Há anos um pensamento me assola: será que os ingleses e os americanos estão certos na questão das velocidades-limite indicadas e praticadas, e nós, os "métricos", errados?
Isso tem a ver um pouco com o que já comentei algumas vezes acerca de limite de velocidade, em que ao se dirigir nos Estados Unidos a velocidade máxima numa via ser justamente a que estamos imprimindo no momento.
Numa conhecida avenida aqui em São Paulo, a av. dos Bandeirantes, a velocidade foi reduzida de 70 para 60 km/h. Mas andar a essa velocidade é lento demais, fora da realidade. Experimentei andar a 65 km/h e já não me pareceu tão lento. Limite de 40 milhas por hora (64 km/h, claro) seria realista e ainda se andaria abaixo da velocidade que os "gênios" da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de São Paulo julgam ser "perigosa".
Aliás, lá em Araxá eu e o Arnaldo saímos para filmar o Bravo Dualogic Plus e nos vimos na via de acesso à Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), que explora o nióbio, o valioso metal utilizado para formar várias e sofisticadas ligas metálicas. É a estrada da última foto do post, a que mostra várias bandeiras. Pois não é que nesse trecho a velocidade-limite é justamente 65 km/h?
Por outro lado, na fábrica da Goodyear em Americana, interior de São Paulo, a velocidade máxima nas vias internas é 26 km/h. O mais próximo no sistema inglês é 15 mph, 24 km/h. Vá-se entender....
Por outro lado, na fábrica da Goodyear em Americana, interior de São Paulo, a velocidade máxima nas vias internas é 26 km/h. O mais próximo no sistema inglês é 15 mph, 24 km/h. Vá-se entender....
O caso de 100 km/h. Em algumas situações me parece excessivo, e se a autoridade de trânsito sobre a via achar também, então coloca 90 km/h, nunca 95 km/h. Aí fica baixo demais, caso da rodovia SP-270 Raposo Tavares. E se fosse 60 mph? Seria 96 km/h. Já experimentei e dá para ficar nesse hipotético limite numa boa, dentro do razoável e sem parecer lento demais.
Mas há velocidades que são corretas nas duas unidades. Por exemplo, 120 km/h: a placa de 75 mph bate em cima. Quase o mesmo caso de 130 km/h: 80 mph, que é 128 km/h. Todavia, 20 mph, 32 km/h, a velocidade diante das escolas americanas quando as luzes amarelas estão piscando (ligadas nos horários de entrada e saída de alunos) é segura e não tão morrinhenta quanto 30 km/h.
Uma vantagem da velocidade em milhas por hora é tornar a escala do velocímetro mais espaçada, portanto de leitura mais fácil e precisa. É muito mais difícil aplicar 0-200 km/h num segmento de círculo de 270°, o da maioria dos velocímetros, do que 0-125 mph.
Por falar em mph, tive um Fusca 1967 alemão de mercado americano cujo velocímetro era 0-90 mph. Certa vez dei uma carona para o capataz da fazenda de um amigo onde eu passara o fim de semana e, nos tempos gloriiosos em que se podia acelerar à vontade, voltamos rápido para o Rio, minha mulher ao meu lado e o carona, no banco traseiro. Em um dado momento ele comentou, "Como anda bem esse seu Fusca, dá 80 fácil!". Concordei, mas não expliquei...
Há coisas que remetem mesmo às milhas por hora. Por exemplo, o teste 0-100-0 mph, de aceleração e frenagem É claro que é o mesmo que 0-160-0 km/h, mas esse "100" tem um certo encanto – o três-dígitos, como dizem lá, o primeiro após dois dígitos (99). Ou então, quando traduzo uma obra do inglês para o português, como me incomoda escrever aceleração 0-96,5 km/h quando me deparo com 0-60 mph! É a mesma coisa e não é, ao mesmo tempo.
