Detroit dragway, 1959, NHRA nationals. Aparece para a vistoria antes da competição um carro pra lá de estranho. Os vistoriadores e os outros competidores não conseguem disfarçar as risadas e as piadinhas; aquele cupê Plymouth 49 parecia mais uma daquelas camicletas fabricadas por caipiras de 15 anos em algum alambique ilegal no meio do mato, depois de vários goles de uísque caseiro de milho. Alto, escapamentos com cara de cornetas saindo pelos para-lamas recortados, admissão estranha com captador de ar mais alto que o teto... O carro parecia uma caricatura, uma irrelevância divertida e ridícula. Ninguém, mas ninguém mesmo, esperou nada dele.
Até que ligaram o motor. De acordo com membro da equipe: “Foi muito engraçado quando ligamos o carro pela primeira vez. Todo mundo parece que de repente ficou quieto, e olhou para o nosso lado. Em alguns segundos, tínhamos uma plateia. Ele tinha um som que era só dele...” Outro se lembra do som assim: “...como um DC-7 sem esteróides – bem profundo e grave. Nada soava como ele. Era alto como os dragsters”.
Na competição, o carro enfrentou alguns problemas, característicos de uma primeira aparição, e chegou apenas às semi-finais. Mas, em uma época em que “a masculinidade era medida pela velocidade final no quarto de milha” (como disse outro membro da equipe), o dia não foi perdido: o recorde de velocidade final na categoria ficou com eles, numa passagem de 13,37 segundos a 177 km/h. O carro começara ali uma longa carreira de vitórias e recordes no quarto de milha, até que a NHRA, associação regulamentadora das competições desse tipo nos EUA, finalmente proibiu sua participação, em 1961.
Até que ligaram o motor. De acordo com membro da equipe: “Foi muito engraçado quando ligamos o carro pela primeira vez. Todo mundo parece que de repente ficou quieto, e olhou para o nosso lado. Em alguns segundos, tínhamos uma plateia. Ele tinha um som que era só dele...” Outro se lembra do som assim: “...como um DC-7 sem esteróides – bem profundo e grave. Nada soava como ele. Era alto como os dragsters”.
Na competição, o carro enfrentou alguns problemas, característicos de uma primeira aparição, e chegou apenas às semi-finais. Mas, em uma época em que “a masculinidade era medida pela velocidade final no quarto de milha” (como disse outro membro da equipe), o dia não foi perdido: o recorde de velocidade final na categoria ficou com eles, numa passagem de 13,37 segundos a 177 km/h. O carro começara ali uma longa carreira de vitórias e recordes no quarto de milha, até que a NHRA, associação regulamentadora das competições desse tipo nos EUA, finalmente proibiu sua participação, em 1961.
Os criadores daquela coisa horrível mas terrivelmente efetiva na verdade não tinham nada de caipiras. Nem muito menos o carro ficara feio por acidente. Na verdade, quem esteve naquela pista naquele dia,viu a estreia em competições do mais influente time de arrancada da história do esporte: Os Ramchargers.
A equipe era na verdade um clube criado por funcionários da engenharia da Chrysler, que usavam seu tempo livre e dinheiro para perseguir sua paixão. Na verdade, era mais que isso. Os engenheiros da Chrysler não se conformavam em ver as competições de arrancada totalmente dominada por Chevrolets e Fords, e queriam mostrar que sua companhia era tão capaz como as outras. O clube acabou por influenciar sobremaneira a forma destas competições, projetando carros de arrancada completos, atacando a tarefa como se fosse um projeto qualquer de produção normal. Seu sucesso acabou por despertar a companhia para este tipo de corrida, e tornou os Ramchargers a equipe semi-oficial do fabricante.
