End. eletrônico: edita@rnasser.com.br Fax: +55.61.3225.5511 Coluna 3013
24.julho.2013
De Utilitários
Esportivos, os SUVs, por aí
É o segmento em expansão consistente, de agrado nacional,
seja pela posição de dirigir, pela sensação de superioridade, poder,
intocabilidade, pela usual e superior resistência para enfrentar os mal-educados pisos nacionais ou, simplesmente por permitir incluir-se, conscientemente
ou não, numa etérea classificação de macho
man. Seja qual for, os utilitários esportivos agradam gregos e goianos, e
toda marca tem provocações internas de participar deste segmento mais
identificado pelas formas que pelas verdadeiras habilidades – pergunte a teus amigos e amigas, que
te-los-ão em quantidade imensurável, como se aciona e qual o modo ideal da
tração nas quatro rodas. Terás uma decepção.
Inventora do segmento grande foi a Willys com seu Jeep
Station Wagon, no Brasil e Argentina ditas Rural, final da década de ’40. Mais
recentemente, em 1977, a então soviética Lada criou o Niva sobre o Fiat 127,
base no nosso 147, acredita? Era
brilhante em soluções, caótico em construção, descompromissado em qualidade,
como tudo em regime totalitário. Mas idéia e conceito eram brilhantes. A Toyota
o entendeu, passou-o a limpo, deu no RAV4, e quase todas as marcas seguiram a
fórmula: reforçar plataforma de automóvel, usar mecânica disponível, colocar
tração em todas as rodas para melhorar segurança e dirigibilidade.
Hoje o mercado nacional tem o Ford EcoSport que abriu e se
manteve, inacreditavelmente solitário durante uma década, até a chegada do
Renault Duster. Outras marcas sugerem aptidões e visões assemelhadas, como a
Fiat com os Palio Adventure ou Idea; Volkswagen e CrossFox. Sem algo mais em
disposição, apenas estampa e o conceitos que seus donos acham ter.
Neste e nos próximos anos, a regra temporal pouco importa,
entre nacionais e importados, muitas novidades, como:
Alfa Romeo – Creia, apesar tanto pega e
solta, abraça e empurra, amor e ódio, tudo tipicamente italiano, será uma das
marcas produzidas na fábrica da Fiat em Goiana, Pernambuco. Lá, em plataforma
comum, Dodge e Alfa terão sedãs e utilitários esportivos;
Chevrolet – Importará a nova versão do SUV
Captiva;
Ford – As informações que a Ford
produziria um utilitário esportivo na Argentina induziu projetar que seria o Kuga,
construído sobre a plataforma Focus III, do modelo lançado ao Salón de Buenos Aires e recentemente
iniciado em produção. Raciocínio certo, carro errado. O utilitário esportivo
virá, será argentino, porém sobre o chassi do picape Ranger. Está em testes
mundiais como Endeavour, mas nos mercados latino-americanos, a ser abastecido
pela Argentina, onde se faz o Ranger, terá o nome de Everest. No Brasil será
experiência nova para a Ford. Já existiram versões com pretensões de uso
confortável sobre chassis de picape, mas eram ao princípio de nossa indústria,
por encarroçadores emendando cabine de picapes F-100 e depois F-1000.
Protótipos são, digamos com tentativa delicadeza, esteticamente
descompromissados. Parecem ter sido feitos por estagiários sem direção, em três
continentes, sem comunicação. Ainda é tempo de convocar o João Marcos Ramos,
talentoso líder de design da Ford
Brasil, para dar jeito;
GM – Definiu, o nome de seu próximo
produto será Tracker. Nada a ver com o antigo Suzuki 2.0 argentinizado e aqui vendido com nome de Chevrolet Tracker. Este deve ter
a base coreana do Cruze, motor 1,8. Inicialmente importado e após mesclado com
peças estrangeiras e alguma coisa nacional. Próximos meses;
Honda – Anunciado pela Coluna em setembro de 2012, a Honda no
Brasil terá pequeno utilitário esportivo, porte menor que o CR-V, pois montado
sobre plataforma do novo Fit, em aproximação. Há indefinições quando ao
processo produtivo sabendo-se, pelo apertar do parafuso nas relações com o
México, transformando sua indústria em fornecedora ao Brasil, deverá ser feito
no Mercosul, mesclando capacidades das fábricas paulista e de Campana, na
Argentina. Takanobu Ito, número 1 da Honda mundial disse, virá dois anos após a
troca da família Fit, a ocorrer neste ano.