E não só em velocidade as unidades do sistema inglês de medidas se impõe. Do mesmo modo que 96,5 kmh, não me soam bem os 402 metros, a aceleração 0-¼ de milha que os americanos veneram para medir o desempenho de um carro – a distância de um sinal a outro no quarteirão-padrão das cidades americanas. E por aí vai.
Pressão de enchimento dos pneus, por exemplo. É muito mais fácil entender os que são 35 libras por polegada quadrada (35 lb/pol²) do que 2,41 bar. E quanto às telas de tevê ou de monitores de computador, imagine-se falar em tela de 73,3 cm em vez de 29 polegadas. Ou um cano de 19,05 mm no lugar de ¾ de polegada. Isso sem falar das talas e dos diâmetros das rodas. Falou-se em 8J x 18 já se sabe do que se trata. Já se fosse 202,2J x 457,2 mm...
Se nós estranhamos o Sistema Internacional de Medidas nos exemplos acima, imagine-se os americanos, que mudaram em 1975. Deve ter sido, ou estar sendo, bem difícil para eles.
BS
E não só em velocidade as unidades do sistema inglês de medidas se impõe. Do mesmo modo que 96,5 kmh, não me soam bem os 402 metros, a aceleração 0-¼ de milha que os americanos veneram para medir o desempenho de um carro – a distância de um sinal a outro no quarteirão-padrão das cidades americanas. E por aí vai.
Quarto de milha, sim; 0-402 m não tem tanto charme (vetteweb.com) |
Pressão de enchimento dos pneus, por exemplo. É muito mais fácil entender os que são 35 libras por polegada quadrada (35 lb/pol²) do que 2,41 bar. E quanto às telas de tevê ou de monitores de computador, imagine-se falar em tela de 73,3 cm em vez de 29 polegadas. Ou um cano de 19,05 mm no lugar de ¾ de polegada. Isso sem falar das talas e dos diâmetros das rodas. Falou-se em 8J x 18 já se sabe do que se trata. Já se fosse 202,2J x 457,2 mm...
Se nós estranhamos o Sistema Internacional de Medidas nos exemplos acima, imagine-se os americanos, que mudaram em 1975. Deve ter sido, ou estar sendo, bem difícil para eles.
BS
Texto bacana, Bob!
ResponderExcluirCausou-me certa estranheza ver as placas de 65 MPH em algumas Freeways na Flórida. Gastava sempre alguns segundos até fazer a transformação e lembrar que já estávamos acima de 100 km/h.
Uma situação caricata é a de um cidadão que trouxe um Camaro IROC-Z US-Spec com mostradores apenas em MPH e emprestou para o pai viajar. Depois de um tempo, um rol de notificações por excessos de velocidade chegou para o senhor, e ele sem entender o porque, já que viajou durante a noite sempre nos "80 km/h" regulamentares para a via.
E esse Fusca multinacional, Bob? Como conseguiu uma raridades dessa?
Renato Passos
ExcluirEssa do Camaro e seu velocímetro em mph é mesmo incrível!
Até 1976 as importações estavam abertas e havia Fusca importado. Estávamos em 1970 e queria um Fusca com teto solar. Achei este 1967, era um 1500.
Seu Fusca era um 1303 ?
ExcluirMuito legal e raro esse modelo
Jorjao
Jorjão
ExcluirNão, era um 113 comum, apenas com a carroceria de maior área envidraçada total, de 1965 na Alemanha, que nunca tivemos aqui (o México teve). O 1302/1302S é de 1972 e o 1303, de 1974. Esse meu veio com freio dianteiro a tambor, para os EUA não iam com freio a disco. Mas a troca por discos levou 1 hora, operação simples, os eixos dianteiros dele e dos nossos eram o mesmo.
É como L/s ou dm³/s e m³/s. Dá mais sensibilidade. Se bem que nesse ponto, é só base 10. Mas dizer que hoje a temperatura é 293 K, ah, vá...
ResponderExcluirNo mais, acho bem válido o sistema imperial.
