Chevrolet Veraneio |
Hoje a coisa está
fácil. Dirigir está cada vez mais leve e as reclamações sobre um carro ou outro
chegam a ponto do ridículo. Irrita ouvir ou ler homenzarrões reclamando de uma
direção pesada, tipo um Uno Mille que não tem direção hidráulica: "Affe!
Imagine só, aquele Uno tinha uma direção pesadíssima, terrível para manobrar!
Um carro assim não dá para guiar! Affe!"
E nessas vem a clara lembrança de minha mãe, sempre linda e arrumadinha, dirigindo uma perua Chevrolet Veraneio com direção "seca", ela com seus franzinos um metro e sessenta e poucos, e pra ela tudo bem, estava com um carro novo e grande, bom pra família viajar nos fins de semana e levar um monte de malas e crianças e cachorros, e ela contente virando aquele volantão e tudo bem.
Ela contente e pouco ligando de apertar o pedal da embreagem, cuja mola, de tão forte, na volta faltava pouco para jogar minha mãezinha para o banco de trás. E meu pai de Fusca e boa, sempre um Fusquinha novo, carro bom para ir pro centro da cidade trabalhar e modelo que ele não trocava por nenhum outro, pois atendia perfeitamente suas necessidades, era levinho de guiar, direção leve porque o carro não tem nada na frente além de um tanquinho de gasolina, e tinha lá um rádio AM de botões cromados, com um só alto-falante no painel à esquerda da coluna do volante, e que pegava limpo o Programa do Trabuco, um sujeito que falava grosso, enquanto ele nos levava à escola e depois ia pro trabalho, e para ele tudo bem.
Se chovia ele puxava um botãozinho no painel e os limpadores varriam a contento o pára-brisa, se embaçasse os vidros ele os secava com um paninho que ia no porta-luvas, se entardecesse ele puxava lá outro botãozinho e ligava as lâmpadas, e se anoitecesse ele puxava mais um pouco o botão das lâmpadas e os faróis se acendiam, e tuk-tuk-tuk lá ia ele na boa para onde desejava.
Fusca (omeufuscafala.zip.net) |
Tinha outro botão
de puxar, o tal do afogador, que meu pai puxava quando o carro estava frio e
que, já que ele não entendia nada de mecânica, não sabia me explicar por que é
que chamavam aquilo de “afogar”. Eu ficava meio com dó do Fusca, afogar o
coitado me parecia algum castigo. Não era.
Ar-condicionado, nem em sonho, que isso era coisa de avião. Nem ventilador, entrada forçada de ar, o Fusca tinha, e além do mais, virar o quebra-vento já dava uma bela refrescada no suor de nossas cabeças suadas, minha e de meu irmão; suadas e saudáveis, de criança que está sempre correndo e cujo suor salgado é doce.
Mas tinha ar-quente que nos esquentava os pés calçados de tênis Bamba molhados do jogo de bola na chuva fria com gritos quentes. O melhor do Fusca novo era o cheirinho, um cheirinho que guardo nitidamente na memória e anseio por voltar a senti-lo entrando pelas narinas, o cheiro do Fusca novo misturado ao cheiro do meu pai. Os cheiros são as impressões que mais fundo calam em nossa memória, instinto animal, condição animal, com o cheiro não há dúvidas.
Ar-condicionado, nem em sonho, que isso era coisa de avião. Nem ventilador, entrada forçada de ar, o Fusca tinha, e além do mais, virar o quebra-vento já dava uma bela refrescada no suor de nossas cabeças suadas, minha e de meu irmão; suadas e saudáveis, de criança que está sempre correndo e cujo suor salgado é doce.
Mas tinha ar-quente que nos esquentava os pés calçados de tênis Bamba molhados do jogo de bola na chuva fria com gritos quentes. O melhor do Fusca novo era o cheirinho, um cheirinho que guardo nitidamente na memória e anseio por voltar a senti-lo entrando pelas narinas, o cheiro do Fusca novo misturado ao cheiro do meu pai. Os cheiros são as impressões que mais fundo calam em nossa memória, instinto animal, condição animal, com o cheiro não há dúvidas.
Corcel GT (carrosantigos.com) |
Melhorou a grana e
minha mãe ganhou um Corcelzinho GT porque meu pai gostava de ver minha mãe
contente. Era vermelhinho e ficamos com três carros, um na rua, o Fusca, claro,
que foi um carro projetado na década de 30 para dormir ao relento, por isso é
que é refrigerado a ar – para não ter água a congelar nos dutos e mangueiras e
estourá-los –, no tempo em que ainda não se conhecia aditivos anti-congelantes,
e Volkswagen é Carro do Povo como aqui todos sabem, e naquele tempo casa era
pra gente morar e não para ficar arrumando lugar para colocar carro.
E ela felicíssima com seu Corcelzinho, direção "seca" também, pesadinha para a época, já que tinha tração dianteira e carros com tração dianteira costumam ter a direção mais pesada já que têm maior concentração de massa sobre a frente. Ela gostava do Corcelzinho GT porque ele era parrudinho e “firme na estrada”, e na subida nem precisava reduzir a marcha. E era bonitinho mesmo aquele carro, vermelhinho com teto de vinil e cheio de cromadinhos, era o prazer de hoje ter um Mini-Cooper. O que importa é o prazer, já que tudo isso de ter coisas é ilusão.
E ela felicíssima com seu Corcelzinho, direção "seca" também, pesadinha para a época, já que tinha tração dianteira e carros com tração dianteira costumam ter a direção mais pesada já que têm maior concentração de massa sobre a frente. Ela gostava do Corcelzinho GT porque ele era parrudinho e “firme na estrada”, e na subida nem precisava reduzir a marcha. E era bonitinho mesmo aquele carro, vermelhinho com teto de vinil e cheio de cromadinhos, era o prazer de hoje ter um Mini-Cooper. O que importa é o prazer, já que tudo isso de ter coisas é ilusão.
O que importa é o cheiro que fica, o cheiro da mãe, o cheiro do pai, o cheiro dos irmãos, o cheiro do amor.
AK
Arnaldo,
ResponderExcluirmagnífico !
Vida simples.
Saudades disso tudo, tão simples.
AK
ExcluirO homem de voz grossa do "trabuco " chamava-se Vicente Leporace, foi um radialista sem papas na língua e muito corajoso.
Zé da Silva,
ExcluirIsso mesmo! Vicente Leporace! Lembrei. Obrigado!
Meu pai gostava do cara justamente por isso. O sujeito metia a boca mesmo.
bacana esses textos que narram a interação homem/maquina.
ResponderExcluirBelo texto AK. Realmente as pessoas foram ficando "frescas" e comodistas com o passar do tempo. Tenho hoje na garagem 2 carros modernos para o dia a dia, com todos os confortos necessários para cidade ou viagem, mas tenho também um Fusca 78 original que faço questão de usar todas as semanas.
ResponderExcluirAs pessoas costumam me achar doido, mas acredite, é bom exercer a humildade de vez em quando, para manter os pés no chão. No Fusca, eu dirijo mais contente, mais "zen", com mais cortesia.
As vezes faço uma viagem mais longa, tipo 8 horas de volante, e logo alguém diz "como você aguenta"? Ora, com ar, direção, câmbio automático, som de qualidade, porque não aguentaria? Eu faço uma maratona (42km) em cerca de 4 horas, porque dirigir seria tão cansativo? "Frescos"...
Tô contigo, hoje em dia dirigir tá fácil demais...
ExcluirMasoquista!
ExcluirEstava lembrando disso. Não temos mais botão do afogador para puxar, alavanca para adiantar o ponto de ignição. A embreagem e o câmbio em H estão indo embora.
ExcluirSem falar no seguinte: O ser humano quanto menos esforço tende a usar menos os músculos e o cérebro. Por isso nossa taxa de obesidade tem aumentado dia a dia.
Rafael, ótimas suas observações.
Excluirhoje em dia com um carro de motorzin melhor, ergonomia marromenos já dá pra rodar rindo 800km num dia, ou ~1600km em 2 dias, como ja fiz 2 vezes recife/salvador/porto seguro, recife/teresina/jericoacoara... chegar no destino e ir pro barzinho na orla comer uma pizza, ou em arraial d'ajuda com uma picanha petisco e... claro, tomar uns chopps com a patroa, ver o sol se pondo e a lua nascendo em cima da duna, dar "beiçada de lingua" ouvindo musica voz e violão em noite de lua com a brisa do mar na cara.... eita, ja fiz muito isso e tenho muita saudade... fora as paradas sem hora pra sair nem chegar, no meio do caminho, pra tirar fotos, pegar uma balsa, fazer amizade e logicamente petiscar e tomar umas latinhas... e de carro nao tem hora marcada, nao tem pacote, nao tem reserva de hotel... gostou fica mais, nao gostou vamo embora agora. isso sim é que é vida, dirigir pra mim é prazeroso, mas diante do contexto, mesmo se eu não gostasse, era o de menos.
ExcluirPQP!!! depois de ler coments como esse é que mais me convenço de que estou precisando de férias. Saco!
Excluir... "e de carro nao tem hora marcada, nao tem pacote, nao tem reserva de hotel... gostou fica mais, nao gostou vamos embora agora."
ExcluirMarcelo (jmvieira): vc disse tudo!
Um abraço!
Viajar de carro como o Marcelo contou é mesmo muito bom e realmente não se fica dependendo de pacotes e reservas. Dá até para economizar fazendo suas próprias compras e não tendo que depender de agencias de viagem
ExcluirE pensar que meu pai fez 2800km daqui do Rio até o Maranhão numa Kombi 1200 com minha mãe, meu avô, um primo, 1 geladeira Brastemp 440L e um fogão...
ExcluirAh sim, de quebra ainda bateu um motorzinho básico na estrada e ele teve que reparar por lá mesmo... arranca-se o motor e coloca-se num caminhão de carona.
Um colega meu rodou 400km numa pop 100 e levou esposa e bagagem para os dois.Detalhe ele pesa quase 100 quilos.
ExcluirAbro mão de tudo, menos do ar condicionado. Sem ar é complicado. Belo texto, Arnaldo!
ResponderExcluirÉ verdade 12:15. Nos dias de hoje, é muito difícil ficar sem ar-condicionado.
ExcluirPara aumentar a frescura!
ExcluirHoje em dia é interessante carro com ar condicionado porque você fica parado em congestionamento ,antigamente quase não havia congestionamento ,abracs ,Fabio.
ExcluirAntigamente dava para ficar de vidro aberto com o braço para fora da porta, por isso ar condicionado era artigo de luxo.