Produção em 2015;
Conceito do SUV Honda |
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Hyundai – Produto bem conformado e bem-lançado, o HB20 deve ganhar variação utilitária esportiva. Depende do aumento
da capacidade de produção de sua fábrica, hoje plenamente tomada;
Lada – Acredite, é coisa séria. Revisto
pela Opel – a GM foi sócia da Lada e o vendia como Chevrolet Niva –, atualizado
pela Renault, que tem metade do negócio, tem desenvolvimento e nome novo, Taiga. Em japonês significa rio,
corrente. Em inglês de bêbado, tigre ... Lada é nome de um barco utilizado nos
rios russos. Pelo insólito merece mais espaço na Coluna: atualizado, freios ABS, direção hidráulica, acelerador
eletrônico, carroceria com reforços laterais anti-impacto, limpadores de pára-brisa implementados, luzes diurnas, juntas homocinéticas, vidros absorvedores
de calor, pintura metálica anti-corrosão, três anos de garantia – e com socorro
em estrada. Afastada a ditadura soviética, com a mão ocidental deve ser um bom
carro. Custa, chaves na mão, na Alemanha, 11.000 euros, uns R$ 33 mil;
Lada Niva, aliás AvtoVAZ Taiga. Projeto de brilho, quase 40 anos, pai de todos os pequenos, atualizado (Foto suvnews.de) |
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Mercedes – Como a Coluna antecipou, a Mercedes fará o sedã CLA no Brasil. Carro
pequeno, desafio grande à marca criar fórmula ortopédica que permita a
compradores mais jovens esticar os braços e agarrar o sonho de dirigir olhando
por dentro da estrela de três pontas sobre o capô ... A empresa ajusta projeto
e terá, além do sedã, indissociável mescla entre crossover e sport utility, o
GLA. Em testes. Inicialmente importado. Logo após, feito aqui. Motor 2,0 turbo,
circa 200 cv, caixa automática
com sete marchas. 2016?
Mercedes GLA |
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Volkswagen – Com emoção de suíços,
sorridentes mas sem fazer os olhos brilhar, prepara a maior virada que a marca
já assistiu no Brasil – ampliação, novos motores e o Up!, novo produto de
entrada no mercado. Sobre este, o Taigun,
novidade de um mini-utilitário esportivo, sem concorrentes no país. Em testes.
2015.
Audi A3. Terceira geração
Audi A3. Terceira geração
Prestei atenção na fala de Lothar
Werninghaus, engenheiro e fac
totum nesta área da Audi
Brasil, em sua apresentação do novo A3 Sportback – um nome simpático para quebrar a
caretice dos hatch cinco portas. Exposição cartesiana
como soem ser a dos técnicos com formação de ciências exatas. Fiquei com a
sensação de ver na terceira geração do A3, relativamente à anterior, uma
espécie de inverso dos administradores públicos. Estes, quando se acomodam
confortavelmente no poder, tem a sensação que o mundo começa naquela data e que
tudo até então criado está errado, pois prescindiu de sua douta contribuição. E
aí, à custa de enormes somas, implementam-se enormes e custosas mudanças. No
final, acabando seu governo, deixam a certeza que mudou-se tudo para nada mudar
em resultados.
A Audi fez o contrário. Mudou muito
para parecer nada ter feito. A empresa não quis alterar a aparência do carro,
conhecido, identificado e bem absorvido pelo mercado. Manteve dimensões
assemelhadas, mas ampliou a distância entre eixos em 5,8 cm.
