo virabrequim permitiram aumentar a
rotação máxima para 7.250rpm. O resultado era nada menos que 310 cv
a 6.900 rpm.
Em 1990, Kevin Smith, da Car and Driver, disse
sobre o motor do M5:
“E o motor é ainda melhor do que as
especificações sugerem. É suave, responde rápido, e é
incrivelmente forte. Responde com tranqüilidade abaixo de 3.000 rpm, a
3.500 rpm está totalmente acordado, e a qualquer coisa acima de 4.000 é
uma verdadeira tempestade. Todos os comandos e engrenagens e válvulas
se harmonizam com o rosnar do escape e o grito da admissão, com
resultado extremamente entusiasmante. O treco tem até a marcha-lenta
nervosa de um muscle car!”
Os números que a revista conseguiu com carro são
impressionante mesmo 20 anos depois: 0-100 em 5,5 segundos e o quarto
de milha em 14 segundos, a 160 km/h. E a revista, normalmente muito
crítica, fez também um elogio incomum, digno de repetir:
“E a força bruta pode nem ser a maior qualidade
do M5. A sua melhor qualidade pode ser só isso mesmo: ser o melhor.
De acordo com alguns critérios perfeitamente lógicos e razoáveis,
a nova geração de M5 da BMW pode muito bem ser o melhor carro do
mundo.”
O painel de um M5 1995 (E34) |
O M5 E34 então tem, além do pedigree impecável
e um motor lendário, tudo mais que entraria na lista de compras do
entusiasta: três pedais e câmbio manual, distribuição de peso bem-pensada, centro de gravidade
baixo, aerodinâmica pensada para velocidades acima de 200,
suspensão independente nas 4 rodas (McPherson dianteira e braço
arrastado atrás neste caso), quatro enormes freios a disco com ABS
capazes de parar repetidas vezes o mastodonte (1.745kg, barrabás!) a
partir de velocidades impublicáveis, e quatro rodas de alumínio com
pneus de perfil baixo (235/45 ZR17).
Rodas que puxam ar para os freios |
Parêntese sobre rodas: originalmente, o este M5
vinha com rodas muito originais e diferentes: por cima da roda ia uma
verdadeira turbina em duas peças que puxava ar para ventilação dos
discos de freio. Genial e funcional, acabou sendo um fracasso
simplesmente porque era feia para burro, fazendo o carro parecer
equipado com pneus faixa-branca. Quase todos foram substituídos pela
calota “estrela” das ultimas versões do carro, que encaixa
perfeitamente no lugar da calotona/turbina de alumínio.
O M5 E34 ainda teve mais uma evolução, a versão
de 3,8 litros. Aumentando o diâmetro e curso para 94,6 x 90 mm, e a
taxa mais uma vez para 10,5:1, entre outras coisas, chegou-se a 340 cv
nessa que é a última evolução de um motor lendário e imortal.
Foi também o último M5 de seis cilindros. A
versão seguinte já contava com um V-8 moderníssimo. Objetivamente,
continuou melhorando sempre. Mas particularmente
carrego um carinho muito maior pelos carros equipados com aquele seis
em linha de competição dos anos 1970 que por acidente do destino
acabou tendo uma vida longa nas ruas.
Todo mundo sabe que, no caso do filme “Os Bons
Companheiros”, o final da história do Tommy entrando para a máfia
não acaba nada bem. Mas não é o caso aqui. Meu amigo realmente é
agora o feliz proprietário disso tudo aí. Um carro sensacional com
um motor de provenança, poder e beleza únicos. Um verdadeiro
Ferrari alemão de quatro portas. E é claro, eu também, por tabela,
me sinto mais próximo de tudo isso.
Absolutamente fantástico carro !!!
ResponderExcluirTexto primoroso, MAO, como sempre !
Valeu demais !!!
Anônimo,
ExcluirObrigado!
MAO
MAO,
ResponderExcluirAdorei o post! E o carro do seu amigo está com as calotas turbina ou a estrela?
Mudando um pouco de assunto, tenho que ser sincero: outra coisa me chamou a atenção. Por acaso esse 635 CSi não seria o carro da Maddie Reyes de "A Gata e o Rato"?? Eu era pequeno, na época, e adorava assistir o seriado, só esperando aquela maravilhosa BMW dourada aparecer na tela!
Um abraço!
Eu assistia esse seriado para ver o decote dela. Bom, cada um é cada um, né ?
ExcluirAnônimo 01/11/13 14:57,
ExcluirQual parte do "Eu era pequeno" (ou seja, criança), você não entendeu??
