Em julho de 1980 chegava a melhor revista de automóveis jamais publicada no Brasil.
Muitos leitores do AUTOentusiastas passaram bons anos de suas vidas lendo MOTOR 3, revista publicada pela primeira vez em julho de 1980. Desde o primeiro número, quando foi divulgado em editorial de José Luiz Vieira o lema "Curtição levada a sério", já se antevia que algo muito diferente estava por vir.
A ideia era nova, diante do que existia no mercado editorial, bastante conservador e com poucas publicações, agravado pela proibição de importações de automóveis.
A ideia era nova, diante do que existia no mercado editorial, bastante conservador e com poucas publicações, agravado pela proibição de importações de automóveis.
Para nós, MOTOR 3 era um oásis. Havia, sim, as publicações estrangeiras, mas de preço alto como hoje, e eram apenas um sonho para a maioria.
A primeira edição trazia na capa a proposta inédita de cobrir carros, motos, barcos e aviões. De vez em quando, alguma edição não apresentava assunto relativo a náutica ou aeronáutica, e alguns leitores criticavam, dizendo que era por isso o "três" no nome: só 3 assuntos. Nada disso, o numeral 3 era devido à Editora Três, dona da publicação.
As matérias sobre aviões eram um diferenciador forte, pois se faziam testes de aeronaves pela primeira vez na América do Sul, e por um engenheiro aeronáutico formado pelo ITA, para dizimar de vez com qualquer dúvida sobre a validade das matérias. Era Fernando de Almeida, executivo da indústria automobilística e, em paralelo, um aviador-poeta que nos deixou cedo demais. Voava quase qualquer tipo de avião, modernos e antigos, e executava manobras padrão de avaliação, não apenas passeios.
Mas eram os carros o motivo e a força principal da revista, e a imagem predominante nas capas, que nunca eram " poluídas". Nos primeiros anos, normalmente uma só foto, boa e forte, e as chamadas para os outros assuntos logo abaixo.
A primeira edição trazia na capa a proposta inédita de cobrir carros, motos, barcos e aviões. De vez em quando, alguma edição não apresentava assunto relativo a náutica ou aeronáutica, e alguns leitores criticavam, dizendo que era por isso o "três" no nome: só 3 assuntos. Nada disso, o numeral 3 era devido à Editora Três, dona da publicação.
As matérias sobre aviões eram um diferenciador forte, pois se faziam testes de aeronaves pela primeira vez na América do Sul, e por um engenheiro aeronáutico formado pelo ITA, para dizimar de vez com qualquer dúvida sobre a validade das matérias. Era Fernando de Almeida, executivo da indústria automobilística e, em paralelo, um aviador-poeta que nos deixou cedo demais. Voava quase qualquer tipo de avião, modernos e antigos, e executava manobras padrão de avaliação, não apenas passeios.
Mas eram os carros o motivo e a força principal da revista, e a imagem predominante nas capas, que nunca eram " poluídas". Nos primeiros anos, normalmente uma só foto, boa e forte, e as chamadas para os outros assuntos logo abaixo.
José Luiz Magalhães Vieira, o JLV, comandava a obra que deixava salivando os leitores com a proximidade da data de venda de cada nova edição. Era normal passar dias e mais dias visitando a banca mais próxima, perguntando pela revista. Quando atrasava, que penúria! Quando chegava, pegava-se o troco da mão do jornaleiro sem conferir, só olhando para a capa! Tempo bom aquele. Colocar as mãos em uma nova edição era certeza de estar a poucos minutos de sonhos transcritos para o papel, de estar a poucas páginas de aprender mais coisas novas ou de entender melhor o que já se sabia.
Os colaboradores vieram de pontos variados do negócio "veículos", e eram notáveis pelo conhecimento e pela habilidade em dar o recado. José Rezende Mahar, Fernando de Almeida, Oscar Nélson Kuntz, Gabriel Hochet, Pierre Yves Refalo, Ulisses Vasconcellos Diniz, Dedê Gomez, Giu Ferreira, José Roberto Nasser, Expedito Marazzi, Paulo Celso Facin e Milton Saldanha Machado foram alguns nomes que fizeram a MOTOR 3 ao longo dos anos.
Avaliavam carros e motos novos, antigos, de corrida, barcos de todo tipo, participaram de provas do Campeonato de Marcas, Mil Milhas, Brasileiro de Rali.
Após um certo tempo, somaram-se a eles Celso Lamas e posteriormente Adhemar Ghiraldeli Jr., com as inéditas "Análises de Estilo", que mostravam os erros, acertos e davam sugestões para melhoria de carros nacionais.
A porção de motos acabou por gerar outra revista fabulosa, a MotoShow, comandada por Hochet, um francês que no início era o editor de arte, mas sempre foi motociclista fanático. Também nunca antes efetuado por revista alguma, eram as medições de nível de ruído com equipamento destinado a este fim (decibelímetro). Sem subjetividades, portanto.
Outras diretrizes da revista era mostrar problemas caso eles existissem.
Um Fiat 147 Rallye era totalmente instável nas provas de frenagem, e o teste foi publicado mostrando esse problema sério. A Fiat verificou o carro e o devolveu para a redação, para nova avaliação. O comportamento melhorou, mas não ficou perfeito, e foi publicada uma nova matéria apenas para falar disso, mostrando os resultados.
Uma outra característica ótima era a de mostrar fotos apenas das modificações de um certo modelo. Foi assim com o Opala/Caravan 5-marchas, cujo teste teve apenas uma foto do pomo da alavanca de câmbio, mostrando a marcha adicional. Mesmo procedimento com o Del Rey automático, mostrando apenas 3 fotos: cofre do motor, alavanca de seleção de marchas e uma da nova caixa aberta. Sem desperdício de espaço com fotos de carros que não apresentavam mudanças de aparência.
Nas páginas finais, o "Mercado Clássico" trazia anúncios de veículos antigos, que eram gratuitos. Até aviões eram anunciados.
Os carros-projeto começaram cedo a povoar as páginas, com o primeiro deles nascendo do acaso. José Luiz Vieira foi à Fiat em São Paulo pegar uma pick-up Fiorino para avaliação. O carro era o primeiro modelo do pequeno Fiat, baseado no 147 com a dianteira antiga. Após um tempo em congestionamentos, JLV viu espaço à frente e acelerou. O comportamento vivaz do pequeno carro de carga era tão bom que nasceu a proposta de fazer a pick-up com a parte dianteira do modelo chamado 147 Europa, e mais várias melhorias, buscando um esportivo fora dos padrões. Ficou muito chamativa, e levou a fábrica a pensar o carro sempre com versões de apelo de diversão e lazer, não apenas trabalho. Algo que permanece até hoje com as versões Adventure.
Outro projeto foi o Chepala, Chevette com motor Opala 4-cilindros, que foi inicialmente feito experimentalmente pela GMB alguns anos antes, e nunca comercializado. Era tão interessante que JLV o reproduziu para uso pessoal, a partir de um modelo zero-km, explicando na revista como e por que fazer, mostrando as muitas vantagens e poucas desvantagens.
Tabela comparativa mostrando os resultados do Chepala 2,5 a álcool.
Mas o projeto mais notável foi um Landau sem carroceria e com o balanço traseiro diminuído. Uma gaiola tubular foi adicionada ao chassis perimetral, amarrando toda a estrutura, e pintada de "amarelo Kodak" por decisão do diretor de arte da revista, Silvio Magarian. Batizado de Koizyztraña, foi apresentado no Salão do Automóvel de 1982, com grande sucesso. Um Landau que servisse também para uso fora-de-estrada só poderia sair mesmo de uma revista que levava a curtição a sério.
O folheto com a proposta do Koizyztraña, distribuído no Salão de 1982.