A Audi criou a classificação de
Premium para os carros deste porte, forma de diferenciá-los com conteúdo e
apuro mecânico, ingredientes que aumentam custos. Mantém o conceito e o
automóvel está mais para evolução que para revolução.
Grupo motopropulsor
tipo atual conjuntura: motores menores – 1,4 e 1,8 – ambos com turbo, câmbio
automatizado de duas embreagens, sete marchas. O motor 1,8 porta característica
de sistema de injeção direta e indireta de combustível, que funcionam
independentes ou conjugados para prover ampla dosagem de torque, permitindo
usos em baixas rotações ou, demandado, acelerar com brio – gastando
pouco.
Atento
leitor estará se perguntando qual a influência de consumo relativamente a
automóvel com pretensões de mercado seletivo, e de preço elevado como os Audi.
Respondo que no Brasil estamos em nascente preocupação quanto a consumo, pelo
inicio do implantar estes controles pelo governo. Segundo ponto, há definições
quanto às emissões de poluentes, medida aqui exigida apenas para veículos
usados. Terceiro, em outros países o A3 é carro de estudante, que guarda moeda
de centavos. Aqui de pós doutor, pagando contas em cartão platinum plus black
piano ...
Os motores seguem a filosofia do downsizing, o movimento mundial
de reduzir tamanho e peso. Assim, o 1,4, um dos cavalos de batalha do Grupo
Volkswagen, a ser produzido no Brasil, veja a nota sobre turbo no Roda-a-Roda,
produz 122 cv, agradáveis 20,4 m·kgf de torque de 1.400 a 5.000 rpm,
capacidade de acelerar de 0 a
100 km/h
em 9,2 s, e consumo médio cidade/estrada, segundo a Audi, de 20 km/litro.
Maior, o 1,8, também com 16 válvulas com aberturas variáveis, injeção direta e
turbo compressor, faz 180 cv e torque de 25,5 m·kgf a partir de 1.250 rpm, 0 a 100 km/h em 7,3 s e
consumo informado de 18 km/l para cidade + estrada.
Fisicamente, ao que parece, os
projetistas foram influenciados pelos ectoplasmas do britânico Anthony Colin
Bruce Chapman, e do francês Jean Rédélé. Ambos, em suas marcas, focavam
respectivos Lotus e Alpine com carrocerias leves para conseguir melhor
resultado em performance. A inspiração funcionou e a Audi não apenas ampliou o
uso de alumínio na mecânica, como desenvolveu novos tipos de aço, mais leves,
aplicados em partes da estrutura. Moral da iniciativa, a continência do peso circa
1.300 kg,
para ajudar motor e câmbio em aceleração, retomada, consumo e as localmente
desprezadas emissões.
A informatização eletronização é para
europeu: tela dobrável sobre o painel, comando múltiplo numa roda recartilhada
no console, e coisas complicadas, como a tomada para pen drive ou IPod dentro do porta luvas, de arriscado
manuseio com o automóvel rodando. Uma tecla no painel permite mudar as regulagens
de motor, suspensão e direção para modo confortável, esportivo, econômico e um
ponto de personalização pelo qual o motorista escolhe as regulagens uma a uma a
seu gosto.
Pretensões comerciais de vender 1.500
unidades até o final do ano – umas 300 por mês. Otimista. A versão de menor
preço, a 1.4, custa R$ 94.700. Motor 1.8 cresce na parada e vai a R$ 124.300.
Topo de linha, com a tela de navegação supra painel e pintura metalizada,
corajosos R$ 135.200.
Novo Audi A3, muda tudo para parecer nada ter mudado |
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Roda-a-Roda
Tá Russo – Décimo mercado em 2009; sétimo em 2012; provavelmente o
quinto em 2020, atrás da China, EUA, Índia e Brasil, o mercado russo deve
crescer 6% ao ano e cravar 4,4M de vendas daqui a sete anos. Projeta o Boston
Consulting Group, enfatizando os pesados investimentos feitos por Ford, GM,
Renault e VW, e uma característica de mercado de marcas estrangeiras com
produtos próprios – como o são China e Brasil, primeiro e quarto mercados.
