Repe-Alfa Romeo (foto nerddecarro.wordpress.com) |
Estive ativo no automobilismo de 1962 a 1987, com ênfase nos anos 1970. Nesse tempo todo tive apenas um acidente e alguns incidentes, que gostaria de compartilhar com o leitor.
Foto: blogdojovino.blogspot.com |
Ainda na primeira volta, quando comecei a fazer a curva da subida do lago rumo à reta oposta (circuito antigo, claro), o carro deu traseirada inesperada, tentei corrigir, mas não pude evitar que atingisse forte o guard-rail, de lado. Meu maior medo na hora foi incêndio, pois o tanque ficava ao meu lado. Felizmente não aconteceu. Saí do carro com dores no tórax, nas costelas. Foi uma pancada tão forte que a estrutura onde o banco ficava encaixado foi amassada pelo meu corpo.
O Peixoto ficou bravo, achou que eu tinha rodado sozinho, coisa de braço duro, danificado o carro dele. Após o carro ser trazido para box pela organização da prova, vi que uma das rótulas do braço inferior da suspensão traseira esquerda estava partida. Na hora matei a charada da escapada de traseira repentina, mas o Peixoto disse ser conseqüência da batida, não causa. Resolvi ir até à curva depois da última bateria do dia para passar a questão a limpo.
No asfalto, no ponto onde a traseira saiu, havia marcas de algo frisado atritando nele: era o cárter aletado de alumínio do motor Alfa Romeo. Foi o momento em que a rótula partiu e o cárter deixou sua "assinatura" no asfalto. Foi o bastante para convencer o Peixoto de que não havia sido rodada de "braço duro"...
E a dor nas costelas? Uma radiografia mostrou uma costela trincada – maldita estrutura! Foram 15 dias de muita dor, muito analgésico, mas acabou passando.
Nessa corrida eu pilotaria uma bateria e o Milton Amaral, outra.
Nessa corrida eu pilotaria uma bateria e o Milton Amaral, outra.
Bandeirada depois de uma corrida difícil, até "vôo" teve. Com a bandeira, meu amigo e diretor de prova Amadeu Girão, já falecido
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Quanto aos incidentes, até que foram poucos. Numa prova de Fórmula Vê no Rio, em 1968, houve uma confusão qualquer na minha frente, atingi um carro e literalmente decolei, mas o carro manteve a horizontal e aterrissei sem danos maiores. Não me classifiquei bem.
Maverick V-8 Grupo 1, igual ao da batida em Tarumã. Aqui, corrigindo saída traseira no "S" em Interlagos |
Enquanto os mecânicos faziam uma funilaria de emergência, pois a corrida seria dali a quatro horas, examinei carro por baixo quando ele estava sobre cavaletes. Quase imediatamente vi a barra estabilizadora dianteira partida: no momento em que ela quebrou o carro ganhou instantaneamente aderência na dianteira mas a traseira não, e a rodada foi inevitável.
Situação incômoda! (Foto Jornal da Tarde) |
Um momento difícil foi na 24 Horas de Interlagos de 1970, com um Opala quatro-portas Divisão 3. A metros da curva 1 o capô abriu totalmente, obrigando-me a fazer a veloz curva pelas referências laterais através da minha janela. O mais chato foi ter que dar uma volta completa com o capô daquele jeito para entrar no boxe e retirarem o capô. Mais adiante na corrida a travessa dianteira rachou completamente e tivemos que trocá-la, tirando a peça do Opala de alguém do nosso grupo. Perdemos um tempo enorme e apenas continuarmos para chegar – em 22° lugar. Meu companheiro foi o Aurelino Machado, carioca também.
Um biela quebrada – defronte aos boxes |
Tive uma quebra de motor monumental na Mil Milhas de 1981, Fiat 147 1300 na categoria Hot Car, em dupla com Giuseppe "Pino" Marinelli que, como eu, era funcionário da Fiat. Em plena reta, diante dos boxes, com quinta cheia, quebrou-se uma biela. Que estrondo!