ExcluirMas vc é daqueles que usa o ar às 6 da manhã ou quando o tempo tá frio?
ExcluirVerdade, tem um monte de gente reclamando de coisas tão pequenas sendo que antigamente era tudo mais difícil e ninguém reclamava.
ResponderExcluirGrandes verdades!!!
ResponderExcluirPequenas mentilas!!!
Excluirbem bacana...tb lembro do cheiro da Brasilia 1974 de minha avó...e do barulhinho do trambulador de marchas.
ResponderExcluirbons tempos!
Muito bom.
ResponderExcluirE nem faz tanto tempo assim que as coisas começaram a mudar...e que todo mundo se afrescalhou ao ponto de rejeitar um carro por causa do porta copos.
Eita saudades Arnaldo.
ResponderExcluirE tem gente que hoje diz que carro com duas portas é carro de pobre. Sou fã incondicional dos carros duas portas e pronto. Danem-se!
Eu gostava, também, muito de guiar o Corcel, com seus bancos de vinil que encaixavam perfeitamente.
Já o cheiro do Fusca novo, era melhor que o mais caro dos perfumes franceses.
Aprendi a dirigir em uma Ford F-100, onde tudo era "seco". Um baita de um ronco, mas que de conforto não tinha nada. Era macia, mas seus bancos eram escorregadios que dava dó. Direção dura, mas de bom câmbio. E após algumas horas ao volante o cansaço aparecia sem mandar recado. Mas tudo isso era válido.
É mesmo. Até meados da década de 1990, era bem comum ter carro de 2 portas, tinha até Ford Royale, uma senhora banheira, com 2 portas! Brasileiro tinha preconceito com carro de 4 portas... Depois disso a situação se inverteu.
ExcluirHoje em dia, se quiser um, tem celta 1.0, ka 1.0 e 1.6, vw fox 1.0(1.6 só 4 portas), gol g4, e fiat mille e novo uno (nas versões sporting e way, parece que pararam de fazer esse ano, só 4 portas agora). Subindo um pouco de preço tem-se o fiat 500. Daí pra cima, só importados...
O Fusca era bom de dirigir mesmo.
ExcluirEu também prefiro carros 2 portas. São mais aerodinâmicos e mais leves, logo o carro com menos portas anda mais e gasta menos!
CadÊ o Plutônio metendo o pau em todo mundo?
ResponderExcluirArnaldo,
ResponderExcluirParente sua?
http://ego.globo.com/famosos/noticia/2012/07/sem-ataduras-ex-mulher-mumia-fotografa-sem-roupa.html
Zarolho
Zarolho,
ExcluirUrra, meu!
Que saúde!
Infelizmente, não.
atadura nao! ah, tá dura...
ExcluirÉ verdade... e os Volkswagens antigos tem aquele cheirinho característico do acabamento. É só entrar em um pra ativar as antigas lembranças do carro do tio, do avo, etc...
ResponderExcluirE antigamente a maioria dos carros tinha quebra-ventos. Hoje podem parecer antiquados, mas que quebravam um belo galho no calor ou na chuva em carros sem ar condicionado, isso quebravam.
Ficamos todos mais frescos mesmo. Mas carro pelado hoje em dia é uma sacanagem das montadoras. Depenam coisas básicas que fazem a diferença, como limpador e desembaçador traseiros, faixa degradê no para brisa, ar quente... colocam os piscas dianteiros na parte interna do farol, e economizam no repedidor de direção na lateral, e aí dependendo do ângulo do motorista que está do lado, parece que nem se deu a seta...
Passei boa parte de minha infância no sítio. Quando não estava na escola, ficava brincando perto de casa, afinal sabia a hora que tinha que ir ajudar meus pais nos afazeres da terra. TENHO SAUDADES? - Tenho muito da minha infância, da coisas boas que só essa idade traz, dos meus pais ainda jovens e do convívio diário com meus irmãos. GOSTARIA DE VIVER NOVAMENTE NUM SÍTIO? - Mas nem a pau! Muita coisa boa se perdeu, mas outras coisas boas vieram... memória afetiva é algo pra se tomar cuidado. Eu gostava de andar de Brasilia com meus pais, mas andar de Prius com eles (quando os visitei no Japão) TAMBÉM foi muito bom.
ResponderExcluirConcordo! Temos uma eterna tendência a romantizar o passado, e isso é perigoso, pois tira nossa visão do que temos de bom hoje.
ExcluirDisse tudo. Memória tem que tomar cuidado, caso contrário saem umas besteiras como esse post do AK. As pessoas eram menos exigentes porque tinham menos condições e carro no Brasil era artigo de luxo com poucas opções. Duvido que hoje alguém podendo comprar um carro melhor iria escolher uma Veraneio da direção pesada, tirando para propósitos de coleção.
ExcluirSem contar que alguém que nos anos 70 tinha vários carros zero em casa vir falar de frescura e vida difícil é bem contraditório, numa época em que a maioria esmagadora andava somente de ônibus e se tinha carro era quase sempre um só e usado. Três carros zero na garagem e vir falar de vida difícil soa mal até hoje
Anônimo das 14:41
ExcluirE quem falou em vida difícil? Eu é que não. E não romantizei nada. Só contei a realidade. Valorizei o conceito da família e do amor que a une. Que o resto é puramente secundário.
Tá explicado?
Sim, AK. É isso mesmo que eu quis dizer também. A lembrança do carro de direção dura só é boa por causa das outras coisas boas que vem junto. Mas a lembrança não se tornaria pior se o carro tivesse direção hidráulica e ar-condicionado! (ou mal-comparando: será que minha mãe não prefere a máquina de lavar-roupa de hoje que o tanque daquela época? Ou será que minha ficou muito reclamona?)
ExcluirEu só tenho 18 anos e já gosto de sentir nostálgia de me lembrar dos bons momentos,que saudade dos meu 16.
ExcluirFelipe Tavares
Acho que é por causa do puro prazer de dirigir um carro que depende apenas da sensibilidade e da habilidade do motorista, que tem muita gente comprando e colecionando carros antigos, sem direção hidraulica, ar condicionado, apetrechos eletrônicos, etc. É o dirigir pelo prazer de dirigir, voce no comando.
ResponderExcluirMais um belo texto deste blog. Parabéns pela percepção de que os maiores prazeres, podem ser os mais simples.
Mas, pensando bem...depois que eu virei os 80, qualquer ajudinha é bem vinda.
ResponderExcluir"Queixo duro" e "caixa seca" nunca mais, por mais que a saudade me cause espasmos de choros incontidos.
Magnífico, Arnaldo!
ResponderExcluirPor coisas desse gênero que não troco a sensação de estar ao volante, seja num Gurgel ou num Aston Martin, por nada nessa vida. Muitos não entendem, mas fazer o quê...
E como guardo na memória os odores e sensações do Tempra 16v verdinho...
Concordo, tenho um Carajas e um Citroen Xsara Break (perua), gosto mais do Gurgel , a única coisa ruim nele é a direção pesadissima , é a mesma da kombi e como tem um motor AP ai fica bem pesado, mas de resto é uma delicia, não que o Xsara seja ruim, mas o Carajas tem mais personalidade !
ExcluirUm menino de 17 anos, ouvindo disco de vinil na vitrola e lendo isso agora, tentando imaginar como isso deveria ser bom...
ResponderExcluirMathias, o menino de 17 anos precisa saber que cada época tem suas virtudes e seus vícios. Viver hoje é melhor por que nos anos 70-80 sob vários aspectos.
ExcluirAlgumas coisas não mudaram, claro. Se na época não se poderia falar de política, nem de sexo (embora eu tenha a impressão que os jovens da época praticavam mais de ambos que os de hoje...), pois vivia-se uma ditadura militar, pelo menos ninguem implicava se você gravasse suas musiquinhas favoritas numa fita cassete (acho que o termo "pirataria" nem existia com essa conotação), se alguém tropeçasse na sua frente era possível rir. Chamar um cara que não enxerga de cego ou um sujeito que não aprende de retardado também eram coisas possíveis na época, já que não existia a ditadura do politicamente correto (não, hoje não somos mais livres que ontem. Só trocaram nossos grilhões...).
As melhoras: Tudo, absolutamente tudo ficou muito mais seguro e tolerante a erros. Se um avião dos anos 70 sofresse alguma pane, a coisa mais provável era ticar muito íntimo do chão. Hoje sempre há um segundo sistema redundante, um rearranjo computadorizado, e só uma terrível burrada conjunta pode fazer uma máquina dessas encontrar o solo em ponto e circunstâncias não programadas (modo bonito de dizer "cair", não?). Com os carros, a mesma coisa. Muitos eram os que aproveitavam-se das ruas mais livres para praticar suas habilidades, mas desses, muitos morreram tentando.
Certas coisas em um carro de hoje são mesmo uma evolução (retrovisor do lado direito, por exemplo) mas outras são 100% frescura, como ar-condicionado dual-zone, faróis que acendem sozinhos, e, da mesma forma, limpadores de pára-brisa que ligam sozinhos. Coloca logo um motorista particular, que o infeliz do preguiçoso não precisará fazer absolutamente nada. Nem dirigir. Quanto a cheiros, sons, sensações táteis, enfim, memórias afetivas...que lindo texto. E cada vez que vejo uma Veraneio vou direto ao começo dos anos 70, quando eu, minha irmã, e mais uma porrada de primos, todos enfiados na Veraneio do muito, muito, muito, mas muito saudoso meeeeeeeeeeesmo vovô Antônio, tomávamos a Castelo Branco e a Marechal Rondon rumo à sua fazenda no interior de São Paulo.
ResponderExcluirComo diz uma linda canção, "a saudade corta como aço de navaia". Alguém tem um lenço aí?
Algumas destas tecnologias me irritam ,pois parece que o carro que me controla ,não eu que controlo o carro ,gosto desta época do carro controlado no "braço".Abrcs ,Fabio.
ExcluirFarofisse. Quem não gosta dessas tecnologias deixa elas desligadas (caso faça questão de demonstrar que tem controle do limpador de para-brisas) ou não compra. Utilidade elas tem e não necessariamente significa que o motorista seja preguiçoso ou não saiba dirigir. Se fosse assim, o transito seria uma maravilha, já que a maioria dos carros é básica e as pessoas controlam esses equipamentos. Em corridas se usam tecnologias assim por exemplo, já que o piloto tem mais o que fazer e onde usar seu braço do que ficar acendendo ou desligando farol
ExcluirNo mais, só respeito essas opiniões de "controlo tudo no braço" quando o carro de uso do cabra for um antigo de verdade, que não tem marchas sincronizadas e precisa ajustar o avanço de ignição na mão
Anônimo11/07/12 14:49 Nossa alguém aqui acordou de mal com a vida !volta pro mar oferenda ! Fabio.
