![]() |
Foto:supercars.net |
Rebel
rebel, you’ve torn your dress
Rebel rebel, your face is a mess
Rebel rebel, how could they know?
Hot tramp, I love you so!
Rebel rebel, your face is a mess
Rebel rebel, how could they know?
Hot tramp, I love you so!
(David
Bowie)
(Rebelde,
rebelde, você rasgou seu vestido
Rebelde,
rebelde, seu rosto é uma bagunça
Rebelde,
rebelde, como eles poderiam saber?
Vagabunda
gostosa, eu te amo tanto!)
Era um dia ensolarado no verão de 1964. As
montanhas da Riviera francesa brilhavam pacificamente, banhadas por
um sol magnífico. Mas o silêncio tranqüilo daquelas montanhas então
pouco povoadas era quebrado naquela manhã pelo inconfundível som de
um motor de competição. Já de longe podia se reconhecer o som como
um Ferrari de 12 cilindros, aquela inconfundível seda rasgando,
aquele magnífico "rumore dei dodici cilindri" de que os modeneses falam com tanto orgulho. E não qualquer Ferrari de doze
cilindros, um Colombo, o pequeno três litros que praticamente
sozinho, com sua força, suavidade e seu inconfundível e divino som,
fez a fama da Ferrari. E não qualquer V-12 Colombo, mas uma versão
de competição, o volume e o tom visceral do berro não deixando
qualquer dúvida a respeito disso.
Mas o carro que trazia consigo esse divino caos e
desordem era diferente dos belíssimos e reluzentes Ferrari de
passeio com os quais aquelas estradas estavam acostumadas. O carro
que devorava aquelas estradinhas deliciosas, banhado pelo sol do sul
da França, era tudo menos reluzente. O som e a cor vermelha
denunciavam que só podia ter vindo de Maranello, mas o vermelho era
quase fosco, sua carroceria cheia de cicatrizes e marcas de batalha.
Por fora, nada, nenhum logotipo ou letreiro dizia a marca do carro, e
apenas uma bandeira estampada seus pára-lamas dianteiros, com os
dizeres "Scuderia Serenissima - Repubblica di Venezia" dava
alguma pista de sua origem. E aquela carroceria definitivamente não
se parecia com qualquer coisa que tinha saído de Maranello até
então, e se pensarmos bem, mesmo desde então.
![]() |
Foto:supercars.net |
Era algo tão diferente e estranho, tão longe da
tradicional idéia do belo, tão longe da pureza de linhas tão
reverenciada pelos carrozzieri
italianos, que não poderia ser um Ferrari. Na frente, um nariz
pontudo e cheio de entradas de ar, baixo e ameaçador. Atrás, a
carroceria seguia praticamente reta desde o pára-brisa, acabando em
um corte abrupto no fim do carro. Incrivelmente, parecia uma perua,
um furgão de entrega. Um furgão maluco, cósmico, maligno, um
Fiorino demente vindo das profundezas do inferno. E baixo,
extremamente baixo, a ponto de lá dentro, seu jovem piloto se
encontrar em posição totalmente ginecológica, pernas para cima e
volante no meio delas, e o V-12, de tão baixo e recuado no cofre,
praticamente a seu lado.
Mas o que estava fazendo ali um carro de corrida?
Certamente não era nenhuma competição, não ali e certamente não
na alta temporada. Uma olhada nos seus ocupantes joga um pouco de luz
no assunto: o motorista, um jovem sorridente, com óculos escuros
modernos e cabelos louros, e aparência de galã de cinema. A seu
lado, rindo compulsivamente da situação ridícula, mas divertida,
uma belíssima morena, também jovem, seus hipnotizantes olhos verdes
escondidos por enormes lentes de óculos escuros, e seu cabelo bem
cuidado protegido debaixo de um belíssimo lenço persa. Atrás dos
dois, um monte de malas femininas amontoava a parte de trás do
bólido.
Mas ao chegar perto da cidadezinha de Saint
Maxime, surpresa: uma barreira policial, com os gendarmes
de armas em punho, ameaçadores. Carro parado, de longe vem um recado
de megafone: saiam do carro com as mãos para cima! Parece que alguns
cidadãos pacatos ficaram com medo daquela coisa estranha e
barulhenta e chamaram a polícia...