Somente quem gosta de leitura de forma apaixonada pode entender a força que MOTOR 3 teve sobre uma enorme quantidade de pessoas.
Como explicar uma revista que talhou características em vários motoristas, inclusive neste que escreve, como a de ser macio, suave, sem "detonar" o carro conduzido? Todos os princípios desse raciocínio estavam explicados na matéria " O bom motorista é o motorista macio".
Como explicar o desejo de dirigir cada vez melhor, cada vez com mais precisão? Natural foi entender que não se aquecia carro parado, para depois sair acelerando tudo. Elementar, meu caro Watson: e o resto da mecânica? Uma transmissão pode ser chamada a transmitir todo o torque do motor ainda fria? Não, óbvio que não. E um freio, é igualmente eficiente na primeira freada assim como nas subsequentes? Não. Precisa estar convenientemente aquecido para apresentar um bom rendimento.
Também foi natural entender que andar rápido é fácil. Fazer isso com antecipação, evitando acidentes e não atrapalhando os outros é que é difícil. Muito antes de existirem cursos de direção defensiva, a revista já ensinava isso.
Certamente o motivo de MOTOR 3 ser lembrada com tanto carinho ainda hoje por quem a leu quando nova, é a característica profissional principal de JLV: o amor pelo automóvel, pela máquina. Não esqueceremos de forma alguma o entusiasmo que ele sempre demonstra ao falar de carros, como, por exemplo, em um Congresso da SAE, quando havia conseguido que a BMW trouxesse um Série 7 movido a hidrogênio, bem como em um Salão do Automóvel de São Paulo, quando a Renault expôs o conceito Racoon.
Sua formação como engenheiro automobilístico e o ingresso simultâneo no jornalismo o talhou com a visão de dentro para fora das fábricas, sem escrever bobagens sobre como é o desenvolvimento de um carro, e entendendo perfeitamente o por quê de cada modelo ser o que era. Totalmente diverso de quase tudo que se lia em outros lugares, portanto.
Foi simples entender que não existe "o melhor do mundo", nem o carro perfeito, pois isso depende muito de quem compra e como usa um determinado modelo.
Também entendemos que engenharia, seja de qualquer modalidade, significa basicamente compromisso. Traduzido para os automóveis, entendemos como sendo fácil fazer carros caríssimos e com tudo que se precisa. Difícil é fazer algo barato e muito bom.
Sua experiência incluiu passagens por empresas fora do Brasil, seguindo sua graduação como engenheiro automotivo pela Indiana Tech, na cidade de Fort Wayne, Indiana. Em paralelo com a carreira de engenheiro, JLV se tornou um jornalista que acumulou experiência rapidamente. Já no último ano do curso de engenharia, em 1955, se tornou correspondente nos Estados Unidos da Revista de Automóveis, publicada no Rio de Janeiro. JLV conta com mais detalhes esse início, na apresentação de seu livro "A História do Automóvel", obra dividida em três volumes, referência para quem gosta de saber quando, onde, como e por que o automóvel chegou a ser o que é hoje.
Após passagens por jornais e revistas cariocas e paulistas, em paralelo a outras atividades, e sempre percebendo com clareza a pequena quantidade de informação técnica nas publicações brasileiras, iniciou o projeto da MOTOR 3, destinada e ensinar o leitor, e não apenas testar carros.
Segundo ele nos disse certa vez, a ideia era permitir uma visão completa dos requisitos para o desenvolvimento de veículos, algo como um curso de engenharia automobilística.
Após algumas edições esporádicas da revista batizada de Status Motor, JLV tomou a frente para que a Editora Três tivesse sua revista de automóveis. A edição de janeiro de 1980 de Status Motor deixava antever o que seria a MOTOR 3. Dois meses de viagens e muitas matérias sobre carros estrangeiros feitas fora do Brasil, e a divulgação de informações que eram absolutas novidades naquele mundo sem internet de então.
Como explicar uma revista que talhou características em vários motoristas, inclusive neste que escreve, como a de ser macio, suave, sem "detonar" o carro conduzido? Todos os princípios desse raciocínio estavam explicados na matéria " O bom motorista é o motorista macio".
Como explicar o desejo de dirigir cada vez melhor, cada vez com mais precisão? Natural foi entender que não se aquecia carro parado, para depois sair acelerando tudo. Elementar, meu caro Watson: e o resto da mecânica? Uma transmissão pode ser chamada a transmitir todo o torque do motor ainda fria? Não, óbvio que não. E um freio, é igualmente eficiente na primeira freada assim como nas subsequentes? Não. Precisa estar convenientemente aquecido para apresentar um bom rendimento.
Também foi natural entender que andar rápido é fácil. Fazer isso com antecipação, evitando acidentes e não atrapalhando os outros é que é difícil. Muito antes de existirem cursos de direção defensiva, a revista já ensinava isso.
Certamente o motivo de MOTOR 3 ser lembrada com tanto carinho ainda hoje por quem a leu quando nova, é a característica profissional principal de JLV: o amor pelo automóvel, pela máquina. Não esqueceremos de forma alguma o entusiasmo que ele sempre demonstra ao falar de carros, como, por exemplo, em um Congresso da SAE, quando havia conseguido que a BMW trouxesse um Série 7 movido a hidrogênio, bem como em um Salão do Automóvel de São Paulo, quando a Renault expôs o conceito Racoon.
Sua formação como engenheiro automobilístico e o ingresso simultâneo no jornalismo o talhou com a visão de dentro para fora das fábricas, sem escrever bobagens sobre como é o desenvolvimento de um carro, e entendendo perfeitamente o por quê de cada modelo ser o que era. Totalmente diverso de quase tudo que se lia em outros lugares, portanto.
Foi simples entender que não existe "o melhor do mundo", nem o carro perfeito, pois isso depende muito de quem compra e como usa um determinado modelo.
Também entendemos que engenharia, seja de qualquer modalidade, significa basicamente compromisso. Traduzido para os automóveis, entendemos como sendo fácil fazer carros caríssimos e com tudo que se precisa. Difícil é fazer algo barato e muito bom.
Sua experiência incluiu passagens por empresas fora do Brasil, seguindo sua graduação como engenheiro automotivo pela Indiana Tech, na cidade de Fort Wayne, Indiana. Em paralelo com a carreira de engenheiro, JLV se tornou um jornalista que acumulou experiência rapidamente. Já no último ano do curso de engenharia, em 1955, se tornou correspondente nos Estados Unidos da Revista de Automóveis, publicada no Rio de Janeiro. JLV conta com mais detalhes esse início, na apresentação de seu livro "A História do Automóvel", obra dividida em três volumes, referência para quem gosta de saber quando, onde, como e por que o automóvel chegou a ser o que é hoje.
Após passagens por jornais e revistas cariocas e paulistas, em paralelo a outras atividades, e sempre percebendo com clareza a pequena quantidade de informação técnica nas publicações brasileiras, iniciou o projeto da MOTOR 3, destinada e ensinar o leitor, e não apenas testar carros.
Segundo ele nos disse certa vez, a ideia era permitir uma visão completa dos requisitos para o desenvolvimento de veículos, algo como um curso de engenharia automobilística.
Após algumas edições esporádicas da revista batizada de Status Motor, JLV tomou a frente para que a Editora Três tivesse sua revista de automóveis. A edição de janeiro de 1980 de Status Motor deixava antever o que seria a MOTOR 3. Dois meses de viagens e muitas matérias sobre carros estrangeiros feitas fora do Brasil, e a divulgação de informações que eram absolutas novidades naquele mundo sem internet de então.
Status Motor de janeiro de 1980, seis meses antes da primeira MOTOR 3.