ExcluirNa verdade alguém acordou pra falar abobrinha, mas tudo ok. E aí, já enfrentou o transito com seu Ford 32 ligado a manivela e regulando o ponto na mão hoje?
ExcluirAnônimo11/07/12 15:16 Anonimo manolo troll fail .
ExcluirQuero ver voce andar todo dia de Del Rey como eu fiz no mes passado. PQP. Um dia faz um super calor, e o carro começa a afogar. No outro dia, aquele frio dos diabos, e não segura mais a marcha-lenta, tem que ficar com o afogador puxado pra manter a rotação adequada.
ExcluirAí voce pega estrada, empurra de volta o afogador. Entra na cidade, esquece de puxar o afogador, torna a ficar morrendo. Vou dizer, é um SACO. Eu gosto muito de dirigir ele, todo mecanico, simples, sem dor de cabeça. Não sinto falta da direção hidráulica, bancos de couro, cambio automático, bancos elétricos, entre outras coisas, que tenho no outro carro, um Ford Taurus, mas carburador é ruim demais, ainda bem que morreu.
Espaço pra alguem falar que carburador é bom e que é só limpar os gicleurs que fica tudo ótimo. Newsflash: não fica. Isso é só uma parte da solução.
Injeção eletronica é muito mais simples. Passa o scanner. Achou o defeito, troca, e acabou. Aliás, essa é a beleza da eletronica ser digital, ou é, ou não é. Ou funciona, ou não funciona. Troca sonda lambda, sensor de massa/fluxo de ar, regulador de pressão, já era, funciona tudo. Acaba tambem com a gambiarra do "da uma apertadinha no parafuso que fica bala".
Carlao
Carlos Bragatto
ExcluirDeixa de ser muquirana e dê um banho de manutenção no seu Del Rey!
Agora entendo porque vejo tanto carro muderrrno parado na estrada. Porque se quebram, não têm como a gente usar de nossa inteligência e criatividade pra fazer uma gambiarrinha. Carros fru-fru não nos dão opções.
ExcluirJoão Paulo
Estranho gente achar que injeção eletronica é coisa de carro muderno. Já existe no nosso mercado atrasado há mais de 20 anos e há uns 15 só tem carro com ela. De moderno aí não tem nada, mesmo os americanos que gostam de mecanica o mais simples possível usam injeção há uns 30 anos
ExcluirNessa parte a injeção dificulta fazer gambiarras, mas em compensação não se passa nem uma fração do tempo parado na rua, com dificuldades para o carro pegar ou então com o carro falhando e tendo que regular. Saudosismo de carburador é masoquismo, em 99% das vezes injeção dá um banho em tudo. A economia de combustível paga a diferença do conserto e sobra, ainda mais hoje em dia em que os mecanicos estão cobrando caro para mexer em carburados
Quanto as gambiarras, por um lado é bom pois evita que façam uma manutenção muito precária nos carros. E numa emergência dá sim para dar um jeitinho provisoriamente em muitos casos, âs vezes é coisa de mal contato ou questão de resetar o sistema. É só saber mexer e saber como funciona, é até mais simples que num carburado. A diferença é que na época dos carburados qualquer cara que mal sabia o que estava fazendo fazia uma gambiarra com um arame, o que está longe de ser prova de inteligência e criatividade
Quem considera injeção fru fru deveria usar carro movido a vapor de gasolina como eram os primeiros
Já tive 3 Del Rey e não passava este tipo de apuro com eles não... Sempre os mantinha bem regulados, afogador era só para ligar de manhã (eram a álcool), esquentou e o ponteiro saiu do azul, afogador pra dentro
ExcluirCarlos Bragatto11/07/12 17:56 Qualquer carro sem manutenção fica difícil dirigir ,carburado :limpa ,regula ,troca giclê e reparos ,o carro com injeção em casos extremos tem que trocar até a ECU para ficar bom .Abracs ,Fabio .
ExcluirAnônimo12/07/12 07:33
ExcluirEstar num carro que sofre uma pane e ter a tranquilidade de pensar em uma idéia pra sair da situação, e, sim, uma prova de inteligência e criatividade, por mais simples que seja.
Sobre carro à álcool, tenho um Verona de 20 anos e nunca preciso usar afogador. Aqueço só no pé.
João Paulo
tuk tuk tuk, tá loco! Lembrei do Fusca 76 que meu pai tinha no começo dos anos 90... Melhor de tudo era parar no posto e abrir o porta-malas.
ResponderExcluirDanilo Bod@o
Se as pessoas não reclamavam naquela época , então acho que meu pai era exceção ,do mesmo jeito que ele elogia o corcel 1 75 que ele tinha e vendeu a 30 anos atras ,ele reclama e reclamava lembrando das cruzetas das rodas que quebravam tanto que ele levava sempre uma de reserva no porta malas para trocar .Abraços ,Fabio.
ResponderExcluirEu tenho saudades de carro com carburador e acelerador por cabo... são detalhes que se perderam com massificação da injeção eletrônica e do drive by wire.
ResponderExcluirDependendo do acelerador eletrônico ,sou mais um acelerador por cabo.Abracs ,Fabio .
ExcluirÉ, acelerador por cabo era bem legal. E o afogador não servia só pra aquecer o carro. Uma vez meu carro quebrou o cabo do acelerador. O que eu fiz? Puxei de leve o afogador até chegar no mecânico. hehe
ExcluirLembra do botão de partida a frio? Uma vez meu Del Rey deu pane seca: defeito repentino na boia do marcador de combustível. Fiquei pressionando o botão de partida a frio até chegar no próximo posto de combustível...
Mineirim11/07/12 13:47 Aconteceu isso comigo também ,com meu Premio 88 ,levei até em casa no afogador ,sorte que não tinha subida forte senão acho que não chegava,hoje não sei o que faria com meu carro a injeção ,abracs ,Fabio .
ExcluirOpa Arnaldo, acho que vc postou algo semelhante no superauto uns 6/7 anos atrás, pois essa frase da sua mãe guiando a veraneio ficou na memória... rsrs
ResponderExcluirNo mais, ótimo texto, minha mãe teve um fusca por mais de 18 anos e praticamente cresci nele, queria muito achá-lo pra 'recomprar', época em que carros tinham personalidade... rs.
Abraços
SergioCJr,
ExcluirÓtima memória a sua! Isso mesmo, escrevi algo parecido. É a mesma mãe e o mesmo carro de volta. Hoje ela manda bala de Focus. Ela prefere o Focus, mas pode jogar uma Veraneio pesada na mão dela que ela vai saber se virar.
Frescuras que aparecem em revistas, o carro é muito bom, mas peque por não ter uma juste de profundidade do volante, caramba ajusta o encosto do banco ou ou o próprio bando, outra critica que li recentemente foi sobre o botão giratório não ser do volume mas sim da sintonia do rádio em que os "avaliadores" se confundiam e achavam que era do volume, sendo que tem dois botões enormes escritos Vol+ e Vol-, será que eles eram analfabetos pra ver que aqueles são sim os botoes do volume? As pessoas estão cada vez mais preguiçosas, meu carro atual tem muitas das frescuras modernas, DH, A/C, Vidros elétricos, mas nunca reclamo quando tenho que andar em um carro que não tenha essas comodidades, não vou perder um braço se girar a manivela do vidro pra pegar um arzinho mais fresco ou ajudar a desembaçar o vidro, que na verdade um ar quente é mais efetivo que o A/C gelado, pois uma vez usado deve sempre permanecer ligado senão logo embaça tudo de volta. Aprendi a dirigir num Monza 85 SL/E 1.8 Alcool, direção seca e relativamente leve só tinha vidros elétricos e Antena elétrica, era uma aventura ligar este carro pela manhã no inverno aqui em Curitiba, quantas vezes a bombinha da injeção de gasolina que era automática tbm não funcionava, ou a mangueirinha estava entupida e ter que abrir o capô tirar o filtro de ar pegar um pouco de gasolina do reservatório e jogar diretamente no carburador pro carro poder pegar, quantas veze tive que ir fedendo a gasolina pra escola, pois como toda boa criança eu ficava na frente do carro durante toda a operação, e no momento que o carro pegava era vapor de gasolina voando pra tudo quanto é lado e impregnando no uniforme, como meu pai tava atrasado pra trabalhar e eu pra escola depois de toda esta operação não dava tempo de voltar e trocar de roupa que as vezes nem tinha pra trocar. Antigamente as coisas não era melhores, muito pelo contrário, mas eram muito mais simples e quando acontecia alguma coisa não ficavamos "putinhos da vida" e saiamos xingando todo mundo, tentavamos resolver da melhor forma possivel, e como no exemplo que citei não dava nem pra avisar na escola ou no trabalho que iamos nos atrasar, pois não existia celular e nem tinhamos telefone em casa, pois tinhamos vendido a linha e um Del Rey na troca de um Monza 85 com menos de 30.000 km rodados, isso em 1993.
ResponderExcluirVoce não reclama porque tem um carro com essas comodidades. Se não pudesse ter, duvido que estaria feliz e década de 1990 com certeza já não era mais idade das coisas simples. Acho estranho que quem pensa assim fica falando de como era bom o acabamento dos carros antigos, manutenção mais fácil os bancos do Monza e bla bla bla perto dos carros de hoje, como se isso não fosse "frescura" também
ExcluirUm rádio como esse que a revista falou com certeza foi mal pensado e os jornalistas fazem bem em falar. Na hora de pagar e usar seu dinheiro, voce decide se isso é frescura ou se escolhe um modelo melhor. Mesma coisa para ajuste de volante, que tem uma razão de existir. Dependendo da pessoa, colocar o banco mais para trás ou mais para frente deixa as pernas em posição ruim e se a concorrência oferece o item cobrando o mesmo que um carro sem isso, porque não deve ser mencionado pelos jornalistas?
Anônimo11/07/12 15:08 Tá vendo? alguém esquece de trancar o portão da creche e ó no que dá ,usam o computador sem o pai e a mãe saber e escrevem estas besteiras .Fabio.
ExcluirFabio, não vi nenhum comentário infantil apesar de uma ou outra besteira
ExcluirAnônimo11/07/12 15:48 É mesmo ? e quanto você ganha de comissão por carro 0 km vendido ? Fabio.