Guilherme,a escala imperial é a Fahrenheit. A escala K ou Kelvin é a chamada escala absoluta, pois não tem valores negativos de temperatura.
ExcluirEstou ciente. Kelvin é Sistema Internacional. Acabei escrevendo tudo de qualquer jeito, podendo haver dupla interpretação.
ExcluirÉ que 0 Kelvin é a menor temperatura que pode existir. Nessa temperatura, cessa todo movimento de toda partícula existente.
ExcluirPor favor Bob, não complica...
ResponderExcluirPodemos mudar, mas seguindo o nosso padrão em km/h.
Por exemplo, utilizar o padrão de milhas, no caso 70 mph, mas transformá-la em 65 km/h arredondados e assim por diante.
CCN
ExcluirA idéia é exatamente essa, usar as velocidades em mph expressas em km/h.
Sou favorável à tradicional escala métrica, baseada em 10. É a escala utilizada pela engenharia alemã, os melhores projetistas e engenheiros mecânicos do mundo.
ExcluirAcho que não se deve confundir o estabelecimento de velocidades irreais em nossas estradas com o fato de que a escala em milhas, por ser "mais espaçada", poderia prover velocidades um pouco mais reais. Não duvido que se adotássemos escala e milhas, arredondariam sempre para baixo, de forma que teríamos velocidades ainda mais incompatíveis.
boa
ExcluirÀs vezes paro pra pensar sobre as medições em mph. Odiava quando criança e os jogos de corrida só usavam esse modelo... Coisas que aprendemos desde nascer são difíceis de mudar.
ResponderExcluirAposto que falou do Gran Turismo 1 e 2 US-Spec. Realmente não dava pra mudar. Aprendi a converter mph para km/h desde garoto.
ExcluirQuase sempre me baseio pelo MPH quando dirijo o Civic Coupé 1994!
Quanto a medição do cano, eu preferia que fosse em centímetros no lugar de polegadas.
ResponderExcluirAcho mais fácil visualizar 19,05 mm, do que 3,4 de polegadas.
Achei estranho o velocímetro do Fusca, que mostra 60, 70, 08 e 09. É coisa torta de alemão, hehe...
CCN
ExcluirNão é 08 ou 09, nas 80 e 90 em posição normal. Os números estão dispostos em torno do círculo igualmente.
Este comentário foi removido pelo autor.
Excluir128 km/h no fuscão nada mal Bob,poderia dizer qual motor utilizava para tal façanha hehe.
ResponderExcluirFernando Igor
ExcluirMexida básica, troca dos cilindros e pistões de 83 para 85,5 mm – cilidrada de 1.493 para 1.584 cm³ – e dois carburadores de 40 mm no lugar do único de 30 mm.
Aha... sabia que tinha alguma coisa diferente... kkkkkk!
ExcluirPra eles não é difícil... Pelo que vejo em publicações, continuam no sistema imperial deles... rs
ResponderExcluirFoda é assistir top gear legendado no netflix, q se ouve mp/h e se le km/h com mesmos dígitos, ou entao ouvir xxx pounds e ler xxx U$
ResponderExcluirOs ingleses não usam mais o sistema imperial.
ResponderExcluirSe bem que em medidas do dia a dia, leia-se na lida do povo, ainda se usa mph e galão imperial (4,5 l).
ExcluirPra velocidade ainda usam o imperial
ExcluirBob,
ResponderExcluirNao entendi o ultimo paragrafo, explico: Os EUA passaram a usar o sistema metrico em 75? se e isso o correto ,so passaram no papel , pq no mundo real o que vale e o sistema Ingles.(excecoes para carros de origem europeia e componentes)Outra questao e que algum tempo atras vi que o reino unido tambem passou ao sistema metrico,E verdade?