O Opala da Mil Milhas de 1973, dupla com Jan Balder |
Mas um dos incidentes que não me esqueço, pelo final feliz que teve, foi na Mil Milhas de 1973, com Opala Divisão 3. Largada à meia-noite, carros alinhados e nada de ser dada a largada. O motivo era um arrogante capitão PM, chefe do policiamento ali, que dizia que enquanto os boxes não esvaziassem não tinha largada. Ficou o impasse, passava um pouco de 1 da manhã, quando tive uma idéia: liguei o motor e acendi todos os faróis, com se fosse largar. Outros pilotos viram aquilo e, como que entendessem, me acompanharam. De repente, todos os mais 60 carros estavam com os motores roncando alto com aquele mundo de faróis ligados. O diretor de prova Eloy Gogliano não teve dúvida: pegou a bandeira do Estado de São Paulo e deu largada. Foi assim que a corrida começou. Do tal capitão PM, não soube mais dele.
Logo que a corrida acabou (chegamos em 4º, eu em dupla com o Jan Balder) o Eloy veio até o box para me agradecer pela "iniciativa".
BS
Bob, que belo texto!!!!
ResponderExcluirVocê nos transporta até a cena.
Muito Bom!!!
Abraço,
Alvaro
O improvável acidente com o Repe-Alfa Romeo lembrou vagamente os estranhos acontecimentos com os restos do Porsche do James Dean.
ResponderExcluirAlguns pilotos falecidos parece que não gostam que outros usem as peças do seu carro fatídico...
BlueGopher
ExcluirJustamente em função do ocorrido que NUNCA mais coloquei peça em carro meu que não fosse rigorosamente nova. Nem parafuso de placa. Um grande amigo comprou um 911 Carrera zero-km em 1974, quando as importações estavam abertas, e no dia foi retirar o carro na concessionária faltavam os parafusos para fixar as placas, o expediente já estava encerrado. Havia perto um 911 acidentado e pegaram os parafusos de placa dele. Adivinhe? Uma semana depois um ônibus avançou o sinal e encheu-lhe a lateral!
Histórias deliciosas Bob, aliás quando ira nos prestigiar com seu livro ?
ResponderExcluirmuito boa essas historias ! a ultima eh engraçada, sempre eh bom ler as historias de bob.
ResponderExcluirvlw abrass
vitor marques
ExcluirPrecisava ver a pose do tal coronel PM, sentindo-se dono do pedaço, até a maneira de segurar o cigarro era arrogante.
Também, em plena ditadura, qualquer um que fosse militar, se achava o bonzão... Daria tudo para ver a cara do coroné ao ver 60 carros de corrida urrando feito loucos e aquele mar de luz partindo pra cima!!!
ExcluirCadê o "Militar APosentado" para comentar? rs
ExcluirBob,
ResponderExcluirQuantas corridas você venceu e quantos títulos obteve?
CCN 1410
ExcluirForam 84 corridas, 10 vitórias na classificação geral e várias na classe. Títulos, campeão carioca de Turismo classe 851 a 1.300 cm³, em 1968, DKW; campeão brasileiro de turismo de série, 1976, Maverick; campeão brasileiro de turismo especial, 1976, Maverick; vencedor do ranking de Autoesporte, 1976l; e campeão carioca de turismo grupo1, classe A até 1300 cm³, Fiat 147.
Bob, percebi pela foto que o Maverick inclinava bastante nas curvas, provavelmente prejudicando o tempo de volta. Juntando isso, mais os pneus e freio usados na época, provavelmente um carro bem menos potente de hoje seria tão rápido quanto ele, apesar dos cerca de 450cv (como você informou no post da volta em Interlagos antigos, lembra?).
ExcluirQual carro hoje teria tempos de volta semelhantes? Talvez os VW/Audi FSI, ou BMW 280, pra citar alguns que já apareceram em avaliações aqui?
Abraço,
Bob,
ExcluirPelo número de corridas o aproveitamento foi muito bom.