ExcluirNada, pq não trabalho no ramo, mas não sabia que só carro zero tinha coisas como cambio sincronizado, ar, DH e sensores de luz. Falar abobrinha dá muita comissão?
ExcluirAnônimo11/07/12 16:27 Se der você vai ficar milionário hehe.Fabio.
ExcluirOk Fabio, fica tentando então, quando conseguir me avisa
ExcluirAjuste de profundidade do volante faz uma tremenda falta. Não é frescura
ExcluirAnônimo11/07/12 16:55 Não dá porque essa pratica é sua .Fabio.
Excluircara, aí vc falou bem, acelerador por cabo realmente faz muita diferença, tenho tido dificuldades qndo pego esses carros novinhos pra guiar, sempre fui muito exigente no quesito suavidade e delicadeza ao conduzir o carro qndo acompanhado, hoje em dia tenho passado mico! putos de montadoras!
ResponderExcluirSua reclamação não deixa de ser uma forma de frescura segundo o pensamento do AK
ExcluirAnônimo das 15:08
Excluirtambém reclamo, assim como o Celidonio, de alguns aceleradores eletrônicos mal programados e que dificultam trocas suaves. Reclamo porque acho falta de cuidado do fabricante, já que hoje há tecnologia de sobra para evitar isso. São programações perfeitas para um câmbio automático, mas que num manual não dão certo, e não o adaptaram ao manual. Não é frescura. É totalmente diferente a questão.
Gosto das frescuras, mas não reclamo se não as tiver. Um sujeito reclamão é a coisa mais chata. Bola pra frente.
AK, também acho falta de cuidado e que atrapalha. Mas se formos seguir a linha de pensamento do seu post, perto de uma direção pesada pra caramba um acelerador meio chato não seria nada, seria uma reclamação fresca. Por isso que acho exagerado essas visões do passado e que tem que tomar cuidado com essas coisas de considerar frescura tudo que foge de uma regra
ExcluirAqui entre autoentusiastas não se vai achar isso, mas tenho certeza que para muitos um motor mais forte que um anêmico 1.0 não é necessário e é uma frescura
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirE apesar de todas as facilidades ou por causa delas, tem muito fulano que não lembra de ligar o pisca...
ResponderExcluirÉ verdade ,e pensar que antigamente ,alem de acionar a chave de seta ,tinha que voltar a chave também ,abrcs ,Fabio .
ExcluirO pisca é uma coisa q podia ser automática!! 50 mts antes já vai ligando. Tomáticamente!!
ExcluirAnônimo 11/07/12 15:20
ExcluirVocê confirma: que tem gente que é seteira demais, usa sem necessidade e mal. Deve achar o máximo aquele tec-tec-tec-tec no painel...
Bob, a intenção era ser irônico. Sei da sua preferência pelo uso racional do pisca mas o q eu me referi era pelo taaaaanto de gente q simplesmente não usa.
ExcluirLegal quando o cara da a seta para a esquerda e vira o carro para a direita ,ou não vira .Fabio.
ExcluirIsso me lembrou outro dia, numa discussão e um marmanjão descendo a lenha em um carro, porque era um absurdo um carro não ter sensor pra ligar os limpadores de pára-brisa e faróis automaticamente.
ResponderExcluirO pior foi o argumento: em uma hipotética ultrapassagem por um caminhão passando em uma poça d'água, a água que voaria em seu para-brisa o colocaria em situação de risco. E o "cabeça" não entendeu que a situação já estaria feia para ele ANTES da água voar, e que o tempo para ligar os limpadores não o livraria da enrascada.
Depois ainda deu piti porque eu o chamei de frangote anêmico.
Frangotes não devem se aventurar a pegar estrada em dias de chuva, melhor pegar um ônibus e ligar pra mamãe que logo estará em casa. Kkkk
ExcluirFicou bravinho porque ele deve se achar um galinho de briga. Frangote foi demais pra ele.
ExcluirEle ficou puto mesmo quando eu disse que o peso da alavanca de ligar os limpadores era demais para ele aguentar. Disse isso logo após chamar ele de frangote anêmico.
ExcluirMeu pai teve um Corcel GT verde com faixas pretas e volante de três raios. As janelas laterais baixavam completamente e não tinham colunas de separação. Eu só entrava no carro pulando a porta.
ResponderExcluirQuando era ainda mais garoto, andava no chiqueirinho do Fusca, que parecia uma Van com três fileiras de acentos. Adultos na frente, adolescentes no banco traseiro e a criançada no chiqueirinho. Todo mundo sem cinto de segurança e o motorista fumando numa boa. O cinzeiro vivia cheio de bitucas.
Um dia meu pai apareceu em casa com uma Caravan SS e instalou seu rádio amador nela. A antena saía do para-choque traseiro e fazia um arco para se fixar no bagageiro do teto, lá na frente.
Aqueles carros eram fantásticos, todos eles.
Nossa seu pai é um privilegiado, ter uma Caravan ss ou um Corcel GT não era fácil ,abrcs ,Fabio.
ExcluirLegal do post é que ele mostra que nessa época cada carro tinha um desenho bem diferente do outro ,e as cores então ,uma época de ouro .Abrcs ,Fabio.
ResponderExcluirÉ ISSO AÍ ARNALDO!
ResponderExcluirPAU NOS RECLAMÕES QUE NÃO SABEM DIRIGIR SEM AUXÍLIOS INÚTEIS!
Muito bom o texto. lembro perfeitamente do meu pai e sua Caravan 76 o barulho do trambulador tlec tlec, ronco, o cheiro, meu primeiro carro foi um escort cht 86 L o pelado e eu adorava o carro.
ResponderExcluirMas hj sinto falta de carro com a/c,dh vidros e travas....., mas ainda reclamo de amigos que só compram carro se tiver ABS e Air-bag.
é muita frescura. e ainda 120km/h nos anos 80 era muita velocidade e o pessoal andava porque radar era coisa de submarino.
É mais frescura exigir vidros e travas elétricos do que itens de segurança. Além disso são itens que obrigam a indústria a melhorar os carros e melhorar em coisas importantes, ao contrário de frescuras de mercado pobre e mal informado que exige apenas "frescuras" bem mais inúteis como trava elétrica, parachoque pintado e cromadinhos. Lá fora é assim, carro básico vem só com DH, airbag e ABS
ExcluirNos anos 80 ninguém nem sabia dos riscos que estavam correndo, crash tests não eram divulgados frequentemente e o fator principal que todo mundo sempre ignora: possibilidade. Eram os carros que tinham e as pessoas em sua maioria simplesmente lidam com o que tem. Muita gente da nossa geração que anda de moto em grandes cidades simplesmente ignoram os riscos porque é isso que podem comprar. Se um dia venderem a moto e comprarem um carro, duvido que voltem ao risco da moto
Voce hoje em dia acharia bom não ter telefone? Ou internet? Alguem nos anos 80 acharia isso "frescura" muito provavelmente
ABS, decidamente...não é frescura!
ExcluirNem air bag...
MFF
ABS, decidamente...não é frescura! Nem air bag...
Excluir(x2)
Poesia pura cara Arnaldo, texto brilhante e emotivo!
ResponderExcluirEntendo perfeitamente esses saudosismo familiar (e dos objetos que nos tocaram ao coração); mas que o negócio "tá" melhor de dirigir hoje, ah isso sem dúvidas!
Sou contra alguns excessos, mas hoje em dia, um motorista interessado pode se divertir de verdade sem precisar escolher o topo da cadeia alimentar; não nada para ter muita emoção em uma Belina LDO 1.6....hoje (ou a pouco), uma Megane Gran Tour Extreme 2.0 - valores parecidos de cada época - é uma maquininha de fazer sorrir. Isso dando apenas um exemplo....deixando de lado as lentes cor de rosa do passado, podemos atestar que a medida que perdemos algumas coisas, ganhamos outras até melhores.
Mas entendi o real teor do texto, muito bonito de verdade o depoimento!
MFF
Slow life...
ResponderExcluirAK, pergunta lá pra mammy se ela troca o Focus automático pelo Chevrolezão Brasil...
ResponderExcluirAnônimo das 16:09,
ExcluirNão trocaria nem a pau. Prefere o Focus, claro, mas jogue uma Veraneio na mão dela que ela se vira.
Agora, se nessa troca viesse junto os filhos pequenos, o marido, a juventude, etc, etc, o que você acha que ela faria?
Pô, AK! Aí é covardia. Claro que sim, né?
ExcluirArnaldo, esse seu comentário matou a pau - aí está uma sintese genial do post.
ExcluirUm abraço!
Eu acho "frescura" quem só sabe dirigir em carro com os vidros fechados e Ar ligado. Talvez porque eu tenha aprendido e sempre ter guiado carros sem Ar (até o atual, com Ar). Me sinto melhor dirigindo de janelas abertas do que fechadas, gosto de escutar a rua, sentir a rua. Não é difícil ver pessoas que sempre usaram Ar pra dirigir e que acostumaram a dirigir assim, fazendo merda no trânsito. Se você aliar esse costume dos vidros fechados com o outro costume de não olhar no retrovisor, é uma combinação perfeita pra te fecharem e mudarem de faixa sem prestar atenção em quem tá em volta. Se estiverem com som ligado e/ou falando no celular, pior ainda.
ResponderExcluirDirigir com as janelas abertas é gostoso e realmente ajuda mas na hora certa. Pegar uma estrada a 120 e ficar com as janelas abertas é pedir pra ficar estressado depois de apenas 1 hora de viagem, fora o gasto maior de gasolina. E durante o dia, numa cidade com trânsito e muito barulho, o prazer é nenhum. Só se ouve barulho de todo tipo e ainda tem o risco da segurança. Fora que com o carro parado no transito, as janelas abertas não são suficientes
ExcluirA questão também é que ainda se tem essa imagem que o ar condicionado e DH são itens de luxo aqui no Brasil, mas isso é só mais uma das distorções do nosso mercado. Até em mercados mais pobres que o nosso, mas com clima igualmente quente, ar condicionado já é item padrão há muito tempo. DH então, por ser considerada item de segurança e com o aumento de peso dos carros, quase nem se fala mais. É só ver que carros como Civic, Fit, Polo, quase todos os Toyotas e carros que fora do Brasil são modelos de entrada nem existem sem esses itens em lugar nenhum do mundo
No caso de motores maiores, como meu caso com o Omega 4.1, eventualmente ando com o vidro aberto só para ouvir o som do motor. :-)
ExcluirMesmo que alguns não concordem com o texto, o papo hoje está em um bom nível.
