A lógica |
“Cavalo que é muito manso, todo mundo monta e desce o
relho”. Esse é um ditado da roça que recomenda que não sejamos sempre muito
bonzinhos e calados, que é bom meter uns coices de vez em quando. É um ditado
que serve para muita coisa, desde um povo explorado por governantes ladinos a
uma esposa maltratada. No caso ele também serve para o Porsche 914. Explico.
O 914 não era lá muito potente, mesmo para a sua época, e já era um carro muito estável, seguro, de comportamento superior em curvas, ótimos freios, mesmo para os padrões de hoje. Em suma, no 914 sobrava carro para o motor.
Equilíbrio (luiscezar.blogspot.com) |
Nos posts anteriores sobre o 914 já procurei descrever o quão bom de chão que ele era e ainda é. Se ele não era um canhão nas retomadas, ao menos ele entrava e fazia as curvas mais rápido que quase todos os outros esportivos. Seu contemporâneo Ferrari Dino GT, por exemplo, também motor central-traseiro, chassi e suspensão oriundos das pistas, também era conhecido por ser excelente de chão, e foi guiando um Dino GT em Interlagos que tive o prazer de, dessa vez, ver de fora o que o 914 é bom de chão.
Numa das edições do "Quatro Rodas Experience", um evento que idealizei, estávamos com uns quinze esportivos clássicos fazendo uma corrida de demonstração. Bom, na verdade, corrida de demonstração uma pinóia, porque piloto quando entra na pista é como jogador entrando num cassino ou macumbeiro entrando num terreiro de candomblé, ou seja, baixa o santo, crescem os pelos e o cara pira. Pira e desce a lenha.
A essência (www.puffosmokingracing,com) |
Eu vinha rápido, mas até que comedido, já que era eu quem supostamente organizava essa corridinha, portanto, tinha que dar exemplo de sobriedade — justo eu —, e aconteceu de, na freada para entrar na Bico de Pato, o veterano piloto Chico Lameirão me passar com tudo. Ele estava com um 914 amarelo, motor igual ao do 914 que tive, 4 cilindros e 2 litros. Ele me passou na freada e só vi sua suspensão traseira interna se erguendo, pois o 914 ainda estava bastante apoiado na dianteira devido à freada, já que ele só foi frear lá dentro mesmo. Bom, sei bem que não sou ninguém perto do Chico, um dos mestres dos mestres, mas sou burro o bastante para seguir meus instintos e tentar ir atrás, e fui. Na Subida dos Boxes eu o passei, já que o Dino tem 190 cv e o 914, 120 cv, e assim eu consegui chegar até a Curva do Lago ainda na frente. Ali eu freei cedo para que ele me passasse, e tratei de segui-lo. Não era para ver e observar o 914, pois nesse momento o 914 ou Dino pouco importavam. Havia algo ali muito mais valioso, único, que era poder aprender com um mestre. Eu queria ver o que ele fazia e como o fazia, seu traçado, suas linhas, suas freadas.
Companheiro (autoviva.sapo.pt) |
É certo que eu tinha que dar um baita desconto para o comportamento do 914, pois eu já andara ao lado do Chico num Lotus Seven ainda em fase de acerto de suspensão e freios, e aquele Seven, que nas minhas mãos eu me parecera “inguiável”, nas mãos dele estava indo feito uma seda. Sua maior sensibilidade e experiência corrigiam as coisas já antes que elas acontecessem. Mas mesmo dando o desconto à mágica do Chico, dava gosto ver o 914 em seu habitat natural e, principalmente, sob o comando de quem sabia tudo.
Já nos boxes, o Chico desceu encantado com o 914, elogiando-o e dizendo que poderia ficar na pista com ele o dia todo, pois não havia luta, o carro colaborava, era rápido e doce.
Então, voltando ao ditado do cavalo manso que aceita que se abusem dele, essa sobra de carro era uma das coisas que me preocupavam antes de comprar o 914, pois achava que era um carro fácil de ralar. Por exemplo, era difícil um sujeito ralar um 911. Sua potência era praticamente o dobro e de chão ele não era tão bom quanto o 914, não era doce, mas sim meio traiçoeiro, tinhoso — o 911 só veio a ficar realmente bom de chão a partir do 993, em 1993, quando passou de suspensão traseira por braço semiarrastado para multibraço, chamada pelos porschistas de "Weissach" em alusão ao centro de pesquisa e desenvolvimento da Porsche na vila de mesmo nome. Era também difícil ralar um Lamborghini Miura, outro com muito motor para o chão que tinha. E o preço do carro também contava. O 914 era bem mais barato que esses dois esportivos citados, então ele poderia ter passado pelas mãos de algum filhinho mimado destruidor de brinquedos e mesmo assim sobrevivido sem se esborrachar n’algum poste. Já um 911 forte, ou um Miura, teria matado o frangote na primeira palhaçada, e se destruído junto. Sendo assim, era muito mais fácil encontrar um 911 bem cuidado que um 914 nas mesmas condições. O galho é que a minha grana não dava para tanto, e meu pai, quando queria, era bem bom de coice e já estava torcendo o nariz para essa história de carro esporte; o que era um mau sinal. Se eu tomasse prejuízo eu ia tomar um bem dado nos fundilhos. Ter um filhinho playboy não estava nos seus planos.
