Foto: Paulo Keller
Quase tudo que é demais cansa. Dirigir demais cansa, enche a paciência. Dirigir em São Paulo tornou-se uma atividade que raramente nos dá prazer.
Quase tudo que é demais cansa. Dirigir demais cansa, enche a paciência. Dirigir em São Paulo tornou-se uma atividade que raramente nos dá prazer.
Mesmo estando num baita carrão gostoso, dos melhores que há, a única coisa que ele pode nos oferecer a mais é mais silêncio, mais maciez, melhor ergonomia, menos movimentos para ser conduzido e melhor controle da temperatura ambiente, além de um som melhor. De prazer em guiar, mesmo, do jeito que um autoentusiasta gosta, nadicas.
Fora que carrão em São Paulo é sinônimo de mais preocupações, pois ou é motoboy fumado que insiste em tentar nos envolver em seu suicídio e temos que salvá-los de boas, freando, desviando, ou é ignorantes ao volante vindo de todo lado pra cima da gente, ou é ter que ficar ligadaço pra escapar das infinitas pegadinhas a fins de nos multar etc, todas essas chatices.
A conseqüência natural é que aos poucos vamos pegando bode de dirigir, o que é uma lástima, principalmente para quem, como nós, nasceu gostando da máquina carro e, principalmente, dos prazeres que ela é capaz de nos dar.
Minha rotina diária é ir da avenida Brigadeiro Faria Lima ao bairro do Belenzinho, todos os dias úteis (como se pegar onda ou passear a cavalo e gelar a cuca nos fins de semana fosse uma coisa inútil... pode ser inútil pros outros, mas pra gente é útil pacas).
E pra essa rotina eu usava meu velho Escort 16V, carrinho que acho ideal pra isso, pois é molinho de guiar, é econômico e tem bom ar-condicionado. Cada pernada dessas levava coisa de 40 minutos quando o trânsito estava leve e mais de uma hora quando pesado, um saco, pois chega uma hora em que você já escutou todas as notícias do momento e não há mais música que lhe agrade. Às vezes penso que as rádio-novelas deveriam voltar, mesmo que fossem das mais idiotas.
Mas aí surgiu um fato novo: faz umas duas semanas que abriu a tal da Linha Amarela do metrô e passei a usá-la. Agora cada pernada me toma 25 minutos a pé e 20 minutos dentro do sistema do metrô. Ao final do dia caminhei uns 50 minutos, o que me faz bem, pois assim não sinto falta de bater pernas, e outra, notei que desestressei, estou mais "calminho", menos irritadiço, mais produtivo.
Quando saio de casa sei que levarei "x" minutos pra chegar, só um pouquinho mais ou só um pouquinho menos, e boa, nada que afete meus planos para o dia.
E veio este fim de semana e, na 6a feira à noite, quando me sentei ao volante da Scénic carregada para sairmos de viagem, notei: "Oras bolas! Esta semana praticamente não guiei!" E percebi que estava com vontade de guiar, e saí guiando com um prazer que há tempos não sentia, e, gozado, o carro não tinha nada de esportivo nem nada; era uma perua carregada com mulher, filha, malas e tralhas, e três cachorros ansiosos feito molas loucas pipocando pelo carro.
Guiei a peruona com prazer. Troquei marchas com uma suavidade de chofer de lady, tive paciência com os pé-de-breque e desci lépido ao fim de duas horas e pouco ao volante.
Acho que é por aí. Não vou deixar este trânsito imbecil tirar o enorme prazer que tenho em guiar. Decidi guiar bem menos. Que se engalfinhem. Tô fora.
AK
Grande AK, é bem isto mesmo
ResponderExcluirQue bela foto no início do post, heim AK!
ResponderExcluirÓtima mensagem também!
Sds
Pura verdade, esse trânsito é um veneno que vai matando a nossa vontade de dirigir.