José Luiz formou uma equipe de profissionais competentes, e partiu para a publicação mensal. Com uma capa que muitos disseram que não iria vender, a edição número 1 chegou às bancas em julho de 1980. Trazia um Chrysler Imperial 80, carroceria Le Baron 1927, de propriedade de Og Pozzoli, um dos mais conhecidos e admirados colecionadores do Brasil. Vendeu bem, e era muito comentada, aumentando as vendas mais no boca-a-boca do que por investimento em propaganda. Me recordo apenas de comerciais no rádio, e nas outras publicações da Editora Três.
MOTOR 3 não foi a primeira a avaliar carros em seu país de origem, mas o fazia de uma forma jamais vista por aqui, somando sensibilidade necessária a um bom testador, com conhecimento técnico da formação de engenheiro de JLV.
Sempre que era publicado o teste de um carro de marca famosa ou pouco conhecida, uma breve história da marca era apresentada, como prévia ao que estava por vir.
Foi assim com Saab, Rolls-Royce, Duesenberg, Talbot, Renault, Audi e tantos outros.
Modelos clássicos como Mercedes-Benz 300 SL também foram detalhados em sua origem, antes de se embarcar e dirigir o carro. Esta matéria, junto com a do Rolls-Royce Silver Spirit, do Renault R5 Turbo, do Audi Quattro, do Mercedes-Benz 500 SLC, do Duesenberg Boat-Tail e do DeLorean, estão entre as mais importantes dos quase oito anos da revista, e sem dúvida, são das melhores já publicadas por aqui, se tornando referência para todo jornalista com inteligência e objetivo de excelência.
Graças à pequena limitação de espaço de páginas, era comum uma matéria como a do DeLorean, por exemplo, ter uma parte mostrando a fábrica, outra com a avaliação do carro. Assunto não faltava, e matérias com mais de 10 páginas eram comuns. O DeLorean teve dezesseis maravilhosas páginas.
Uma visita à fábrica da Ferrari também foi algo memorável, apesar de não haver carros disponibilizados para a imprensa, na época.
A importância do diesel para carros de passeio era já conhecida fora do Brasil há bastante tempo, e JLV mostrou isso também na revista, com um inédito teste de um Passat LDE de exportação, rodando por aqui. Uma matéria interessante e de dar pena de nós brasileiros, pelo consumo apresentado pelo carro. JLV se divertia nos postos, ao parar o carro em frente à bomba de diesel, e contrário às indicações frenéticas dos frentistas, insistia no combustível. Formavam-se sempre pequenas aglomerações, com pessoas tentando entender por que o carro estava sendo abastecido com diesel, e JLV respondia satisfeito a perguntas sem fim. O Passat diesel passava de 15 km/l na cidade com o óleo, e na estrada chegava a 16,6 km/l. Os motoristas de táxi eram os que saíam mais afetados e injuriados em direção aos seus carros a ácool que faziam 5 ou 6 km/l na cidade, exatamente como alguns flex de hoje.
Havia, sim, uma excelência nos textos de JLV, que passavam a sensação de ser quase um simulador, só faltando mesmo estar no carro para entender melhor como se comportava.
O conhecimento internacional e local, acumulados, permitiam que seus contatos com as fábricas o disponibilizasse veículos-conceito, como foi com o Volkwagen Scooter, de 3 rodas, ou o Chevrolet Citation IV, que veio ao Brasil para exposição, e foi dirigido por ele dentro da fábrica da GM, em São Caetano do Sul. Protótipos também eram alvo de suas análises, como foi com o Chevette V-6 americano, e com o Uno Turbo i.e. italiano, que a Fiat havia trazido ao Brasil, já como parte dos trabalhos de desenvolvimento do Turbo nacional, bem diferente deste.
MOTOR 3 não foi a primeira a avaliar carros em seu país de origem, mas o fazia de uma forma jamais vista por aqui, somando sensibilidade necessária a um bom testador, com conhecimento técnico da formação de engenheiro de JLV.
Sempre que era publicado o teste de um carro de marca famosa ou pouco conhecida, uma breve história da marca era apresentada, como prévia ao que estava por vir.
Foi assim com Saab, Rolls-Royce, Duesenberg, Talbot, Renault, Audi e tantos outros.
Modelos clássicos como Mercedes-Benz 300 SL também foram detalhados em sua origem, antes de se embarcar e dirigir o carro. Esta matéria, junto com a do Rolls-Royce Silver Spirit, do Renault R5 Turbo, do Audi Quattro, do Mercedes-Benz 500 SLC, do Duesenberg Boat-Tail e do DeLorean, estão entre as mais importantes dos quase oito anos da revista, e sem dúvida, são das melhores já publicadas por aqui, se tornando referência para todo jornalista com inteligência e objetivo de excelência.
Graças à pequena limitação de espaço de páginas, era comum uma matéria como a do DeLorean, por exemplo, ter uma parte mostrando a fábrica, outra com a avaliação do carro. Assunto não faltava, e matérias com mais de 10 páginas eram comuns. O DeLorean teve dezesseis maravilhosas páginas.
Uma visita à fábrica da Ferrari também foi algo memorável, apesar de não haver carros disponibilizados para a imprensa, na época.
A importância do diesel para carros de passeio era já conhecida fora do Brasil há bastante tempo, e JLV mostrou isso também na revista, com um inédito teste de um Passat LDE de exportação, rodando por aqui. Uma matéria interessante e de dar pena de nós brasileiros, pelo consumo apresentado pelo carro. JLV se divertia nos postos, ao parar o carro em frente à bomba de diesel, e contrário às indicações frenéticas dos frentistas, insistia no combustível. Formavam-se sempre pequenas aglomerações, com pessoas tentando entender por que o carro estava sendo abastecido com diesel, e JLV respondia satisfeito a perguntas sem fim. O Passat diesel passava de 15 km/l na cidade com o óleo, e na estrada chegava a 16,6 km/l. Os motoristas de táxi eram os que saíam mais afetados e injuriados em direção aos seus carros a ácool que faziam 5 ou 6 km/l na cidade, exatamente como alguns flex de hoje.
Havia, sim, uma excelência nos textos de JLV, que passavam a sensação de ser quase um simulador, só faltando mesmo estar no carro para entender melhor como se comportava.
O conhecimento internacional e local, acumulados, permitiam que seus contatos com as fábricas o disponibilizasse veículos-conceito, como foi com o Volkwagen Scooter, de 3 rodas, ou o Chevrolet Citation IV, que veio ao Brasil para exposição, e foi dirigido por ele dentro da fábrica da GM, em São Caetano do Sul. Protótipos também eram alvo de suas análises, como foi com o Chevette V-6 americano, e com o Uno Turbo i.e. italiano, que a Fiat havia trazido ao Brasil, já como parte dos trabalhos de desenvolvimento do Turbo nacional, bem diferente deste.
Chevette V-6, protótipo da GM americana. JLV queimou pneus.
O mesmo ocorria com exemplares históricos, como o Fusca alemão de 1942 com pneus ressecados e e o próprio 300 SL. Esses eram carros dos museus das fábricas. Dá para acreditar? Uma revista brasileira tirando carros de museus e andando com eles?
Aproximadamente dois anos antes do último exemplar ir às bancas, uma reformulação grande foi sofrida pela melhor revista sobre veículos do Brasil. Um foco muito mais automobilístico havia sido imposto pela Editora Três, o que se provou não satisfatório para o leitor. Havia sido removido o subtítulo "Carros, Motos, Barcos, Aviões", e agora apenas carros eram mostrados.
Em 1987, no mês de maio, aparecia nas bancas a edição número 83, a última de MOTOR 3.
Aproximadamente dois anos antes do último exemplar ir às bancas, uma reformulação grande foi sofrida pela melhor revista sobre veículos do Brasil. Um foco muito mais automobilístico havia sido imposto pela Editora Três, o que se provou não satisfatório para o leitor. Havia sido removido o subtítulo "Carros, Motos, Barcos, Aviões", e agora apenas carros eram mostrados.
