Ao ler o post do Milton Belli sobre a escalada de potência dos motores (veja aqui) refleti um pouco sobre o assunto.
Os motores modernos têm muitas tecnologias para otimizar a queima melhorando a performance, reduzindo o consumo de combustível e os níveis de emissões de gases. Porém a cada novo avanço tecnológico os ganhos na redução de consumo são anulados pelo aumento de potência. Um carro com motor V8 de 200 cv nos anos 70 deveria fazer por volta de 5 km/l. Hoje, um carro com motor V8 de 400 cv deve fazer os mesmos 5 km/l, ou até mais.
Mas como os especialistas em motores são o André Dantas e o Alexandre Garcia (que ainda não deu as caras aqui no blog), vou me limitar a mostrar alguns dados sobre como as transmissões têm ajudado a manter os níveis de consumo num patamar adequado. O truque é simples: aumenta-se o número de marchas. Atualmente já existe um carro com caixa automática de 8 marchas, o Lexus LS 460 lançado em 2007. A Lexus e a Aisin (fabricante de transmissões) ofuscaram a Mercedes que até então tinha um câmbio de 7 marchas no Série S. logo após o lançamento do Lexus a ZF anunciou o desenvolvimento de uma nova caixa automática, agora com 8 marchas que promete uma redução de consumo de combustível de 5% em relação a uma de 6 marchas.
No gráfico abaixo podemos ver que a redução de consumo de combustível obtida com uma caixa automática de 8 marchas é superior a 20% em relação a uma de três. Para onde foi esse ganho no consumo? Para o aumento de potência dos motores.
Os motores modernos têm muitas tecnologias para otimizar a queima melhorando a performance, reduzindo o consumo de combustível e os níveis de emissões de gases. Porém a cada novo avanço tecnológico os ganhos na redução de consumo são anulados pelo aumento de potência. Um carro com motor V8 de 200 cv nos anos 70 deveria fazer por volta de 5 km/l. Hoje, um carro com motor V8 de 400 cv deve fazer os mesmos 5 km/l, ou até mais.
Mas como os especialistas em motores são o André Dantas e o Alexandre Garcia (que ainda não deu as caras aqui no blog), vou me limitar a mostrar alguns dados sobre como as transmissões têm ajudado a manter os níveis de consumo num patamar adequado. O truque é simples: aumenta-se o número de marchas. Atualmente já existe um carro com caixa automática de 8 marchas, o Lexus LS 460 lançado em 2007. A Lexus e a Aisin (fabricante de transmissões) ofuscaram a Mercedes que até então tinha um câmbio de 7 marchas no Série S. logo após o lançamento do Lexus a ZF anunciou o desenvolvimento de uma nova caixa automática, agora com 8 marchas que promete uma redução de consumo de combustível de 5% em relação a uma de 6 marchas.
No gráfico abaixo podemos ver que a redução de consumo de combustível obtida com uma caixa automática de 8 marchas é superior a 20% em relação a uma de três. Para onde foi esse ganho no consumo? Para o aumento de potência dos motores.
sure, why not!
ResponderExcluiri think you add more info about it.
ResponderExcluirwhat happened to the other one?
ResponderExcluirhaha.
ResponderExcluiryeah! its much better,
ResponderExcluirim here because of few cents for you. just dropping by.
ResponderExcluirPost interessante e muito apropriado.
ResponderExcluirUm motor de combustão interna é uma máquina térmica que opera de forma pouco linear. É bastante flexível para atender as condições de constante variação de potência exigida pelo automóvel, porém seu rendimento maior está concentrado num ponto operacional bem determinado.
Quanto maior o número de marchas, e estas receberem um escalonamento apropriado, isto permitirá que o motor atenda as necessidades de potência do automóvel trabalhando mais tempo na sua condição de melhor rendimento.
Que ninguém se engane sobre a tecnologia dos motores. O conhecimento da maioria dos detalhes que fazem um bom motor são conhecidos há mais de 60 anos, feitos por renomados pesquisadores como Sir Harry Ricardo e mais recentemente do corpo de engenheiros de pesquisa e desenvolvimento da NACA (agência americana de pesquisa aeronáutica que deu origem à NASA).
Exemplo disto é o sistema de injeção de combustível, que, embora esteja nos carros de série há pouco mais de 20 anos, na verdade já existia desde os primeiros motores.
O problema de melhoria de rendimento dos motores não é saber o que fazer, mas sim de como fazer.
A indústria não tem parado no desenvolvimento de motores mais eficientes e menos poluidores, embora todos reconheçam que há um limite para esse desenvolvimento. Isto vai de encontro com as leis de proteção ambiental.
No entanto, a anulação desses benefícios de que trata o artigo ocorre por conta de dois inimigos. O conforto e o marketing.
Hoje os carros são muito mais pesados do que eram há 20 anos. Coisas que antigamente eram artigos de alto luxo hoje são exigidas a'te nos carros básicos.
A maioria dos carros do começo dos anos 70 sequer tinham um ventilador elétrico, quanto mais sistemas de aquecimento, ar condicionado, forração acústica e térmica, etc. Isto era coisa para carros como o Galaxie.
Hoje esses ítens são xigidos pelo consumidor até em carros básicos.
Um carro pesado exige um motor mais potente. Mais cargas elétricas exigem mais potência do motor pelo acionamento do alternador, e por aí vai.
Já o marketing costuma entoar o canto das sereias, dizendo palavras que nos são tão agradáveis: "um motor mais potente cria um carro melhor. Compre um carro com motor mais potente". E oferecer um carro de maior potência é vantagem competitiva nesse mercado.
O resultado disso vemos hoje de forma indireta.
A injeção eletrônica tomou o lugar do carburador porque poluia muito menos, impulsionada por legislações de restrição de emissões. Por outro lado, se as emissões relativas são reduzidas, o aumento de potência dos motores aumenta as emissões em níveis absolutos.
A injeção eletrônica veio para os carros para limpar o ar dos grandes centros urbanos. Ela já está no mercado de forma absoluta por um tempo suficiente para ter substituído a maior parte da frota equipada com carburadores. Apesar disso, o ar das grandes cidades continua poluído, e o automóvel continua sendo apontado como principal vilão.
Em resumo: as coisas evoluem, mas continuamos dando um passo pra frente e outro pra trás.
André, o contrasenso é que caixas com muitas marchas sempre foram a solução para motores pequenos, com faixa útil estreita. E hoje são usadas em modelos caríssimos e com motores potentes, onde 5 marchas já seriam mais que suficientes.
ResponderExcluirAcredito que funcione mais como marketing, ainda que, como o Keller mostrou, haja ganhos reais.
Fico imaginando a eficiencia das caixas automaticas de 8 marchas aliadas a motores pequenos e economicos, montados em carros leves.