google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 DE CARRO POR AÍ - AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

DE CARRO POR AÍ












End. eletrônico: edita@rnasser.com.br           Fax: +55.61.3225.5511             Coluna 3713  11.setembro.2013

Alemanha, Salão, futuro elétrico
O IAA, sigla em alemão de salão de automóveis com amplitude internacional, bianual, em Frankfurt, e 65ª edição, cruza referências: menor venda de espaços nos últimos anos; maior distribuição de credenciais: no dia da imprensa haviam mais não jornalistas; e, se não deu o tom definitivo, mostrou o caminho, aparentemente mais prático e incontestado, a ser tomado pela indústria automobilística nos próximos anos: tração elétrica por conjugação híbrida, ou exclusiva e do tipo plug-in – reabastecimento (recarga) na parede.
Presença contida de expositores está no fato de a indústria de automóveis na Europa vir em retração de vendas, ainda conseqüente à crise do Sub Prime e pela irresponsável falta de controle pelo governo estadunidense sobre o sistema de hipotecas e financiamentos. Os EUA começaram a se recuperar, mas a Europa, exceto as poderosas alemãs Audi, BMW, Mercedes, mostra queda de vendas incluindo a GM Opel, redução de mercado, porte, fechamento de fábricas. Martin Winterkorn, executivo-chefe da VW, disse, atrevidamente, que a Europa pode fechar 10 fábricas de automóveis, pela redução de vendas em 3,5M desde 2007.
Esta condição talvez explique os espaços aparentemente maiores que as necessidades dos expositores e sua mistura – Mitsubushi e Jaguar cercados de empresas de autopeças, por exemplo. De chineses, apenas a Changan. Área, limpa, hígida, meros quatro veículos, instigando críticas, em especial o C5, de maior expressão. Todos safadas cópias de outros. Dito C5 do Range Rover Evoque. E C5 é veículo Citroën.

No definir-se pelos elétricos, a Volkswagen bancou larga aplicação, desde os híbridos – anuncia produzirá o recordista XL1, mais de 100 km com um litro de diesel – até os puramente elétricos com vocação urbana, como um furgãozinho sobre o recém-apresentado up!, idem Golf 7.
Para mostrar-se comprometida ao tema, referenciou seu Audi e-tron, vencedor na 24 Horas de Le Mans, e mostrou sedã Porsche Panamera e utilitário esporte Cayenne em versão híbrida.
Não deixa ser curioso a Volkswagen, grupo de 10 marcas perseguindo com solidez a liderança mundial para 2018, invista em desenvolvimento de carros elétricos. À Alemanha falta esta etérea commodity. Sem orografia variada para ter geração hidroelétrica, o faz por usinas atômicas, geradores a petróleo e eólicos. Mas parece momento atrelado ao futuro, e o articulado discurso de Winterkorn fala de compromissos, sobrevivência, mudança de interesse dos jovens a outros bens, e bem define o atual patamar ao dizer que oferecer o carro elétrico não deve ser uma renúncia sobre rodas, mas um caminho atual.
E nós?
Apesar da distância há novos produtos com previsível reflexo no mercado nacional. Por exemplo, carros elétricos, como o e-Golf e o e-up!. A Volkswagen te-los-á no Brasil caso aceito pedido da Anfavea, associação dos fabricantes, ao ministro Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, Indústria e do Comércio, de isenção de impostos para veículos ou partes de tração elétrica. Casco e chassi rolante prontos, basta importar motor, câmbio e eletrônica e promover o casamento local, criando produto e desenvolvendo tecnologia.
Se este é um bonde mundial, o Brasil, mesmo sem consciência do peso que pode representar, não pode deixar passar, enquanto discute a quadratura do círculo ou o sexo dos anjos.

e-up! e e-Golf 7

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Do grupo VW, aos brasileiros chamou atenções o anúncio de lançamento do Audi A3 Cabriolet, cópia integral da peça de apresentação local do Citroën AirCross.
Produção por tração acadêmica de motor endotérmico, Philipp Schiemer, novo presidente da Mercedes-Benz no Brasil, superou dúvidas e encaminha o fazer da nova família A, anunciada em exclusividade mundial pela Coluna. Degrau de entrada, abaixo da Série C, tração dianteira, sedã CLA e utilitário/crossover GLA, lançado em Frankfurt. Em entrevista sobre local da nova fábrica, cortou Paraná, focando São Paulo e Santa Catarina. Produção em 2015.