Mas o que fazia essa gente bonita a caminho de
Saint Tropez num carro de corrida? Antes de matar o suspense, vamos
começar do começo. Vamos voltar um pouco atrás no tempo, para
1962, na pacífica cidadezinha italiana de Maranello, logo na saída
de Modena, onde nossa história de hoje começa, paradoxalmente, com
gente feia em um feio ambiente industrial...
![]() |
Vista fantasma do 250 GTO. (foto:mx5forum.es) |
Naquele tempo, a Ferrari era comandada com pulso
de ferro por Enzo. A empresa gozava de imenso sucesso, tanto
industrial quanto em competições, fruto principalmente de um grande
conjunto de talentos que convergira àquela empresa. De um lado,
Carlo Chiti fazia os carros de fórmula que trariam o título mundial
em 1962 (com o americano Phil Hill, depois grande antigomobilista
americano, especializado em Packards), de outro o genial Giotto
Bizarrini criava o fantástico 250 GTO que se tornaria uma lenda nas
competições de carro esporte num futuro próximo. Mas essa equipe
estava tendo vários problemas para impor seus planos e vontades na
empresa autocrática, e o conflito que se sucedeu chegou a seu ápice
no episódio da demissão de Girolamo Gardini, o chefe do
departamento de vendas. Aparentemente, Gardini foi demitido a pedido
da esposa de Enzo, sem motivo sério algum além dela simplesmente
não ir com a cara dele. A tendência italiana para o dramático e
operesco então explode de forma completa na empresa.
![]() |
Ferrari, Carlo Chiti e Bizarrini (foto:autoevolution.com) |
Primeiro, os companheiros de Gardini (entre eles
Chiti e Bizarrini) se revoltam e decidem que tal coisa era
inadmissível; resolvem procurar Enzo e colocar as coisas em pratos
limpos. O Commendatore podia ser uma pessoa inflexível e ser
orgulhoso de seu poder absoluto sob seus domínios feito um senhor
feudal, mas não poderia ignorar toda sua diretoria se rebelando. Não
com uma equipe de tanto sucesso recente. Certamente seremos ouvidos,
pensaram os galantes e nobres cavalheiros italianos! A justiça
falará mais alto! A sinfonia cresce, e o tenor canta olhando para
cima numa ária emocionada...Mas chegando lá, adivinhem. Na manhã
seguinte o tom era menos operesco e mais triste. Estava mais para uma
encenação de "Os Miseráveis" na Broadway: tal qual um
bando de Fantines automobilísticas, vai todo mundo para o olho da rua sem
dó nem piedade. De um dia para outro tudo muda; Mauro Forghieri
recebe o impulso que lhe faltava para uma carreira de sucesso em
Maranello, e Chiti e Bizarrini ficam a ver navios, desempregados.
![]() |
O jovem Giotto Bizarrini. (foto: hemmings.com) |
Mas a ópera não acaba ali. Ainda revoltados com
o imbróglio, a turma demitida tem uma idéia: e se montássemos uma
empresa para bater a Ferrari? Com os melhores engenheiros e
executivos da empresa agora juntos, mas sem emprego, nada mais
lógico. Só era necessário alguém para financiar o duro começo
que qualquer empresa enfrenta até se firmar. Entra em cena então um
personagem importante nessa história. Giovanni Volpi di Misurata.
O Conde Volpi era um entusiasta dos automóveis e
das competições. Era também jovem (apenas 24 anos em 1962), e
muito, muito rico: seu pai, o anterior Conde Giuseppe Volpi (famoso
por criar o festival de cinema de Veneza), acabara de falecer
deixando para o filho mais velho a fortuna da família, uma das mais
tradicionais e famosas da Itália, descendente direta dos Doges de
Veneza. Sua Scuderia Serenissima, ativa em competições de primeira
linha (e usando na maioria das vezes Ferraris), já mostrava que o
jovem conde queria deixar sua marca no mundo do automóvel. Na
verdade, já era um dos maiores compradores da Ferrari, e tinha
reservado para si, com o próprio Enzo pessoalmente, os dois primeiros 250 GTO que fossem fabricados.
