Sobre o que está no final do post do Milton Belli sobre Grupo C, a dobradinha da Jaguar na 24 Horas de Le Mans de 1990, houve um fato auspicioso.
Conta-se que a meia hora da bandeirada, quando a vitória da marca inglesa era iminente, o diretor de competição da Porsche saiu do box e se dirigiu ao trailer para se vestir com paletó e gravata. Fez isso para, em grande estilo e respeito, cumprimentar seu par da Jaguar pela magnífica vitória tão logo a corrida terminasse.
A coisa não parou aí. No dia seguinte saiu publicado nos principais jornais da Alemanha um anúncio dos dois Jaguares cruzando a linha de chegada, com o texto "Nós cumprimentamos a equipe Jaguar pela magnífica vitória em Le Mans" — com assinatura Porsche.
Antes de escrever essas linhas procurei o recorte do jornal aqui em casa, mas não achei, uma pena. Sei que está aqui e vou encontrar. Depois é digitalizar e mostrar para leitor.
BS
Bob, esta é uma atitude cada dia menos presente, embora lógica do ponto de vista diplomático.
ResponderExcluirA lógica é simples.
- Se eu venci meu oponente e eu o declaro como muito fraco, que honra tiro da vitória?
- Se eu perdi de um oponente que eu chamei de fraco, como justificar a minha derrota?
Reconhecer publicamente o valor do oponente foi uma posição diplomática muito utilizada ao longo da história.
Quando o Barão Vermelho foi morto e enterrado pelos aliados, seu funeral recebeu toda pompa e honraria que um grande herói de guerra receberia.
Já, com o caso dos EUA x Iraque, o presidente Bush fez pouco caso do adversário, e até agora paga um preço político muito alto por não ter derrotado definitivamente um oponente tão "fraco".
Que fique para a posteridade esta elegante lição de vida.