Mercado russo é atrativo porquanto há alguma intimidade com automóveis – o que
não havia na China –, e o parque circulante é gasto.
Lembra? – O Unimog, marca Mercedes para
mistura de jipe com picape, com grande disposição e muitas capacidades, foi
eleito “Melhor do Ano em Veículos
Especiais”. Garfou 31% de todos os votos na eleição da revista
especializada Off Road. Linha remodelada, aplicações variadas, o Unimog é
usualmente a única máquina dos fazendeiros alemães. No Brasil foram muito
utilizados nos Corpos de Bombeiros.
Mercado – Fabricantes e importadores se
mexem para fomentar vendas por atrativos de preço, financiamento ou novidades.
Citroën C3 oferece bancos em couro, VW vende Gol com prestação diária de R$ 10,
Peugeot criou versão de decoração do 208, a Active Pack. Por R$ 43.000, tela
com central multimídia, GPS, faróis de neblina, rodas 15" em liga leve,
retrovisores elétricos, volante multifuncional revestido em couro, ar-condicionado, computador, direção elétrica regressiva, ... Motor 1,5 8-válvulas, flex.
Sugestão - Dirija. O 208 é invulgarmente
bem acertado em direção, suspensão, freios e casamento motor e cambio de 5
marchas.
... 2 – A fim de Honda Fit e City? Os carros estão em última edição antes de ser trocados por
modelos com plataforma e, possivelmente, mecânica aprimorada. Assim, querendo
os atuais, a caminho da beirada do telhado, chore
no preço.
Goianices – A Suzuki divide operação industrial de construir o Jimny
em Catalão – com mão de obra comprada à Mitsubishi para operações industriais –, e montagem final em galpão alugado em Itumbiara, também Goiás.
Maciota – A Autoshine, fabricante de (bons) produtos para
aparência de automóveis, mudou a fórmula de seu polidor. A cera dura agora é
líquida. Diz, é tendência mundial pela facilidade de aplicação. Há razões de
mercado. A multi 3M adquiriu a estadunidense Meguiar’s, divulga no Brasil,
conquista vendas. Para concorrer, embalagem de 500 ml, bico dosador e pano de
microfibra a R$ 25. Metade das calorias e tempo para polir um automóvel.
Aval – Durante anos o Museu Nacional do Automóvel, em
Brasília, manteve a aparência do acervo com as ceras Autoshine, estendendo o
polimento no trato anual que aplica ao Rolls-Royce
Silver Wraith Formal Cabriolet da Presidência da República para ficar
bonito nas fotos e na TV no desfile da Independência.
Atualidade – Japonesas, Honda e a prefeitura
de Saitama iniciaram testes de campo com o Micro
Commuter Prototype Beta, minielétrico. Não é apenas carro pequeno movido
por baterias, mas pesquisa sobre a conformação do produto, que a cidade quer
utilizar para deslocamentos curtos, compartilhamento de transporte, entregas,
casais com crianças.
Marca – Diz a JAC ter atingido a marca
de 50 mil vendas. No caso com um monovolume JAC J6 Diamond sete-lugares.
Preparativo – Quase toda a atual geração dos
motores de veículos leves será mudada a médio prazo. O conceito é o downsizing, a redução de dimensões e
peso, e o caminho é baixa cilindrada e uso de turboalimentadores. A Honeywell,
um dos fabricantes locais, subiu um degrau no desenvolvimento destes aparatos,
adequando-os ao uso de álcool. Serão aplicados em motores 0,9 litro e dois
cilindros, Fiat, até 1,4 litro, quatro cilindros, Volkswagen. Motores com turbo
são menores, mais leves, rendem mais, gastam e poluem menos.