ResponderExcluirApenas quero relatar que quando minha filha pediu minha ajuda para comprar um carro com a/c, eu respondi que a ajudaria, desde que não tivesse muito mais do que isso. Dito e feito! Eu mesmo fui na loja e comprei um Celta apenas com lavador/limpador/desembaçador do vidro traseiro e ar instalado na concessionária. Nada mais do que isso. Muito embora, se fosse para mim, eu teria acrescido a d/h, hehehe...
Quando eu era mais pobre, um dia me disseram:
ResponderExcluir- "Quando tu tiver um carro com ar condicionado, tu nunca mais compra um carro sem ac.".
Claro que eu chorei de rir... E hoje já estou no segundo carro com ar e direção hidráulica.
Comigo foi parecido... já casado, vendi minha moto, um amigo veio e falou: "nunca mais você vai ter moto". Já se vão sete anos e nada de moto. Adivinha por quê...
ExcluirHehehe eu tbm...
ExcluirQuando fui comprar meu carro atual, pensei: "que idiotice este controle de cruzeiro, este AC automático, vidro elétrico, quanta frescurinha!"
Pergunta se compro outro carro sem estas "frescuras"...
Quem fala que é frescura, é pq não tem. E nem é despeito, é pq depois que vc acostuma, realmente é dificil se abster daquilo, a nao ser que a grana encurte mesmo. Tipo, eu comprei iPad não sabendo se ele me seria util mesmo, eu ja tinha alguma ideia, mas po, hoje eu uso ele muito, entao valeu a pena, me é util, e eu nem sabia. É daquelas coisas que a gente se pergunta: Como vivi sem isso até hoje? Acendimento automatico, para-brisas automatico, claro que é bom, mas nao pode confiar cegamente em algo. É igual ABS, mantenha distancia, nao é porque tem ABS que vai andar colado nos outros, deixe o ABS pra qdo precisar realmente.
ExcluirDisse tudo!
ExcluirAutoentusiasta cansado da Luta11/07/12 17:08 Amigo se passar por uma dificuldade financeira compra sim ,não foi o meu caso ,mas comprei um carro mais novo só com direção e conta giros ,o outro carro tinha trio elétrico ,direção ,aviso de faróis acessos ,desligamento da luz de cortesia com retardo ,etc...mas pra mim o carro anterior não deixou saudade .Aabraçs ,Fabio .
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPara complementar o que escrevi acima, optei pela opção de apenas duas portas.
ResponderExcluirQuanto a direção hidráulica Arnaldo, acho que com o tempo vamos perdendo a força e com ela o ato de dirigir fica mais prazeroso.
Falta não faz, mas é bom.
Concordo com você ,só acho interessante um conta giros também ,procuro os dois quando vou comprar um carro, e é o que tem no meu carro ,o resto é bom mas para mim tirando o abs e o air bag por causa da segurança ,não faz falta ,abrcs ,Fabio.
ExcluirCCN,
Excluira direção hidráulica também ajuda em deixar a direção mais rápida, e isso é bom, mais seguro. Vai desviar de algo dando voltas e voltas numa Veraneio seca? Demora.
Uma vez na Curva do Pinheirinho e eu guiando um Sting Ray 67 direção seca, o bicho soltou a traseira na acelerada da saída da curva e não foi mole acertar a coisa. Até corrigir prum lado ele já estava com a traseira do outro.
Não tenho grandes problemas em dirigir carro com direção seca, mas na hora de manobrar no frio, ajuda muito ter alguma assistência. Não ficaria muito bom descer do carro, alongar os braços e punhos e dar uma corrida no quarteirão pra aquecer antes de fazer uma baliza apertada.
ExcluirHoje em dia, o pessoal não tem paciência de esperar o outro manobrar, mesmo que não haja real perda de tempo. É aquele instinto de ultrapassar comentado em outra postagem.
Eu gosto do meu carro sem direcao hidraulica, e moro no interior, um dia comentei isto com um taxista de Sao Paulo, e ele falou exatamente isto: se vc morasse aqui ia querer direcao hidraulica, pq numa vaguinha mais apertada faz diferenca.
ExcluirPra quem manobra pouco e mora em cidade sem pressa, não ter DH realmente não faz muita falta. Mas para quem deixa o carro na rua em cidades movimentadas, faz uma diferença enorme
ExcluirTambém tem o peso dos carros. Num carro pequeno não ter DH é possível, já num carro grande e pesado fica até inseguro, carros de competição muito potentes sempre usam DH
Arnaldo Keller11/07/12 17:24 Concordo com você ,Veraneio não se dirige ,se desfila .Abracs ,Fabio.
ExcluirEu sinto falta é da etiqueta de troca de óleo, mas não aquela de colar no vidro, e sim aquela de papelão que ia pendurada por um barbante na alavanca do pisca! Bons tempos.
ResponderExcluirHoje em dia tem carro que avisa a hora da troca no hodômetro digital...
Nossa ! você se lembrou disso !não sei se você se lembra das latas (realmente latas) de óleo que tinham que ser abertas com dois furos com uma chave ,para depois despejar o óleo no motor.Abraço ,Fabio.
ExcluirBoa!
ExcluirTinha as latas Atlantic F-1 e o F-3. Outro dia achei uma dessas na casa dos meus pais...nem classificação API tem!
Tinha o Lubrax Gasolina (lata dourada) para motores a gasolina e o Lubrax Alcool (lata prateada).
De fato Fábio, tenho dois carros antigos e mandei fazer uma reprodução dessas etiquetas para pendurar-lhes nas alavancas do pisca.
ExcluirÉ a "cereja do bolo" dos dois.
Eu lembro das etiquetas de papel,mas elas iam mais na alavanca de abrir o capo,pelo menos que eu me lembre.......
ExcluirDaniel S. de Araujo11/07/12 16:56 É verdade Daniel ,lembro-me do simbolo da Atlantic ,um losango com vermelho e azul dentro senão me engano .
ExcluirCSS11/07/12 17:45 Fantástico seu trabalho e sua dedicação nos detalhes mais rigorosos ,parabens CSS !
Abraços aos amigos ,Fabio.
O mais difícil não é escrever muito; é dizer tudo, escrevendo pouco.Valeu!!
ResponderExcluirArnaldo;
ResponderExcluirTexto nostálgico! Remeteu imediatamente a minha infância quando meu pai tinha um carrão: Um Passat LS 1981. O cheiro único da Kombi 1985 a álcool que ele pegava de vez enquando para viajarmos para Monte Verde (o duro era a danada pegar no inverno da Serra da Mantiqueira). Consigo me lembrar até do ruido do motor da perua subindo a Fernão Dias...Da Brasilia que vovó teve e a Variant II do meu tio com o botão do ventilador, engravado sozinho no meio do painel e o retrátil da coluna da direção girando a cada movimento do volante.
Bacana no texto!
Tudo muito bonito e romântico mas... Que fique no passado!
ResponderExcluirFelizmente o brasileiro está ficando exigente.
Tenho pra mim que o Arnaldo Keller é o mais entusiasta dos AUTOentusiastas. Isso é que é um texto, isso que é poesia em forma de texto. Arnaldo, você é o cara!
ResponderExcluirAs vezes eu acho que você foi criado comigo, porque aqui na minha cidadezinha eu tive uma infância bem parecida com a que você descreve, mas os carros eram um Gol 84 e um Monza 88, carros que marcaram minha infância e que hoje me deixam saudades de seus pequenos detalhes que ainda lembro com perfeição, como se fossem fotos na minha mente. O meu primeiro, último e único carro é um Fusca 1970 1ª série que, depois que me formar, poderá dividir a garagem com qualquer outro carro, com qualquer outro eletromóvel, mas nunca sairá da minha vida justamente porque sei que um dia sentirei uma saudade gigante, incontrolável de cambiar, de enfiar mistura carburada em alguns cilindros e faze-lo cuspir força em forma de fumaça. Lá estará meu Fusquinha, meu amigo que não precisa de assistência nenhuma -seja no freio, no motor, nos vidros, na ventilação ou na direção- para me fazer feliz.
Aircooled VWs Rules
Arnaldo,
ResponderExcluirA sua mãe é uma heroína. Na vez que guiei uma Veraneio com direção seca, creio que umas 6 voltas do volante de batente a batente, nas curvas à direita sempre acabava na contra-mão !
Parabéns pelo post.
Luiz
Olá Arnaldo,
ResponderExcluirJá contei prá você em outra ocasião que eu tinha um parente lá na cidade de Carazinho-RS, homônimo seu, mas lembro do AK de Carazinho sentado no seu Ford Thunderbird. Belo texto, somos contemporâneos, lembranças de pai e mãe são sagradas. Viajei pelo tempo no seu texto. Um abraço,
luiz borgmann
Mestre Arnaldo, mais uma vez um post magnífico e emocionante!
ResponderExcluirO cheiro realmente nos marca a memória!
Forte abraço!
Brenno Metzker
Só pra embasar o que o Arnaldo falou, de todos os nossos sentidos o olfato é o único em que os neurônios que "sentem" levam a informação direto para o cérebro. Todos os outros sentidos passam por uma ou mais sinapses antes de se tornarem conscientes. Talvez por isso o olfato seja o que traz a memória de forma mais imediata.
ResponderExcluirhoje em dia com um carro de motorzin melhor, ergonomia marromenos já dá pra rodar rindo 800km num dia, ou ~1600km em 2 dias, como ja fiz 2 vezes recife/salvador/porto seguro, recife/teresina/jericoacoara... chegar no destino e ir pro barzinho na orla comer uma pizza, ou em arraial d'ajuda com uma picanha petisco e... claro, tomar uns chopps com a patroa, ver o sol se pondo e a lua nascendo em cima da duna, dar "beiçada de lingua" ouvindo musica voz e violão em noite de lua com a brisa do mar na cara.... eita, ja fiz muito isso e tenho muita saudade... fora as paradas sem hora pra sair nem chegar, no meio do caminho, pra tirar fotos, pegar uma balsa, fazer amizade e logicamente petiscar e tomar umas latinhas... e de carro nao tem hora marcada, nao tem pacote, nao tem reserva de hotel... gostou fica mais, nao gostou vamo embora agora. isso sim é que é vida, dirigir pra mim é prazeroso, mas diante do contexto, mesmo se eu não gostasse, era o de menos.
ResponderExcluirInteressante como as mesmas referencias mudam de pessoa para pessoa.