Verdade. Questão de padronização da União Européia. Há inclusive alguns exageros que chegaram até nós, como a venda de pães por quilograma (na maioria dos países era por unidade) e algumas mercadorias que eram vendidas em dúzias, xícaras, libras, ou galões e foram transformados em unidades, quilogramas ou litros. Bizarro mesmo foi o Brasil seguir a mesma normatização como se também pretendesse entrar para a UE...
ExcluirNo caso de produtos, essa normatização foi uma boa. Pão pela unidade, a padaria reduzia o tamanho do pão e cobrava a mesma coisa... No peso, se ela quiser aumentar o preço do pão, vai ter que aumentar no preço do quilograma. Fica mais claro pro consumidor.
ExcluirPessoalmente prefiro o sistema métrico, pode ser pelo fato de ter aprendido desde criança, mas o imperial enrola minha cabeça, não passa pela minha cabeça dizer que a distância de um ponto a outro é 20 milhas.
ResponderExcluirUm passo largo meu tem cerca de 1 metro, isso facilita demais pra ter noção de certas distâncias, ja que 1 km seriam mil passos.
Pode ser que 1/4 de milha de mais ''charme'', mas pessoalmente prefiro 402 metros, pode não ser tão lindo, mas a noção da distância é bem melhor, pelo menos pra grande maioria dos brasileiros.
Anônimo 07/07/12 13:36
ExcluirTambém prefiro o métrico, é muito mais racional. O foco do post é algumas velocidades serem mais adequadas se aqui fosse hipoteticamente em mph. Mas aada de mudar, longe disso.
Ainda bem que "polegadas" é cada vez menos usado no Brasil em mecânica. Eu mesmo só tenho chaves métricas, com exceção das chaves ajustáveis, mais conhecidas por chave inglesa, kkk
ResponderExcluirJackie Chan
ExcluirComplicado era o Opala até 1974, chassi e carroceria métricos e motor e transmissão é polegadas!
Devia ser complicado mesmo, uma profusão de chaves de medidas similares...
ExcluirBob, esse detalhe no Opala só foi mesmo até 1974?
ExcluirPensei que tinha sido por praticamente toda a vida dele. Isso tem a ver com o fato da carroceria ser Opel Rekord (mm) e a mecânica Chevy Nova(pol) né?
A GM era mestre em fazer mistura....Era preciso ter chaves diversas pra poder trabalhar nos carros.
ExcluirMárcio Santos,
ExcluirSim, só passou a tudo métrico no ano-modelo 1975, quando o estilo frontal e as lanternas traseiras mudaram completamente. Exato, foi essa a razão, carroceria Opel Rekord e mecânica do Chevy Nova.
Realmente o sistema utilizado nos EUA é muito prático. - A altura dos viadutos é informada, por exemplo 12'10''; isto é , 12 pés e 10 polegadas. - Fácil, fácil... E.C.E.
ResponderExcluirECE
ExcluirPara nós é complicado mesmo.
Estamos discutindo o sexo dos anjos. Aqui no Lisarb não se muda nem o que é necessário ser mudado.
ResponderExcluirE essa história de velocidade natural da via também é muito relativa, pois depende não só das características da via, como também da formação do motorista.
Uma historinha (verdadeira) para ilustrar. Conhecido meu vindo de caronha com a sogra de Uberaba a Franca, sentado no banco traseiro da Brasilia. 60 a 80 km/h, não passava disso, e o motor urrando em terceira marcha. Depois de vários quilômetros ele não suportando mais aquilo, perguntou a ela por que não engatava a quarta, O que ela lhe respondeu:
- Deus me livre, a quarta corre demais.
Coitado, chegou à Franca com a cabeça explodindo.
Jesial
ExcluirEssa é mesmo incrível!
Rsrsrs. Quase morri de rir. Minha mãe fez exatamente isso comigo, mas em um Corsa Sedan 1.0 que ela tinha. Pediu-me para acompanhá-la a uma ida ao médico, em uma cidade vizinha, o Corsa urrando em terceira marcha e eu: "pelo amor de Deus, mãe, passa logo a quinta que o carro tá gritando pedindo marcha". E ela: "ai, não vai correr muito?".