O semi-oficial com ênfase no semi aqui: os recursos e equipamentos, motores, carros, caminhão de apoio etc., eram da empresa, mas eles continuavam todos amadores, competindo, viajando e trabalhando nos carros no tempo livre. Não era incomum membros do time chegarem em casa depois da meia-noite de domingo, depois de viajar para uma competição em algum lugar, e ainda assim terem que bater ponto no prédio da engenharia na segunda as oito, onde teriam que continuar seu trabalho normal, projetando maçanetas para uma perua qualquer, ou coisa parecida. A equipe foi única no fato de que uma quantidade enorme de pessoas passou por ela, haja vista que tamanha dedicação não pode ser mantida para sempre, mas a equipe em si era maior que cada uma das pessoas, e se manteve sempre viva. Foi uma das únicas equipes da época em que o piloto era praticamente desconhecido, e o carro era reconhecido apenas como produto de um time. O carro dos Ramchargers.
Os Ramchargers tiveram tanto sucesso que regulamentos foram sucessivamente modificados para igualar o resto dos competidores e nivelar a competição, e influenciaram decisivamente a Chrysler. Naquele dia em 1959, em que estreava o Plymouth "Ram Rod", a Chrysler fabricava carros para senhores e senhoras, carros sem nenhum apelo à juventude e ao alto desempenho. Quando o time acabou em 1972, a Chrysler era a empresa dos Chargers, dos Road Runners, do Hemi 426. Se hoje existe um culto aos Mopars mundo afora, mesmo aqui em nosso trópico alegre, muito se deve ao trabalho apaixonado (e não remunerado) dessa turma de engenheiros.
Mas naquela tarde de 1959, nada ainda existia. Havia apenas uma turma de engenheiros testando suas teorias na prática, na pista de competição. E que teorias eram estas?
O primeiro carro dos Ramchargers, o "Ram Rod", apesar da aparência amadora, foi criado com método totalmente profissional. Primeiro, a categoria onde competiriam foi escolhida com base em onde causariam maior impacto nos Chevrolets: a C/ Altered, que especificava 8,6 libras de peso (3,4 kg) por polegada cúbica (16,387 cm³) de cilindrada, e onde, segundo os cálculos deles, se encontravam as maiores potências específicas. Os engenheiros, acostumados em planejar antes de executar, dividiram o clube em times de carroceria, suspensão, trem de força e chassi, e definiram parâmetros de projeto, antes de começar qualquer coisa.
O projeto começou com a escolha da carroceria, que deveria seguir as seguintes premissas:
- Um carro da Chrysler
- Baixo peso
- Centro de gravidade alto
- Entre-eixos curto
As duas últimas premissas era essenciais para o que planejavam os Ramchargers. Mais que alta potência, eles pretendiam melhorar muito a transmissão desta potência ao solo. Os engenheiros do time sabiam que a aderência dos pneus traseiros, e por conseqüência a eficiência da arrancada, é função do coeficiente de atrito e da força normal, ou perpendicular, sobre eles. Como a superfície da pista sempre varia, no caso do atrito só podia se especificar os pneus, mas quanto à força normal à área de contato com o solo, nossos amigos acreditavam que podiam fazer melhor. Usando um CG (cemtro de gravidade) e um motor altos, e curto entre-eixos, a transferência de peso na arrancada, por inércia, carregaria muito mais os pneus traseiros do que o resto dos competidores faziam então. O motor acabou a nada menos que 36 pol do solo (914 mm, quase um metro), medido do virabrequim. Fora isso, cuidado seria tomado com a suspensão traseira, para tentar manter os dois pneus com a mesma carga, cancelando a tendência de "levantar" a roda direita. Diagramas detalhados de lay-out básico foram criados, e cálculos extensos e completos foram realizados, como se pode ver abaixo.
- Um carro da Chrysler
- Baixo peso
- Centro de gravidade alto
- Entre-eixos curto
As duas últimas premissas era essenciais para o que planejavam os Ramchargers. Mais que alta potência, eles pretendiam melhorar muito a transmissão desta potência ao solo. Os engenheiros do time sabiam que a aderência dos pneus traseiros, e por conseqüência a eficiência da arrancada, é função do coeficiente de atrito e da força normal, ou perpendicular, sobre eles. Como a superfície da pista sempre varia, no caso do atrito só podia se especificar os pneus, mas quanto à força normal à área de contato com o solo, nossos amigos acreditavam que podiam fazer melhor. Usando um CG (cemtro de gravidade) e um motor altos, e curto entre-eixos, a transferência de peso na arrancada, por inércia, carregaria muito mais os pneus traseiros do que o resto dos competidores faziam então. O motor acabou a nada menos que 36 pol do solo (914 mm, quase um metro), medido do virabrequim. Fora isso, cuidado seria tomado com a suspensão traseira, para tentar manter os dois pneus com a mesma carga, cancelando a tendência de "levantar" a roda direita. Diagramas detalhados de lay-out básico foram criados, e cálculos extensos e completos foram realizados, como se pode ver abaixo.