ResponderExcluirO cheiro é algo que detesto em Fusca e derivados. Deve ter a ver com o estofamento, misturado com o cheiro de gasolina, que sempre vinha pra dentro da cabine.
De qualquer forma, nao faço questao dessas frscuras da vida moderna. Prefiro um 1.6 pelado do que 1.0 completo :D
Aeroman,
ExcluirFalei do cheiro do Fusca novo, mas novo mesmo, saído da loja. Ele tinha, sim, um cheiro só dele, peculiar e agradável. Ao menos os da década de 60 tinham. Tive Fuscão 74 que tirei zero e ele já não tinha o mesmo cheiro. Era algum material que usavam. Talvez apareça alguém aí que explique o porque.
Aeroman, o cheiro de gasolina no Fusca significa que alguma vedação já deu adeus. O cheiro dos Fusca dos anos 60 pode ter a ver com os materiais dos bancos, que mudaram em 73. Em geral, se não estiver fedendo à gasolina,o cheiro desses Fusca têm o mesmo poder do Um Anel: Basta que ele seja aquecido que o cheiro volta...
ExcluirEstou ouvindo a trilha sonora do filme American Grafitti. Gosto de coisas modernas.
ResponderExcluirMcQueen
Parabéns, escreveu o que penso, com uma vida ou infância e juventude parecidas! Oh saudades de um tempo bom!
ResponderExcluirViva a simplicidade!
ResponderExcluirAntigamente os carros eram mais interativos. Domingão era o dia de parar, lavar e dar uma regulada no carro. Hoje somos tão atarefados e tão preocupados com futilidades que não temos tempo e vontade de usufruir aquilo que é nosso, e ainda vivemos reclamando de tudo.
João Paulo
Mais culpa das pessoas que dos carros, um carro atual pode ser lavado no domingão e ser cuidado pelo dono também. Acredito que as pessoas sempre foram atarefadas, mas os costumes mudaram e as pessoas passam a dar valor para outras atividades. Infelizmente com a popularização do carro e o aumento de renda, a maioria não está mais nem aí em cuidar do carro ou de outros bens. Se alguma coisa der errado por esse desleixo, simplesmente trocam
ExcluirÉ por aí, Anônimo das 22:14. Hoje em dia, mais do que em outras épocas, as pessoas olham o carro com sendo uma peça só.
ExcluirJoão Paulo
Se o texto tivesse sem assinatura do autor, eu falaria de primeira mão que é do MAO.
ResponderExcluirAcho que os motoristas de hoje estão muito "moles", alias hoje a disputa que mais ouço entre os donos de carro é o tal do "consumo", quem faz a maior distância WOW, é o BADASS.
Eu não sou muito antigo tenho meus 20 anos de bagagem,mas, fui criado dentro de Opalas e Fusca, ai já imagina, aprendi a dirigir nestas duas peças da indústria nacional, Fusca com aquele "clec-clec", no câmbio até hoje tenho saudade deste barulho, o cheiro também é bem marcante.
E do saudoso opala 4.100(com 6x2), como era gostoso guiar aquele monte de torque ambulante.
Toda vez que entro dentro de um Opala década de 90 e de um Fusca década de 80, nostalgia, me lembro das épocas em que alguns antepassados estavam vivos, saudades.
Hoje em casa temos dois VW um Santana 1995(um tesão de guiar, segundo dono), e um Gol G3 2000(simples, não tem nenhum opcional, famoso Gol 100"vergonha").
Abraços.
Só consumo baixo não tem graça mesmo, mas nos tempos de hoje é algo necessário até pelo preço da gasolina. É bacana carros que bebem pouco mas ainda assim andam bem por exemplo
ExcluirMeu pai sempre diz, "Seja o carro que for, sempre haverá gastos, mas, todos lhe proporcionam algum prazer ao guiar, e isto tem um custo, caso não queira pagar este preço, ande apé ou de bicicleta,mas, mesmo assim tu vai gastar..."
ExcluirArnaldo,
ResponderExcluirConcordo com tudo.
Mas, naquela época já existia o JK, depois os Alfa Romeu, que estavam anos luz à frente dos carros "normais", em matéria de preço, inclusive.
Também existiam os importados. Preços também longe da normalidade.
Se hoje os consumidores estão mais exigentes, ótimo. Só não podemos é generalizar em relação aos que se importam com miudezas.
Só falta a exigência aumenta em relação aos preços abusivos.
Talles Wang
P.S.: Que o Bob não leia isso e apague achando que sou anarquista e qe tenho a visão torta.
Talles Wang
ExcluirNão há nenhum motivos para eliminar seu comentário, você (e todo leitor) sempre é bem-vindo no AE. Só que um blog de autoentusisatas para autoentusiastas não é lugar para alguém expressar desejo de ver o fim da nossa indústria automobilística, por mais insatisfeito que esteja com ela.
AK, vc se supera. Eu não sei o que é um carro completo, nunca tive. Meus amigos vivem torrando minha paciência por conta disso e eu não ligo. Me viro bem com o Fusca. Acho divertido, fácil de guiar, de manter e acima de tudo não tem rabiola. Incrementar a gente incrementa de acordo com a necessidade e gosto. Farol de milha, motor mais esperto, suspensão do agrado, essa coisas que sentia falta no carro. AC? Abro os vidros. Direção? Já é leve. Som? O motor já faz um legal pacas. Caixa automática? São só 4 marchas num motor torcudo, quase não troco. Pintura metálica? Primer também é tinta e não necessita polimento. Rodas de liga? As de aço eu desempeno a hora que quero e de graça. Aquecimento interno? Façam-me o favor, aquilo já é um forno de fábrica. Choveu? Pode parar, nem um limpador da NASA seca o lado de dentro do vidro. Derramou alguma coisa? Fica tranquilo, vai tudo pro asfalto pelos buracos do assoalho. Olha, platinado e gerador até hoje sem medo de ser feliz. Deu defeito? Arrumo ali mesmo, no cantinho da rua espremido na guia. Brincadeiras e desculpas esfarrapadas a parte, sou feliz demais assim. Eu não reclamo nem falo mal de ninguém que compra carro de luxo. Cada um com o que lhe apetece mais, sem preconceito. Defender ponto de vista é saudável e educa. Impor é facismo. Forte abraço!
ResponderExcluirEsqueci de um detalhe importantíssimo, muito em voga na atualidade. Bebe prá cacete, igual carro flex. Só que não gasolina e álcool, tá mais pra gasolina e óleo. Mas o tanto que economizei no preço do carro e nos IPVA's da vida, sobra muuuuuito pra combustível.
ExcluirBacana mas vc podia conservar melhor seu Fusca hein, buraco no assoalho e pintura no primer já é demais
ExcluirO dia que juntei grana pra pintar o carro, preferi espetar um 1600 na traseira dele. Ficou ótimo e boa, não acelero 2 galões de tinta. Os buracos no assoalho eu mesmo fiz. A água entrava mas não saía. São pequenos e em lugares estratégicos, nada de ferrugem. "Brincadeiras e desculpas esfarrapadas a parte...", sacou?
ExcluirAbraço!
Um dos melhores posts que já li na vida. Obrigado Arnaldo
ResponderExcluirConcordo inteiramente, me fez viajar no tempo. Belíssimo texto,Arnaldo.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEu tenho muitas lembranças da minha infância também, principalmente de uma Brasilia 1978 0km que meu pai pegou na época... ele ficou 10 anos com essa Brasilia, foram muitos passeios em família inesquecíveis.... essa Brasilia era uma rara 1978 verde mantiqueira com o interior monocromático, ar quente e relógio (muito difícil de ver)... idas à praia, passeios de final de semana no interior, piqueniques entre outras aventuras.... como gostaria de ter uma "Brasa" igual à essa... uns 03 anos atrás, vi uma idêntica, mesma cor, monocromática e com o relógio no painel!! Tava derrubadinha, mas guardava muito de sua originalidade. Não tive dúvidas, enquadrei o dono e fiz uma proposta.... só que o cara pediu acho que algo em torno de R$ 5000,00.... achei muito para o estado dela.. porém me arrependi um pouco de não comprá - la..
ResponderExcluirMeu pai saia todos os dias de casa por volta de umas 6 da manhã, e eu acordava com ele para ligar a Brasilia, nos finais de semana, meu pai se encarregava e trocar o óleo, engraxar os pinos da direção da mesma e fazer uma manutençãozinha básica e eu estava ali no meio, sempre, sem falta
ResponderExcluirQue bacana Arnaldo, muito bom. Eu tb escutei muito o Trabuco com meu pai, rsrsrs
ResponderExcluirArnaldo,
ResponderExcluirVocê se superou neste post, que além de fazer refletir é uma delícia de ler. Obrigado!
Aprendi a dirigir em uma Kombi e uma F75...Depois meu pai comprou uma C10. No Exército dirigi os caminhões "caixa seca"...nada de marcha sincronizada. Sou do tempo da lata de óleo, da etiqueta de papel pendurada no pisca...e viajávamos um monte deste jeito. Hoje se largar uma pickup como a C10 na mão destes mauricinhos eles não conseguem virar a esquina.
ResponderExcluirSe largarem na sua mão um computador dos anos 60 voce também não vai saber nem ligar. Umas demonstrações tanto estranhas quanto inúteis nessa questão
ExcluirUma Kombi já era um veículo com todas as características de direção como num veículo atual, com caixa sincronizada e em H, freios com assistencia, direção com caixa mais ou menos precisa, suspensão dianteira independente e tudo mais. Sinto te desapontar mas qualquer um que dirige um carro atual dirige uma Kombi também e voce não conseguiria dobrar a esquina num carro do começo do seculo 20
Anônimo12/07/12 00:09 Mauricinho detected .
ExcluirAnônimo 12/07/12 00;09
ExcluirSó para lembrar: a suspensão traseira de Kombi sempre foi independente, embora em 1975 tenha melhorado consideravelmente ao passar de semieixo oscilante para braço arrastado.
Anônimo 12/07/12 00:09: não sei por que tu te mordeu. Quando falei "mauricinhos" não foi no sentido de ofender ninguém, mas falando desta gurizada acostumada com DH e que se pegar um carro antigo sem ela já fica reclamando de dor nos braços.
ExcluirCaixa-seca: sabes o que é? Já dirigiu um assim?
Também não falei da Kombi...falei da C10 (tu já dirigiu uma?). Sinto EU em te desapontar....todas estas características da Kombi conheço bem....sou mecânico de formação, não só um entendido da internet.
Larga um micro em DOS na minha mão e te ensino os comandos....Ainda lembro de quase todos apesar do tempo.