ExcluirAssumi o volante, que daquele jeito não ia dar e novo comentário de mamãe: "nossa, com você dirigindo o carro fica mais silencioso". Meu avô comprou a carteira dela, só pode.
Como os velocimetros são graduados de 10 em 10 Km/h, essa sua ideia de utilizar velocidades como 65 km/h ou 35 km/h é impraticável.
ResponderExcluirTem muito velocímetro com o traço do meio (15, 25, 35....)
ExcluirAnônimo 07/07/12 14:24
ResponderExcluirClaro que é impraticável. O foco do post foi apenas adequação de velocidade. Note que o velocímetro do Fusca é dividido de 5 em 5 mph.
É f*da!
ResponderExcluirainda temos que lembrar que as "moçoilas" do trânsito as vezes reduzem DEMAIS a velocidade para passar por um radar. Por exemplo, o limite e de 80km/h e a bonecada passa a 45km/h... PUTZ! Dá vontate de morrer nessas horas!
Turbo_Car
Mas vai que a placa é 40 disfarçado de 80, daí você passa no limite e recebe a multa com uma foto do Sérgio Mallandro: RÁ! SALCIFUFU!
ExcluirFalando sério agora, eu tenho vontade de cortar os chifres do corno que reduz abaixo do limite do radar com uma faquinha de passar manteiga. O lazarento deve achar que passando mais devagar ele ganha uma espécie de crédito, ficando elas por elas se algum dia passar acima do limite. Só pode.
Tio Chico
ExcluirNão parece, mas essas atitudes conttibuem em muito para prejudicar fluidez, logo vindo a explicação de que é "excesso de veículos". É o que você diz, o infeliz acha que ganha crédito. Como também andar mais devagar que a maioria, ferra tudo. Outro dia a marginal do Pinheiros sentido sul estava meio travada fora do horário de pico. A causa, um carro a 50 km/h no máximo, numa das faixas mais centrais, onde o limite é 90 km/h.
Tio Bob
ExcluirAssim como você mencionou sobre o povo que adora dizer 'excesso de veículos' ao invés de avaliar a causa da lentidão desses veículos, outra coisa que é horrível é a galera que nos congestionamentos simplesmente deixa o carro da frente 'descolar' papo de 100m só porque vai parar mesmo logo mais a frente. Esse efeito mais retardado do elástico nos faz ver facilmente em vias expressas que o engarrafamento praticamente não existe mais e o trânsito fica leeeeeeento que dói por conta disso.
Você conhece algum estudo sobre isso em que pode nos disponibilizar?
*Desculpe a intimidade de 'Tio Bob', mas foi para combinar com a sua introdução logo acima. (risos)
Tá cheio de motorista meia roda. Não falo nem em andar correndo ou em aumentar os limites atuais. São motoristas que reduzem bem abaixo nos radares, que ficam comendo mosca quando o semáforo abre.....
ExcluirMárcio Santos
ExcluirA regra que vale para quem deixa espaço na frente por preguiça de fazer o carro andar ou para ficar sob a sombra de uma árvore está no CTB art. 182, É proibido parar veículo, Inciso II, parar afastado da guia da calçada de 50 cm a 1 metro, infração leve, multa de R$ 53,20 e 4 pontos na CNH, e CTB, art. 182 Inciso III, parar afastado da guia da calçada a mais de 1 metro, infração média, R$ 85,13 e 4 pontos na CNH. É só mandar ver na caneta.
É Bob, infelizmente não temos mais canetada para fazer o trânsito andar, mas tão somente as canetadas para nivelar o trânsito 'por baixo'. Estamos emburrecendo os condutores de véiculos (antigamente era motorista mesmo).
ExcluirMais vale deixar o trânsito travado por 'excesso de veículos' para fazer coro ao discurso de sustenchatabilidade.