Maserati 450 S, reconstrução argentina (foto Néstor Salerno) |
Naquele tempo, também, os carros não eram tão resistentes quanto hoje, não eram tão duráveis, ao menos no que tange ao motor e transmissão. “Virar o velocímetro”, ou seja, passar dos 100 mil quilômetros rodados, era sua condenação à sucata. Naquele tempo, por exemplo, lembre-se, o velocímetro virava com 100 mil; hoje vira com 1 milhão.
Não havia limitador de giro para os motores, não havia esse corte de segurança. Era fácil um desmiolado pegar um esportivo e acelerar até passar de giro, atropelando válvulas, válvulas batendo nas cabeças dos pistões, ainda mais em um carro em que sobrava carro. Já fazer isso com um 911, ou com um Miura, ou com um Corvette 427, era preciso mais peito e jeito para escorar a doideira que vinha. Esses três esportivos, sim, tinham mais motor que carro. Hoje é fácil acelerar no talo um Ferrari 430, com seus quase 500 cv, por exemplo, ainda mais com esses câmbios automatizados, controles de tração e estabilidade, pneus-goma etc., mas os com supercarros de então o buraco era mais embaixo. Acelerá-los no talo e sobreviver para contar era coisa para poucos, para quem sabia tocar. Por essas e outras, essa foi uma época das Viùvas Negras, época em que a potência dos motores dos esportivos estava à frente do restante do carro, tal qual a motoYamaha RD350, afamada por ter mais motor que moto. Você ia para a cama com a misteriosa Viúva Negra. Ia e era bom, excitante pacas, mas tinha que ir com consciência, com muito cuidado, sem se deixar levar, sempre atento a qualquer manifestação de perigo, senão, bastava um pequeno vacilo para vir uma picada fatal.
Yamaha RD 350, a "Viúva Negra" (garagemdobellote,com.br) |
Além do perigo, havia a necessidade de ter habilidade para tocar os esportivos fortes. Quem não era do ramo nem se metia a tentar guiá-los. Primeiro, porque de antemão já os temiam, segundo, porque achavam tudo estranho, reações intempestivas, uma pequena acelerada e o bicho já saía babando, volante duro e rápido, embreagem dura, frente enorme, má visibilidade, às vezes um motor de comando bravo (nada de comando variável) que embaralhava em baixa, mas quando limpava saía feito um tiro etc., enfim, tudo muito estranho, tudo muito diferente de um pacato Corcel I ou Opala, por exemplo.
Tudo isso afugentava os levemente curiosos, porém, por outro lado, atraía apaixonadamente os profundamente curiosos.
Carro esporte forte com câmbio automático, só em pesadelos. Via-se, raramente, um ou outro Corvette automático, mas esses eram os de motor mais fraco e diretamente destinados aos faroleiros. Corvette forte, motor big block, carro de macho, só câmbio manual. Carro esporte forte europeu, também, só manual. Câmbio automático em esportivo era repugnante, broxante, mesmo porque os câmbios automáticos de então não eram nada esportivos; para começar seus controles internos eram apenas hidráulicos, tinham no máximo 3 marchas e isso, invariavelmente, deixava a última marcha curta. O câmbio automático deixava o carro lerdo, manco, enfim.
Corvette '74 (angelfire.com) |
E por essas e outras que há coisa de dois anos, ao visitar uma loja da Aston Martin, logo saí farejando à procura de um que tivesse câmbio manual. Ao vê-lo, um só dentre tantos, logo me aboletei e tratei de “sentir o câmbio”, ou melhor, sentir seu trambulador, embreando e delicadamente trocando marchas, coisa que que me é instintiva, necessária para sentir o carro, faz parte dele, tem muito dele ali. O vendedor logo chegou para trocar idéia dizendo que também preferia o câmbio manual etc., na boa, animado, bom vendedor, e foi quando dois frangotes na moda e perfumados chegaram para falar besteira, dizendo que com o câmbio manual não dava para “andar na cidade” etc e tal.
Infelizmente nem sempre tenho absoluto controle do que me sai da boca, e me lembro bem do que lhes disse:
— Escute aqui, rapaz. Isso aqui não é carro para circular
pela cidade. Não é carro para ir pro trabalho. Para isso tem Corolla, que para
isso ele é muito melhor que este Aston. Isto aqui é para você pegar a namorada,
a gata amada — sabe o que é isso? Uma gata legal? — pois então, é carro para
pegar uma estrada sem fim com ela.
Ao sair da loja, pegando minha bicicleta, meus cachorros me esperando ao lado dela, notei os frangotes entrando num 911 blindado e de câmbio PDK, automatizado.
Triste fim alguns esportivos tiveram; triste e insosso fim...
Saudades das gostosas viúvas negras. Perigosas, sim, porém, verdadeiras; elas não escondiam o risco que corríamos para sorver o prazer que elas tinham a dar.
AK!
ResponderExcluirComo sempre, você faz a gente viajar nas lembranças e nos sonhos; não tive meios para, pelo menos, sonhar com porsches, mais ou menos na época em que você tinha o seu, porém tive a ousadia de possuir uma RD 350, a famosa viuva negra, que, realmente era como você disse, perigosa, mas verdadeira; você tava montado, pensando que dominava, dava uma reduzida, acelerava forte, parecia que o motor não ia responder, mas de repente subia de giro que parecia não ter mais fim, o coice vinha de repente e a emoção te pegava duma vez só; daí prá frente, vamos ver quem é que se entendia com a fera ou era devorado por ela; hoje, é claro, inúmeras motos de rua são melhores em todos os aspectos, mas para nós, da época dela, realmente era ela, que, bem afinada e bem conduzida, conseguia sair na frente da sete galo.