ResponderExcluirAK
ResponderExcluirMinha história meio que se parece com a sua. No final do ano passado resolvi a questão de estresse com trânsito de maneira radical: Me mudei para bem perto de meu escritório. Agora tá tudo pertinho, desde a escolinha da minha moleca sapeca até a casa de meus pais, tudo na sola do tênis. Carro agora - pelo menos o meu - só no fim de semana.
PS. Qualquer dia desses a gente se cruza aí nessa linha 4, também a uso, às vêzes.
É isso ai Arnaldo faz bem cuidar do coração!!
ResponderExcluirLegal AK. Sua experiência é prova de que existe vida além do estresse do trânsito diário.
ResponderExcluirInteressante, essa tua ideia foi comprovada por mim, lembro como era gostoso aprender a dirigir quando eu tinha 15 anos, ia ao parque barigui todo final de semana, era gostoso pisar fundo e achar que estava voando a 40km/h... Hoje o fato de ir a faculdade e voltar, se tornou rotina, não tenho mais a vontade de correr e descer o cacete em curvas sabendo do perigo...
ResponderExcluirTalvez fosse muito mais emocionante dirigir quando eu tinha 17... sabendo que tava fazendo algo de errado.
Tomei essa atitude aqui em Brasília, virei adepto do transporte público em dias de semana. Pego meu carro somente quando tenho deslocamentos mais complexos, ou para me divertir à noite ou no fim de semana.
ResponderExcluirEventualmente passo alguns dias a mais usando o carro pra ir pro trabalho, mas aí é quando to com vontade de ver como ele está, prestar atenção nos detalhes para mantê-lo sempre bem cuidado.
Com isso, nada de estresse de procurar vagas, risco de detonarem meu carro ou coisas parecidas. A única coisa curiosa disso tudo é que falar que vou de ônibus pro trabalho me deu fama de "espírito de pobre" e "nossa, você trabalha nessa empresa, tem o cargo tal mas anda de ônibus".
Como diria o linguajar popular, f***-dse :)
Ak, aconteceu o mesmo comigo. Moro na Vila Mariana e trabalho no Centro. Esta distância fica mais barato ir de carro que metrô. Mas todo dia era stress. Metrô na linha azul é imprevisível. Então resolvi mexer as pernas. 4 km a pé para ir e volta de metrô, que no sentido sul à noite é mais tranquilo. No verão, vou e volto à pé. No final de semana, uso o carro com muito mais prazer e sem cançasso.
ResponderExcluirAK, me explica a placa desse carro...
ResponderExcluirPerneta,
ResponderExcluirÉ só coincidência.
Antes fosse meu, antes fosse... Eu bem que merecia.
É uma réplica de um amigo, um de Jaguar C-type, réplica perfeita, importada, motor Jaguar 6-cil com 3 duplos Weber, igual do E-type, uns 280 cv, anda forte e ótimo de tudo. Coisa rara, pois a maioria das réplicas é só visual.
Esse da foto foi um momento bom de prazer em guiar.
Somos dois.
ResponderExcluirRealmente a situação em SP está caótica.
Mesmo o metrô tem trânsito, em especial nas interligações. As pessoas tem que parar pois os corredores não comportam tantas pessoas.
DIfícil!
Pena que o meu escritório seja o carro. Preciso dele pra tudo, infelizmente. Faz muito calor aqui, é impraticável sair a pé, além de o transporte coletivo ser uma lástima, com as linhas ordenadas de forma a fazer vc gastar e demorar mais pra chegar. Sorte de quem pode usar um metrô.
ResponderExcluirEu tinha um problemão para ir trabalhar antigamente. Tinha que atravessar um gramado por uns 20 metros e de vez em quando tomava chuva.
ResponderExcluirAgora encurtei a distância para menos de 7 metros do quarto, sem sair de casa... haja autodisciplina.
São Paulo? Tô fora. Aliás, nunca estive dentro!
Arnaldo, belo post para variar. E saudades do meu amigo William. Dê um abraço quando encontrá-lo.
ResponderExcluirLuiz
Durante a semana vou e volto de atibaia para são paulo com um celta, fim de semana pego o Omega e vou para cidades da região, por boas vicinais, quase sempre vazias e em boas condições, diversão garantida com o 6cc turbo, se não fossem esses fim de semanas desanimaria guiar.