A Cara – Pesquisa nos EUA, apurando suas
1.100 maiores empresas, deu Ford como a marca mais percebida no dia a dia. A
eleita credita o fato a não ter recebido socorro financeiro do governo, como GM
e Chrysler; ter-se mantido, ao contrário do apequenamento da GM e da venda da
Chrysler; e de restar, na companhia dos elétricos Tesla, como a única
fabricante americana de automóveis.
Agro – Empresa belga, a TVH comprou a
nacional Dinâmica e irá entrar no mercado das peças de reposição para máquinas
agrícolas – Ford, Massey, Valmet, John Deere, Agrale, Case New Holland.
Festa – 3 e 4 de agosto terceira Expomecânico, Autódromo de Interlagos,
SP. Misto de lazer e aprimoramento técnico, diversão para a família, exposição
de marcas e produtos, verdadeira feira comercial com foco na base do segmento
da manutenção, a mão de obra. Entrada e estacionamentos gratuitos, cursos,
sorteio de carro e moto O-km. O local, mítico, permitirá voltas na pista. Mais:
www.expomecanico.com.br.
História – Dezenas de
visitantes europeus, americanos e asiáticos chegam à enorme fábrica Ford em
Highland Park, Michigan, e se frustram ao descobrir que o local histórico onde o
conceito de produção seriada tomou forma, viabilizou a mobilidade,
transformando o automóvel e sua tecnologia na maior invenção do século passado,
não tem programa de visitas exibindo a linha de produção.
Mudança - Grupo de preservação de locais históricos quer
mudar a óptica do pessoal da Ford, aproveitando partes do prédio, criando
circuito de visitas sob o olhar de museu como atração turística e histórica.
Também - Poderiam vir ao Brasil. Aqui a Ford opera em São
Bernardo do Campo na agora fábrica mais antiga. E tem em sua fábrica de motores,
em Taubaté, SP, o galpão de onde saiu o primeiro motor vazado e usinado no
Brasil, façanha dita impossível. Que venham logo, antes que algum intelectual
mande passar o trator e vender a peso os ferros remanescentes. Indústria
do automóvel embrutece algumas pessoas.
Papa – Formidável este Papa Francisco. Anda de Fiat
Idea, janela aberta. Dr Lula, Dona Dilma, Dr Temer, todos em luxuosos carros
blindados e com vidros escurecidos com filme. É a medida de proximidade com a
população.
Brasileirices – Maior
operação de proteção individual já montada no país, custo não divulgado,
colocou o Papa em perigo, entre populares e barreira de ônibus. Nenhum dos
comandantes de baderna quis bancar um tumulto perto, e por isto foi a
população, venerando a visita, que se aproximou do Fiat Idea papal. Como é
lamentável praxe nacional, onde ninguém sabe de nada, o problema é dos outros,
a responsabilidade de arriscar a vida do Papa, imobilizado por 12 minutos num
engarrafamento de trânsito, está sendo diluída entre municipal, estadual,
federal. E, pelo visto acabará sendo vaticanal
– que fica longe. Ao final, nada e esquecida.
Visão – O Papa faz o que os governos
deveriam ter feito: vai atrás dos fiéis – eleitores – que perdera para a falta
de fé ou para outras fés.
Coisa prática, com pensamento, plano e ações. Aqui o poder
tenta dizer que as manifestações – esquecendo mencionar sua aderente baderna -
são corolário das conquistas dos 10 anos de gestão petista. Fosse, todos
estariam em casa ganhando as inúmeras bolsas, felizes, narcotizados pelos
eflúvios do poder e pelo bom funcionamento da polícia, escolas, transporte,
hospitais, e o governo sóbrio na administração de recursos. O Papa dá aula
graciosa e magna.
Coincidência – Os problemas do Vaticano e do
Brasil são rigorosamente idênticos – poder pela tchurma, vantagens pessoais, crimes protegidos. Lá, diminuiu o poder,
mandou auditar o caixa, punir pedófilos. Aqui opta-se pelo discurso longo, pelo
dizer-se nada saber e nada explicar, coisas cansativas apenas para manter a
situação e garantir reeleição. O Papa tem três meses de operação, leu
Maquiavel, e simpático, não tem conversinha: tomou todas as providências de uma
vez só.