![]() |
O ATS 2500 GT (foto: ultimatecarpage.com) |
Volpi logo se entusiasma com a proposta dos
excluídos da Ferrari e é formada a empresa ATS (Automobili Turismo
i Sport), que desenvolve um belíssimo GT com um V-8 central-traseiro,
e um carro de Fórmula 1. O Conde entrou com dinheiro no
empreendimento, mas sua maior contribuição foi dar um nome de peso,
o de criar uma face de respeito. A maioria dos investimentos,
portanto, acaba por vir de outros grupos de investidores, o que
complica muito a política interna de uma empresa que já nasceu meio
confusa e cheia de primadonnas
recentemente ofendidas. O empreendimento fracassa em menos de um ano,
fruto principalmente do grande embate de egos inflados italianos que
sucedeu a sua criação. Bizzarrini é o primeiro a sair, para
trabalhar com Renzo Rivolta em seus Iso, logo seguido por um
desencantado Volpi.
Mas um pequeno prêmio esperava o jovem Conde pelo
conluio com traidores confessos da honra divina da Ferrari (só na
Itália mesmo...). Recebe uma ligação de Enzo, que sem papas na
língua, lhe diz: "Pode esquecer os GTO's. Já vendi para outro.
Se depender de mim, você nunca mais terá um Ferrari."
BLÉINNNNNN!!!!!!!!
Engraçado pensar na enfadonha lógica empresarial
moderna nesse ponto... É possível imaginar o presidente da Ferrari,
hoje, ofendendo irremediavelmente o seu maior cliente? Claro que não.
Mas essa era uma época onde homens eram homens e as mulheres davam
graças a Deus por isso. Mas divago; voltando à nossa história,
Volpi então, possesso de raiva, liga para o amigo Bizzarrini, para
desabafar. Bizarrini, como sabemos, era o criador do GTO, um detalhe
que viria a calhar. Calmo como sempre, fala o seguinte para o amigo:
— Relaxa, se ele não vende, nós fazemos
um. Na verdade, a gente pode fazer algo até melhor, tenho algumas
idéias que não tive tempo de incluir no GTO. Você faz o seguinte,
compra a berlinetta 250 GT passo corto (entreeixos curto)
do Olivier Gendebien (da Ecurie Francorchamps da Bélgica), que está
à venda e já tem o motor mais forte do Testarossa (tenho certeza;
eu mesmo mandei instalar), e leva para a sede da Serenissima em
Modena. Quando chegar lá me avisa, que eu já começo a trabalhar
nele com o pessoal. Vamos fazer uma evolução da GTO com ele, o
velhote vai se dar mal nessa."
![]() |
O 250 GT Berlinetta passo corto, base para o 250 GTO. Aqui no amarelo da Ecurie Francorchamps belga, como o carro que deu origem ao Breadvan. (foto:wikimedia) |
E assim, nas instalações da Neri & Bonacini
em Modena (subcontratada para ser a sede da Scuderia Serenissima),
Bizarrini recua o motor e o rebaixa ainda mais do que havia feito no
GTO. Cria uma incrível carroceria teoricamente ainda mais
aerodinâmica, e certamente mais baixa que a do GTO, e com dutos e
aberturas colocadas com cuidado para refrigeração e exaustão de
freios e radiador. O carro acaba pesando quase 100 kg a menos que o já
leve GTO, e Volpi até hoje sustenta que era este seu segredo, o
motivo de ser bem mais rápido que os carros de Enzo, mesmo sem
contar com o novo câmbio de cinco marchas criado para o GTO.
![]() |
Em construção, em Modena, 1962 (foto: coachbuilt.com) |
Mas o que todo mundo notou de imediato foi a
carroceria. Permanece sendo um dos carros mais facilmente
reconhecidos da história, uma cruza maldita de um furgão de
entregas e um Ferrari GTO. Quando apareceu pela primeira vez em Le
Mans, os franceses logo o apelidaram de “la
camionette”. Em sua próxima aparição
em Brands Hatch, os ingleses o chamaram de: “The
Breadvan” (o furgão de padeiro).
![]() |
De cima para baixo, 250 GTO, Breadvan e Bizarrini 5300GT: a evolução da espécie (foto:mycarquest.com) |
O carro foi consistentemente mais rápido que os
GTO e chegou perto de vencer Le Mans, mas teve vários problemas
de durabilidade que impediram um maior sucesso. Muita gente diz que
faltava a Volpi uma velha estratégia de Enzo: com mais de dez GTO
competindo, a probabilidade de vitória era sempre maior.