ResponderExcluirOutra coisa que animou muito foi esse torneio de regularidade em Interlagos, isso é motivação pro ano todo.
Eu não tenho stress pra dirigir na congestionada SP. Só fico ansioso quando não calculo o tempo correto e vou me atrasar, mas é raro.
ResponderExcluirCâmbio automático ajuda nisso, mas não gosto de música, fico mais nas notícias.
Bom são os carros da Fiat com vidros laterias laminados, mas parece que não são mais. É um silêncio só.
E filro de A/C de carvão ativado.
Essa é a receita
Pois é, se os nobres representantes do povo resolvessem sentar e definir a melhor estratégia de transporte coletivo, muitos deixariam de usar seus carros para trabalhar, eu inclusive. Isso seria bom para todos: quem realmente precisa usar o carro no dia-a-dia, encontraria menor volume de trânsito e, para aqueles que podem fazer uso de transporte coletivo, assim o fariam. Agradaria até os "histero-carbônicos"...
ResponderExcluirFaivic, 6 cil, right?
ResponderExcluirQuais são os "números" da máquina? Interessante heim!
Há muito que, no Rio, dirijo só os carros da firma, enquanto trabalho. Sair com meu carro aqui, para fins de lazer, é garantia de aborrecimento. Só uso o carro para sair do Rio, visitar minha irmã em Campos, ou fazer outro passeio que pegue estrada. Na verdade, nem precisaria mesmo de carro, poderia ir de ônibus, mas... eu amo carros, he, he, e ter o meu próprio para dirigir, é um luxo de que não abro mão. Nem viajo muito ( o meu Logan tem dois anos e nove meses, e 7.350Km), mas quando me dá vontade de pegar uma estrada, pego o bichinho, e exerço o prazer de dirigir sem compromisso, sem hora para chegar, só para passear.
ResponderExcluirAnônimo 11/10/11 19:31
ResponderExcluir6cc light, só o básico, leve up, 0,7
e um bom trabalho alimentação
Hoje em dia prefiro andar no carro dos outros de carona.
ResponderExcluirTá difícil mesmo ter prazer em dirigir. De segunda a sexta na cidade e nas estradas nos finais de semana e feriados, melhor nem querer testar um carro novo, dá até raiva.
Falvic, acho que o anonimo ai de cima tentou te corrigir , educadamente, claro, e vc não entendeu.
ResponderExcluir"CC" é ebreviatura de capacidade volumétrica, e não de cilindro.
Então ele te perguntou "6 cil, certo?", e vc insistiu no "6cc"...
Seu Omega deve ter 3000cc, ou 3 litros de capacidade volumetrica...
parabéns se livrou da opressão deste transito cretino da cidade!!!
ResponderExcluirCançasso... comece a ler amigo, faz bem.
ResponderExcluirCarro turbo é coisa de maloqueiro de periferia....ainda mais omega véio.
ResponderExcluirGrande Arnaldo!
ResponderExcluirUm tio meu (que hoje mora no Rio de Janeiro) morava em SBC próximo à fábrica da VW e trabalhava no centro de SP. Todo dia, mais de 1 hora de congestionamentos para ir e outro tanto para voltar. Há uns 2 anos mudou de emprego e foi para o Rio. Agora ele anda uns 3 quarteirões, pega o metrô, anda mais uns 2 quarteirões e está no novo emprego dele. Ele me contou que desde então tinha recuperado o prazer de dirigir, pois na época que pegava congestionamentos sem fim em SP tinha perdido completamente esse prazer - e olha que o fanático por carros na família era o meu pai, não ele.
Parabéns pelo excelente post!
Abraço!
Anônimo 22:54,
ResponderExcluirVá dizer isso ao dono de um Lotus Omega...
Definiu muito bem o dia-a-dia do motorista no trânsito de São Paulo.
ResponderExcluirArnaldo.
ResponderExcluirFaço isso já faz tempo.
