Anunciada nesta sexta-feira em Dubrovnik a renovação do famoso Acordo
de Concórdia, que vai influir na próxima eleição da FIA. No Chile, governo libera
a importação de carros de corrida usados
Acordo de Concórdia é renovado
“Podemos nos orgulhar deste acordo, que estabelece um cenário mais eficiente para a administração do Campeonato Mundial de F-1 da FIA”. Estas foram as palavras de Jean Todt, atual presidente da Federação Internacional do Automóvel, ao anunciar nesta sexta-feira (27/9), em Dubrovnik, Croácia, a renovação do famoso Acordo de Concórdia para o período 2013–2020. Criado em 1981 diante do impasse entre a categoria e a Federação Internacional do Automobilismo Esportivo (FISA), braço desportivo da FIA e então reguladora do esporte em nível mundial, o acordo estabelece, entre outros pormenores, o valor que a FOM (sigla em inglês para Administração da Fórmula Um) paga à FIA pelos direitos comerciais de explorar o mundial da categoria. Este documento é considerado o principal item na batalha eleitoral pelo controle desta entidade e que ocorrerá em dezembro.
Ironia do capitalismo, a F-1 é, de longe, a maior fonte de
recursos da FIA, porém a que menos recebe em troca. Pode-se descrever esta
situação em três atos: a FOM precisa da FIA para validar seu campeonato e
atrair as empresas automobilísticas a investir na categoria; essas empresas
precisam deste reconhecimento para não arriscar seus programas desportivos em
outras categorias onde seus produtos são usados; e a FIA tira proveito dessa
situação para gerar a receita que financia programas variados. Pode-se citar
como exemplos a criação da nova Fórmula E — que usará carros movidos a
eletricidade e terá seu primeiro campeonato mundial em 2014 —, e uma campanha
de segurança das estradas.
Após o término da Segunda Guerra Mundial, o automobilismo
esportivo voltou a ser praticado mais intensamente e gerou várias categorias e
provas, particularmente na Europa, onde associações do tipo “automóvel clube”
reuniam a elite motorizada e promoviam eventos dos mais variados. Fundada em
1904 como representação mundial dos clubes representativos de cada país membro,
a FIA criou em 1950 o Campeonato Mundial de
F-1, desde então seu evento mais importante. No final dos anos 1950 entra em
cena Bernie Ecclestone, então um piloto que tentou sem sucesso classificar-se
para o GP de Mônaco de 1958 com um Connaught-Alta, monoposto derivado dos então
já superados Vanwall VW 57.
Bernie Ecclestone (f1fanactic.co.uk) |
Autódromo Paul Ricard, de Ecclestone (fia.com) |
A renovação do Acordo de Concórdia fortalece a
candidatura de Jean Todt a um novo mandato à frente da FIA e, ao mesmo tempo,
enfraquece a candidatura de David Ward, cada vez mais visto como um
representante de Max Mosley, antecessor de Todt e ligado a Ecclestone a ponto
de ter sido seu conselheiro legal. Vale lembrar que à medida que a candidatura
de Ward é pintada com cores mais brandas, em que pese sua postura de questionar
como a FIA vai usar o dinheiro arrecadado junto à F-1, algo a ser controlado por
uma nova ode à burocracia já que uma nova comissão foi formada para esse fim.
Comenta-se
que a corrida presidencial pode ganhar um terceiro elemento, o saudita Mohammed
bin Sulayem, atual presidente do Automóvel e Touring Clube dos Emirados Árabes
Unidos.
Mohammed bin Sulayem também é do ramo (motrld.com) |
Não é segredo que bin Sulayem tem ambições de se tornar o
primeiro árabe a comandar a FIA, sonho que se encaixa na estratégia das nações
dessa região em expandir sua proeminência internacional além do mundo das
finanças e do petróleo. Em outras palavras, Todt sabe que não terá vida fácil
para se manter no cargo, mas já deixou claro que sabe lidar tão bem quanto Ecclestone
no que diz respeito aos interesses das equipes de F-1. Resta saber até onde vai o
fôlego para enfrentar a caminhada de bin Sulayem, cujas origens árabes
contrastam com as de Todt, que tem descendência judaica.
No Chile, usados livres de impostos
Numa atitude sensata e impactante o governo do Chile anunciou
semana passada a liberação da importação permanente de veículos de competição usados
e a abolição de taxas e impostos para esse processo. País que importa 100% de sua
frota automobilística, até então suas autoridades só permitiram a importação
temporária de veículos de competição, pelo prazo de seis meses. Vale lembrar que
o esporte a motor chileno é concentrado em atividades do tipo fora-de-estrada e
algumas provas em circuito fechado com antigos F-3.
WG
WG
Novo Acordo de Concórdia = mais do mesmo.
ResponderExcluirAssim ó:
ResponderExcluir"- Oceis Concordia im dexá tudim cumu tá?"
"- Uai sô. Si tá bão pra nóis, vai mexe pu cadiquê? Nóis Concórdia!"
É nóis cumpadi.!
ExcluirJorjao