![]() |
Foto: jalopnik |
Logo em seguida, o jovem Conde se desencanta das
competições e aposenta seu estranho Ferrari. E passa a usá-lo como
seu meio de transporte mais freqüente. Hoje parece absurdo usar um
carro de corrida nas ruas, mas de novo, era um tempo diferente.
Volpi certamente faz sucesso no jet-set da Riviera com o carro por
algum tempo. Uma das histórias dessa época conta que, sem condução
no fim de uma festa na casa do Conde em Mônaco, Gianni Agnelli
(herdeiro da Fiat) pega emprestado o Breadvan. Como achava que o
carro parecia um rabecão, chegando em casa, ainda meio alto da
noitada, instrui seu mordomo a pintá-lo todo de preto. Quando acorda
de manhã, olhando de sua sacada, Agnelli vê um sujeito com pincel
pintando o carro de Volpi de preto. Já tinha pintado toda a traseira
e estava chegando no capô quando Agnelli esbaforido chega no pátio
pedindo para que pare! Volpi riu muito da coisa toda, e usou o carro
meio preto por mais algum tempo, até se cansar.
![]() |
Foto: ferraribreadvan.com |
Mas o mais famoso incidente envolvendo o carro
nesta época foi o descrito no início deste post: a prisão de
Gunther Sachs e da Princesa Soraya do Irã! Gunther era um famoso
playboy alemão (sua mãe era uma Von Opel, e seu pai dono da Fichtel
& Sachs) que pediu emprestado o carismático carro de seu amigo
Volpi para impressionar a sua nova conquista: a belíssima ex-mulher
do Xá do Irã. Sachs tinha ido buscá-la em Cannes para passar uma
temporada em sua casa em Saint Tropez. O episódio foi uma festa das
revistas de fofocas da época.
![]() |
Nada mais sugestivo...(Foto: coachbuilt.com) |
Em 1965, Volpi acaba vendendo o carro para um
entusiasta de Detroit, nos EUA, pela merreca de 2.500 dólares. Hoje,
o carro, restaurado e vivendo na Alemanha tem um valor literalmente
incalculável. Apesar de não ter a chancela da Ferrari, é aceito
como uma evolução do GTO (GTO EVO?), e para muitos ainda é o mais
fantástico de sua espécie.
MAO
Para saber mais:
Tudo que foi contado neste post e muito mais está
disponível no incrível livro de Marc Sonnery, “Rebel Rebel”. Um
livro inteiro contando a história de somente um carro parece
enfadonho, mas nesse caso é como uma grande aventura. Logo na capa
se vê o carro em reforma numa rua de Detroit nos anos 1970. Um carro
de valor hoje incalculável perdido numa ruazinha de Detroit, sendo
reformado como um carro qualquer, já vale o livro inteiro. Mas
várias outras aventuras e viagens épicas são recontadas, de forma
magistral. Um livro magnífico, que conta a história de um carro
incrivelmente legal. Altamente recomendado!
O vídeo dessa beleza:
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=oWZqb_PX12A
Cabritona bruta essa Ferrari!
ExcluirO cara toca horrores... um monstro!
Jorjao
Jorjao
ExcluirNa boa.... mas cara... voce e muito louco!
Só pelo magnífico ronco do motor V12 o vídeo já valeria a pena. Mas ver o piloto tocando um carro único no limite, sem dó, é insuperável!
ExcluirCabrito bruto e o dono ter a coragem de pôr na pista e descer a lenha num carro de vários milhões de US$ e exemplar único no mundo!
ExcluirBarrabas
Essa Ferrari Breadvan poderia servir ate de carro funebre.
ResponderExcluirMuito entusiasta iria querer dar a ultima volta num carro desses.
He he ...
To fora...
ExcluirPrefiro ela como forno de pizza
Estranha esse Ferrari mais estranhamente bela!!!!!!!!!! e como era o folgado esse " tal de Enzo " hein... abraço e bom post
ResponderExcluirGrato!
ExcluirMAO
Caraca MAO !!!!!
ResponderExcluirbelíssima história mesmo.
Curti demais o Bizzarrini fazendo o que não deu tempo no GTO.
E cutucar Enzo é sempre algo magnífico !
Parabéns.
JJ,
ExcluirValeu!