Essa "Viuva Negra" quase levou um amigo numa vacilada e tombo. Andava horrores.
ExcluirTiao Medonho escapou por sorte, mas ficou puxando de uma perna.
Jorjao
"Tiao Medonho"....!
ExcluirCaramba, essa sua turma devia ser da pesada!
Você intitula o texto como pertinente ao seu Porschinho, mas conta todos os detalhes do seu espírito de juventude de então. Texto simplesmente incrível! Muito obrigado por compartilhar e espero que continue até a última gota!
ResponderExcluirAbraço.
Isso mesmo, faltou falar mais do Porsche do que de filosofias discutiveis com playboys e outros seres. Por isso achei o final do texto perfeito. Muita pompa pra pouco. Que bom que os jovens puderam curtir seu 911, automatico ou manual, assim como o AK curtiu seu 914 quando jovem. Faltou um pouco de compreensividade e espelho e por isso para resposta um tanto desnecessaria houve uma certa reciprocidade dessas que a vida ta cheia.
ExcluirLembremos que hoje os tempos para os esportivos exigem que eles sejam perfeitos. Nada de colocar um motor grande e achar que ta bom ou de fazer curvar muito sem colocar motor a altura. A concorrencia natural entre eles fez isso sumir e entre as coisas que hoje se exigem seria que os esportivos, pelo menos os menos superlativos, sejam possiveis de usar por pessoas sem tanta habilidade e que sejam mais faceis de usar na cidade.
Manual ou automatico tanto faz. Os esportivos manuais de hoje igualmente nem se comparam com os do passado na facilidade de usar, com embreagens leves, motores lineares e ajudas eletronicas nem sempre anunciadas ao motorista (que acha que ta no comando de tudo e tocando bem, mas tem algo lhe ajudando). O automatico hoje nos esportivos ajuda quem quer mais praticidade ou desempenho maximo. Pra encontrar um manual como nos tempos antigos, de controle dificil e que realmente provem que o motorista sabe mesmo dirigir, tem que partir pra um Pagani. Esse com um V12 bestial quero ver conseguirem se gabar que conseguem controlar ele como seda.
Anônimo, pelos vídeos que vi do Pagani, ele não é nada bestial, longe disso.
ExcluirMas já que você expôs longamente o que pensa, me permito seguir a sua linha.
Por exemplo, quando eu comecei a surfar, comecinho dos anos 70, não haviam inventado a tal da cordinha, o leash, então só pegava onda quem realmente era do mar, quem sabia nadar no mar, o que é bem diferente de saber nadar bem numa piscina, muito diferente. A cada vez que perdíamos a prancha era um tal de nadar pracaramba para sair do mar, muitas vezes com correnteza da braba, tínhamos que saber sair, nadar para o lado certo, sair da correnteza, ter calma, etc. Então, quando inventaram a tal da cordinha, ficou fácil para muitos pregos se meterem lá no fundo. Mas acontece que acontece da cordinha rebentar e esses pregos, que se sentiam seguros por ter a prancha ao lado, de um momento ao outro se vêem em papos de aranha, pois não sabem como sair dali sem o raio da cordinha. Entendeu?
Pois então, sabendo bem disso, quando ensinei minhas três filhas a surfar, desde pequenas, volta e meia, lá no fundo, eu pedia para que me dessem a prancha e voltassem nadando na raça. É claro que eu ia ao lado as orientando e dando a devida segurança, que não sou burro nem carrasco. Bom, hoje elas surfam e eu fico tranquilo.
Com a cordinha, o leash, mar "caudeou", se encheu, de "surfistas" que não são do mar.
Faça um paralelo com os carros, com os recursos eletrônicos hoje disponíveis em muitos esportivos, que podem falhar, que mascaram os erros do motorista, e tente entender a minha posição.
Nada contra mais surfistas, nada contra mais motoristas de esportivos, mas essas brincadeiras machucam e acho que os praticantes devem ter uma boa iniciação antes de se meterem a besta.
Eu, por exemplo, não me meteria a pilotar avião, mesmo que ele tivesse tantos recursos que permitissem que ele voasse sozinho. Não sei pilotar avião, uai! Vai que falham aqueles troços? Eu, hein!
Arnaldo
ExcluirMuito inteligente seu paralelo com a "cordinha do surf".
Acho que agora qualquer "prego" vai entender o que e guiar um carro bravo e nao ter margem para erro. Me incluo entre esses pregos.
Outro dia assisti um documentario do (canal OFF 56) que falava da historia do surf (moderno) e seus precursores.
Os grandes craques surfistas e shapers da decada de 50/60 na California , Australia e Havai ja sao senhores de cabelo branco e tem netos. Mas estao em grande forma e a seu modo , ainda barbarizam em cima de uma pracha.
Dirigir / pilotar carro ou moto 'e a mesma coisa. A idade vai trazendo experiencia , mas o gosto e o tesao de guiar em grande forma nao acabam nunca.
Abracos
Certo AK, mas os surfistas assim como os motoristas iniciam de algum jeito e no inicio quase todo mundo seria meio prego mesmo com jeito pra coisa. Ademais ninguem hoje, com a tecnologia disponivel, aceitaria ficar numa enrascada apenas por um errinho e com isso ficar sem a prancha ou sem o carro (e ainda correr risco de vida).
