Conversando com o JJ este fim de semana sobre maneiras de reduzir o espaço ocupado por nossas bibliotecas sempre em expansão, o amigo me fez uma sugestão muito boa: escanear algumas antigas propagandas e folhetos publicitários. Já comecei a fazer isso, e resolvi postar algo que nem lembrava que tinha guardado: um folheto da linha Willys de 1967.
Muito interessante ver o que o brasileiro tinha de opção tanto tempo atrás. E o Aero-Willys como símbolo de status! Era a Willys a Hyundai de 1967?
MAO
Só no Brasil uma marca como a Hyundai pode ser sinônimo de status. O pior é que tanto o fabricante, quanto sua importadora oficial, tiram proveito da massa menos esclarecida. Belas fotos, pena que nem todas podem ser visualizadas de maneira ampliada.
ResponderExcluirE só nesse Brasil, Fábio, é que Corolla e Civic são carros de luxo... e tem gente pagando 90 paus neles.
ResponderExcluirSobre o tópico,interessantíssimo.
Abraço
Lucas
Em 1967, o Aero Willys estava mais pra Toyota Corolla que pra Hyundai. Era a escolha careta porém segura na comparação com os seus concorrentes Simca (àquela altura já estigmatizado como o "Belo Antonio"), FNM JK (caríssimo) e DKW Fissore (também caro demais, especialmente para um DKW Belcar com uma carroceria mais atual). O Galaxie já havia chegado, mas era um privilégio para poucos.
ResponderExcluirAchei muito reveladora a tentativa de posicionar o Jeep como opção para o público jovem. Na época, o Fusca já nadava de braçada e o Gordini, da própria Willys, não era páreo para ele, E o mercado era tão pobre em opções que o Jeep passava a ser uma alternativa ao Fusca. (Pelo que eu me lembro, o preço dos dois era mais ou menos o mesmo.)
Mas o mais curioso é o rótulo "Jovem Jeep". Ele reflete fielmente o espírito daqueles tempos, em que o sucesso da chamada Jovem Guarda induzia os anunciantes a fazerem de tudo para provar que estavam sintonizados com a "onda jovem". A propaganda da Shell, para citar apenas uma, dizia coisas como "jovem super vai de Shell - mora!"
Carros do meu tempo de criança, he, he! Tirando o Itamaraty Executivo, andei em todos. Acho o Itamaraty belíssimo, e a lembrança mais viva que tenho de um, é o do pai de um amigo, isto já em 1978. O carro (1971) estava absolutamente impecável, e chamava a atenção, apesar de não ser uma raridade saída de linha há muito tempo. Eu adorava passear nele, as pessoas olhando...me sentia o tal.
ResponderExcluirInfelizmente, sofreu um acidente e o pai do meu amigo o trocou por um Maverick. Nunca cheguei a ver o carro batido, não sei se estragou muito ou se dava para consertar numa boa, mas lamentei muito esta troca.
Mr. Car.
Há carros que certamente é bom recordar. O que me dá desgosto e por isso parei de frequentar este círculo é o pessoal do "isso que era carro". O carro mais simples e barato de hoje é mais prazeroso de conduzir do que muito carro top do passado. Quem era o que na sua época é o que interessa.
ResponderExcluirPô MAO, podia ter colocado as imagens com mais resolução, fiquei curioso pra ler os textos. :D
ResponderExcluirParabéns Marco, voce não sabe o qunto eu gostaria de ter estes arquivos digitalizados, eu gosto muuuuiiiito disto!
ResponderExcluirValeu pela iniciativa Marco.
ô Marco, põe estes arquivos das propagandas antigas em alta resolução para a gente baixar!!
ResponderExcluirQue cheiro de naftalina,hahahahaha,show!!!!!
ResponderExcluirMeu avô teve um Aero azul,porém era 66,era um carro muito resistente,também possuiu varios Gordinis,inclusive em um deles o motor literalmente caiu enquanto andava com ele....outras histórias de Willys foram com amigos meus...