Em 1987, no mês de maio, aparecia nas bancas a edição número 83, a última de MOTOR 3.
Deixou muitas saudades e até hoje serve como referência para quem quer fazer jornalismo automobilístico de qualidade.
Minha coleção é completa, bem-guardada e constantemente consultada.
Obrigado, JLV!
JJ
Minha coleção é completa, bem-guardada e constantemente consultada.
Obrigado, JLV!
JJ
Infelizmente não conheci a revista em sua época, era ainda muito novo e não me interessava por carros ainda, a não ser os de brinquedo. Porém pelo que é cultuada, sei que era uma publicação de primeira linha.
ResponderExcluirGostaria de aproveitar e pedir para quem tiver scans das revistas, que os disponibilize aqui, para que a revista possa ser difundida e conhecida por mais pessoas.
Gostaria de aproveitar e pedir para quem tiver scans das revistas, que os disponibilize aqui, para que a revista possa ser difundida e conhecida por mais pessoas [2]
ResponderExcluirPrincipalmente a tabela do chepala 2.5
A Motor 3 (e a memorável Motoshow!) deixaram saudades...
ResponderExcluirOutra publicação da Editora Três era a Somtrês...
Eu era ainda pequeno, e assim pude aprender muito com todos os profissionais e suas belíssimas matérias (de todas essas citadas).
É triste ver que hoje não há uma revista automobilística que chegue aos pés da Motor 3, com algumas matérias-exceções aqui e ali. E olhe que eram os anos 80...
Atualmente, só a mesma papagaiada, falar em "mimos", muita foto inútil, sem falar em informações por vezes absurdas.
Por isso, parabéns pelo post! Ótima homenagem aos que merecem...
...e espero completar a minha coleção da Motor 3...
Meu pai tem toda a coleção da Motor 3, sempre gostei de folhá-la, é mesmo muito bonita, incomparávelmente mais rica em informação que as concorrentes...
ResponderExcluirPoxa, nasci mesmo na época errada. Nasci em 85 e não pude deixar de sentir uma ponta de inveja de quem teve a oportunidade de ter essa revista nas mãos. Mas tudo bem, o AutoEntusiastas e os blogs dos leitores estão conseguindo me alimentar bem de conteúdo sempre muito bom. Grande abraço a todos!
ResponderExcluirDe longe a melhor revista nacional de todos os tempos, minha coleção também esta completa e bem guardada.
ResponderExcluirJuvenal
ResponderExcluirMaior que o entusiasmo de suas palavras, só mesmo no dia em que conheci o JLV pessoalmente.
Bravo!
FB
Colecionar revistas nos anos 80/inicio dos 90 era dureza. A inflação galopante lascava de modo brutal garotos que como eu tentavam comprar revistas com regularidade. Era raro ver o preço impresso nas mesmas. Sempre tinha uma etiqueta com preço reajustado toda semana.
ResponderExcluirDentre os nomes citados, o que eu conheci mais foi o Fernando de Almeida, com suas matérias na revista Sky Dive. Ele era um desses sujeitos que sabem explicar a leigos assuntos complexos, como as suas avaliações da qualidade de manejo dos aviões testados na Sky Dive. Uma pena que na época eu não tivesse dinheiro para comprar os exemplares com regularidade, como faço atualmente com outras publicações.
Na quarta passada, fui na Cultura comprar o último volume da trilogia do JLV e - claro - enfim conhecer o mestre.Eu me apresentei dizendo "você não me conhece, mas eu conheço você há 30anos!" Nesse meio tempo, falamos sobre a Mercedes asa-de-gaivota (eu tinha levado esse exemplar da Motor 3 e pedi um autógrafo extra). E claro que na hora de ir embora, não pude deixar de dizer: "Zé, obrigado por tudo!"
ResponderExcluirÔ JJ, que maldade!
ResponderExcluirUm post tão fascinante e acaba sem desvendar dois grandes mistérios: Por que parou? (Deve ter sido a crise?) E o que realmente aconteceu com o Koyza?
Tempo bom aquele, apesar da inflação. Eu com uns 15 anos, comprei o exemplar do Saab 9000, após ter visto em banca. Depois conseguí em sebos uns nºs anteriores. Acho que me faltam 02 ou 03. Acabo de mandar uma matéria sobre o SM 4.1 para um amigo, que está restaurando.
Por isto, discordo de que as fotos eram suficientes.Era época de negativo, e eram caros! A 4patas tinha poucas fotos também, a maioria em P&B! Hoje nos faltam imagens de referência...O carro "0Km" de hoje, será o meu usado de amanhã!
Por coincidência, ontem procurei no Google sobre o PCF em um Blog (agora não me lembro o nome), tem uma matéria dele e um menino, de 08 anos, hoje famoso, que na época "pentelhava" o pobre testador de carros no Interlagos! Muito humano!
Realmente sentí a perda dos aviões e barcos, quando da reestruturação.
E somente ontem, pude mandar um email pro Nasser, utilizando-me das facilidades da Internet, parabenizando-o por estes 30 anos de coluna!
Assim, para ser justo, quero dizer: Obrigado equipe da MOTOR3, à todos sem distinção, na pessoa do Sr. JLV!
Um forte abraço à todos!
MH
Eu não tinha idade para ler a Motor 3 nova mas tive o privilégio de herdar uma coleção completa que conservo e consulto sempre...tenho 27 anos e vibro com a qualidade da revista.
ResponderExcluirEu também fui um leitor contumaz da Motor 3, sempre a considerei a melhor publicação do gênero, mas naqueles tempos eu era obrigado a optar por uma ou outra revista, não tinha grana suficiente para todas as que eu gostava, e a inconstância de datas das novas edições também atrapalhava um pouco, mas como eu tinha um tio que era assinante, aí eu podia pegar emprestado e ler tudinho, de cabo-a-rabo !!
ResponderExcluirSempre lembro com saudade das matérias e análises excepcionais, e tantos colaboradores incríveis...
Há uns três anos atrás eu estava num sebo de livros quando chegou dois garotos com duas caixas cheias de revistas, o dono do sebo as comprou e eu vendo o conteúdo das caixas fiz minha proposta na hora, e arrematei todo o lote, completinho, da Motor 3, que está aqui em casa, bem guardado !!
Tempos atrás eu escaneei todas as matérias e colunas redigidas pelo querido Professor Marazzi, e gravei um DVD de imagens para o Gabriel, filho dele, que não possuía esse material, ele ficou extremamente agradecido por mais essa lembrança !!
Essa postagem valeu o meu dia, vou voltar a ler todas as edições depois de 30 anos, obrigado pela lembrança, JJ !!!!!
JJ,
ResponderExcluirComo vc sabe, compartilho de sua adoração pela revista.
Muito bom texto, explicou porque gostamos tanto dela. Parabéns.
Mesmo conhecendo praticamente todas as publicadas de cabo a rabo, ainda é um prazer ler elas de novo. Impressionante. Fazer um texto sobre Del Rey automático ficar legal não é para todo mundo...
MAO
Eis a matéria o Passat LDE:
ResponderExcluirhttp://www.hpdopassat.net/motor3_31.php
Tenho muita vontade de ter um desses, só pelo que li neste excelente texto!
Já que você têm a coleção completa, bem que poderia escanear algumas matérias e colocar aqui no blog. Eu e muitos leitores ficaríamos gratos. No meu caso, as poucas publicações que tive se perderam ainda nos anos 80.
ResponderExcluirÉ complicado garimpar edições da Motor 3, uma das mais cobiçadas por mim é exatamente esta que fala do chevette 2.5, pois tenho a gênese do carro - informações técnicas - mas não a matéria do carro andando.
ResponderExcluirFaltam poucas para completar a coleção, mas creio que não o conseguirei.