Olá Márcio Santos e Bob Sharp,
ExcluirEste vídeo mostra um estudo da universidade de Nagoya, no Japão, justamente sobre este efeito que você está falando, quando um carro se distancia demais de um outro ou quando memora muito para sair gera uma reação em cadeia em todo o trânsito. Recomendo a todos que são Autoentusiastas e também para quem não aceita o papo furado de "excesso de veículos":
http://www.youtube.com/watch?v=Suugn-p5C1M
Abraços a todos!
Júlio Bonfim
ExcluirÉ exatamente o que acontece no dia a dia. Belo estudo de fato. Prova de que congestionamentos são causados por alguns motoristas que não têm noção que fazem parte de um sistema.
e ferramentas em polegadas...
ResponderExcluirpara quem nao decora os "numeros" é moleza ir na loja pra comprar a ferramenta :/
3/16
25/32
1''1/4
cade a minha calculadora...
se tiver um parafuso preso no carro, pega uma caneta e desenha o parafuso... leva na loja e veja se acha a chave.
ExcluirDe curiosidades na história de mph e km/h, há o lance do painel do New Beetle em especificação americana, que faz o brasileiro olhar e se surpreender com o último número ser 160, tal qual um painel de Fusca brasileiro graduado em km/h.
ResponderExcluirAlgumas autoestradas já passou da hora de ter limite de 130 km/h, nem que seja na primeira faixa (que deveria ser a última) como há até na Argentina.
ResponderExcluirTambém já percebi que andando 5 a 10 km/h acima de certos limites já não se fica com a sensação de "daria pra ir mais rápido". E com a "tolerância" do disparo da fotografia, dá pra fazer isso tranquilo no dia a dia... até encontrar alguém 15 km/h abaixo do limite sem motivo e na esquerda.
O padrão imperial é bastante interessante, até por sua importância histórica, mas ainda é antropométrico, e isso dificulta um pouco o uso de múltiplos e submúltiplos (um pé são 12 polegadas, uma jarda são 3 pés, uma milha são 1760 jardas, ainda tem o palmo, a légua, etc.)
ResponderExcluirO que impede que se tenham valores de velocidade "quebrados", como 35,65,75km/h seria, além da imprecisão do velocímetro (que é bastante contornável, bastaria fazê-lo maior ou digital), apenas a preguiça das autoridades reguladoras de trânsito (que é incontornável).
Deveria haver pistas com trechos sem limite de velocidade.
ResponderExcluirAnônimo 07/07/12 18:30
ResponderExcluirDe pleno acordo. Se dá certo na Alemanha, pode dar certo em qualquer país, desde que a rodovia seja prevista para isso. No Estado de São Paulo há várias, mas, e o faturamento?
Ou senão fazer 130 numa única faixa, como citaram acima. Na Castelo não havia um limite mais elevado na esquerda umas décadas atrás?
ExcluirAnônimo 07/07/12 19:59
ExcluirSim, quando a Castello foi inaugurada em 1968, era 120 km/h na faixa da esquerda, 100 km/h na central e 80 km/h, na da direita.
Essa ideia da Castelo é excelente. E mais, coloca limites mínimos de velocidade rigorosos para as pistas à esquerda (a pista da direita pode muito bem ficar para os rastejantes). Uma pista como essa pode ter limites máximos de 140, 120 e 100 e mínimos de 100, 70 e 30.
ExcluirO mais interessante caso um dia vejamos 130 km/h em um Brasil que tem medinho de velocidade é que isso indiretamente ajudaria a melhorar o escalonamento das transmissões dos carros nacionais. Se já é insuportável ouvir motor berrando a 4 mil rpm a 120 km/h, imagine ir para quase 5 mil se pensarmos nesses mesmos motores esganados por últimas marchas excessivamente curtas em uns 10 km/h a mais.