Parabéns e obrigado pela informação.
" travessa dianteira rachou" afinal ,por que os Opalas trincam essa travessa?
ResponderExcluirAdorei!! Voltei no tempo!!! Muito bom ler estas estórias que só quem estava na pista conhece. Obrigado por partilhar com a gente!! Abs,
ResponderExcluirIsso foi só uma migalha. Deve ter muita história boa nesse passado de piloto, mas as que mais me fascinam no mundo do automóvel, são as histórias de bastidores das fábricas. E aposto que você também deve saber um bocado delas, não, Bob? Pense em dar umas migalhas destas para a gente, em um futuro post.
ResponderExcluirAbraço.
Mr. Car
ExcluirDeixa comigo!
Histórias (es não se utiliza mais) sensacionais de pista; conte-nos sempre mais!
ResponderExcluirBob, chegou a andar à moda com os carros de rally da Volks do qual era gerente de competições?
Acho fantástico a tocada dos pilotos dessa modalidade; o que achava dos "teus" antigos pilotos?
MFF
MFF
ExcluirNunca dirigi os carros de rali em ritmo de prova. Uma vez andei com o Paulo Lemos (eu de passageiro) e jurei para mim mesmo nunca mais fazer isso. Num certo trecho, no Rio Grande do Sul, pensei que minha hora havia chegado...Num certo ponto havia uma grande descida, na raiz dela uma pinguela de madeira estreita, uma subida em seguida. Conheci porque fiz o trecho com o meu carro, para ver pontos de apoio etc. Pois bem, o Paulo já começou a descida em terceira cheia e encheu a quarta, quando me dei conta que aquele era o tal trecho. O Paulo passou pela pinguela a pleno, velocidade final do Gol 1,6 (pelo menos 180 km/h ali). Isso fora as curvas sucessivas numa velocidade impressionante. Foi a única vez na vida que minha pernas ficaram tremendo, ao sair do carro. Eu tive três pilotos, o Paulo, o Jorge Fleck, gaúcho, rapidíssimo, outro gaúcho, o Sílvio Klein, rápida também mas sempre prejudicado pelo seu co-piloto, que era gordo, e o carioca Cláudio Antunes, pouca coisa mais lento. Mas "requisitei" o meu piloto do Marcas, Toninho da Mata, um ás, quando o Sílvio saiu da equipe. Nunca tinha guiado rápido na terra. No primeiro rali, capotou. No segundo, já ia no tempo do Paulo e do Jorge. No terceiro, era mais rápido. E toca a ciumeira, a dizerem que tínhamos dado o melhor motor para o Toninho, até o Luizinho (o engenheiro) mostrou as fichas de dinamômetro para todos. O Toninho NÃO tinha o motor mais forte...
kkkk.
ExcluirPassei por isso a algumas semanas.
Andei de carona numa l-200 com um amigo que faz rali dos sertões. Era um treino e também quase dei perda total nas calças. Ser navegador é para quem tem sangue de barata. Coisa pavorosa aquilo.
Bob, numa conversa informal com um ex-dirigente da Federação Mineira de Automobilismo, foi-me dito que numa baixada os Gols e Voyages de rali, os mais rápidos nos anos 80, beiravam os 200. E isso foi medido com radar.
ExcluirSufoco como navegador? O vídeo abaixo é um clássico: Oh, Dear God! Podem ir direto ao 1:58, mas com certeza vale a pena ver tudo. Um aula!
http://www.youtube.com/watch?v=0ubdVZP1oV8
Abraço
Lucas CRF
Por que o primeiro não foi incidente como os demais?
ResponderExcluirAcho que porque no primeiro caso o Bob se machucou, não? Nos outros, houve problemas mecanicos, que foram contornados.
ExcluirPorque só no primeiro me machuquei.