Anônimo das 23:39
Só um detalhe: a F75 era com câmbio na coluna...Dane-se a caixa em H, se dirigia da mesma maneira.
ExcluirAprendia a dirigir em uma Brasília 80' e uma Caravan 4cil 77' com cambio no volante básica de tudo. Hoje tenho 4 carros muito distintos entre si que são: Um para trabalho que é a Courier 1.6 07' básica de tudo, para uso comum o Fiesta 1.6 09' completo e meus xodós Opala SS6 Coupe 77' que acabei de restaurar e um Fusca 78' 1.7 ambos futricados. Cada um tem suas característica bem interessante e mais insosso é justamente o mais novo - o Fiesta pois ele é até gostoso de dirigir, confortável, ágil porem amarra um pouco a partir de 120km/h e é gastador, mas o conjunto é bem acertado e leve; A Courier tem a direção pesada, é um pouco dura, a suspensão para meu gosto e muito bem acertada e bem andadora mesmo com carga, conjunto muito gostoso de dirigir; Opala foi um achado, estava mais de 10 anos na garagem de uma senhora viúva em baixo de uma lona, em que um dia ela anunciou e fui o primeiro a chegar e levar por R$5k, pois tinha muito coisa para fazer, mas o interior e a lataria esta impecáveis, mas o resto tive que refazer praticamente tudo, de elétrica a borrachas, foi ai que aproveitei que abriria o motor e dei uma apimentada simples mas bem eficiente porem o cambio, suspensão e freios que tenho que acertar e melhorar pois anda muito para frente mas escorrega muito de frente e a relação do cambio é curta, freio então...esquece; O fusca é um antigo companheiro meu que tenho já a 16 anos, é um belo besouro azul calcinha 1.3 com mecânica de Puma 1.7, dois carburadores Weber 40, comandinho Skin 288, taxado a alcool e outras coisinhas mais - é bem acertado de curva e freios, direção é um pouco indireta com uma tendencia de sempre o fundo querer passar a frente eternamente(rs) o que para mim é sempre uma delicia.
ResponderExcluirah não! o estrupício voltou a defecar na área. Barrabás!
ExcluirOlhem que voltou aqui para encher o saco, o mesmo idiota do bando de imprestáveis que vem torrar o saco da gente ! Permaneça "calado" e volte do buraco que você veio... Ha sim um bom VSF para não perder o costume !
ExcluirÉ foda, antigamente o carro era algo que se integrava à família, era uma ferramenta. Hoje, principalmente de meados dos anos 2000 para cá o carro é puro sinônimo de status, o dono cuida melhor do carro do que de si mesmo, as pessoas gastam todo o seu dinheiro no carro, o usam pouco, cheio de frescura e cuidados excessivos e no fim trocam em 1 ou 2 anos pois já está velho e ultrapassado!
ResponderExcluirFora o pessoal que gosta dos opcionais, babam Fiat 500 porque tem controle de tração e estabilidade...
Bixo, controle de tração e estabilidade num carrinho desses, 1.4L... se você precisa disso ou você não sabe dirigir ou você quer fazer arrancadas e curvas como um campeão de F1.
Tem gente que antes de tudo pergunta se tem Airbag. Se você bater a 120km/h não há Airbag que salve. Use cinto e compre um carro decente, com boas marcas no crashtest, conheça bem o carro e ande dentro dos seus limites e dos limites do carro, com cuidado e atenção. Segurança ativa, é a melhor delas.
Coisa boa da tecnologia é o ABS e o EBD, com esses dois não tem erro. Pista molhada e irregular, freando tudo dentro da curva, é só controlar no volante que não tem ruim. ABS e EBD é o refúgio dos manicacas abusados.
Falou coisas contraditórias. Se as pessoas só ligassem para status, iam continuar comprando carro pra por roda e som e não exigindo itens importantes como os de segurança (que de fora não dão status). É bem melhor as pessoas exigindo esses itens do que torrando grana em rodas gigantes que em 90% dos casos são só pra impressionar o vizinho, cunhado ou amigos
ExcluirQualquer carro que passe no EuroNcap hoje em dia te salva de uma batida a 120 tranquilamente, o teste foi feito simulando dois carros batendo um contra o outro a 60 por hora (ou um batendo a 120). E para passar nesse teste, até hoje só carro com airbag passou, portanto funciona e faz diferença. Esses papos que depois de 100 não tem nada que adianta (alguns falam que nem cinto adianta) são típicos do nosso mercado atrasado, pouco informado e relutante em receber novas tecnologias por besteiras como orgulho. Carros que não adianta nada os itens de segurança depois dos 100 são justamente aqueles que continuam pela eternidade em nosso mercado como Kombi, Mille e outros que sequer possuem airbag como opcional
Querer carros com controle de tração e estabilidade é o passo adiante. Como somos um mercado atrasado, novamente pensamos que isso é coisa de outro mundo, inutilidade, coisa cara, pra quem não sabe dirigir e que não funciona. Na pratica vai ser como qualquer boa inovação como a injeção eletronica, vão ficar chorando mas o item vai se tornar padrão até no carro mais básico e depois de um tempo quase ninguém mais vai querer saber de voltar atrás. Controle de estabilidade e tração é um programinha extra que fazem pro módulo de ABS e que não faz muito mais do que o ABS já faz, ou seja, ter ele nos carros atuais com o tempo vai ser apenas questão de vontade dos compradores e fabricantes
Para quem acha que é piloto e que nas ruas esses itens são inúteis ou por habilidade ou por ter atenção, é só procurar por batidas de pilotos profissionais por aí. Algumas são bestas como bater mudando a estação de rádio, como aconteceria com qualquer motorista normal
De fato, é de se perguntar o quanto de coisas que os veículos hoje possuem que são úteis ou não. E aí entra a racionalidade:
ResponderExcluir1) Direção assistida: é útil em seu geral, principalmente se cortar voltas de batente a batente;
2) Desembaçador traseiro: utilíssimo e deveria ser obrigatório em todos os veículos. Risquinhos no vidro traseiro são baratos e é incompreensível que ainda se produza vidros traseiros lisos para carros novos;
3) Ar-condicionado: item de conforto. Aqui, mais do que esses lances de duas ou mais zonas, é importante ver como é que o ar circula no habitáculo. De nada adiantam saídas de ar que não consigam jogar ar para trás (ainda mais pensando que a maioria dos carros não possui saídas dedicadas para o banco traseiro), bem como consigam fazer circular esse ar sem impactar no corpo das pessoas da frente, o que significa que ele tem de chegar atrás;
4) Vidros elétricos: aqui também acabaram sucumbindo à praticidade de se poder fechar todos os vidros do posto do motorista. Veja-se inclusive a antipatia que os brasileiros possuem em relação a vidros elétricos só nas portas dianteiras. Obviamente que estamos falando também da popularização das quatro portas como fator que favoreceu tal sistema;
5) Travas elétricas: aqui caímos no mesmo raciocínio dos vidros elétricos e lembrando que por vezes podemos pegar passageiros pelo trajeto que fazemos;
6) Retrovisores elétricos: aqui foi também vitória da praticidade, pois regular o retrovisor do lado do passageiro estando na posição que se ocupa enquanto motorista permite achar uma angulação melhor do que aquela que se conseguiria deitando-se o corpo para regular o retrovisor do passageiro;
7) Regulagens de altura e distância do volante: este é outro dispositivo que ganhará mais e mais a preferência do consumidor, por permitir uma regulagem mais precisa, sempre lembrando que duas pessoas de mesma altura podem ter proporcionalidades corporais diferentes e, com isso, usarem regulagens completamente diferentes;
8) Regulagem do intermitente do limpador de para-brisa: extremamente útil, até por levar em conta a existência de diferentes intensidades de garoa. Outra coisa que é simples e que deveria estar em todos os veículos;
Agora vamos para aquilo que é na prática inútil:
1) Acendimento automático de farol: se alguém dirige um carro, subentende-se que tenha de ser capaz de acender o farol entre as 18 e as 6. Se não consegue fazer isso, que use transporte coletivo;
2) Acionamento automático do limpador de para-brisa: aqui é o mesmo do acionamento automático dos faróis;
3) Para-choques pintados: totalmente inúteis e tornam-se uma pedida para danificar o carro a cada baliza mais infeliz. Porém, eles acabaram se tornando corriqueiros pelo fato de o desenho dos carros atuais ter um perfil de escultura única da qual os para-choques fazem parte. Vejam se um Omega A ou Santana fica feio com para-choques pretos. Vejam também que as linhas desses carros tinham os para-choques bem destacados em relação à carroceria, delimitando bem o espaço de um e outro;
4) Supercalotas: é pedir para ficarem raspadas na mesma baliza infeliz que descasca para-choques. Por que os fabricantes são tão incapazes de fazer rodas de ferro que sejam bonitas?
5) Alertas sonoros de mudança de faixa, ponto cego e outras coisas: é daqueles dispositivos que emburrece o motorista e que na prática podem causar os acidentes que deveriam evitar. Fora isso, são uma forma de o fabricante tentar se eximir de projetar um habitáculo em que os pontos cegos estejam o mais próximos que puderem dos pontos cegos do campo de visão humano;
6) Câmera de ré: em sedãs até pode ser útil, uma vez que há um ponto cego abaixo do vidro traseiro, mas não é assim tão essencial se pensarmos que esse mesmo sedã pode ser estacionado adequadamente prestando-se atenção ao reflexo das luzes (ré e lanterna) na carroceria do carro de trás. Ainda assim, seria melhor que projetassem sedãs cujo fim fosse facilmente visível pelo retrovisor.
Discordo do item 5, alerta de ponto cego é um item extremamente útil e que melhora demais a segurança. Em grandes cidades onde existem muitas motos isso faz uma diferença gigante, afinal mesmo o mais atento dos motoristas pode não ver uma moto no seu ponto cego vindo a uma velocidade muito maior que a dele
ExcluirA parte de desaprender é inevitável, se for pensar assim o ser humano não poderia usar tecnologia nenhuma (nem o carro). É melhor educar as pessoas para continuarem a serem atentas independente da tecnologia
Não concordo ,a maioria das coisas que você falou ,são do gosto de cada um ,não da racionalidade ,abraço ,Fabio.
ExcluirAnôninmo 12/07/12 01:11
ExcluirDuas ressalvas ao que você diz. Uma, ar-condicionado deixou de ser apenas item de conforto, é também item de segurança preventiva no sentido de deixar o motorista menos fatigado e mais atento em dias de muito calor. Outra, acendimento automático dos faróis é bastante útil para quem passa em túneis de farol baixo ligado ou entrar em estacionamentos cobertos.