ExcluirConcordo que todos que se metem num meio com riscos (surf, voar ou carros esportivos) tem que aprender onde se meteram e como se comportar. Mas isso vem com o tempo e num acredito que apenas ser manual ou automatico mude isso e igualmente a maioria das pessoas (mesmo compradoras de esportivos) nem procura um carro dificil de dirigir a ponto de precisar ser um piloto pra estar seguro.
O mundo ideal seria apenas as pessoas que sabem o que fazem se meterem a surfar, voar ou andar de carro esportivo, mas como estamos longe disso acho que basta exigir dessas pessoas que aprendam com o tempo, se mantenham nos seus limites e que tenham bom senso enquanto estejam naqueles tempos em que se `sabe` dirigir/voar/surfar mas ainda falta saber mesmo fazer isso. Fosse diferente jovens jamais poderiam ter qualquer esportivo (mesmo um 914) ou mesmo poderiam dirigir.
Legal que você também pegue onda. Pelo modo como disserta sobre o assunto notei que você também é surfista. A gente se cruza no mar, então. Será um prazer ter sua companhia.
ExcluirAnônimo,
ExcluirArte bem feita se passa à diante, não se reinventa do zero a cada geração.
" Ao vê-lo, um só dentre tantos, logo me aboletei e tratei de “sentir o câmbio”, ou melhor, sentir seu trambulador, embreando e delicadamente trocando marchas, coisa que que me é instintiva, necessária para sentir o carro, faz parte dele, tem muito dele ali."
ResponderExcluirRealmente, o carro nos conta muita coisa no simples manuseio da caixa - é inerente a personalidade do bicho. Se as marchas engrenam fácil e sem obstáculos, se o curso exige pouco movimento...por alí a gente já imagina que a tocada é boa ou não. Quando a gente experimenta algum comando que é tudo que queremos em um câmbio, a gente se empertiga para dar logo uma guiada inspirada.
MFF
P.s: bonita a homenagem ao Chico Ak, mesmo você tocando horrores em relação a nós, leitores (menos experientes e versados), é importante ver a devoção a um mestre das antigas, que muita gente de hoje nem desconfia do que fazia (e faz) ao volante.
AK, excelente texto, como sempre! Impossível ler e não ficar com vontade de sentir a sensação de ter um 914 desrobotizado e esportivo nas mãos. Ah, se eu tivesse grana pra isso...
ResponderExcluirInfelizmente este mundo do homem controlando a máquina está acabando. Está na UTI, com morte cerebral e respirando por aparelhos. Tenho certeza de que ainda verei nesta vida (estou com 37 anos) o carro que dirige sozinho. Sempre me vem à mente aquela cena do filme "Eu, robô" em que o personagem do Will Smith está de motorista/passageiro num carro que toca sozinho e, quando ele tira o carro do automático e passa a dirigir, a passageira ao lado fica horrorizada. Estamos caminhando para isso. Depressa.
Pois é Fernando, tenho quase a mesma idade que você e penso da mesma forma.
ExcluirSe o AK me perdoa a expressão, daqui para a frente viveremos a época dos postes mijando nos cachorros. Para quem se criou em meio a carros sem ABS e EBD, nada mais ingrato...
PS: que maravilha essa RD da foto.
Fernando,
ExcluirNem precisa esperar mais. Já aconteceu.
Olhe , tenho meus 21 anos hoje e babei nesse texto ! Tudo é mais fácil hoje sim , e essas emoções seriam boas de viver !
ResponderExcluirTudo e mais facil hoje . Mas e tambem mais sem graca!
ExcluirNem tudo é mais fácil: experimenta cancelar uma assinatura de telefone fixo pra ver.
ExcluirMas quase tudo é mais chato, insosso e artificial, hoje. Verdade.
Excelente post AK!
ResponderExcluirFalou e disse tudo, fico extremamente incomodado com essa "modinha" de câmbios AT, pra mim não é nem de longe o mesmo prazer de cambio esse negocio de ficar "borboletando".
O duro é que mesmo carros que tem versão manual não são trazidas pra cá ou vem com muita dificuldade. Caso do novo Fusca e fatalmente o do novo golf (que já tá com palhaçada de 5mil reais de ágio em todas as versões e de 10 a 15 mil na versão gti!)
Creio que vou acabar é garimpando uma M3 E46 e ser feliz, ou então uma opção mais pro dia a dia um DS3, que é só com câmbio manual..
Legal o texto, gostei mesmo, mas, desgrama, e a história???? rs
ResponderExcluirCara, que leitura espetacular. Dá gosto chegar no AE e ler essas histórias. Alimenta a alma. Obrigado!!!
ResponderExcluirJr_Jr
Muito bom, muito bom. Obrigado Arnaldo.
ResponderExcluirRoberto Mazza
Concordo plenamente com o Charles das 12:47.
ResponderExcluirAqui nós todos somos amigos praticamente, tem somente o fato de estarmos separados fisicamente mas unidos pela paixão em comum que é o verdadeiro autoentusiasmo.
Então, nada mais legal do que o seu Porsche 914 e todas as lembranças que ele te trás. Também acho muito legal as comparações com o mundo moderno.
Bom já que somos amigos, eu assumo que apesar de ter 28 anos recém completos e já ter vivido acompanhado de muitas modernidades, as vezes (quase sempre) vejo que nasci na época errado.
Trocaria todos esses montes de LED e turbos dos carro modernos pela "alma" e personalidade que esses carros que falamos tinham.
Qual seria o problema do turbo? E se um automatico permite ter um carro de 500 cv controlavel e rapido em tudo, sem ser rapido apenas em retas, qual o problema? Sem exageros.