A carroceria escolhida acabou sendo a de um Plymouth Business Coupe 1949, e após breve busca, era comprado um exemplar por quase nada. Jack McPhearson, um dos integrantes do clube, oferece a garagem de sua casa (literalmente no fundo do quintal!) e assim começa o trabalho. Inicialmente nenhum deles declarava seu envolvimento com o clube na empresa, com medo de represálias. Ser apaixonado por automóveis, por incrível que pareça, não era uma vantagem na Chrysler de 1959, a ponto de em uma avaliação de desempenho um dos Ramchargers receber o comentário negativo de que “gostava demais de carros”.
O motor usado obviamente foi um early-hemi de 354 polegadas cúbicas (5,8 litros). O motor foi conseguido de forma inusitada: um dos Ramchargers, Dan “The Nose” Mancini (todos os membros tinham aposto) conseguiu um acerto com um gerente de garantia da Dodge: ele mandaria três motores danificados para os engenheiros avaliarem, com um relatório. O pagamento por este trabalho seria ficar com um dos motores. O motor, originalmente de uma picape, foi cuidadosamente preparado por Tom Hoover, que se tornaria lendário na função.
O motor usado obviamente foi um early-hemi de 354 polegadas cúbicas (5,8 litros). O motor foi conseguido de forma inusitada: um dos Ramchargers, Dan “The Nose” Mancini (todos os membros tinham aposto) conseguiu um acerto com um gerente de garantia da Dodge: ele mandaria três motores danificados para os engenheiros avaliarem, com um relatório. O pagamento por este trabalho seria ficar com um dos motores. O motor, originalmente de uma picape, foi cuidadosamente preparado por Tom Hoover, que se tornaria lendário na função.
Para o escapamento, Hoover havia lido um paper da SAE, a sociedade de engenheiros automobilísticos fundada em 1905, sobre os efeitos benéficos na potência das motocicletas monocilíndricas Norton de um escapamento com 48 pol de comprimento, e um "megafone" de sete polegadas no fim do tubo. Como cada cilindro da Norton era próximo da cilindrada unitária do Hemi, resolveu que oito deles seriam ideais para o Ram Rod. Confeccionou ele mesmo dois coletores assim. Na verdade, o comprimento acabou diferente, pois os engenheiros do grupo determinaram que o comprimento deveria ser ajustado para máxima potência a uma dada rotação, seguindo uma fórmula constante, que derivaram da leitura do documento da SAE. Em conjunto com o motor montado alto e recuado no carro, o escape resultante teve que passar por recortes em cada para-lama, gerando uma aparência realmente estranha.
Outra coisa estranha era a admissão. Os Ramchargers criaram o primeiro "tunnel ram", tipo de coletor de admissão em que os carburadores estão montados no topo de longos tubos. Como foi descoberto o efeito benéfico deste tipo de coletor é uma historinha que merece ser contada:
Parece que, durante o desenvolvimento de versões experimentais de alta potência do V-8 Hemi original (com injeção de combustível e oito borboletas bem próximas da admissão), a sala de dinamômetro ficava envolta em uma perigosa névoa de combustível, que passava de volta pelas borboletas em alta rotação. Os técnicos e engenheiros resolveram adicionar longos tubos na admissão, para "segurar" um pouco do combustível fujão, até que fosse consumido novamente. Para a surpresa deles, com os tubos instalados a potência subiu... Sem nenhum trabalho teórico prévio, a Chrysler tropeçou no famoso ram effect, ou efeito de aríete da coluna de ar.