Mercades GLA. SP ou SC? 2015
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De produto, Mercedes E 500 Híbrido, apto a uso como carro de representação, em circuitos urbanos, e usufruir de maior autonomia pelo sistema híbrido.
Mais
Especulações não confirmadas sobre a Renault produzir o pequeno utilitário esporte Captur – de importação suspensa há dias por elevação dos custos pela valorização do dólar. De certo, mudará a frente do Fluence, dando-lhe cara da marca, dissimulando a origem da coreana Samsung.
Com possibilidades, o Sportsvan, misto de crossover + utilitário esporte + perua construído pela VW sobre o novo Golf 7, factível para o Brasil, produzindo sua base.
Curioso observar, a ascensão do Brasil no cenário mundial, rentável como produção e consumo, não mudou a imagem do país. Aos envolvidos com a indústria continua sendo Rio de Janeiro, carnaval, futebol, aventura tropical. Executivos da BMW e da Audi, perguntados sobre produção das marcas no país – confirmadas para Santa Catarina e Paraná –, fazem cara de paisagem ante o assunto. De produto, então, de lâmpada fitando a paisagem.
Em paralelo
Nem elétricos, nem produção local, alguns importados trarão reflexos ao mercado interno. Ford, inicialmente, versões chamadas Vignale, no mercado de produtos Premium, tentada pela Lincoln, marca de topo, sem êxito. Invisível linha separa rótulos de Luxo e Premium. Sua área jurídica exumou a marca Vignale, recebida ao comprar a De Tomaso, sua detentora. Agora, aplicará o sobrenome do famoso carrozziere turinês, para versões superiores, como o faz a popular Citroën com seus DS sobre os modelos 3 e 5. O primeiro a ter versão refinada será o Fusion.
Vignale, Fusion de luxo, em breve


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Novos Audi e Peugeot 308, lançados em Frankfurt, o segundo diferente do produzido no Mercosul, mostram crise de identificação. A frente dos Audi, por Walter D'Silva com nítida inspiração nos Alfa, para quem desenhou 145, 146, 147, 156 e 166, ficou tão impregnada em proporções e grade alfísticas, que o carro muda mas sugere alguma coisa antiga. Peugeot, caminho inverso. O novo 308 cortou a fórmula anterior, grande tomada de ar frontal e faróis integrados – bocão e olhões às linhas do estilo. Adotou grade horizontal cromada, coquetel de Mercedes, SsangYong, Hyundai, Infinity ... Mudou o frontal, perdeu identidade. O 308 não tem cara Peugeot...

308 europeu. Peugeot sem cara de Peugeot
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De fora
Algumas novidades serão importadas, apesar do elitismo dos preços elevados pelos impostos altos. Mas sempre existirão interessados nos novos Mercedes S Coupé, elegante cupezão sobre a comprida plataforma do maior sedã.

Mercedes S Coupé
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Ou nos Porsche 911/50, edição de formas limpas e autênticas, com tentativa visual do 911 inicial, mítico automóvel a festejar meio século.

Porsche 911/50, inspiração no modelo original (segundo plano)
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Também, que algum brasileiro, de lastro antigo ou enriquecimento recente se encante com o Porsche 918 Spyder considerado pela marca o início do caminho do esportivo híbrido. Somando motores a gasolina e elétrico, gera 887 cv, acelera de 0 a 100 km/h em estupefantes 2,8 s, e roda entre 30 e 33 km com 1 litro. Produção será de apenas 918 unidades.