ExcluirAK, você é o mestre! Partilho essa preferência por máquinas mais viscerais. Eu até entendo a lógica da "facilidade de locomoção" que tanta gente emprega na escolha entre um automóvel amortecido e um predador de pista, mas sempre penso que posso me locomover e divertir ao mesmo tempo. Ainda mais se não tiver que dividir com ninguém (esposa, filhos, afins), pra esses eu deixo a pelúcia e vou atrás do ouriço. Se o orçamento permite...
ResponderExcluirSeus textos salvam qualquer tarde cinza AK! =)
ResponderExcluirÉ isso aí AK.
ResponderExcluirPerigosas viúvas negras (e louras, ou morenas).
Nada como um 6 em linha, em tempos de 3 cilindros turbo. Fim dos tempos !
Fim dos tempos? Fim dos tempos seria passar fome ou esse processo de demonizar os carros. Os 3 cilindros turbo que venham com tudo pra nos dar pequenos carros divertidos, potentes, economicos e baratos. Eles nem competem com os 6 em linha, vamos ter um pouco mais de simancol.
ExcluirAnônimo, e esportivos mais leves, tal qual o Alfa Romeo 4C que está chegando. Pena esse só ter câmbio automatizado, ao que parece,
ExcluirO 4C parece muito entusiasmante e uma volta para os tempos leves, mas saiu mais caro do que esperavam.
ExcluirA coisa mais engraçada de todas é que "muito carro para aquele motor" e "muito motor para aquele carro" por vezes acaba sendo mais questão da qualidade do acerto de chassi. Por vezes vemos carros que teriam uma base com ótimo potencial para ir bem longe, mas o mau acerto faz com que tenhamos a sensação de desperdício de recursos, enquanto em outros casos carros com menos recursos acabam compensando sua maior precariedade graças ao acerto correto das poucas opções disponíveis.
ResponderExcluirClaro que o melhor dos mundos é a tal plataforma que intrinsecamente pode ir muito além e usam esse potencial corretamente. E por vezes a diferença entre o bom e o mau acerto acaba sendo uma sutileza muito pequena mesmo, mas que quando atentada acaba por gerar a situação mais agradável.
Grande Arnaldo!
ResponderExcluirExcelente texto, como de costume. Essa mania do pessoal hoje em dia de "misturar os canais" realmente é irritante.O pessoal hoje quer um carro que seja esportivo, luxuoso como um Rolls-Royce e que sirva para ir desfilar nos Jardins ou ir ao Shopping Morumbi. Ou seja, querem uma quimera. Esportivo tem que ter câmbio manual, carro luxuoso tem que ter suspensão macia (hoje em dia acham "chique" um carro de luxo com suspensão dura e pneus de perfil baixíssimo) e carro de ir no Shopping tem que ter porta malas grande. Não dá para ter tudo em um carro só, por mais que os fãs de SUVs com sobrenomes como M ou AMG tentem argumentar em contrário.
O grande barato de carros como o 914, o Dino ou o MGB é justamente isso: não precisam de grande cavalaria para serem extremamente divertidos de dirigir. E, no final das contas, diversão é o que interessa, certo?
Por uma série de motivos, troquei meu velho Monza 2.0 por um Camry V6 3.0. No cronômetro, não tenho dúvidas que o Camry anda mais que o Monza, seja de velocidade final seja de aceleração (mesmo com câmbio automático). Mas quer saber? O Monza, mesmo com uma direção hidráulica levíssima, ainda transmitia alguma coisa do que acontecia nas rodas para o volante. Nesse ponto o Camry tem uma direção tão leve quanto, mas completamente "anestesiada". Não transmite nada, parece volante de Playstation. Você vira, ele muda de direção, mas não passa disso.
Abraço!
Então trocou aquele Monza, hein, Sr. Bianchini, aquele a quem jurou fidelidade eterna!
ExcluirMas esse Camry é bem bom, parabéns!
Belo V-6. Deve empurrar muito bem, isso sim. Legal!
Bianchini
ExcluirNao se martirize. Voce escolheu o conforto e escolheu certo.
Para andar nas grandes cidades nada como um carro confortavel , silencioso , de preferencia com cambio automatico.
Aquela historia : todo mundo sonha com um esportivo , mas ninguem tem coragem de comprar um na verdade. Pouquissimas pessoas que conheci tiveram carros assim. Acho que nenhum dos leitores do AE tem carros esportivos (me incluo).
Nao estou falando de esportivos caros. Pode ser algum antigo como um Puma , um 914, um MG, etc . Ou algum mais atual como Golf GTI , Honda SI, Bravo T-Jet; etc... etc...etc...
Eles sao legais mas para situacoes especificas estradas boas e de preferencia vazias. Mais ou menos o que esse pessoal de moto faz. Usam so em fim de semana.
Acho que na epoca que o Arnaldo teve esses carroes esportivos o transito nao era tao pesado, nao havia radares eletronicos , as estradas eram mais vazias , e as ruas das cidades menos esburacadas! Bons tempos que nao voltam mais . Infelizmente!
Imagine o sofrimento em se guiar um Porsche Boxter nessa buraqueira das grandes cidades? Lombadas , valetas , tartarugoes e os infernais motoboys te arrancando os espelhos. Sem contar o assalto das cias de seguro. Essas muitas vezes recusam assegurar carros esportivos. E ai como fica?
Ok fim de semana posso pegar estrada.... Ai anda-se sempre com medo dos radadres e quando e possivel dar uma esticada tem sempre aquele mala-sem-alca, domingueiro na faixa da esquerda trancando todo mundo.