Marcelo, era esse mesmo o carro da Maddie no seriado... uma 635 CSi.
ExcluirFoi a única coisa que sobrou do patrimônio dela, além da agência de detetives.
Saudades dessa série, em especial da dublagem... Sumara Louise (Maddie) e Newton da Matta (David) estavam simplesmente ótimos.
´Marcelo R;
ExcluirFeliz que gostou!
O carro dele está com as estrelas, que particularmente acho bem mais bonitas.
Abraço!
MAO
PELAMORDEDEUS, MAO! Vc fala de um jeito que a gente sai correndo procurando um. E se o dono ver o que vc escreveu, vai dobrar o preço por dois bons motivos: primeiro que, como já me disse o Mahar aqui no Rio, vc sabe o que fala! Segundo porque ao falar da forma que vc fala, o texto vira um banquete 5 estrelas para ser tomado com vinho de $500 a botella. E aí todo gourmet vai querer provar desta Haute Cousine .Abs. MAC.
ResponderExcluirMAC,
ExcluirConcordo em gênero, número e grau! Texto maravilhoso de se degustar.
MAC & Road Runner,
ExcluirGrato pelos elogios, são eles que dão gás para continuar trabalhando.
Keep them coming!
Forte abraço!
MAO
Só três coisas:
ResponderExcluir1) Nunca vi "Os bons companheiros", falha grave que preciso urgentemente corrigir;
2) o BMW M1 povoou meus sonhos de infância quando era vendido pela Estrela sob o nome Pegasus;
3) De todas as gerações da BMW (que eu nunca sei qual é qual, detesto essa mania de E-isso, E-aquilo) essa é a mais emblemática pra mim, especialmente os M5 e seu jeito de "carro de protagonista de filme de aventura."
Leo Brito. 1)Que planeta vc estava que não viu os bons companheiros? Falha grave meu irmão. De quebra tem a Sharon Stone em seus dias de Glória. 3) Concordo. Ficava mais fácil citar ano e modelo! Pronto! E se houvesse alguma modificação em modelo especial os caras acrescentavam. Chatura chata, achatada mesmo este tal de E isto, E aquilo, ainda mais seguida de números, códigos secretos, etc, que só mesmo quem acompanha de muito perto e pesquisa acaba descobrindo. Valeu.
ExcluirSharon Stone não estava nesse filme. Acho que você está confundindo os filmes. É que tem um outro filme onde também estrelam o baixinho Pesci e o Robert de Niro. Sharon Stone faz o papel de esposa de de Niro onde este é gerente de um cassino. O nome do filme é... Casino.
ExcluirNa verdade a nomenclatura dos E simplificava e muito a identificação de um carro, é mais fácil decorar dois dígitos do que o ano de início e fim da produção de cada modelo, sem falar que em alguns casos, no mesmo ano eram fabricadas duas carrocerias diferentes. Pena que no final dos anos 2000 a coisa complicou, agora o sedan tem um código, o coupé outro, o conversível outro...
Excluir"Cassino" eu também não havia visto até meados do ano passado... tirei o atraso e, olha, que BAITA filme.
ExcluirO lance da chapa de aço do Cadillac até hoje não me sai da cabeça.
Filmes sobre a mafia são ótimos, pelas histórias e pelos carros.
ExcluirO Poderos Chefão
Os Bons Companheiros
Cassino
Scarface
Os Intocáveis
Donnie Brasco
Os Infiltrados
Pulp Fiction
O Gangster
Um filme que vale muito assistir para ver belos carros, além da história que é muito boa é o filme:
Excluir13 dias que abalaram a humanidade.
MAO,
ResponderExcluiruma bela história do seizão em linha, outra coisa que a BMW jamais deveria ter abolido de seus M.
Há que se lembrar bem que os CSL "Batmobile" venceram muito no campeonato europeu de turismo facilitado pela saída da Ford, que parou de desenvolver o Capri (sempre o dinheiro....). Quando ambos disputavam as pistas,a briga era muito parelha. Depois ficou meio fácil para a BMW.
A calota turbina é uma das coisas mais magníficas criadas para um carro de rua. Uma pena os clientes não enxergarem a beleza técnica do aparato.
Um abraço.
Além de belas e engenhosas, as calotas "turbina" carregam a marca das coisas bem feitas: como se pode ver nesta foto, as pás das "hélices" tinham sentidos opostos nas rodas direitas e esquerdas, para que o fluxo de ar (de fora para dentro das rodas) coincidisse nos dois lados do carro.