MAO
Caramba MAO,
ResponderExcluirSe você escrever uma receita de bolo de chuchu, com esta sua retórica, ainda sim será um texto saboroso.
E esta frase aqui:
"Mas essa era uma época onde homens eram homens e as mulheres davam graças a Deus por isso."
É algo que eu muito mais esperaria encontrar em um texto do Arnaldo.
Obrigado pela excelente leitura.
Charles,
ExcluirObrigado!
Por mais que quisesse tomar crédito por essa frase genial, ela não é minha, é algo que os americanos repetem muito, peguei do Jay Leno, mas não sei sua origem.
Comente sempre!
MAO
Pelo que li aqui no AE mesmo (não lembro em post, nem de quem...) a frase inteira é mais ou menos assim: "No tempo em que homens eram homens, carros eram carros, o ar era limpo e o sexo sujo, Mopar Rulles!" Tava em inglês e acho que a idéia geral da frase é essa.
ExcluirKlaus
A frase do texto: " no tempo que homens eram homens e as mulheres davam graças a deus por isso..." Pois é, pode ter certeza que o caboclo não quis dar um trato na patroa e ela fez-lhe a caveira... Pena que não deu certo. Sempre torço para o menor dar uma coça no grandão. Quase nunca acontece.
ResponderExcluirKlaus
a frase é genial mesmo, mas como disse acima, não é minha, infelizmente...
ExcluirComente sempre!
MAO
Fantástico, só nos anos 60, quando não era feio ter dinheiro.
ResponderExcluirMcQueen
McQueen,
ExcluirHoje em dia é feio até ser hétero.
Mais uma frase para fazer par àquela que nosso escriba tão bem encaixou na narrativa:
"Dos tempos em que fumar era bonito e dar a bunda era feio".
Sério mesmo que você é repreendido e discriminado por ser Hetero? Eu sou heterossexual e NUNCA tive problemas com isso. O que percebo é que uma parcela da sociedade que era tratada como pária agora tem direitos como todo cidadão, assim como negros e mulheres hoje tem direitos iguais aos homens brancos.
ExcluirUUUiiii!!!!
ExcluirNão era feio ter dinheiro, principalmente para "condes" e "Playboys" de oligarquias corruptas ligadas ao fascismo e ao nazismo, bem como "ex-princesas" de monarquias absolutistas, violentas e entreguistas. Pelo menos hoje em dia é feio ter dinheiro sujo, mas continua tendo gente que não tem o menor remorso. Eu como entusiasta me sinto triste as vezes ao analisar que as grandes genialidades das mentes mais brilhantes só existem para satisfazer egos financiados por sangue e suor de gente explorada. Mas a vida é assim, o ser humano é o animal mais cruel e vil que existe (com algumas excessões). Melhor deixar para lá e curtir as maquinas.
ExcluirValeu pela história MAO.
ResponderExcluirMais italiana impossível!!!!
Neste mundo politicamente correto, cada vez mais asséptico, é impensável tal história ocorrer nos dias de hoje.
Abs
Filipe W
Filipe,
ExcluirGrazie!
MAO
Incrível, parabéns pelo texto MAO.
ResponderExcluirNem sabia da existência desse livro, e agora deu até lumbriga de vontade de lê-lo =/
Zeh,
ExcluirGrato!
Leia, compre e leia que não se arrependerás!
Abraço,
MAO
Sem dúvida, os anos sessenta foram anos que eu gostaria de ter vivido com minha cabeça ainda nos quarenta...Hoje este tempo não volta mais e minha cabeça já está alem da metade dos cincoenta...Belissima história. Antes que alguem critique ou caçoe: Não, não é saudosismo! é apenas um enfastiante ponto de vista de um mundo moderno onde não importa mais o que se tem e nem o que se é, apenas o que se parece ser e o que se parece ter... ( Falso como um jogo de vídeo game! )
ResponderExcluirGrande história, não conhecia detalhes sobre o Ferrari Breadvan. Agora entendo porquê o Breadvan é tão diferente de todo Ferrari já produzido! E esse Enzo Ferrari era mesmo de lascar, intragável era pouco...
ResponderExcluirRR,
ExcluirFeliz que curtiu, comente sempre!