Outra grande utopia sao os carros conversiveis. Parecem legais , mas quem abaixaria a capota. Assalto na cidades , assaltos nas estradas , fuligem e fumaca de caminhao , barulheira do transito o calor danado etc etc. Enfim e so para inlges ver!
Voce escolheu o certo na minha opniao. O Camry e um carro em que voce fica isolado dessa maluquice toda!
Mas nao quero ser o certinho ou jogar agua no chopp de ninguem.
Aqui no Brasil, sendo cartesiano ou realista, um esportivo pode ser uma boa opcao. quando segundo carro.
Creio que voce ja deva ter dirigido nos EUA ou Europa. La sim e viavel ter um carro esporte mesmo que para o dia a dia.
Uma pena! , mas vivemos num dos piores paises do mundo para quem gosta de carro.
E olha que todo brasileiro e apaixonado por carro (sic)!
He he he....
Anônimo, tudo é relativo. Naquele tempo também achávamos que havia muito trânsito, etc, muito guarda com cronômetro nas estradas, etc.
ExcluirCarro esportivo sempre foi para fins de semana para quem mora em SP, porém o AE é lido no Brasil inteiro, na verdade, no mundo inteiro, que eu sei, e por todo tipo de autoentusiasta, do a pé ao Ferrarista, felizmente.
Carro esporte neste trânsito aqui, durante a semana, hora do rush, nunca recomendei. Seria como levar essa loiraça da foto para assistir a um jogo no meio da torcida do Corínthians.
Arnaldo, o mais legal do Camry é que o povo não acredita no quanto ele anda. Como o motor tem variador de fase do comando, ele tanto anda docilmente abaixo dos 2 mil giros como estica gostoso até os 6 mil giros. E de quebra o câmbio parece aqueles dos (raros) Opala com overdrive da segunda metade dos anos 70: a 3ª é direta e a 4ª é loooooonga. Uma vez eu estava saindo da Eng. Caetano Álvares para entrar na Marginal do Tietê e o trânsito estava meio carregado, e tinha um Gol quadrado 1.8 na minha frente. Assim que o Gol viu uma brecha e entrou, entrei junto. Afundei o pé direito e deixei lá. Tive que desviar do Gol e, assim que o motor chegou aos 6 mil rpm e o câmbio jogou a 2ª, tive que tirar o pé, pois a troca de 1ª p/ 2ª foi aos 60 km/h. E não bebe tanto mais que o Monza carburado não, apesar do câmbio automático e dos quase 180cv.
ExcluirAnônimo das 16h59m, não me arrependo nem por um instante de ter trocado o Monza pelo Camry. E isso porquê eu ainda gosto do Monza. Apenas acho que o Monza era mais "divertido" de dirigir pois a direção, mesmo levíssima em altas velocidades, era mais comunicativa. Tivesse eu como manter 2 carros, teria outro Monza. Mas se fosse do "quadrado" (de 1990 para trás) eu adaptaria um sistema de injeção eletrônica nele. Carburador nunca mais!
Abraços!
Bianchini, vc deu sorte q não era o meu Gol 1.8 que estava na sua frente, senão podia entrar 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 8º.....marcha e vc só ia ver na sua frente uma traseira quadrada ficando cada vez menor e o rastro do alcool queimando seus olhos e nariz.
ExcluirAnônimo24/09/13 16:59
ExcluirVoce e um azedo!
Precisava estragar meu sonho de ter um esportivo?
No fundo voce e suas palavras duras estao certos .... mas
A vida e feita de sonhos . Voce deve ser um Matematico, Tecnico em Contabilidade ou Padre de Igreja do interior.
Tenha santa paciencia!
Mavex, um tipico dono de Gol. Na estrada fica bacana ter 300 cv e mal passar de 200, pela aerodinamica caixa, freios e estabilidade nota 10.
ExcluirUm Camry com 180 cv vai o dia inteiro na estrada a 230 sem problemas, enquanto o Gol levanta voo.
Mavex
ExcluirEu se visse seu Gol iria ficar preocupado.... Preocupar em te ajudar.
Depois dessa esticada ia estourar tudo!!!
BUUUUUUUMMMM seu APzinho foi para o espaco.
Uhhhh coitado
ExcluirÉ importante destacar (creio eu) que carros quentes é uma coisa, carros "civis" são outra.
ResponderExcluirNos dias de hoje, um carro moderno civil é muito melhor de explorar do que um carro civil das antigas - tentar "debulhar" um...Civic manual hoje em dia (ou um Corolla ) é muito mais seguro e prazeiroso do que fazer o mesmo com um antigo Maverick com câmbio na coluna de antigamente, um Opala de mesma configuração, um Corcel II...etc.
Claro que no reino dos esportivos atemporais (ou nem tanto), é preciso se utilizar de uma outra filosofia de apreciação do passado.
MFF
Falar de Maverick com cambio na coluna e 4 portas... Vc vai ofender o Mr Car.
ExcluirFantástico texto AK. Me reacendeu a vontade de possuir um 914. Pena que a grana tá curta...
ResponderExcluirArnaldo,
ResponderExcluirVoce está sempre a se superar... Texto maravilhoso, que como a "máquina do tempo" nos transporta para a época, que nos faz refletir sobre as mudanças nos conceitos e em nós mesmos. Grato, muito grato, por compartilhar suas vivências aqui no AE.