ResponderExcluirO pai deles tinha um Itamaraty e durante uma viagem houve uma colisão com uma Variant...Resultado: a Variant ficou completamente destruída enquanto o Itamaraty só quebrou o farol e amassou um pouco o para-choque e meu amigo machucou o joelho na maçaneta da porta,foi só...Outra história foi com um Gordini,do irmão desse amigo agora citado..Ele estava subindo um morro e ao passar diante de um grupo de amigos deu uma acelerada tão forte no bixinho que motor explodiu e a força da explosão levantou o capô,saindo uma labareda,no mesmo momento o carro começou a descer de ré e foi motivo de piadas para os colegas desse irmaõ do amigo rsrsrsrs
Uma dúvida,o freio do Corcel é esse mesmo do Gordini,porém melhorado? as fixações no cubo parecem iguais...
Abraços!
O Logan, para mim, funciona como as madeleines do Proust. Sempre que vejo um, me vem à mente o Aero Willys e, com ele, os saudosos anos 60.
ResponderExcluirPessoal,
ResponderExcluirA idéia era colocar em alta, mas aconteceu algum problema no upload.
Vou tentar corrigir...
MAO
Uma verdadeira viagem no tempo. Agora, com a coleção digital da Quatro Rodas disponível, dá para embarcar no "De Lorean" virtual e visitar fatos e carros de outras épocas ao simples toque do mouse.
ResponderExcluirRealmente muito interessante!
Eita!! Eu tive 2 aeros e 1 Itamaraty.
ResponderExcluirO motor 6cc era quase indestrutível ( desde que bem cuidado) porém a suspensão dianteira era tosca , com um sistema de roscas ao invés de buchas de borracha nas bandejas . .
O Bixo fazia curvas tão bem quanto uma RURAL WILLYS......
Bom dia!
ResponderExcluirPasseando pelo blog, vi essa postagem já bem antiga e me lembrei disso:
Há alguns anos, viajei ao interior com minha familia, chovia muito e logo ao sair da pista estreita de asfalto, na entrada da propriedade, tinha uma pequena subida de barro amarelado.
A perua que eu dirigia mal tocou a subida, o giro subia e o carro não saia do lugar.
Tentei voltar e subir no embalo - nada!
Voltei a um posto de gasolina na cidade, procurei por alguém com algum veículo "traçado" e logo surgiu um sujeito com uma velha pickup willys.
Combinamos o preço, passamos as malas para aquela "saruana", deixei a perua estacionada no posto e voltamos para a estrada.
Na entrada da estrada de terra, o pickapeiro parou, desceu do carro, acionou a tração manualmente nas rodas dianteiras e lascou o pé!
A velha pickup dançava de um lado a outro da estrada,(pneus provávelmente carecas, combinados com acentuada folga na direção), mas foi rompendo estrada por cêrca de 1 km, até a porta da casa.
Ao chegar, passou antes pela saída do curral, local também bastante escorregadio, devido a um tipo especial de detritos acumulados...
Até hoje quando vejo velhos willys rodando por aí, me lembro dessa e de outras situações em que passei a admirar a resistência desses veículos.
Abrs/
Toda a minha infância no norte do Paraná foi a bordo de jipes, inicialmente um "51", motor "go devil", 04 cilindros, que apesar da pouca potência, 60 CV brutos, resolvia tudo e andava por ladeiras escorregadias como sabão, buracos, atoleiros, pontes e pinguelas de toros, devagar e sempre; depois um 06 cilindros, já brasileiro, também muito bom;jipes, aero-willis, rural e picapes eram os veiculos mais usados por todos, nas estradas intransitáveis do Paraná da minha infância; depois, começaram a aparecer os fuscas, mas aí é outra história.Dá uma pontinha de saudade, mas indiscutivelmente, os veiculos atuais são muito melhores , mais seguros e econômicos, exceção feita àqueles que permaneceram guardados no coração e que mesmo sabendo das suas limitações, nos recusamos a considerá-las racionalmente.
ResponderExcluir