Antigos – Cancelado o Encontro de Veículos Antigos, maior evento do Veteran Car Club do
Rio de Janeiro, habitualmente realizado no Sete de Setembro. Pioneiro no setor, decisão corajosa, ante os
riscos de pessoas e patrimônio pela horda de baderneiros servindo a interesses
vários ante a leniência da lei e a briga intestina dos interesses políticos
envolvidos na baderna.
Aliás – Onde estão os políticos que não votam alteração nas leis para endurecer
ação e punição para que os tentam subverter a ordem pública? Mão dura nos
baderneiros, temporada nas grades, mostraria que o Estado tem e pode cumprir
sua autoridade. Respeitar o baderneiro é desrespeitar os muitos que pagarão os
impostos. Direitos humanos é para quem é direito, não para o criminoso.
Voto – Se você percebeu que os
políticos nos quais você deu carta branca para representá-lo como vereador,
deputado estadual, prefeito, federal, governador, senador ou vice e presidente
da República não ouviram, entenderam, contiveram, regraram, ou acataram a voz
das ruas, a única opção é mudar todos. Tentemos novos incompetentes. Os da vez
são muito ruins de serviço. Erremos com outros.
RN
A coluna "De Carro Por Aí" é de total responsabilidade do seu autor e não reflete necessariamente a opinião do AUTOentusiastas.
1- Eu preferia que todas essas marcas empenhadas no segmento de SUVs estivessem empenhadas no segmento das velhas e boas station-wagons, popularmente conhecidas como "peruas".
ResponderExcluir2- Essa do cancelamento do encontro do Veteran Car Club do Rio de Janeiro no Forte de Copacabana me deu uma brochad* que nem uma caixa inteirinha de Viagra resolve. Eu espero ansiosamente por esse evento o ano inteiro!!! Absolutamete lamentável.
1 - Eu também. Essa "moda" do SUV, carro altinho, jipinho urbano ou qualquer coisa assim é um saco, mas parece ser uma tendência mundial que os carros fiquem grandes, brutos, pesados... É incrível como vem sumindo os carros graciosos, harmoniosos e sedutores. Quem conhece um pouco de carro antigo sente isso como uma facada, mesmo dentro dos super-esportivos.
ExcluirConsidero a maioria dos SUVs feios, grandes, lentos e não necessariamente mais espaçosos do que as antigas peruas. Porém o simples fato de poder rodar sem medo de eventualmente cair em um buraco e danificar o veículo já os fazem muito atrativos.
ExcluirNando
Gosto muito do estilo do MAhar, e ele encaixa bem aqui no AE, onde os textos são bem autorais, e não pasteurizados.
ResponderExcluirFaço minhas as suas palavras, Corsário.
ExcluirMuito interessante como ele dá um tom bem pessoal ao texto e, ainda assim, o resultado final é bastante imparcial e factual.
Guilherme C. Vieira
Corsário
ResponderExcluirTambém gosto, ele é um amigo de longa data, por isso há link para o blog dele aqui no AE. Mas pergunto: você acha os nossos textos pasteurizados ou se referiu aos de outros veículos de comunicação?
Nao acho os textos do AE pasteurizados.
ExcluirO blog e excelente!
O bom aqui e que cada colunista tem sua forma de escrever e tratar dos assuntos relacionados. Percebe-se ( o que e otimo) a preferencia por determindo assunto entre os colunistas. O respeito , a paciencia e boa vontade de responder aos leitores em seus comentarios e duvidas , é um grande arremate e diferencial do que vemos por ai.
Fica um pedido. Seria possivel , mesmo que esporadicamente, ter o Jose Luis Vieira escrevendo para o AE? Muitos de nos fomos leitores e fans da Motor3 e iriamos aplaudir essa possibilidade.