ExcluirEu tambem prefiro essas calotas turbinas. Alias pensava que eram rodas de liga....
ExcluirBelo carro e um desempenho muito bom ...
Qual a velocidade maxima dele? Garanto que passa dos 210km/h, nao?
JJ,
ExcluirGrato! É, hoje acho interessantes as turbinas, mas particularmente fico com as estrelas...
MAO
Introdução perfeita para o que - acredito - será o melhor que vamos ler em termos de M5 "vintage".
ResponderExcluirUm dos meus carros preferidos, em uma avaliação de verdade...sem as metáforas forçadas dos ingleses, ou preciosismos que não cabem no mundo real ("escorregando alguns graus, pude sentir que o eixo traseiro permitia colocar o carro no ápice da curva, mordendo de leve a zebra"...etc, etc) - enfim uma avaliação por um dos nossos, compreendendo além da história, tudo aquilo físico/emocional que faz do carro o nosso grande companheiro do dia a dia.
A responsabilidade é grande mas o MAO é ultraqualificado!
MFF
MFF,
ExcluirPrometo fazer o melhor que puder!
Feliz que gostou da primeira parte da história!
Abraço!
MAO
Muito bom ! Belo carro. Mas me permito discordar quanto à calota "turbina". Mais que bonita, é de uma engenhosidade única para arrefecer os discos de freio. Lembra o funcionamento de um conversor de torque de um câmbio automático.
ResponderExcluirTambém sou fã das turbines, acho belíssimas, dão um ar clássico ao carro.
ExcluirExato, Mendonçs.
ExcluirParece mesmo com as peças do conversor.
Hoje a BMW usa dutos de ar no parachok....
Sempre fui fã deste carro, simplesmente maravilhoso e com linhas genuinamente BMW, acho bem mais autentico que os atuais.
ResponderExcluirQuem é aqui de Brasilia deve lembrar de um deste que se acabou no tempo la no Setor de Oficinas Sul, dava vontade de chorar cada vez que o via.
E essa do SOF ainda era das últimas, com o Nurburgring Pack e as rodas M Parallel 18", que, pra mim, são as rodas mais bonitas que a BMW já fez até hoje.
ExcluirRealmente era de chorar.
Vou fazer um pedido off topico aqui, se me permitem... Tenho acompanhado a angústia de outros colegas autoentusiastas em conseguir peças e mecânicos para seus importados. Como dono de um Dodge quase saindo da garantia também gostaria de aprender o caminho das pedras (ou das peças). Que tal o blog fazer um post sobre o assunto, talvez ouvindo um especialista na legislação aduaneira e também com um pequeno "manual" do que pode ou não pode (comprar na internet/trazer na bagagem, etc). Além da troca de dicas e endereços de oficinas que lidam com as grandes marcas importadas que os colegas conheçam. Sei que é pedir demais, mas acho que será de grande ajuda para essa comunidade entusiasta, antes que tenhamos que comprar carros "nacionais" e dar adeus ao sonho. Abraços DouglasPR
ResponderExcluirhttp://www.jalopnik.com.br/como-importar-pecas-para-o-seu-carro-e-nao-ser-extorquido-pela-receita-federal/
Excluir______
42
Eu lembro dele e da mercedes croswoth em frente ao esquina mineira na 704 norte.
ResponderExcluirMAO
ResponderExcluirDepois de vários posts de BMs série 3, inclusive o do Agresti falando dos seus, vem esta raquetada de um série 5. Pior, um M5.
Agora, pra matar de vez, só falta um post falando dos série 7.
Vai pensando aí.
FGV,
ExcluirEu curto demais as 750i V12 dos anos 80/90... Uma hora a gente faz algo sobre elas!
Abraço!
MAO
Simplesmente meu carro preferido. O E39 seria o ápice do equibrio do M5, mas o E34 mora nos meus sonhos. Talvez seja o único carro.que.preciso ter antes de morrer.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirTeve um cara aqui que disse que detesta E isso, E aquilo... É cada um rsrsrs. Sou grande admirador dos E34. Meu preferido? BMW 535i 1992.
ResponderExcluirO cara disse que detesta a nomenclatura das séries dos BMW com "E + alguma coisa". Eu particularmente também acho confuso, pois não sou um Bimmer chato que decora todas as "E-??"; penso que seria mais fácil identificar o carro pelo ano e modelo, como o mundo inteiro faz. Um adendo, Bimmers e Opaleiros estão no mesmo nível de chatice!