ExcluirBons tempos my Brother Bob,,, me recordo de todos esses carros que vc pilotou menos o Repe-Alfa Romeo e o Fomula V ,Parabens Bo Sharp sempre competitivo ..- e Campeão Brasileiro !! Tbm tive uma experiencia semelhante ; Nos 1000 Kms de Brasilia de 1969 levei um baita susto !! abriu o Capô do meu Puma VW vermelho da Kinko no final da descida da W 3 antes da curva da Rodoviaria,, estava a uns 180 Kms/k tbm coloquei a cabeça pra fora ,e consegui fazer a curva sem nenhum problema, mas bem mais lento rsrs, Interlagos : Vc se recorda em uma prova longa ( Mil Milhas ou 24 hrs ? ) quando o A.C Avalone atravessou um carro na faixa de chegada e não deixou ninquem largar , A Policia entrou em açao;;;; rsrsrrs
ResponderExcluirCaro Águia,
ExcluirOs anos de Fórmula Vê no Rio foram justamente quando Interlagos fechou para a primeira grande reforma, no final de 1967. O Brasil ia correr no Rio nessa época. Nessa 1000 km de Brasília corri com aquele DKW com carroceria de plástico (compósito de fibra de vidro) nas partes moveis e teto, chegamos em 10ª, eu e meu sócio na concessionária, o Eduardo Ribeiro. Me lembro desse seu Puma, mas não do outro piloto. Agora, essa do Avallone, era uma Mil Milhas, foi hilariante. Ele era doido mesmo.
Abraço!
Legal, Bob, nos presentear com essa história.
ResponderExcluirAliás, fica devendo outras!
A maioria dos blogs, com o passar do tempo, vai ficando chato e repetitivo. Neste é justamente ao contrário, a cada meio-dia que se passa, tem-se uma nova e agradável surpresa.
Meu sonho era participar de uma corrida dessas. Mas acho que vai ter que ficar para a próxima reencarnação!
Bob, qual a tua opinião sobre o traçado da pista de Tarumã?
ResponderExcluirGostava de pilotar nela?
Perneta
ExcluirSempre chamei Tarumã de "Dijon gaúcha" – curta porém rápida. Na minha visão rivalizava apenas com Interlagos original. Não, mais, agora é a número 1 para mim, embora falte-me conhecer as que vieram depois como Campo Grande, Londrina e Velopark. Acho Tarumã fantástico, desafiante e difícil. Gosto de andar lá.
Bob, nesse negócio de corridas, a minha grande paixão é conhecer novas pistas!
ExcluirE, fundamento importante de pilotagem, aprende-las rápido!
Corri uma vez em Tarumã e me apaixonei!
As rápidas 1 e 2 quase juntas, a freada do Laço, a descida para o Tala Larga... porem corri com a chicane na 9, porque com motos grandes, na 9 e na freada da 1, ficaria muito perigoso!
As zebras, as marcações no asfalto, me lembraram muito das minhas primeiras corridas, no antigo Interlagos.
Londrina é muito interessante. Cheia de altos e baixos, curvas cegas, porem um circuito de baixa e cercado de muretas.
Mas, das novas, a melhor é Sta Cruz do Sul!
Pelo menos, para mim que piloto motos.
Tambem com aclives e declives, ela é mais rápida que Londrina.
Curva 1 de 90 graus meio off camber, uma ferradurinha deliciosa que começa descendo e termina em subida, uma sequencia de curvas com traçados não tão óbvios, curva de entrada da reta, com um saltinho na tomada... tudo de bom!
Se vc não conhece, vale a pena!
Mais pertinho de SP/RJ tem a nova do Souza Ramos, o Velocittà, que não conheço, mas me parece ser bem interessante.
Um dia, ainda vou lá!
Mas, a verdade é que não temos mais autódromos seguros e de qualidade, como no seu tempo de piloto.
Especialmente, para motos.
E, se for seguro para motos, é seguro para qualquer outra categoria de esporte a motor.
Se perdessemos Interlagos agora, teríamos apenas Curitiba, que nem é um autódromo classe A na FIA.
Aliás, o número de autódromos no Brasil é ridiculamente pequeno para o tamanho do Brasil.