Aproveitando sua menção neste post ao Big-Block, qual a distinção deste para um Small Block? Náo parece ser pela capacidade cúbica; o que voce acha?
Abraço
Júlio
Caro Júlio Neves, é possível ver isso em detalhes aqui mesmo no AE. Aí na coluna da direita tem os links para os posts do Alexandre Garcia. O quarto post de cima pra baixo (Pequeno, médio e grande) explica em detalhes e até com fotos.
ExcluirKlaus
Sempre digo e repito pra quem quiser ouvir...
ResponderExcluir914, 928 e 944, os três Porsches mais injustiçados da história.
A monocultura do 911 é f*da, parece que só ele presta na história da marca.
O 911 ao mesmo tempo seria o mais dificil de dirigir e seus compradores parecem se orgulhar disso, assim como o AK se orgulha de saber trocar marchas. Certas marcas e carros apenas fornecem ao seus compradores aquilo que eles pedem.
ExcluirPessoalmente nem tenho duvidas que os 914, 928 e 944 eram muito melhores como carro. Mas quem podia logo comprava o 911.
Anônimo, eu aqui não falei que o 914 era melhor que o 911. Só era melhor de curva, mais doce, etc. Se eu pudesse teria comprado um 911, mesmo ele sendo mais tinhoso.
ExcluirOs Porsche, todos, sempre foram fáceis de dirigir no dia a dia, comparando-os aos outros esportivos. Um Stingray 427, por exemplo, requeria mais empenho que um 911, isso para não falar dos Ferrari ou Lamborghini da época..
Bons cavalos precisam dar alguns coices de vez em quando assim como bons amigos se permitem trocar críticas construtivas sempre que necessário. E desse modo você aprende a respeitar e confiar nos bons cavalos e nos melhores amigos.
ResponderExcluirCom carro também é assim. Carro que nunca enguiça um dia vai deixar você numa encrenca lascada, no meio da estrada. Você aprende a confiar num carro quando assume a sua manutenção, mesmo nos pormenores.
Este ano comprei um carro pelo qual andava apaixonado. É daquelas máquinas para andar só no fim de semana. Por causa disso, em seis meses, aconteceu do motor não pegar de manhã, por causa da bateria arriada. Na primeira vez troquei a bateria, que estava bem velhinha.
Na segunda ocasião meu eletricista explicou que o "stand by" do sistema de som, alarme e computador de bordo consome bateria mesmo com o carro parado,especialmente quando o rádio não é mais original. Ele colocou uma chave geral na bateria e resolveu o problema.
Imagina se eu tenho que descobrir isso no meio de uma viagem? Seria como dormir no colo de uma Viúva Negra.
Jean
ExcluirMas qual e a sua maquina de fim de semana?
Anônimo, minha máquina é uma Anonima Lombarda.
Excluir"Câmbio automático em esportivo era repugnante, broxante, mesmo porque os câmbios automáticos de então não eram nada esportivos (...)".
ResponderExcluirOs câmbios manuais também não eram grande coisa, com quatro marchas, quarta direta e trambulador horrível.
Não posso deixar de citar o Pontiac Formula 455 1974 de um amigo meu, no início dos anos 80. Tinha 250 cavalos líquidos, com câmbio automático (Turbo 400) de 3 marchas. Era tão forte que conseguia cantar pneu na mudança de 1a para 2a.. Detalhe: o carro tinha diferencial blocante.
Como o Arnaldo é um cara bem "rodado", só posso atribuir essa sua adoração por câmbios manuais à uma "coisa de tribo". Aliás, câmbio manual acabou virando "old school", tal qual o hábito de fumar e os discos de vinil. Acredito que só um piloto profissional teria condições de usufruir a diferença, num Pontiac como aquele, entre a versão automática e a versão manual, e se o fizesse numa via pública, estaria automaticamente quebrando a lei.
Lorenzo, cada um tem um gosto. Só peço que não tirem o meu e dos meus amigos. Quem quiser que fique lá com seu automático.
ExcluirAssim fica todo mundo contente e não há discussão.
E porque a necessidade de provocar os donos de automaticos?
ExcluirEle não provocou ninguém... o texto é carregado de sentimento e o Arnaldo diz que diversão para ele é manual, para levar as crianças na escola é automático. Nem tudo tem que ser politicamente correto.
ExcluirCaro Arnaldo, o que você colocou sobre o cambio automático não se aplica só aos esportivos. Para mim, aplica-se para qualquer carro, raríssimas exceções.
ResponderExcluirVamos lá. Partindo do princípio que a maioria de nós não tem grana para comprar um esportivo de verdade, temos que nos virar com o que a grana permite. E o melhor de tudo é que dá sim para ser muito feliz com carrinhos comuns, baratos! Basta um pouco de criatividade, boa vontade, pesquisa, que eles viram o seu esportivo. Ferrari, Porsche, Aston?! lindos, fantásticos! Não sei quão medíocre estou sendo, mas acho muito difícil eu tê-los um dia. Assim, me viro que com o que o bolso aguenta.
Você sabe a velharia que tenho aqui em casa. Adoro cada um deles, de coração. Faço meu trajeto diário dirigindo-os como se fossem esportivos: acelerações interinas, punta-tacos, fazer as curvas como se as tivesse desenhando em todas as fases...Enfim, um grande momento do dia.