Algum tempo depois, nossos amigos Ramchargers colocavam isso em prática: soldando alguns perfis de alumínio e usando tubos de borracha individuais para cada cilindro, o Ram Rod acabou com os seus dois carburadores quádruplos Carter montados mais altos que o teto! O comprimento dos dutos também foi calculado seguindo fórmulas que derivaram dos testes, para a mesma rotação de potência máxima determunada para o escape.
Dentro do carro, um toque genial: o conta-giros horizontal montado no teto era peça de uma velha bancada de dinamômetro da Chrysler desativada...
O resultado deste Hemi bem-feito em conjunto com transferência de peso enorme e um conjunto bem acertado foi avassalador. No ano seguinte, ganhou pintura nova e um novo nome (“The High and The Mighty”, ou Alto e Poderoso, título do famoso filme de 1954 que no Brasil se chamou "Um Fio de Esperança"), e continuou sua série de vitórias e recordes, o melhor sendo um incrível quatro de milha em 12,29 segundos, a nada menos que 189 km/h, no NHRA Winternationals de 1960. Foi sempre um ganhador até que a NHRA especificou uma altura máxima do virabrequim ao solo em 24 pol (609 mm), obsoletando imediatamente o velho carro. Para um engenheiro de competição, ver uma nova regra sendo criada para tirar você da competição é a prova irrefutável de que você realmente teve sucesso.
Os Ramchargers, sem saber o valor histórico que seu carro teria anos depois, venderam-no para financiar o próximo, continuaram sua série de sucessos, e o velho Ram Rod desapareceu, completamente esquecido. Em 2008, 49 anos depois de ser criado, a revista Hot Rod declarava o carro um dos 100 mais influentes hot rods de todos os tempos.
Ano passado, um dos muitos integrantes do clube, Dave Rockwell, publicou um livro contando toda a história do time, chamado “We were the Ramchargers” (“Nós éramos os Ramchargers”, abaixo). O livro está disponível a venda na SAE, e dele são as fotos que ilustram este post, bem como a maioria dos fatos expostos aqui. Para quem domina a língua inglesa, é altamente recomendável comprar, ler e guardar com carinho, sendo um Mopar-man ou não.
Um livro emocionante que conta uma épica história de entusiasmo, vocação e de dedicação, que mudou uma empresa e o nosso mundo. Ou você não acha que o mundo seria bem mais triste se o 426 Hemi nunca tivesse existido?
Tom “Chrome” Hoover, lendário “homem de motor” dos Ramchargers, e peça fundamental no desenvolvimento do 426 Hemi, resume perfeitamente o que foi o grupo, no final do livro:
“Vários fatores nos levaram a conseguir tanta coisa com menos dinheiro que os outros times. Mas o principal é o fato de que a gente adorava aquilo. O pessoal tinha responsabilidade, eram interessados e confiáveis, porque todos adoravam fazer parte daquilo. Cada um podia dar a sua contribuição. Com os Ramchargers, não havia distinção entre trabalho e a missão no clube. São os Ramchargers, não sou eu, ou Mancini, ou qualquer outro... São os caras! Todos tem a camiseta, todo mundo tem a mesma aparência, ninguém se sobressai. É lindo! Éramos mais do que qualquer um de nós sozinho. NÓS ÉRAMOS OS RAMCHARGERS!”
MAO
Post incrível! Como a maioria dos daqui fora um retoque ou outro q um bom editor tiraria de letra!
ResponderExcluirQuando estes posts incríveis vão ser publicados ou reunidos nem que seja digitalmente?
Essa história de ser negativo gostar demais de carros me é familiar... Não sei d onde...
Pensem na publicação. Abraços.
Épico!
ResponderExcluirPra quem quiser ouvir o som do motor, vídeos do High & Mighty funcionando:
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=nR6jOYfIjtc
http://www.youtube.com/watch?v=roRJdyEekK8
http://www.youtube.com/watch?v=JM2Nwz3Bxbs
http://www.youtube.com/watch?v=pi2br-nAMXA
Era um outro mundo, um mundo muito melhor que o nosso...
ResponderExcluirAtualmente, só no interior dos EUA, onde tem corrida até de cortador de grama, eles ainda fazem esse tipo de proeza.