ExcluirDaniel Libardi
Esse cara sou eu... ahahahaha.
ExcluirO Daniel já disse tudo, obrigado! Realmente, eu não gosto da nomenclatura... se não gostasse do carro eu seria merecedor de uma surra com arame farpado embebido em ácido e lava.
Senhores,
ExcluirEu também não gostava, mas escrever e conversar sobre elas frequentemente ensina que é a maneira mais fácil de identificar o carro, pois ano/modelo é ainda mais confuso.
Coisa de doente, chata para quem não está na ala terminal, concordo... mas inevitável!
Grato pelos comentários!
MAO
MAO,
ResponderExcluirO texto ficou fantástico, recheado de autoentusiasmo! Considero o Série 5 E34 um dos mais belos BMW já produzidos em todos os tempos, ao lado justamente do M635 CSi. Os M5 E34 então, são puro deleite. E que maravilha abrir o capô e poder ver os seis dutos de admissão pornograficamente expostos, nada daquelas coberturas plásticas inúteis.
Interessante que não acho as rodas "turbina" nem um pouco feias ou sem graça, muito pelo contrário. Só quem gosta de aparecer deveria achar essas rodas feias, pois são bem discretas...
Aguardo ansiosamente pelo "Impressões ao dirigir" do M5 de seu amigo.
Abraço!
Road Runner,
ExcluirObrigado, que bom que gostou!
Abraço!
MAO
Belo carro com certeza.
ResponderExcluirMas.... eu fico com o M3 , apesar de menos potente anda mais que esse grandalhao ai!
Será que anda mesmo?
ExcluirPor ser um carro menor e mais leveo M3 fica instavel em alta velocidade. Isso nao ocore com o M5.
Assim esse M5 e melhor.
MAO
ResponderExcluirQue incrível esse post! Você está cada vez mais íntimo dos bólidos de Munique!
Agora, percebi uma coisa: Antigamente os motores cruzavam décadas, respeitando o projeto inicial. Evoluções, contudo, sem alterar a arquitetura básica. Aqui no Brasil cultiva-se um preconceito sobre os projetos mais antigos que ultrapassam algumas gerações, sendo encarados como decadência e obsolescência. Lamentável.
Nicolas,
ExcluirGrato, feliz que gostou!
Sim, hoje os motores mudam mais rapidamente, mas ficam também melhores. A fila anda!
Forte abraço!
MAO
Excelente, outra vez, como sempre... esse MAO... consegue passar um sentimento forte de sua admiração para seus leitores de forma muito poética e romântica. Confesso que sempre gostei do M5 E34 - principalmente por causa dos quatro faróis redondos, do console, do motor L6 e do câmbio de 6 marchas das ultimas versões. Mas não sabia que o seis-cilindros era O Seis-Cilindros do M1. O fato de ser artesanal dá um gostinho especial ao modelo, algo que devem sentir os entusiastas do boxer a ar do Porsche 993.
ResponderExcluirE obrigado mais uma vez pela aula, Marco. Passei a enxergar o peso mastodôntico do M5 não como defeito, mas como excentricidade do carro.
KzR,
ExcluirEu que agradeço a atenção e o comentário! Obrigado!
Forte abraço!
MAO
Poxa, pirei nas rodas com turbina da M5. São incríveis, unem forma e função. E ainda dão um toque nostálgico das faixas brancas. O que mais um entusiasta pode querer?! Talvez encontrar um jogo desses!
ResponderExcluir"...acabou sendo um fracasso simplesmente porque era feia para burro, fazendo o carro parecer equipado com pneus faixa-branca. Quase todos foram substituídos pela calota “estrela” das ultimas versões do carro..."
Lembrei de um personagem que adoraria tirar um sarro dos proprietários que fizeram isso:
http://admin.highdefdigest.com/picture/original/31838
eu particularmente me amarro nas rodas!
ResponderExcluirO M5 foi o unico sedan de 4 portas a conseguir bater o 0 a 100 das Mercedes 300 SEL 6.3. Só que a Merc foi lançada em 1971 e a primeira M5 em 1984....
ResponderExcluirO titulo de sedan mais rápido ficou na mão da Mercedes por 13 anos!
eu tenho uma i745 1985 3.5 turbo intercooler automatica.. 250cv.. é um exelente carro!
ResponderExcluirAdemilson,
ExcluirE extremamente raro aqui no Brasil. Cuide dela, tens algo especial.
Abraço,
MAO