Temos que dar um jeito nisso!
Abs,
Paulo Franco
Velho BOB, e as histórias do início da Stock Car? da equipe DKW? acho que o livro que Vc escrever trá que ser dividido em épocas e fases, pense num cara que andou literalmente no cenário automotivo Brasileiro. e o Mestre Zullino com a Fvee, acha que vai em frente? e o Eduardo Homem de Melo que se vangloria em ser penta campeão? será verdade? diz ai.
ResponderExcluirBOB, Vc tem uma dívida com os apaixonadas pelo automobilismo, escrever este livro apaixonado repleto de histórias de humildade, raça, perseverança do automobilismo brasileiro é importantíssimo para esta nova geração que vem por ai, sem preparo e desconhecendo a verdadeira história de como foi que todos os apaixonados conseguiram fazer este pais gostar do automobilismo..
AMC
ExcluirConcordo, tenho essa dívida e vou saldá-la.
Muito legal BOB!
ResponderExcluirEscuto sempre meu pai contar as histórias de mavericks, alfas, etc. Deve ter sido interessante essa época. Quais foram suas conquistas na época?
http://dipoloeletrico.blogspot.com.br/
Bob Sharp.
ResponderExcluirEste blog é parada obrigatória. Parabéns a vc e toda a sua equipe por dividirem conosco essa experiência.
Vc me fez lembrar de uma corrida de Opala Stock Car, que vi no nosso (saudoso) Autódromo de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, este infelizmente destruído pela ganância e roubalheira dos nossos políticos.
Cordial abraço.
Luiz Claudio Basilio
Texto sensacional Bob! Até parece que eu estava no meio dos 60 carros, os motores roncando, senti até o cheiro! Obrigado... E fique à vontade para nos contar mais... ;)
ResponderExcluirLendo este texto lembrei que algum tempo atrás, folheando uma quatro rodas de outubro de 1976, eis que me deparo com um nome familiar, na matéria cujo título era: "Divisão 3: Sharp e Vital na liderança". Ao ler a matéria e após algumas pesquisas, descobri que o Bob já tinha pilotado (e muito), diferente da imagem do jornalista editor-chefe que eu tinha construído mentalmente, durante este pouco mais de um ano que acompanho o blog.
ResponderExcluirSenhor Sharp, meus sinceros parabéns pela trajetória no automobilismo brasileiro (tanto prático quanto teórico, rs) e por manter, juntamente com toda a equipe, o excelente blog que é o AE.
Que tal uma biografia, Bob? Ou, no mínimo, um post reunindo alguns 'causos' ?
Nunca sofri qualquer acidente ou incidente nas pistas por uma simples razão: nunca disputei uma corrida de automóveis. Eis uma grande lacuna na minha "carreira" de motorista.
ResponderExcluirObviamente já tive o desprazer de me envolver, involuntariamente, numa batida comum de trânsito. Aquele barulho que faz quando as latarias se encontram entra no seu ouvido feito uma navalha gelada.
- Bruschrrcrahasquik!
E lá se foi a porta traseira lateral, junto com parte da saia, uma lasca da roda, um para-lamas e o para-choque traseiro. Você desce do carro sabendo que o estrago foi grande, mas fica torcendo para ter sido só uma raladinha.
Depois, quando a raiva passa, você agradece aos céus por não ter se machucado.
Na hora de dormir, aquele ruído volta na sua cabeça.
- Bruschrrcrahasquik!
E você se sente um tremendo impotente, incapaz de evitar a barbeiragem de terceiros. Aí você se consola pois a culpa não foi sua.
Bob,
ResponderExcluirSou de Petrópolis, mas quando a Repe ainda existia eu era criança. Sabe me confirmar se ela funcionava cerca de 1km após o Hotel Quitandinha, na entrada da cidade? É que eu me lembro de anos depois ver um letreiro dele num galpão das proximidades, onde também funcionou uma concessionária Puma...