Porsche 918 Spyder, carro esporte híbrido
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Audi exibiu veículo a caminho de produção, o Nanuk. Nada a ver com a cidade mineira, mas indicando urso polar em esquimó. É esquisito como um urso em Nanuque, quatro por quatro de plataforma Porsche Cayenne/VW Touareg/Audi Q7, vestida por carroceria esportiva descombinando linhas e a elevada altura do solo, com rodas aro 22-polegadas. Nos anos 1960 as inglesas Jensen – carros – e Ferguson – tratores e tração – criaram o Jensen FF, esportivo com tração total. Dito ironicamente esportivo utilitário, atolou pelo caminho.

Audi Nanuk
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Assim,
Considere mais o espírito que os tropeços. O IAA 2013 ficará marcado pelo caminho da eletricidade como factível para o início do re encontro do automóvel com os consumidores e suas demandas pelo respeito ao meio ambiente. Nestes tempos eleitorais pergunte-se porque o Brasil, de imensurável potencial de geração – hidráulica, eólica, mares, carvão, turfa, biomassa –, não se liga nos elétricos como parte da matriz energética. Talvez o tempo de planejamento seja gasto para explicar os inexplicáveis apagões.

RN

A coluna "De Carro por Aí" é de total responsabilidade do seu autor e não reflete necessariamente a opinião do AUTOentusiastas.

5 comentários :

  1. Os franceses já tentaram um Nanuk com o Mega Track:

    http://cache.jalopnik.com/assets/resources/2008/05/Mega_Track.jpg

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  2. Embora o Brasil tenha enorme potencial para gerar eletricidade a baixo custo, com diversas opções disponíveis, temos dois problemas principais, em minha humilde opinião: 1) não se explora como deveria todas as possibilidades para gerar eletricidade, mesmo hidrelétrica; 2) paga-se valores obscenos pelo kWh, um dos mais altos do mundo. Portanto, tem muita meleca no meio do caminho para os automóveis elétricos emplacarem de vez por aqui...

    Gostei do Porsche 918 e seus 2,8 s para atingir os 100 km/h. Nesse ponto, os motores elétricos ajudam (e muito!), já que a potência é total desde o início. Apesar de estranho, confesso que também gostei do Audi Nanuk.

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  3. Esse Audi Nanuk lembrou o Lamborghini Murcielago.

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  4. O problema do Brasil é o seguinte, se quer se contruir uma hidroelétrica, tem que ser o governo, a iniciativa privada não tem coragem. Se tem coragem, os ecochatos não deixam. E, do ponto de vista energético, é melhor queimar combustível fóssil em um hibrido do que em um totalmente elétrico. No Brasil não vale a pena carro totalmente elétrico, pois, invés de se queimar o gás nos carros, onde a eficiência já é baixa, deseja-s queimar nas térmelétricas, onde a eficiência é mais baixa ainda e se polui muito mais por emissão de NOx. Enfim, o mundo dos ecochatos e deveras controverso.

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  5. Não entendo a lógica de dar isenção de impostos para um brasileiro que queira andar de carro elétrico. Pior ainda, há pessoas falando em subsídio. Se o benefício ambiental é questionável, fazer um contribuinte pagar para, ao invés de ter ruas decentes, médicos e enfermeiros nos hospitais, hospitais, policiais, professores, um judiciário que minimamente funcione, bancar parte do carro elétrico de outra pessoa beira a insanidade!
    Bom, como beira a insanidade, e fará com que o colapso da rede elétrica chegue mais rápido, pode ser que nossos legisladores aprovem...
    Se for assim, prefiro subsidiar o GPS, o câmbio automático, sistemas que estacionem sem interferência humana, piloto automático com distância programada, coisas que realmente tiram (a anta do) motorista brasileiro do comando do carro, para reduzir o número de acidentes e assim, ter mais policiais disponíveis para registrar outras queixas, mais vagas nos hospitais, etc. Que deixem o ato de dirigir para quem gosta!

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