ExcluirFora isso, não esqueçamos que os motores atuais, que tendem a ter curvas de torque planas, acabam por favorecer últimas marchas que sejam mais longas, justamente por não haver perda de fôlego e não-necessidade de ficar reduzindo tantas vezes.
Isso em 1969!!!
ExcluirDe lá pra cá os carros só melhoraram, poderia ser mais. Ou será que os mototistas pioraram?
Tem um senhor de idade meu vizinho que uma vez reclamei com ele sobre a confusão que é uma rotatória gigante aqui perto de casa, e com várias sáidas pra ambos os lados. A resposta foi: a rotatória é perfeita, falta motorista.
Recentemente estava indo para o Rio de Janeiro e na subida do Vão Central da ponte com o transito fluindo bem a ums 80 km/h, tinha uma Brasilia andando na "pista do meio" a 60 km/h cravados sem ao menos usar o alerta. Fiquei na pista do lado e atras dele avisando para ele ir para a direita próximo a mureta, mas nada. Não demorou muito veio uma Van muito rápido fazendo uma ultrapassagem maluca para se livrar de uma abarroada na traseira da Brasilia. E mesmo depois disso ele não saiu de lá.
ResponderExcluir"Sem ao menos usar o alerta"? Que isso Bruno? Onde já se viu ligar alerta só porque está um pouco mais devagar que o fluxo?
ExcluirBruno,
ExcluirCTB - Lei nº 9.503 de 23 de Setembro de 1997
Art. 251. Utilizar as luzes do veículo:
I - o pisca-alerta, exceto em imobilizações ou situações de emergência;
II - baixa e alta de forma intermitente, exceto nas seguintes situações:
a) a curtos intervalos, quando for conveniente advertir a outro condutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo;
b) em imobilizações ou situação de emergência, como advertência, utilizando pisca-alerta;
c) quando a sinalização de regulamentação da via determinar o uso do pisca-alerta:
Infração - média;
Penalidade - multa.
Bruno, Guilherme e CCN
ExcluirEssa questão do pisca-alerta dá margem a muita discussão. O próprio Art. 251 Inciso I do CTB fala em situações de emergência. No meu entender, um carro lento é um obstáculo móvel, representa ameaça à segurança do trânsito e, portanto, o uso do pisca-alerta é benéfico para todos.
Ainda sobre pisca-alerta, temos aquele hábito cultural de nossas estradas de se dar uma ligada bem rápida de pisca-alerta caso se dê uma freada forte, coisa que considero útil e que deve existir em outros países do mundo, pois pode ter orientado aquele lance que vemos em alguns carros da Fiat e da PSA em que o alerta é ligado automaticamente por 3 segundos caso a freada seja forte.
ExcluirPois é, ligar o pisca alerta para avisar o cara de trás que a estrada parou é necessário.
ExcluirO problema é ficar com ele ligado por uma meia-hora no engarrafamento.
Ou, pior, ligar na chuva ou neblina e ficar com as lanternas desligadas!
Bob, acho que o problema não é de escala de km ou mi: é de seriedade das autoridades de trânsito.
ResponderExcluirMineirim
ExcluirÉ tudo hipotético neste post. Como escrevi, teríamos uma velocidade mais ajustada à realidade e ao bom senso se aqui se usasse o sistema inglês. É claro que isso jamais deve acontecer. Mas, concordo plenamente, falta seriedade a essa turma que cuida do trânsito do Brasil.
No nosso caso, se fosse em milhas o limite é provável que iam acabar é arredondando para baixo e deixando os limites ainda mais lentos. Não tem muito o que inventar
ExcluirA grande vantagem do sistema métrico é a facilidade para cálculos de diferentes grandezas: Por exemplo, um litro de água corresponde a 1.000 cm³, que é um cubo de 10 cm de lado. 10 cm é dez vezes menor que 1 m e dez mil vezes menor que 1 km.