Mas o importante é o prazer de sempre revisitar as páginas da melhor revista já produzida.
Quando garoto, cheguei a comprar algumas edições de "encalhe" da Motor 3, que foram encadernadas em volumes de 3 edições e vendidas em banca alguns anos depois do fim da publicação, a preço de banana. Comprei vários. Infelizmente, foram armanazenadas incorretamente e devoradas por cupins.
ResponderExcluirMas lembro-me como se fosse hoje das excepcionais avaliações do JLV, especialmente a do Mercedes 300 SL, onde ele relatava a primeira vez que teve contato o carro, quando estudava nos EUA e fazia um bico como motorista de caminhão. Inesquecíveis também as outras matérias citadas, como o Duesenberg J, o Rolls-Royce Silver Spirit (impressionante para quem achava que Opala era "carro de rico) e o Lancia Thema, onde o autor falava sobre o luxuoso revestimento dos bancos, criado por um "tal Zegna".
Uma publicação sensacional, que deixou muita saudade.
Quando garoto, cheguei a comprar algumas edições de "encalhe" da Motor 3, que foram encadernadas em volumes de 3 edições e vendidas em banca alguns anos depois do fim da publicação, a preço de banana. Comprei vários. Infelizmente, foram armanazenadas incorretamente e devoradas por cupins.
ResponderExcluirMas lembro-me como se fosse hoje das excepcionais avaliações do JLV, especialmente a do Mercedes 300 SL, onde ele relatava a primeira vez que teve contato com o carro, quando estudava nos EUA e fazia um bico como motorista de caminhão. Inesquecíveis também as outras matérias citadas, como o Duesenberg J, o Rolls-Royce Silver Spirit (impressionante para quem achava que Opala era "carro de rico") e o Lancia Thema, onde o autor falava sobre o luxuoso revestimento dos bancos, criado por um "tal Zegna".
Uma publicação sensacional, que deixou muita saudade.
JJ, texto que me deixou comovido,obrigado por dar uma balançada no meu cérebro,já um pouco adormecido, ainda mais por me fazer lembrar que por conta das materias das revistas, fiquei em 1985, literalmente por uns 10 dias sem comer, sem beber, e sem dormir até comprar um OGGI CSS, carrinho especialíssimo, e deliciosamente diferenciado, depois por conta do Marazzi, acabei fazendo o curso de pilotagem, e também por conta da revista tenho um carrinho automático até hoje, afinal porque três pedais se tenho só duas pernas ?
ResponderExcluirRealmente um post emocionante. Senti caindo uma ficha mais de 20 anos depois... explico: eu comecei a colecionar revista de carros lá por 1988, com 10 anos de idade. Infelizmente agora fico sabendo que a motor 3 ja tinha saído de circulação nessa época, mas, assim como outro colega relatou, às vezes eu comprava em uma banca que vendia revistas usadas aquelas motor 3 "encalhadas", vendidas em blocos de 3, além de alguns especiais como o da temporada de F1 de 1985, com capa dura. Agora eu entendo porque gostava tanto dessa revista "velha e desatualizada", pois não falava dos ultimos lançamentos mas um conteúdo fantástico. Lendo esse post agora passo a entender o que são essas vagas lembranças do tempo de criança. Preciso ir na casa da minha mãe rever a minha velha coleção de revistas...
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirInfelizmente eu nasci na época errada 1993,bem depois dos muscles brazucas e da motor 3.
ResponderExcluirGostaria de aproveitar e pedir para quem tiver scans das revistas, que os disponibilize aqui, para que a revista possa ser difundida e conhecida por mais pessoas[3]
Sou de 78, não tive acesso a esta qualidade de leitura, infelizmente...
ResponderExcluirCom certeza enriqueceu uma boa porção de AEs que frequentam aqui.
Valeu JJ! Excelente Post! Ou melhor... matéria sobre a revista!
Duas coisas me chamaram bastante a atenção...
A frase:
" O bom motorista é o motorista macio".
Muito provavelmente eu levei mais tempo para perceber isto na prática, se tivesse conhecido a Motor3 ainda mais jovem, talvez eu tivesse polpado os carros dos meus pais, sendo com estes que tive as minhas primeiras experiências.
Sabe como é né... meninão só queria saber de esmerilhar...
Informação sobre carros para quem lia a 4R era checar as útlimas páginas para saber qual era a melhor arrancada e velocidade final entre os carros nacionais... afff...
Outra coisa que me chamou a atenção foi a foto deste Uno "curvando"... Que bela foto heim!!!
Valeu! Abraço!
Excelente post! Comprei minha primeira quatro-rodas aos 10 anos, edição de dez de 75, coleciono até hoje. Auto esporte comprava as que me interessavam, hoje compro mensalmente. Um dia comprei a status motor, achei ótima. Até que iniciei minha coleção de Motor3. Nunca nenhuma revista apresentou testes de máquinas com uma leitura tão humana. As descrições dos covites, encontros, estadias, lugares, comidas, detalhes que envolviam a ponto de o leitor sentir-se no ambiente.... o cheiro do couro do jaguar, as sensações de dirigibilidade... Isso sem deixar de colocar as informações técnicas de forma extremamente precisa e compreenssível. Depois de comprar a última edição, passei meses perguntando na banca pela MOTOR3, não acreditando que aquele sonho tinha acabado. Hoje as revistas informam, trabalho com automóveis e preciso destas informações, apenas isso! Encontro aqui no AUTOentusiastas o que perdemos com o fim da MOTOR3. Abraço!
ResponderExcluirOs textos do JLV eram uma coisa séria mesmo, aconselho a revisitarem a avaliação do 911...simplesmente uma aula!!
ResponderExcluirVocê lê aquilo e têm certeza que ele sabe o que faz, que pega a "manha mestre" de qualquer carro, que a perspectiva pessoal dele tanto falando do carro, de história, de cultura, de turismo ou gostos culinários pessoais enriquecem de um modo absurdo o texto em questão.
Redação com forma e peso (ou massa), contéudo sólido e não disperso e insosso como estamos acostumados nos testes atuais onde os redatores parecem mais comentaristas de corte e costura do que qualquer outra coisa....imitadores baratos de textos redigidos por outros anônimos milhares de vezes.
Amigos, esperem por algo épico em relação ao teste do Countach, não posso imaginar algo menor do que isso dado ao padrão elevado que fui acostumado em relação a redação automobilística tanto pelo JLL como pelo Bob Sharp em relação as Autoesportes da década de 90.
Eu comprava todas as disponíveis na banca, leitor voraz e compulsivo de Quatro Rodas, Autoesporte, Oficina, Auto & Técnica (maravilhosa em agumas edições de meados de 90) e Motorshow, bem como Motorshow, Duas Rodas e mais algumas estrangeiras....
"Quando o vírus da velocidade é inoculado em tão tenra idade, não há nada na indústria farmacêutica mundial que possa combater isso....Graças a Deus"
JJ, minha coleção também é completa, muito bem conservada e é consultada frequentemente. Será que estamos dividindo a mesma e não sabemos? rs
ResponderExcluirApesar de ter nascido depois do fim da revista, foi ela a qual mais influenciou em minha formação automobilística.
Espero, um dia, poder conhecer JLV.
A melhor revista sobre carros e afins que foi publicada aqui no Brasil ate hoje, tenho varios exemplares guardados tambem e basta ler um exmplar antigo para ve como as revistas atuais ficam devendo conteudo.
ResponderExcluirAinda tenho alguns exemplares da Motor 3, infelizmente não tao integros. Mas dá prazer lê-los. É realmente diferente das outras, muito boa mesmo.
ResponderExcluirParabéns pelo post, JJ.
Abraço
Lucas
A Revista Motor 3 levou o leitor a tiracolo para andar de avião, de carro, de moto, de barco .