Mais ou menos na mesma época, podemos traçar um paralelo com as nossas carreteras e até mesmo com os "Mecânica Continental". Eram gênios que dificilmente tinham uma simples calculadora à mão.
Post fantástico de uma história fantástica. Muito bem escrito e ilustrado, parabéns.
ResponderExcluirPreciso dizer que também vem daí a minha paixão pelos Mopars...E é interessante notar que décadas depois a própria Chrysler adotou o nome Ramcharger em um modelo da suas picapes !!!
ResponderExcluirQuer homenagem maior que essa ??
Fantástico!
ResponderExcluirÉ legal ver que muita coisa boa nasceu em fundo de quintal ou às escuras.
Parabéns, MAO. Fantástico post. Não conhecia ainda os Ramchargers, e adorei a história deles.
ResponderExcluirExcelente post..
ResponderExcluiragora uma dúvida: o fato de levantar o carburador realmente faz uma diferença significativa?
abs
Só um brilhante post do MAO para me fazer debruçar a ler com mais cuidado sobre o mundo das arrancadas.
ResponderExcluirQue história fantástica, parabêns!
MAO,
ResponderExcluirSem dúvida, um dos seus melhores posts na história do blog. Parabéns!
Eu pessoalmente jamais faria um carro de arrancada, os meus carros são feitos para curvas pq é o que eu gosto. Mas não há como negar que as arrancadas envolvem uma paixão, amor e dedicação enormes e merecem muito respeito!
A história dos Ramchargers é absolutamente fantástica. Mais uma vez, parabéns e obrigado por compartilhar isso conosco!
Legal a psicologia por trás do conta-giros: a 5500 rpm a escrita "SHIFT! (Damn it)" seguido por uma caveira e ossos cruzados.
ResponderExcluirSobre levantar o carburador, faz diferença sim, tanto que na finada D-3 (se eu não me engano) eram usadas vários espaçadores sob o bijet, levando-o lá pra cima.
É uma linda história Marco Antonio, linda mesmo. Trabalho de engenharia aplicada da melhor espécie, em algo contagioso como as competições em pista.
ResponderExcluirDemais de legal, comprarei esse livro o mais rápido possível.
MAO,
ResponderExcluirNão sei nem o que falar... Fantástico o post!
Fiquei amarradão mesmo!
E pessoal, sabemos que fazer curvas requer mais dos cojones... MaaaAAAS!!! ninguém aqui teve oportunidade de pilotar um top fuel ou um funny car, certo?
Arrancada é algo muito manero também, rola uma ansiedade diferente, principalmente quando vc está competindo com o desconhecido... Imaginem o momento que ligaram este motor, momento histórico com certeza!
MAO, quando se fala em muscle/pony cars, minha predileção sempre foi MOPAR, não sei explicar, será que foi influência do Doginho do meu pai? hahaha... Este post fez reanimar o sonho do Challenger branco Vanishing Point... hehehe
Lawrence, só lamento por vc cara... eu perdi até a vontade de comentar no último post do MAO pelas... "sei lá o que" coisas que vc escreveu... acho que vc precisa de tratamento.
Parabéns a eles e ao MAO, obrigado por compartilhar.
ResponderExcluirEsse caso explica a essência de ser Autoentusiasta.
abraço
Sérgio Barros
Não sou fã de arrancadas, mas conhecia a história dos ramchargers. É simplesmente sensacional o que esses caras fizeram! Creio ser mais ou menos como quando os amigos Alex Dias Ribeiro, José Álvaro Vassalo, Helládio Toledo Monteiro Filho e João Luiz Fonseca alinharam seu carro, logo apelidado de "patinho feio" nas últimas colocações dos 500 km de BSB de 1967 e chegaram em 2° lugar, atrás apenas de uma alfa GTV.
ResponderExcluirApesar de não serem engenheiros, a vontade de vencer e a paixão por automóveis é a mesma!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirFantástico post, inclusive quando se olha para essa história pelo ângulo da motivação da equipe e de sua liberdade de criação. Dá até pra justificar a aparência medonha do carro.