Aliás, Petrópolis sempre teve alguma relevância no cenário do automobilismo nacional. Ainda hoje, muitas das principais equipes de Stock Car tem sede na cidade, sendo a maior vencedora a de Andreas Matheis. Apesar disso, o autódromo mais próximo daqui hoje em dia é... Interlagos, distante mais de 500 km de distância!
Rafael
ExcluirAcho que a oficina do Peixoto era onde você disse. Uma das minhas equipes (da Volkswagen) contratadas para o Campeonato da Marcas era de Petrópolis, a da Petrópolis Veículos, chefiada pelo titular da firma, o Wulf Seikel. O Andréas era um dos pilotos. Petrópolis sempre foi celeiro de pilotos, com nomes como Irineu Corrêa, que venceu a segunda Gávea, em 1934, mas faleceria na do ano seguinte; Mário Olivetti; Álvaro e Aílton Varanda.
Muito bom! Mais histórias saborosas!!!
ResponderExcluirBob,
ResponderExcluirna corrida de Petrópolis em que o Sergio Cardoso faleceu, voce se lembra de ir à noite para a Estrada do Contorno para regular o DKW? (Quando o Sergio bateu no muro, o treino foi suspenso, e o Bob não teve tempo de treinar.) Nada de acertar a carburação até que descobriram a junta do carburador montada invertida.
Claudio
ExcluirSe você falou é porque aconteceu, pois não me lembro disso. O que me lembro é que na segunda volta apagou um cilindro e parei no que seria o boxe para resolver o problema e estava parado quando houve o atropelamento do Cacaio. Foi mesmo uma corrida traumatizante.
Sr Bob Sharp, relembrar essa época e suas belas histórias é uma feliz viajem no tempo. aguardo a segunda parte.
ResponderExcluirBob, há alguma esperança em retornarem as duas postagens diárias, como era há um tempo atrás? Era muito bom! Abraços.
ResponderExcluirRafael,
ResponderExcluirPor enquanto não, mas estamos trabalhando nesse sentido, é realmente interessante para os leitores. De qualquer maneira, com as colunas do Wagner e do Nasser às terças e sextas, respectivamente, são dois (dos sete dias) com dois posts – 28,6% da semana...
Que maravilha poder ler estes depoimentos de uma testemunha viva - por muito tempo, se Deus quiser - do desenvolvimento do automobilismo brasileiro. Pensas num livro, prezado Bob? Aguardando mais posts como este.
ResponderExcluirRafael,
ResponderExcluirTiro, confere.
Desnecessário dizer que este texto foi uma delícia de se ler, pois sou verdadeiro aficionado pelas corridas antigas. Pode mandar mais textos do tipo que é uma maravilhosa viagem no tempo! Mas fazer a Curva 1 de Interlagos antigo por meio de referências pela janela... e a bordo de um Opala do início da safra... affff! Haja coração!
ResponderExcluirTuhu
ResponderExcluirSim, qualquer hora começo a escrever. Está sendo difícil por questão de tempo apenas.
Sabe o que é triste? É que pelo que ae vê hoje, e pelo que foi relatado no post do Wagner Gonzales, o automobilismo no Brasil está ficando pra escanteio. Cade a infinidade de campeonatos que existiam antigamente?
ResponderExcluirCaro Bob,
ResponderExcluirExcelente texto! Pedaços da história do automobilismo nacional do qual você fez parte! Certamente todo esse conhecimento se reflete em seus testes e textos.
Parabéns!
Leo-RJ
Ate na primeira corrida de bugre aqui no Rio em 1973 vc correu né Bob, lembra ?
ResponderExcluirabs
Helio Mendonça
Adoro as histórias postadas por você do nosso automobilismo ...... Continue nos proporcionando toda essa alegria ....... Abraçalhão.
ResponderExcluirDuas duvidas, como o Maverick estava corrigindo saída traseira no "S" em Interlagos se o S foi feito em 1990, e sobre o capo do Opala na foto, ele não abre para frente ?
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