Anônimo 12/07/12 01:11
ExcluirComplementando, alerta de ponto cego é totalmente desnecessário quando carro tem os dois espelhos convexos. Com esses espelhos não há ponto cego.
Eu penso em algumas coisas assim.
ExcluirTipo banco com regulagem elétrica. Quantas vezes por mês ... ou semana ... ou dia, uma pessoa regula o banco, pra ter a necessidade de ser elétrico.
Ok! alguém pode falar que 2 pessoas dirigem o mesmo carro. MAs mesmo assim, não considero vital.
Arnaldo,
ResponderExcluirVocê contou a história de sua mãe com o Corcelzinho e, imediatamente, me veio à mente um comercial da Ford. Confesse que foi assim que seu pai conquistou o coração da sua mãe (mas fiquei sabendo que ele combinou tudo previamente com o vilão!):
http://www.youtube.com/watch?v=7bX4Tf5Zbv4
Alexandre,
Excluirnão confesso, não. Não é com Corcelzinho ou Mini-Cooperzinho que se conquista de fato uma mulher de verdade.
Além do mais, meu pai era tão desligado de carros que nem saberia qual escolher. Ela fez tudo ele só assinou o cheque. Se ela deixasse pra ele escolher, ele lhe compraria um... Fusca.
Arnaldo,
ExcluirAcho que você não "captou" a mensagem. Eu não disse que sua mãe foi conquistada pelo Corcelzinho, nem por carro algum, mas pelo ato de "heroísmo" do mocinho, ao salvá-la do perigo. Esse foi o espírito da coisa. Se você não gostou, peço-lhe desculpas.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirRecentemente comprei um passat 75 e ele conserva aquele cheiro tipico do carro.
ResponderExcluirIgual aos que tive no passado, a gente realmente volta no tempo.
Quando meu pai ainda tinha Opala, resolveu trocar por um Monza. O ano era 1990, se não me falha a memória.
ResponderExcluirO Monza era 1987, ou 88... Era duas portas, marrom metálico por fora, e marrom por dentro. Achava belíssimo! O motor era alimentado com etanol e tinha 1,8 litro.
Passados alguns meses, meu pai vendeu o Monza, estava insatisfeito com três situações: Consumo, o puxar da direção em acelerações, e a direção pesada.
Comprou um Chevette, o mesmo que está na garagem até os dias atuais. Meu velho detestou o Monza.
Da minha infância e adolescencia, várias situações à bordo de Opala e Chevette habitam minha mente, como se gravados à fogo!
Nunca vou me esquecer do Opala branco duas portas com antena elétrica e amplificador Tojo. Nem do Chevette, que veio da Bahia até Pitangui, interior de MG com apenas uma parada de vinte minutos quando meu avô materno faleceu e a família estava em férias no Estado.
Arnaldo...Lendo teu post voltei no tempo. Imediatamente me veio as narinas o cheiro do meu pai acendendo seu "minister" , misturado com o cheiro do motor do pesado alfa romeo D 9500, no compassado da rotação de marcha a incriveis 50 km/hora. Meu pai ainda vive, tem 75 anos...E, quando em nossas conversas, relembrando o passado entre um chimarrão e outro comento este fato, posso ver na face dêle o mesmo sorriso de prazer que tinha ao tragar o primeiro cigarro do dia dirigindo o velho caminhão,na primeira reta sem movimento da estrada, já em "velocidade" cruzeiro, quarta marcha sem reduzida...e eu,observando seu rosto, volto a me sentir o mesmo guri, orgulhoso por estar de carona, vendo,cheirando e sentido todo aquele mágico momento de novo! Tudo isto é amor, poesia, afeto. São as lembranças que nos fazem agradecer por ter vivido e experimentado...só não entende o teu post aquele que não tem o que comparar ou lembrar...Obrigado. ( em tempo: não sou contra modernidades e facilidades, critico a imposição de modernismos e futilidades como se isto fosse o mais importante num carro!)
ResponderExcluirArnaldo, fiquei imaginando sua mãe manobrando a Veraneio, controlando a embreagem pesada e virando a direção mais pesada ainda , e a sua cara de atenção, preocupação e aflição, vendo tudo. Bela história e ficamos sim, comodistas, reclamões, impacientes e o pior de tudo, muito chatos !
ResponderExcluirAh, regular o carro final de semana era gostoso. Tirava a "panela" da cx do filtro de ar, soltava os parafusos da tampa do carburador e ia ver se a agulha estava vedando, se a boia estava boiando, se a giclagem estava desobstruida, fechava tudo e ligava o motor pra ver se o pe do carburador estava suando direitinho, depois ia no distribuidor e olhava o platinado pra ver se tinha alguma "bexiga" nos contatos... ou entao regular os tuchos do chevette com o jogo de laminas, frio 0,20mm e quente 0,25mm... fora dar aquele banho e aquele polimento no carro, pra dar aquela voltinha no quarteirão e com o carro em ordem e o motor contando os cilindros, passar pela mulherada q nessa hora ja estava andando de bicicleta, pra puxar conversa e dar uma paquerada... eita tempo bom...
ResponderExcluirBela crônica automobilística, Arnaldo Keller... ou seria uma bela crônica familiar?
ResponderExcluirParabéns!
AK, a simplicidade que você demonstra nos seus textos, transparecendo o desapego ao materialismo e a modismos, mostrando que o que realmente importa são os valores familiares, me fazem botar a cabeça no lugar.
ResponderExcluirLendo seus textos passei a dar ainda mais valor ao meu ex-carro velhinho, que tantas emoções me proporcionou. As pernas bambearam quando ele se foi.
Pra quem concorda, recomendo o livro do AK!
Acho que tem muita frescura hoje em dia mesmo.
ResponderExcluirQuando vejo pessoas reclamando de seus carros com marcha lenta irregular, dificuldade de pegar quando frio, ter que puxar afogador etc.. e por ai vai, creio que em grande parte se deve a falta de manutenção,do proprio-otario mesmo.
De todos os carros que tive apenas um foi novo, o restante tudo usado e na maioria a alcool. E mesmo os com motores preparados e no forte frio da região sul onde me deparei muitas e muitas vezes com temperatura próximo de zero e até abaixo, nenhum dos meus carros a alcool me deixou na mão. Sistema de partida a frio sempre em dia, inclusive com gasolina sempre nova, pois muitos não sabem que a gasolina tem em media validade de 45 dias após sua fabricação, depois perde muito suas propriedades. Ou seja, tudo que tiver manutenção em dia tem 100% de chance de funcionar, veja o caso dos 747 com mais de 25 anos em uso. Estamos nos afunilando num mundo chato, onde tudo incomoda a todos.
Salvem a "instituição familia" e os bons costumes, entre eles o de lavar e dar uma vistoriada no seu carro todo final de semana.Abraços
Arnaldo,
ResponderExcluirPegando carona no seu momento de poesia do ultimo paragrafo, lembrei-me de uma cena do filme dinamarques "Festa de Babete" (inicio dos anos 90) onde um personagem vivido por um General ao olhar-se no espelho diz: "na vida tudo são vaidades". E com automoveis, certamente mais de 80% do que é oferecido hj no mercado sao firulas para alimentar as vaidades automotivas.
Concordo com a opinião de varios acima e por questoes de segurança, o AC atualmente para mim é indispensável. Mais uns 10 anos e possivelmente falarei o mesmo de um cambio automatico (que aprecio muito mas nao pagaria por isto hoje).
Dias atras vi aqui em BH um Jaguar XJ8 ano 2000 e fiquei impressionado com algumas caracteristicas que ja despareceram nesta onda destas ilusões automobilísticas, como roda aro 16 com pneu perfil 60, console com toca-fitas e disqueteria no porta-malas, painel com mostradores 100% analógicos entre outros e colunas revestidas com frisos em Iinox (alem de um visual classico e arrebatador obviamente). Tela multimídia, conectividade pra todo lado, entrada USB, bluetooth, sensor de ré, rodas aro 19 com perfil baixíssimo e etc etc nao fazem um motorista melhor. E talvez, ao contrario do que a maioria dos consumidores atualmente hoje pensa, nem mais feliz!
Fernando RD
De tanto querer lembrar desses cheiros eu acabei comprando uma rural e estou reformando ela. No meu tempo de guri, meu pai nos levava para passear nela na zona rural aos domingos à tarde. Hoje eu levo meus irmãos, mãe, esposa e filhas nesses passeios maravilhosos e cheios de nostalgia.
ResponderExcluirOtimo texto!
ResponderExcluirfeliz de ler algo diferente dos textos exaltando lixo coreano!
parabens!
abs!
AC
Eu gostaria de ver a venda um carro “essencial”, ou seja, com modernismos como ABS, Air Bag, mas, sem frescuras pesadas como um monte de coisas elétricas e apliques sem motivo.
ResponderExcluirIa me esquecendo de que ele poderia ser a álcool, só a álcool, com todo modernismo este motor a álcool ia andar pacas.
Bem estes carros existem, mas são super esportivos que não dá nem pra sonhar.
A propósito, sem ar condicionado não rola
Acosta
Eu gostaria de ver a venda um carro “essencial”, ou seja, com modernismos como ABS, Air Bag, mas, sem frescuras pesadas como um monte de coisas elétricas e apliques sem motivo.
ResponderExcluirIa me esquecendo de que ele poderia ser a álcool, só a álcool, com todo modernismo este motor a álcool ia andar pacas.
Bem estes carros existem, mas são super esportivos que não dá nem pra sonhar.
A propósito, sem ar condicionado não rola
Acosta
Posso estar falando uma idiotice, mas a proposta do Toyobaru me parece ser mais ou menos esta...
ExcluirHehe... Também acho que a primeira coisa que me intrigou em um automóvel (também o Fusca do meu pai) foi o tal afogador. Misteriosa função de "afogar" o carro. E ninguém explicava direito para que servia, exceto um direto "não mexa aí menino!"
ResponderExcluirLuís Felipe
Infelizmente tem gente que não vai entender (acima há vários que não entenderam) o que foi dito e é provável que passe a comprar (ou retirar de seus carros) carros sem direção assistida e ar condicionado.
ResponderExcluirDireção assistida é importante para contar com direção mais rápida do que menor peso. Ar condicionado torna a guiada mais comfortável e precisa, pois não há incomodo de ruido de vento de janelas e má concentração devido a temperatura.