Mas cabe a nós descobrir esse prazer, e zelar para que ele permaneça. Uma descarguinha um pouco mais grave ajuda, uma suspensão mais do seu gosto e por aí vai. Nem preciso esperar para um anônimo venha e diga: ah, mas com esse transito travado, não tem como dirigir, é só primeira e ponto-morto. Cara, sinceramente? Problema seu! Eu dei o meu jeito: moro longe do meu serviço, 21 km. Tenho que estar lá às 8h. Se sair às 7, junto da manada, levo uma hora. Solução, saio às 6 vou a academia perto do serviço, e as 8 to lá. E pego um transito ótimo, e todo dia, sem exceção, dou uma "pilotada"! E assim, cada dia mais valorizo os meus carros manuais.
E não estou nem aí quando é me dito que os automáticos modernos são mais rápidos que os manuais. Cara, eu dirijo por prazer, não sou piloto de fórmula 1 (embora seja amador), para me preocupar por centésimos. Gosto do desafio das trocas de marcha absolutamente perfeitas, procurando ser o mais rápido possível. Enquanto puder, não deixarei a máquina tomar esse prazer de mim.
Abraço!
Lucas CRF
Embora prefira os manuais, tem como ter esse prazer com automaticos, ainda mais os modernos. Cada carro tem seu jeito e te garanto que um carro rapido trocando marchas instantaneamente nas boboletas acelerando sem parar durante as trocas igualmente pode dar muita adrenalina e prazer.
ExcluirApenas seriam tipos diferentes de prazer. Num tem porque ter essa nhaca com automaticos, ainda mais nos esportivos (alguns combinam muito mais com um automatico). Em carros mais normais igual. Apesar da maioria ficar ruim com automatico pela falta de potencia e pelo cambio lento, alguns igualmente divertem muito.
Caro Lucas, quem faz o carro é o motorista. Pode acreditar que prefiro pegar uma carona consigo numa de suas "velharias", como você os chama, do que com um bração dirigindo um Ferrari 458.
Excluirabraço,
Valeu, Arnaldo!
ExcluirAnonimo,
até mês passado ainda não havia dirigido um dupla embreagem. Realmente, é o melhor dos automáticos. Corrigindo, o menos pior. Ainda fico com os manuais.
Abraço
Lucas CRF
Eu também prefiro caixa manual
ExcluirKlaus,
ResponderExcluirGrato pela indicação,
Abraço
Julio
Mais uma ode ao câmbio manual. Os que não podem comprar um Ferrari de dois pedais vão adorar!
ResponderExcluirAK,
ResponderExcluirFico aqui pensando, qual seria hoje o carro (novo) disponível no mercado brasileiro, equivalente ao 914? Um esportivo que fosse bom de chão, podendo receber motor mais forte, que não tivesse um preço proibitivo, bonito porém sem exageros. Nem precisaria ser conversível, porque as opções seriam pouquíssimas... Algumas opções, sem o mesmo prestígio, carisma ou pureza de linhas:
1. Mini Roadster - O mais próximo do espírito em minha opinião.
2. Peugeot RCZ - Muito enfeitado, mas bom de chão ele é...
3. Hyundai Veloster - Esse (pseudo?) esportivo veio com muito menos motor do que poderia, e é "papagaiado" demais...
Rafael
ExcluirSem pensar em pureza de linhas (so no prazer em dirigir) ha outras boas opcoes:
Lobini
Punto TJet
Citroen DS3
Honda Civic SI
Golf GTI (novo) ou o Fusca
Lancer Evo ou Subaru WRX
Mas porque nao optar por garimpar um 914 ? Voce ja pensou nisso?
Lembro dum Experience que uma Ferrari se acidentou e foi colocado a culpa na marca do pneu
ResponderExcluirVocês aí reclamando de câmbio automático, esperem um pouco, câmbio automático é opcional, na maioria dos modelos encontra-se o insubstituível câmbio mecânico. Problemas tenho eu, que, ao pegar um carro mais novo não sinto o injetor do carburador passando combustível da cuba para o diafragma pelo peso no pedal, não sinto o segundo estágio abrindo para enriquecer a mistura, não escuto se o motor está funcionando em lenta, não preciso ficar corrigindo a lenta com toques no acelerador. Sinceramente, eu não sei dirigir carros autônomos, eletrônicos, assistidos... Não posso pensar em não estar no controle da máquina sem sentir os componentes um por um. Para mim, os postes já mijam nos cachorros faz bastante tempo.
ResponderExcluirTem saudade do regulador de avanço no painel e do limpador de pára-brisa manual também?
ExcluirEsse seria mais um acha que controla tudo em um carro. Acha que carro tem 4 pedais de freio, que regula ponto, que regula temperatura de agua, etc. Quando vem o papo de carburador ser bom pra alguma coisa as pessoas se revelam.
ExcluirParabéns por mais um texto de seus carros, AK. O problema é que dá uma vontade danada de andar num deles. O XK120 é muito romântico e o 914 não fica atrás. Deve ser uma bela máquina de fazer curvas.
ResponderExcluirUm carro que você citou em foto já me chamou muita atenção a um tempo atrás: o Maserati 450-S. O Fangio competiu num desses nas 24h de Le Mans, se não me engano. A parte disso, o carro parece que foi esculpido por ser tão bonito. Só invejo você por não ter tido a oportunidade de ter visitado a oficina do Mestre Néstor Salerno nos arredores de Buenos Aires e tê-lo visto de perto. Quem sabe um dia, hehe.
KzR
ResponderExcluirCom o 450S ele ganhou a 12 Horas de Sebring de 1957. Le Mans, não. Esse carro ia a 300 km/h, um monstro.