ResponderExcluirOs textos eram tão absurdamente incríveis , que toda uma geração foi diretamente afetada em seu modo de encarar o mundo automotor e seu entorno.
Quando a revista sumiu, pareceu-me que havia perdido um monte de tios , daqueles que nos ensinam pacientemente as coisas.
E logo começou o politicamente correto e nunca mais vamos ler passagens como " vinha a mais de 170 e ao vê-los( policiais)fui forte nos freios, quando baixou a velocidade liberei os freios e passei por eles com cara de que nada tinha acontecido " - era nos EUA e o carro era um Rolls...
Ao fantástico JLV, e equipe, meus mais sinceros agradecimentos por eles, em determinados momentos de suas vidas, terem integrado tal time.
JJ, fiquei contente por vc ter postado o último exemplar. É boa a certeza agora de não ter perdido algum posterior a ele.
Vamos, pois, ao teste do Lamborghini. Esse quero ver se , em velocidade máxima e a sós no carro, JLV sacou da Nikon, trouxe-a junto ao peito mirando o painel , jogou a abertura em 2.8 e mandou ver a foto do velocímetro na pelicula Kodak ASA 400. :D
A Motor 3 foi mesmo uma revista única, que infelizmente durou pouco e não teve o reconhecimento que merecia.
ResponderExcluirPodiam rejuvenescê-la criando um canal da Nova Motor3no YouTube.
ResponderExcluirÓtimo post JJ!
Essa publicação hoje seria considerada "supérflua" ou "de nicho", mais ou menos como a Fusca e cia é hoje.
ResponderExcluirTenho quarenta e dois anos de idade e leio revistas automotivas desde os seis. É sério: a primeira "Quatro Rodas" entrou em casa em 1973.
ResponderExcluirE, ao longo de todos estes anos, jamais li algo que se aproximasse em termos de qualidade da saudosa Motor 3.
Dentre tantos textos antológicos (Aston Martin Lagonda, Fusca 1942, SAAB 900 Turbo - a primeira avaliação do mundo -, DeLorean, Panther DeVille, Rolls-Royce Silver Spirit, Buick Riviera, Mercedes 300 SL), creio que o momento de superação na carreira do José Luiz tenha sido a matéria sobre o Duesenberg J. Ao descobrir que ele e o dono do carro graduaram-se pela mesma faculdade, ele disse que quase chorou. E, quando li isso, quase chorei junto, como se eu, e não o fotógrafo, estivesse no rumble seat daquele carro.
Mas o mais importante é que a revista era um avançadíssimo curso teórico de direção. Li a Motor 3 entre os treze e os dezenove anos de idade e, quando comecei a dirigir, eu já adquirira sólidas noções do que não fazer, do que fazer e, principalmente, como fazer. Afirmo que devo minha formação básica como motorista à boa e velha Motor 3, e estou certo de que muitos de minha geração poderão afirmar o mesmo.
Rolls-Royce Silver Spirit!!! Nossa, que sonho! Me apaixonei por esse carro nas páginas da Motor 3.
ExcluirInfelizmente eu tinha só 4 anos quando lançaram a última edição da revista.
ResponderExcluirDeu até vontade de comprar uma coleção completa, ou apenas alguns exemplares.
Se alguém quiser escanear as revistas, posso ceder espaço no meu servidor pra disponibilizá-las pra galera!
Eu poderia disponibilizar minhas revistas para scannearem, eu não tenho scanner. Se alguém de interessar e não morar muito longe do eixo Alfenas-BH, na semana santa, podemos juntos fazer as digitalizações. Qualquer coisa é contato via email/msn: zraceway@hotmail.com
ResponderExcluirEduardo, algumas impressoras conseguem escanear. Dependendo de qual modelo você tiver, talvez você mesmo consiga.
ExcluirTinha todas elas mas se perderam no tempo, tinha até a Status Motor que foi seu protótipo.
ResponderExcluirFoi realmente muito marcante na minha vida, bacana a lembrança!
Então posso ser considerado um sortudo! Não sou da época da Motor3.
ResponderExcluirQuando nasci a revista ainda existia. Quando comecei a ler, não me interessava em ler reviiiiiiistas e mais revistas. Quando comecei a gostar da leitura automotiva, a revista já não era mais publicada. Holly Shit!
O pai de um grande amigo era jornaleiro na época da Motor3 e quando parou de trabalhar na área, levou para casa todo o estoque de revistas daquela época e dentre elas diversas Motor3, 4Rodas, Playboys...
Aos meus 16 anos fomos fazer um trabalho escolar em grupo na casa deste amigo e ao subirmos ao sotão, dentre várias bugingangas, diversas revistas as quais fui ver. Nessa época já havia começado minha coletânea de revistas automotivas e nunca havia ouvido falar "dessa tal" Motor3.
- Rafa, pode levar as que vc quiser daí.
- Orra mlk! Tem muita coisa bacana aqui!
- Tem, tem sim... tem um monte de tralha velha que vamos jogar fora.
- =D
Em resumo: 6 revistas Motor3 da década de '80; 10 revistas Motor3 da década de '90; algumas Playboys e outras revistas variadas. Algumas delas eram repetidas, mas quem se importa?! Naquele dia tive que chamar meu pai para ir me buscar, pois não conseguiria ir para casa com tanto "material de estudo". Guardei-as com carinho após ler e re-ler todas as matérias e apreciar atentamente todas as fotos.
Hoje em dia, 95% da minha coleção reside no fundo de um guarda-roupas velho num depósito na casa dos meus pais, devidamente embaladas com papel-filme, longe de umidade e poeira, aguardando ansiosamente pela construção de um escritório em minha nova residência para poder organizá-las e re-lê-las nas tardes de sábado, à mesa da varanda, tomando uma cerveja gelada e vendo as crianças brincando no jardim.
Espero que este dia chegue logo.
[]'s!
Sortudos os que poderão folhear as revistas numa visão como esta descrita pelo Run4Fun...
ResponderExcluirEspero que o pessoal realmente digitalize algumas revistas para os menos privilegiados como "eu"... hehehe MODE "Se fazendo de coitado" ON... kkkkk
Tenha acesso também...
Ae Rapaziada... vamos compartilhar o material... pleeeeeease!
Abraços
Sugiro que cada entusiasta feliz proprietário dessas preciosidades encadernadas, passe pelo scanner uma matéria de avaliação internacional (ou duas) cada um.
ResponderExcluirDesse modo não fica trabalhoso para uma ou mais pessoas e todas terão acesso democratizado as matérias internacionais da revista, que são a melhor parte com certeza.
Relacionar o nome dos entusiastas com o rol de testes internacionais seria coisa bem rápida, todos no final ganhariam...
E porque a revista acabou ?
ResponderExcluirEu estava lá quando acabou. E só posso dizer que há mais mistérios entre o Céu e a Terra do que pode julgar nossa vã filosofia...
ExcluirMuito legal ! tenho guardado ainda a revista do Motor 3 do Jaguar, Uno e Renault.
ResponderExcluirparabens
abraços
Fernando Gennaro
respondendo ao Caio Ferrado: é que colocaram uma foto da tua mãe pelada na revista, ai acabou
ResponderExcluirKkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk...
ExcluirTodos,
ResponderExcluircompartilho as mesmas sensações que vocês ao lembrar ou pegar novamente uma Motor 3. Maravilhoso ver que estamos, nesse blog, escrevendo para as pessoas certas, que gostam de informação com emoção e conhecimento, como era a Motor 3.
Isso nos faz cada vez mais exigentes conosco, sempre tentando melhorar.
Obrigado a todos.
Quanto ao escaneamento ou digitalização, precisamos conversar dentro do blog e com o JLV para ver se é possível ou não, pois há direitos de propriedade intelectual nesses casos, que não sei quando e se expiram.