ResponderExcluirSe eu fosse fazer um filme sobre essa história, colocaria uma trilha com músicas dos Hi-Lo's ou dos Four Freshmen.
Ótimo post.
ResponderExcluirIsso mostra que empenho e dedicação valem muito mais do que dinheiro, como temos visto atualmente em corridas...
Arrancada nos domínios tupiniquins é mal vista por alguns motivos:
ResponderExcluirPraticamente monomarca;
Praticamente só veículos tração dianteira;
Muita boa vontade e
Pouco estudo.
Certa vez o Sr André Dantas, em uma de nossas conversas no posto, disse: "Pegue os 5 melhores preparadores tupiniquins dê condições financeiras para eles brigarem de igual para igual e veja se alguém fará tempo próximo dos americanos." Realmente será difícil algum preparador nacional "andando junto" à algum americano...
Acredito eu que parte desta "vagabundice" venha do álcool em qualquer posto. Este motivo deixa a maioria absuluta dos "prepar-a-dor", "vagabundos". Quantos preparadores ainda "tomam baile" de uma injeção eletrônica? Suspensão "preparada" resume-se à buchas de poliuretano, barras diversas instaladas ao léo e amortecedores "com maior carga". Sabe-se Deus que carga é esta...
Enfim.
Não sou engenheiro mecânico/automotivo.(Só amo máquinas, motores e mecanismos de um modo geral.) Mas entendo perfeitamente que qualquer sistema dentro de um manco respeita uma série de relações de compromissos.
Será que é tão difícil para os "prepara-a-dor" tupiniquins enchergarem isso e mudarem (profissionalizarem) esse cenário???
O Sr. está a falar merdas sem conhecimento de causa.
ExcluirEu já conhecia a história dos Ramchargers,mas essa abordagem do MAO,matou a pau.
ResponderExcluirÉ por isso qeu eu me orgulho de se Mopar.
Como já disseram, excelente história. Gosto muito desse tipo de relato, onde se vê que alguns apaixonados resolveram trabalhar de forma simples e objetiva para conseguir resultados incríveis. Afinal, eles trabalharam em ideias simples, sem "reinventar a roda", mas foi algo que ninguém havia pensado até então.
ResponderExcluirO mundo seria muito, mas muito mais triste sem o 426 Hemi (sem esquecer os mais brutos 440 Magnum e 426 Wedge, menos elaborados, mas tão viscerais quanto...)
Puxa vida!
ResponderExcluirE ele já era patrocinado pela C&A!!!!
Será que tinha o Sebastian cantando e dançando lá também????
Puxa vida!
ResponderExcluirE ele já era patrocinado pela C&A!!!!
Será que tinha o Sebastian cantando e dançando lá também????
Puxa vida!
ResponderExcluirE ele já era patrocinado pela C&A!!!!
Será que tinha o Sebastian cantando e dançando lá também????
Puxa vida!
ResponderExcluirE ele já era patrocinado pela C&A!!!!
Será que tinha o Sebastian cantando e dançando lá também????
Puxa vida!
ResponderExcluirE ele já era patrocinado pela C&A!!!!
Será que tinha o Sebastian cantando e dançando lá também????
Não conhecia essa equipe. Ótima história!
ResponderExcluirMas, tenho uma dúvida, não sei se é estúpida ou não, mas gostaria que alguém capacitado a solucionasse... Num coletor de admissão longo a mistura ar/combustível não poderia se "desestabilizar", deixando de ser um aerossol e o combustível acabar "escorrendo", líquido, pelo coletor?
Tudo depende do vácuo que se tem e do venturi. Esse motor a 5500 RPM devia dar uma boa depressão no coletor.
ResponderExcluirSds,
Cristiano Zank.
Disseram aí que quem não gosta de arrancada é pq nunca andou de Top Fuel ou Funny Car...
ResponderExcluirBom, eu não concordo com a comparação afinal gosto de correr em circuito mesmo sem ter jamais pilotado um F1 ou um protótipo de Le Mans.