Só uso o carro quando tenho que ir a locais onde o busão é uma porcaria ou inviável. É mais rápido ir de minha casa/escritório até o centro de onibus que de carro. Temos um amigo que mora na Aldeia e trabalha em Bonsucesso. 210 km TODO DIA ida e volta! Costumo dizer pra ele que deve ser emprego de marajá.
é verdade, right/hight cc/cil, mas já foi
ResponderExcluirEm português as inicias em plural são repetidas, como EEUU (Estados Unidos), FFAA (Forças Armadas). Então cc pode ser cilindros...
ResponderExcluirComo um autoentusiasta urbano(sou de são paulo tbm),pela comodidade,pela rapidez,e pela lenta,verdade,mas perceptivel melhora do transito na rebolças por exemplo,gosto do Metrô,a linha 4,apesar de N problemas que ja apresentou,me agrada muito..e mais essa agora,nem havia me tocado de que andar de metrô,iria causar a alguém esse sentimento da "saudade" de guiar..
ResponderExcluirmais um ponto positivopara o metrô
espero de verdade,do fundo do coração, que o tal "PITU 2020",vire mesmo realidade
Abrass e..PK,espero te encontrar um dia no metrô hehe
AK, isso se chama usar o carro conscientemente. Só uso o meu sexta-feira pra ir pro trabalho e depois pra facul. Durante a semana, nada melhor do que ir de ônibus, sem estresse, mesmo que tenha transito. Dá pra estudar ou melhor, dá pra dormir um pouco. Mais pessoas poderiam pensar assim também. Seria bom pra todos.
ResponderExcluirO anônimo que tem tanto ódio do Omega com certeza foi corneado por algum mano de periferia. Só pode...
ResponderExcluirEsse realmente faz juz ao nome da Besta!
Anonimo das 10:134...
ResponderExcluirPODE SER, mas não é.
"CC" é sigla,significa centimetros cubicos.
Capacidade volumetrica, capice?
Já "CIL", é abreviatura de cilindro, ou cilindros.
Não confudamos siglas com abreviaturas...
Eita Arnaldo,
ResponderExcluirCaminhar 50 min por dia é dureza, mas se for pra evitar esse anda e para do trânsito, tá valendo. Eu já desisti de pegar o carro pra atravessar a cidade, só uso nos finais de semana, agora com essa linha amarela eu consigo ir da Vila Maria pra Região de Pinheiros em coisa de uma hora, carro em São Paulo infelizmente se tornou pra andar nos finais de semana, mas confesso que se tornou algo mais prazeroso, mais suave...
Quando morava em Brasília tinha prazer em dirigir no dia-a-dia. No Rio perdi completamente esse tesão. Engarrafamentos diários infernais não tem a menor graça. Me mudei para um condomínio com sistema de ônibus próprio (muito mais confortável e seguro). Desde então passei a ter essa mesma sensação que você relatou aos finais de semana. Dirigir voltou a ser uma terapia.
ResponderExcluirPara Gustavo: nem me lembre de Brasília, cara! Quando morei lá, também tinha imenso prazer em dirigir no dia-a-dia. Por este, e por tantos outros motivos, tenho absoluta paixão por aquela cidade. Não é por outro motivo, que nas minhas participações em diversos sites da internet, sempre que há a possibilidade de adoção de um avatar, o meu é este que você está vendo: a bandeira do Distrito Federal.
ResponderExcluirAK,
ResponderExcluirO pior é que o Rio já está chegando nesse extremo... Há um tempo atrás podia-se pegar as vias principais livres fora do horário de rush, mas agora, no mínimo, se encontra o trânsito bastante denso, quando não alguns engarrafamentos.
Concordo, melhor caminhar um pouco do que ficar o mesmo tempo plantado sobre um banco sob intenso estresse...
Pé de chumbo, isso é uma pergunta. Cientificamente não se usa plural. 1 kg ou 1000 kg (k aqui é minúsculo pois K é a sigla para graus Kelvin).