Isso JJ,
ResponderExcluirSó quero ter acesso ao material, se for com o consentimento do mestre.
Abs
Quanta saudade ! ! !. Foi a minha primeira revista de automóveis. Muito adiante do seu tempo. Cheguei a ter toda a coleção, desde a Status Motor. As matérias do JLV sempre foram fantástiscas. E o Koyzyztrana então !!! Parabéns.
ResponderExcluirJJ,
ResponderExcluirApesar de nunca ter folheado uma Motor 3, através do seu texto, sei o que estou perdendo...
Sou de 1986 e na época do fim da revista ainda era entusiasta de chocalhos, mamadeiras, chupetas, carrinhos de bebê e coisas do tipo. Hoje, garimpo algumas matérias pela internet, mas, nunca acho uma edição completa. Já pesquisei por coleções completas à venda, mas são caras (apesar de eu concordar que valham o preço pedido), custando em torno de R$ 800,00 a R$ 1.500,00 (esta última em estado de nova, sem amarelados e com plástico).
Veja com o Mestre JLV se não seria interessante a venda, por valores acessíveis, de exemplares digitalizados. Exemplares avulsos ou a coleção completa poderiam ser dispostos para download mediante o pagamento ou gravados em mídia digital, separada por ano de publicação, e enviada via Sedex.
Esplêndida idéia, Marcelo Dantas!
ExcluirEi JLV ! Que saudades de sua revista e de suas reportagens ! Muito aprendi contigo sobre mecanica e automoveis nacionais e internacionais! Tenho a coleção completa de Motor3 bem guardada e quando 2 anos depois da ultima edição, fui conhecer os EUA, ai sim, me lembrava de tudo o que o JLV comentava em suas viagens naquele país para nos trazer aquelas notáveis reportagens sobre carros americanos dos mais diversos tipos. Lembro-me que até sua esposa D. Vera o acompanhava em algumas de suas viagens a america e europa e sofria um bocado tendo de conviver com os exaustivos testes de carros. Bons tempo aqueles JLV , vc está de parabéns e deixou seu nome gravado na historia do jornalismo automotivo no Brasil e fora deste !
ResponderExcluirRogério Ferraresi:
ResponderExcluirO que mais me chamava a atenção na Motor 3, que eu lí na época desde as primeiras edições, era o fato de que se combatia as falsas vantagens do limite de velocidade nas estradas de 80 km/h (até hoje defendido pela imprensa, inclusive nos telejornais meia boca de apresentadores bisonhos, daqueles que dizem "o carro ficou completamente destruído" após ralar a pintura) e o espaço que Motor 3 abria para o engenheiro Gurgel na sua luta contra o Proálccol. Fico imaginando se Motor 3 tivesse existido na época do BR 800. Essa revista deixou saudades!
Sempre li muito sobre carros. Colecionei 4 Rodas desde a primeira e só me desfiz delas quando casei, por falta de espaço. Eram muitas.
ResponderExcluirMotor 3, como muitos AEs já disseram, foi a melhor revista de carros que já tivemos; e não era só de carros, pois também falava de aviões, barcos... Minha coleção era toda encadernada, mas também por falta de espaço acabou doada a um amigo.
Os textos eram escritos por quem conhecia muito, como o JLV.
Acho que nunca mais teremos uma igual. As revistas de hoje, me parece, tem uma relação muito próxima com os fabricantes, o que em minha opinião influencia avaliações, eleições de Carro do Ano, etc.
Que alegria voltar a reencontrar um grupo de entusiastas da grande Motor 3. Tenho ainda a coleção completa, da qual jamais pensei em me desfazer apesar das investidas de minha mulher na sua busca por mais espaço.
ResponderExcluirDe vez em quando pego as revista para reler alguma reportagem escolhida a esmo. Muito bom!
Quem sabe teremos de volta o espírito da belíssima Motor 3.
Olá, fui colecionador da revista e meu hobby na época era automóveis, especialmente pela curiosidade com respeito aos importados, cuja importação era proibida; tirei lições valiosas do pessoal do J.L.V., nas análises detalhadas e técnicas, feitas com carinho, talento e muito esmero. Até hoje utilizo critérios semelhantes em minha vida profissional. Anos depois de sua última edição publicada, a lacuna ainda está lá... vazia e aguardando um ressurgimento... seria uma verdadeira festa tecnológica. Muito obrigado.
ResponderExcluirAh, que delícia encontrar um espaço que dá o devido valor à Motor3, Motoshow e faz até menção à SomTrês!
ResponderExcluirAs melhores revistas em seu gênero já publicadas no Brasil.
Que aulas a gente tinha, aprendia sobre barcos, aviões, história dos fabricantes, desing e tudo o mais.
Amei as reportagens do Mercedes 300SL e do Porsche 928, era como se eu estivesse no banco do carona do JLV!
JJ, parabéns por este espaço e pela maravilhosa homenagem prestada a esse ícone da imprensa brasileira.
Eu li todas as Status Motor e todas as Motor 3, além de todas as MotoShow.
ResponderExcluirDepois delas, nada mais foi escrito com a mesma propriedade, bom conteúdo e personalidade como o apresnetado por elas.
Complexos assuntos de engenharia apresentados com ótima didática, texto bem humorado e conhecimento histórico impecavel.
Paixão por todos os veículos com quaisquer tipos de motorização.
Aprendi muuuuiiiittoooo com as matérias destas revistas, a ponto de usar alguns os conhecimentos em minha carreira profissional, na manutenção dos veículos bípedes (motos) e até no âmbito da produção numa fabrica Brasileira.
Pena que os leitores não mais demandem este tipo de conhecimento.
Alguem aí sabe onde se encontra, na internet, textos deste naipe???
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirRealmente a revista era exepcional ! os textos do JLV e do PCF assim como os de Gabriel Hochet sobre motos,passavam a sensação voçe de estar no lugar, junto com eles!Texto memorável pra mim è do JLV sobre o escort coversível em que ele e sua esposa passeam a noite. Saudades
ResponderExcluirSuspiros lendo a reportagem...Fui um grande admirador da revista também, pena ter desaparecido.
ResponderExcluirMas para quem tem saudade do JLV, ele ainda escreve um site, o Tech Talk. Curtinhas as reportagens, mas sempre é um prazer ler o que ele escreve: http://www.techtalk.com.br/
Que satisfação encontrar um texto que define tão bem o que foi a melhor revista sobre automóveis já publicada no Brasil (certamente entre as melhores do mundo).
ResponderExcluirApesar de ter apenas 11 anos de idade quando foi lançado o primeiro número, conheci a mesma logo no início e me apaixonei de cara, o que influenciou a maneira como eu passei a enxergar esse assunto para o resto de minha vida.
Meu pai comprou uns dois ou três exemplares na banca, sem sequência, e eu passei a colecionar a revista a partir do segundo ou terceiro ano. Ao longo dos anos seguintes, eu fui adquirindo exemplares usados em sebos até completar minha coleção, inclusive com os exemplares de Status Motor. Passei a colecionar Motoshow da mesma forma, desde o número 1.
Infelizmente, em 2001 uma enchente em minha cidade levou minhas coleções embora (eu não quis nem olhar o que sobrou delas...), junto com outras coisas tão ou mais importantes.
Mas o que ficou em minha lembrança, é muito forte. Lembro de matérias completas até hoje, quase 30 anos depois, de tanto que as li. Entrei até para a faculdade de engenharia, animado com o assunto. Acabei mudando de rumo, mas a paixão ficou e hoje sou um "curtidor" de carros (novos ou antigos), motos e barcos (já tive ambos) e aviões (nunca pretendi ter um, só aprecio). Tudo por causa de uma certa revista...
eu tenho uma..nao recordo agora qual o nº da publicação, mas tem uma reportagem com a Elba, um comparativo entre Monza S/R, Passat Pointer e gol GT se nao me engano..e uma materia sobre o Engesa e Toyota Bandeirante.