Gosto de fazer curva, gosto de fazer uma linha melhor que a do adversário e, com isso, ganhar metro por metro em cima dele. Pra mim não tem prazer melhor do que fazer aquela curva perfeita e sair embutido na bunda do adversário com mais velocidade... Bater um pega de várias voltas sentindo o corpo suar frio dentro de um carro/forno a 50ºC, isso é inigualável.
Arrancada é mta adrenalina sem dúvida. Não curto, mas respeito. Questão de gosto pura e simples.
Concordo com o Chiavalone e com o Gryphon (A. Dantas) sobre os preparadores nacionais, mas é preciso notar que o nível das arrancadas nacionais subiu MUITO nos últimos anos. Se você for ver os carros realmente TOP nacionais, percebe que a evolução é enorme. Por pior e mais nojento que seja um gol AP turbão, já tem uns virando abaixo de 9s nos 400m e isso é, de fato, muito impressionante. Injeção eletrônica não é mais segredo a muitos anos nesse meio e existem também aqueles que "think out of the box" como o Vicente Orige que montou uns motores GM aspirados que andavam bem na frente de quase todos os AP Turbão. Cito ele por ser o mais famoso embora não seja o único!
A época dos Golzinhos turbão com 2 Webber deitadas usando Goodyear Eagle Ventura invertidos já passou! Ainda tem gente que acredita nisso, mas nas competições de nível mais alto isso é piada atualmente!
Ducaralho !
ResponderExcluirMais uma vez o MAO, nos colocando exatamente onde a história do automobilismo fez "história".
ResponderExcluirO meu, acredito que nosso (leitores), muito obrigado
Acho incrível esses momentos em que os "underdogs" calam a boca de todo mundo. E o carro em sí é fantástico, é tão troncho que parece um deboche sobre rodas, mas com uma engenharia irretocável. É o triunfo máximo da função sobre a forma, o extremo oposto das "chunagens" que vemos por aí, cheias de aerofólios e afins.
ResponderExcluirParabéns pelo post, e já vou me programar para fazer uma réplica desse carro em escala 1:18!
Chiavaloni,
ResponderExcluirNo dia em que os preparadores brasileiros enCHergarem alguma coisa... aí sim a coisa ficará complicada!
E não vejo este pessoal como vagabundos, a comparação com os americanos é totalmente descabida!
É comparar Celta com Camaro...
O mercado deles é um absurdo, a cultura american muscle.
Villa,
Quando falei em top fuel e funny car foi só pra exacerbar a idéia e com isso demonstrar, que para arrancada também é necessário ter cojones...
Apesar que, se não me engano, tem uma menina, uma adolescente mesmo, que corre de top fuel, mas o pai dela é um "dos caras" da NHRA.
Eu também nunca pilotei um funny car e o que mais curto é fazer curvas no limite de aderência,
mas sinto mais que respeito às arrancadas. Sei lá, são coisas diferentes e não vejo motivo para não gostar das duas, mesmo preferindo as curvas.
Quanto à arrancada brasileira, estou por fora do que anda acontecendo, mas depois da entrada da Fueltech e concorrentes no mercado penso que o nível das preparações melhorou consideravelmente.
não sou dragster lover... mas é muito legal ler algo assim pois bota no coração aquele sentimento de que nem tudo esta perdido , e que essa era eco chata tem salvação.
ResponderExcluirvaleu pelo post melhorou meu dia .. e muito
Uau!
ResponderExcluirCom o perdao da palavra... CA-CE-TE!
ResponderExcluirEste e o maior exemplo de que coisas feitas com entusiasmo saem muito melhor do que feitas... no compromisso..
MUito legal o post, desses de tirar o sono querendo fazer igual! rs
ResponderExcluirParabéns!
Cultuta drag racing vintage no topo do subject! Gostei pra ca$%@#!!!
ResponderExcluirperdoem a ignorancia deste pobre ser q vos tecla.... mas tirem-me do limdo da ignorancia e me permitam perguntar: Alguem poderia me explicar o que significa o termo MOPAR??
ResponderExcluirMOtor PARts, divisão de "opcionais" realmente esportivos da Dodge, por favor alguém me corrija se eu estiver errado
ResponderExcluir