MAO
MAO, não conhecia esse carro, mas deixo a sugestão para um artigo descrevendo o que veio depois... Iso Grifo/Bizzarrini 5300GT. Além de outros carros da Iso, como o incrível Lele, uma espécie de Passat pré-histórico (mas igualmente "pintoso"), desenhado por Giugiaro (ainda na Bertone) com motor de Corvette, que poucas pessoas conhecem.
ResponderExcluirLorenzo,
ExcluirAnotada a sugestão! Uma história longa e interessantíssima, que já rendeu uns 3 ou 4 livros bem grandões...
Abraço,
MAO
Já de cara podia indicar os livros MAO!
ExcluirLeonardo Pastori
Leonardo,
ExcluirOs melhores são os dois de Winston Goodfellow, sobre a Iso e sobre o Bizarrini:
Iso Rivolta: The man & the machines
Bizzarrini: A Technician Devoted to Motor-Racing
O primeiro é um dos meus livros preferidos, comprei-o a quase 20 anos em maranello...
MAO
Caraca, Lorenzo! Iso Lele foi do fundo do baú, nunca tinha sequer ouvido falar do dito cujo. Depois de uma zanzada pela net vi que o carro é bonito, além do ronco maravilhoso do V8 americano lá na frente! E um modelo raro, menos de 300 fabricados.
ExcluirNunca achei que fosse me empolgar tanto ao ler sobre algum "Ferrari" e, após eu ver o vídeo da primeira postagem, simplesmente senti grande vontade de estar naquele carro (de preferência, naquela época).
ResponderExcluirFiquei curioso em relação aos escapes. Nas primeiras fotos eles são foscos e saem pelas laterais, mas em outras fotos o escape se prolonga até a traseira. Algum motivo específico para tal alteração?
Mendes
Mendes
ExcluirEm cirquito fechado usava-se o mais aberto e livre possivel (saida lateral) .
Para prova em rua ou uso eventual em rua ( como foi o caso desse carro) ficava com os de saida traseira como nos Ferrari GTO originais
Saudacoes
Pura magia.História fantástica. Não se faz mais homens nem carros como esses.
ResponderExcluirValeu xará.
Marco Antonio.
Xará,
ExcluirDisponha!
MAO
Olá MAO, belíssimo texto!
ResponderExcluirGostaria, se me permite, complementar o artigo: a carroceria do Breadvan foi feita pela Carrozzeria Sports Cars, que pertencia à Piero Drogo.
Piero Drogo, fez entre outros carros, o tão comentado "Ferrari 250 GTO", do Camilo Christofaro que, na realidade, era um Ferrari 250 TR "Pontoon" com uma carroceria parecida com a da 250 GTO.
O Iso Rivolta Breadvan e o Maserati Tipo 151/3 (este um dos carros de corrida dos anos 60 mais bonitos , na minha opinião), ambos feitos pela Carrozzeria Sports Cars e muito parecidos com o Ferrari em questão, pois todos usavam o conceito "Kammback".
Um abraço,
Mauricio,
ResponderExcluirSegundo Bizarrini e Volpi, e outros que participaram da construção (em entrevistas publicadas na íntegra no livro "Rebel Rebel"), Piero Drogo e sua Carrozzeria Sports Cars nunca tiveram nada a ver com este carro.
Segundo eles, este mito se espalhou porque muitos funcionários de Drogo faziam um bico em outras empresas de Modena, a noite, para complementar sua baixa renda. A Neri & Bonacini com certeza usou muitos deles, mas a carroceria é do Bizarrini, com pitacos de Volpi e Bonacini.
Abraço, e comente sempre!
MAO
Muito legal o texto MAO.
ResponderExcluirAcredito que o Bizarrini se inspirou na Alfa Giulia TZ para fazer o desenho dessa Ferrari.
As Alfas TZ foram desenvolvidas em conjunto pela Autodelta e a carroziere Zagato de Milao. Apesar de ser um carro bem menos potente (1.600cc)e mais simples que essa Ferrari, tambem fizeram muito sucesso nas pistas.
Adoro quando tem materia sobre carro italiano!
Abracos
Anonimo,
ExcluirGrato!
A TZ é de depois, 1963. Cria de Chiti na Autodelta. Provavelmente foi o contrário, influenciada por Bizarrini.
comente sempre!
MAO
Conhecia em partes essa história - sensacional MAO!
ResponderExcluirMFF
MFF,
ExcluirGrato, e forte abraço!
MAO