ResponderExcluirputz, é a revista q eu mais gosto, das cento e tantas que possuo!!!
Fish, lendo seu comentário, me lembrei, foi uma das poucas reportagens que li. Eu lembro e, embora não lembre o número, parece que estou vendo a capa de novo em minha mente. Anos 1980, será que voltarão um dia (para alegria dos saudosistas de plantão)?
ExcluirEu Jânio Ribeiro dos Santos , sou um dos " Adoradores da MOTOR 3 " ...Tenho a coleção completa desta maravilhosa revista , na minha opinião a melhor já editada nesse pais...e parabenizo o autor do texto acima ( Juvenal Jorge ) poís parece ter extraido-o do meu cerebro palavra por palavra...que bom é encontrar pessoas que compartilham os mesmos gostos e paixões ...alem desta tenho tbm a coleção da MOTOSHOW completa desde a ed. 30-A da MOTOR 3 ( edição piloto ) que deu origem a esta dos tbm saudosos Gabriel Hochet e Mark Petrier dentre outros...espero voltar aqui em breve para comentar mais detalhadamente essa paixão...Jânio Ribeiro dos Santos : janio.v8metal@yahoo.com.br
ResponderExcluirJânio Ribeiro,
Excluirobrigado pelo seu super elogio.
Um abraço.
Bom, eu era criança, tinha apenas 3 anos quando a revista foi lançada. Hoje conto com 35, e me lembro com orgulho dos poucos exemplares que tínhamos em casa (não sei dizer porquê meu genitor tinha tão poucos exemplares com o emprego que tinha). Me lembro do prazer imenso que eu sentia, já com coisa de 6, 7 anos, quando pegava algum exemplar dessa revista em mãos. Hoje, o único que resta é um que a Editora 3 lançou em 1986, comemorando os 100 anos do automóvel. Foi através deste exemplar comemorativo que conheci uma história de minha própria família: Ao ver uma das fotos, de um Romi-Isetta, minha mãe comentou que seu pai havia tido ao menos um Romi-Isetta.
ResponderExcluirNo tocante ao que a maioria por aí anda pedindo a você, para escanear reportagens dessa revista, não o faça, a não ser que detenha os direitos autorais. Veja por exemplo o que o ECAD anda fazendo, em 2001 cobrou do músico Márcio Guerra para que o mesmo executasse sua própria música e promovesse ele próprio seu evento, e até hoje o referido não viu 1% sequer do dinheiro que ele próprio pagou (o ECAD deveria ter repassado a grana ao Márcia Guerra, uma vez que os direitos autorais são dele). Esta semana, o mesmo ECAD decidiu cobrar um pianista que estava executando Mozart. Se por lei uma obra artística entra em domínio público após 70 anos da morte de seu autor e o ECAD anda cobrando direitos autorais de músicas cujo compositor já está morto há pelo menos 300 anos, você já pode imaginar o que esse Governo ladrão que nós temos fará, se você disponibilizar tais reportagens sem tê-las escrito, não? Eu próprio adoraria poder reler todas as reportagens, que foram poucas, admito, que saíram na Motor 3 mas, como conheço nosso desGoverno e seus órgãos, resolvi dar esse toque. No mais gostei da postagem e do seu blog, de maneira geral.
Abraço!
(a) Jonathan 'Hamelin' Malavolta, músico.
Facin, isso merece um post.
ResponderExcluirBom dia amigos.Quero por enquanto,parabeniza-los por esta iniciativa.Fui assinante da Motor TRÊS e desde garoto apaixonado por automóveis alem de ser mecânico formado pelo SENAI do Rio de janeiro.Este meu comentátio será breve,pois estou um pouco ocupado.Asim que possível,postarei outros comentários.Abraços a todos.
ResponderExcluirFoi uma publicação diferenciada pela qualidade dos jornalistas que a fizeram!
ResponderExcluirAcompanhei desde o início, mesmo novinho, pois meu interesse por máquinas já era fato... destaque para o saudoso Fernando de Almeida, que trouxe pela primeira vez às nossas bancas de jornal os testes de aeronaves, outra grande paixão minha, piloto há mais de 20 anos.
Saudades... saudades absurdas dessa época!!!
GRANDE MOTOR 3!!!
A Motor-3 é sensacional. É o melhor adjetivo que encontro para defini-la.
ResponderExcluirNasci quatro anos depois de seu fim - e a conheci num sebo, em 2007, enquanto procurava alguma QR dos anos 60/80. Tive a imensa sorte de "estrear" a leitura M-3 com aquela avaliação da Mercedes 300SL 1955, a da edição 80. E fiquei extremamente aborrecido - e até mesmo chocado- ao saber que a revista se foi três edições depois desta...
Já devo ter lido aquele teste umas mil e duas vezes, mas, como não poderia deixar de ser, é incrível ver como alguém consegue escrever de uma forma tão leve e direta, sem deixar de lado as informações técnicas/históricas mais relevantes. É uma aula de jornalismo automotivo.
É incrível o trabalho de uma redação enxuta, com poucas pessoas, mas com colaboradores incrivelmente hábeis. É uma revista tão bacana que consegue fazer o automobilista de nascença ler um texto sobre barcos, meu caso.
A Motor-3 é um exemplo, conseguiu transitar com muita facilidade entre os extremos da simplicidade e da profundidade de texto, sempre refinado sem ser rebuscado, com avaliadores extremamente experientes e de conhecimento enciclopédico acerca do assunto. Mas sempre voltado à curtição, ao lado automobilista, que vê num automóvel algo mais do que um meio de transporte, mas assim uma excelente forma de se divertir (o Koizyztraña é a melhor exemplo disso).
Sinto-me amigo do JLV, PCF, EM, CL, FA e tantos outros só de ler os textos. É como se eu os encontrasse num bar e conversássemos sobre o tema do teste. Essa sensação só achei par no Best Cars e no Autoentusiastas. Acho que quando as coisas são feitas com conhecimento, talento, e paixão, não tem como sair errado.
Aos poucos eu vou formando uma modesta coleção, comprando sempre algum exemplar perdido pela internet - e quando recebo pelo correio, a sensação é de voltar aos anos 80, como se àquela época eu fosse um assinante.
Só posso agradecer, ainda que à distância, aos muitos colaboradores da Motor-3, pela importante participação na história do automobilismo nacional - e, é claro, por terem me ensinado muitas coisas sobre o tema automóvel. Quem sabe um dia ainda terei a oportunidade de conseguir um autógrafo do JLV ou do PCF?
Agradeço também ao Juvenal Jorge pela postagem, ótima oportunidade para reunir os admiradores desta maravilhosa publicação que foi a M-3. Parabéns pela iniciativa!
Não tenho a coleção completa, mas tenho algumas das mais marcantes: a do DeLorean (fantástica até na capa: "Dirigimos o Sonho de Aço", e que é até hoje um modelo de como apresentar um assunto; pincelava a então conturbada situação da Irlanda do Norte do auge do IRA, detalhava a fábrica e depois nos conduzia em um passeio maravilhoso com o DMC-12 por uma estradinha sinuosa e arborizada...era quase como estar lá), a do Voyage (do também incrível artigo sobre direção defensiva), e a do Vanagon, que até hoje me traz a triste lembrança do aviso "Essa é a última, não vem mais" do dono da banca de revistas...
ResponderExcluirMas a Motor3 ainda vive em todos os autoentusiastas que a leram. Seu espírito está mais presente do que nunca neste blog. Parabéns, Autoentusiastas, pela homenagem a essa grande publicação, e por continuarem o seu legado.
E claro, obrigado por tudo, JLV.