Saudacoes
Oi Bob!
ExcluirAcompanho o blog do mahar faz tempo, gosto muito das "liras do delírio" que ele encontra... rs
Quis dizer o contrário, que aqui no AE todos os autores escrevem de forma autoral e direta (inclusive nesta interação pelos comentários, muito boa), cada um à seu modo, mas nem precisa ler o autor para saber quem escreveu o texto. PAsteurizados são outros veículos, onde temos um "autor fantasma", o que ocasionalmente é necessário mas eu não gosto muito, em especial no assunto carro.
Abraços!
Esta é ótima! Ver o Bob enciumado é impagável!
ExcluirBob, você é uma figura, e das boas! Saudações
Apenas uma retificação: Não são apenas alguns homens que querem bancar o tipo macho man. Tem também muita mulher com pinta de homem no pedaço.
ResponderExcluirComo sou fã de minis e keis cars, vejo isso com muita tristeza. Mas o que posso fazer se suves e grandes picapes são a bola da vez?
Ainda penso estar certo quando digo que o tempo atual ainda não é para os elétricos, mas sim, para a redução de peso, tamanho e comprimento dos veículos, mas me conformo em ser talvez, o único neste planetazinho que pensa assim.
Concordo com você, outro dia o Ricardo Bellote mostrou em seu canal do youtube um Mini 1976.
ExcluirSinto saudades de mini carros. Acho uma tremenda estupidez quem compra uma SUVE para andar sozinho no trânsito. Isso é complexo de inferioridade.
Que venham mais Minis, Fiat 500 e UP!'s da vida.
Bellote.
ExcluirAcho que faz parte de uma nova geracao de cronista/jornalista automotivo.
Buscou uma forma diferente de trazer informacao sobre automoveis e esta construindo um bom nome.
Muito interessante seu site e canal no youtube
Esse menino tem futuro.
RIcardo ou Renato Bellote?
ExcluirApesar das muitas semelhanças do Niva com Fiats contemporâneos a ele, é muito impróprio dizer que ele é derivado do 127 (aqui 147). É verdade que o motor é de origem Fiat e sua construção é monobloco como a de um 127, mas a plataforma é totalmente Lada, bem como de projeto russo são os sistemas de transmissão e tração (integral permanente, diga-se de passagem). Está faltando revisão no texto do Nasser.
ResponderExcluirNão falta revisão. Note que bem ao final está escrito "A coluna "De Carro Por Aí" é de total responsabilidade do seu autor e não reflete necessariamente a opinião do AUTOentusiastas."
ExcluirAnônimo 26/07/13 14:01,
ExcluirDiga-se de passagem, seu comentario é bem pouco simpatico.
Todos nos temos o direito de se enganar vez ou outra.
Os textos do "professor Nasser" sao otimos e sua cultura automotiva nos ensina muito.
Eu acho um prazer ler sua coluna aqui toda semana.
Esta dado o meu recado!
"... então soviética Lada criou o Niva sobre o Fiat 127, base no nosso 147, acredita?" Está errado, a base era o Fiat 124 (repito Fiat 124). Muitas peças e idéias, realmente, foram herdadas dos 127 e 128: maçanetas, espelhos, posição do estepe, etc.
ResponderExcluirSUV para as crateras tupiniquins parece ser bom. Mas como perdem em estabilidade! O Dacia Stepway - que de SUV não tem nada - aqui de casa é horrível para andar rápido. Mas as mulheres gostam. Há mercado, e crescente.
ResponderExcluirA coluna do Nasser é muito boa. E bem escrita.
ResponderExcluirNasser,
ResponderExcluirPartindo de voce a informacao , eu acredito .
Agora eu acho que ha uma luz no fim do tunel e a nossa querida Alfa Romeo vai voltar a produzir no Brasil .
Que venham as Alfas
Motor 3, que saudade, ainda bem que temos os melhores dos melhores nos brindando continuamente com notícias maravilhosas, para todos que fazem o AE, o velho e bom jeito de fazer reportagem.