ResponderExcluirAnônimo 07/07/12 21:08
ExcluirSem nenhuma dúvida quanto a isso. É o motivo, por exemplo, de se usar hora centesimal em vez de sexagesimal nos cálculos de tempo, em que 1 hora = 100 minutos.
Só acho estranho que continuem a chamar o centésimo de hora de minuto. No pouco de latim que sabia uma minuta era 1/60 de qualquer coisa, e a origem disso é que lá no Império Romano, por não se usar algarismos arábicos, haver uma enorme dificuldade de se representar frações, então usavam-se palavras. Nesse sentido, a hora teria sempre 60 minutos ou cem centésimos
ExcluirO problema não é a medida utilizada, são os valores!
ResponderExcluirPouco importa se em MPH ou km/h, o problema é botar uma velocidade máxima vinte quilômetros por hora menor que a possível para a via!
nao vejo vantagens em um ou em outro, cada região adotou seu sistema, só vejo complicações pra quem vai viajar ou morar em outro país, mesmo assim a tecnologia atual praticamente anula esses problemas. Complicado mesmo é ter a mão invertida, eu que o diga, tenso, mas basta ser cuidadoso.
ResponderExcluirBob Sharp!!
ResponderExcluirFalando em quarteirões que medem 1 milha ( porque 1 milha???), talvez você tenha interesse de ler a respeito no link abaixo:
http://doc.brazilia.jor.br/Historia-Projetos/Terra-EUA-Township.shtml
Quanto a velocidade ideal para as vias, creio que que 3 parâmetros deviam ser considerados:
1) A faixa de melhor torque dos motores provoca no plano velocidade de 70 KM/h;
2) Topografias diferentes provocam necessidades de velocidades distintas: BH X Brasília (montanhosa X plana);
3) Incapacidade dos gestores de trânsito provocada pela ideologia política.
Sds.
Dissertar sobre tudo isso por causa de uma diferença de 2 a 6km/h em velocidade máxima permitida nas vias? Qual o significado disso no dia-a-dia em termos de tempo de viagem?
ResponderExcluirHonestamente, acho um exagero.
Americanos e ingleses são do contra.
ResponderExcluirAcho que o problema de se colocar 65, 85, 115 é que a graduação dos velocímetros não contempla muito bem estas marcas e muita gente não saberia andar na velocidade adequada..
ResponderExcluiraté hoje me lembro da graduação dos velocímetros de Chevrolets antigos, dos anos 50. Era de de 15 em 15km/h, de 0 a 150 km/h nesse esquema.
ResponderExcluirPra que velocimetro ? os carros não andam ficam parados em congestionamento ,ou quando pode andar a 120 km (rodoanel ) tem que andar a 100 km ,dirigir aqui em São Paulo não é facil .Abracs ,Fabio.
ResponderExcluirBob,
ResponderExcluirNao entendi o "nos Estados Unidos a velocidade máxima numa via ser justamente a que estamos imprimindo no momento.". Estou dirigindo aqui, na California, e estou ficando neurotico, porque existem muitos radares por aqui, alem do fato de todos seguirem estritamente as regras. Entao se eu ando a mais de uma milha alem do limite, me sinto como um criminoso culpado de todos os crimes... (desculpe pela falta dos acentos).
Bob, o de Petropols
ResponderExcluirAcho que você não precisa se preocupar tanto, existe aí uma tolerância de 5 mph sobre a velocidade real (não a indicada). Mas procure observar o que eu disse, anda-se naturalmente dentro do limite, não é preciso ficar consultando o velocímetro como aqui.
Bob
ResponderExcluirJá estive na fábrica da Goodyear (sou fornecedor) e eles informam que o número quebrado na velocidade na área interna se dá por conta disso facilitar a atenção do condutor e fixar tal numero, até pelo fato de causar curiosidade (assim como ocorreu com você) em quem trafega...
Guilherme
ExcluirManeira estranha de chamar a atenção, não acha? Então em vez de placa de 100 km/h peçamos que coloquem uma de 103 km/h...