ResponderExcluirAuika, camarada!
ExcluirApesar da discussão do Lada, gostaria de ilustrar um outro ponto: a Willys sw na Argentina chamava-se Ika Estanciera e mantinha as linhas do modelo original. Apenas no final da produção é que passaram a utilizar as linhas do modelo brasileiro e, parece, a denominação "Rural". Na verdade, é/era comum os nossos vizinhos chamarem de rural as versões sw dos seus modelos.
ResponderExcluirRMC
Algumas considerações: O nome Niva foi “apropriado pela GM depois da separação da malfadada sociedade com a AvtoVAZ. O Chevrolet Niva continua sendo vendido e nada mais é do que uma carroceria bonitinha sobre o velho Niva. Sem o direito de usar o nome a Lada vende agora o Niva como Lada 4x4 e, após uma modernização na parte mecânica, Lada 4X4M. O nome Taiga era usada numa versão vendida na Alemanha e será agora usado para vender os veículos na Europa. Espero que com a associação com a Renault o Niva passe por uma atualização mais extensa, com ar baig, abs. etc. e principalmente motores. Se a Renault trouxessem o Niva modernizado e com um pequeno e moderno motor a diesel iria ter briga nas concessionária para compra-lo e eu estaria no meio com o meu porrete.
ResponderExcluirCerberosPH.
por partes.
ResponderExcluirde cobra e pau. ao lançamento do lada niva na russia, em 1977, conversando com o eng de bernardinis, que veio implantar comercialmente a fiat no brasil, e que a implantara industrialmente na russia, ele me mostrou um folheto e comentou mais ou menos, mas com o espírito de: como é que estes camaradas que nunca fizeram automóveis, desenvolvem isto.
o isto era, segundo ele, o aproveitamento da plataforma do 127 para incluir longitudinalmente o motor 1,6 do 124.
como hoje verificamos que a distância entre eixos é a mesma, tenho a crença de ser um trabalho sobre o 127 e não sobe o 124, com maior entre eixos e bitola.
rural - o jeep station wagon teve vários nomes na argentina, mesclando carrocerias. lá esta morfologia não é de perua, mas de rural. não é marca, é gênero. daí, para não pontuar com variáveis que nada definiriam, preferi utilizar o que para nós é marca registrada e, para eles, gênero em morfologia.
para o cérberos. a outra cadeira em minha mesa de trabalho é de advogado especializado na matéria. e nela ouvi e opinei sobre iniciativa uruguaia em montar o niva no oriental vizinho. a meu ver erraram o foco: queriam tratá-lo com equipamentos e preços, como diziam, "mini land rover". outro ponto que me parece contribuiu para a inviabilização, foi, imagino, a discrepância entre o projeto comercial e a demanda de capital de giro para bancar a distribuição no brasil.
infelizmente não creio no futuro do niva/taiga. mas acredito que fosse, esta fórmula sugerida - e tecnica e juridicamente factível - seria o carro ideal para o brasil. exatamente o filão de trabalho e lazer que a suzuki tenta fazer com seu jimny.
a má relação entre estradas não pavimentadas, e mal revestidas, o trabalho rural, fazem-no ferramenta. creio, é apenas questão de preço chaves na mão do consumidor. e a fórmula de, como fala a legislação, "regionalizá-lo", trata-o como nacional no mercosul e o isenta de barreiras tarifárias para entrar, dispensa que teoricamente pode reduzir seu preço, chaves na mão. entretanto, no país com as maiores margens líquidas sobre produto, é necessária coragem empresarial para optar por ganhar menos e vender mais, contra ganhar muito sobre poucos.
Imagino o que o meu falecido avô pensaria do mercado atual e os "suv", ele que teve uma Rural nos anos 60 por questão de necessidade (penca de filhos para levar, estradas de terra enlameadas em relevo acidentado, com uso corriqueiro de 4x4)
ResponderExcluir