ResponderExcluirCientificamente centímetros cúbicos é cmˆ3. Então cc não é científico e deveria seguir as regras do português. A sigla para centímetros cúbicos seria cccc. A não ser que o motor tenha só um único centímetro cúbico.
Eu gosto de medidas fáceis de entender. Eu prefiro falar que o motor é de 2 litros. Todo mundo sabe que esse é o tamanho de uma garrafa de Coca-Cola. 2000 cmˆ3 ninguém sabe o que é.
Putz, desculpem as falhas... Kelvin não é grau, e eu queria dizer ao Pé de chumbo que aquilo era uma boa pergunta.
ResponderExcluirPois é, comigo acontece o mesmo. Hj não tenho mais tesão em dirigir por causa dessa porcaria de transito.
ResponderExcluirQuando chega o fim de semana, que era a hora de poder curtir e dirigir, acaba que quero ficar longe do volante por causa de todo o stress da semana. Sem contar que mesmo nos FDS o transito continua uma merda e ainda tem os "domingueiros" para piorar.
Saudade da éopca em que comecei a dirigir, que o transito era muito mais civilizado e eu custumava a sir dirigindo por aí só pra passear, aproveitando o trajeto. Hoje só quero chegar o mais rápido possível do ponto A ao B.
Irretocável!
ResponderExcluirComentei sobre em outro post que falava sobre o Discutido Dia sem meu carro sobre de que adianta ter uma máquina legal se não dá para usar com gosto?
O mais louco é quando rola um post criticando o tal dia, a turma acompanha, como ousam querer tirar o meu direito de guiar, como ousam criticar obras que só beneficiam o transporte individual!!! Numa metropole como São Paulo a solução, infelizmente para quem gosta de guiar, é voltar a maior parte dos investimentos para melhoria no transporte coletivo ou que retire carros de circulação para quem assim o quiser, como os ciclistas. Vai sobrar mais espaço para quem quer ou necessita rodar durante a semana tornando o trajeto mais agradável e a curtição fica para os fins de semana com a vontade acumulada.
Parabéns Arnaldo por compartilhar sua experiência de um dia sem o carro!
Quem mais critica o transporte individual, nunca entrou num caminhão adaptado vulgo ônibus. E tem mais, o bilhete único, idéia eleitoreira acabou com São Paulo. Pois possibilita quem mora no fim do mundo trabalhar aonde Judas perdeu as botas. Conheço gente que leva 3 horas para chegar ao serviço. Imagine, 6 horas perdidas por dia? O bilhete único acabou com São Paulo. Na maioria dos países se paga pela distância utilizada, inclusive no metrô.
ResponderExcluirAnonimo das 22:08;
ResponderExcluirParece que achamos terreno fértil para uma boa discussão, não é?
A sigla para centimetros cubicos , na realidade, é c³, e não c3, como escreveste...
Aliás, também prefiro me expressar em litros, é mais compreensivel.
Grande post AK, e para mim o maior mérito nem está no post em sí!
ResponderExcluirPorque está mais do que comprovado que o transporte público de massa é a única solução para os congestionamentos colossais nas nossas metrópoles como as conhecemos hj...
Se o transporte público não dá vazão a demanda é questão de orientação, planejamento e investimento; certo é que por enquanto não existe outra maneira mais econômica de viabilizar o trânsito de pessoas nos grandes centros urbanos que os transportes de massa.
Mas o que realmente me alegra é a sua capacidade de rever os próprios conceitos e manter a mente aberta para novas experiências.
Eu tenho um amigo aqui do Rio que morou aí em Sampa a trabalho; ele me contava que ia e voltava de ônibus e deixava o carro em casa simplesmente pelas mesmas razões que você explicou; detalhe que ele pegava a condução na porta de casa, saltava na portaria do trabalho sem aperto nem stress... A maioria dos colegas poderia fazer o mesmo mas era algo inimaginável para eles!
Abraços
Ainda hoje, usei a Linha Amarela do Metrô para ir da Av. Paulista à Faria Lima. Para quem sabe como é o trânsito na Av. Rebouças, os cinco ou seis minutos gastos abaixo da superfície valem por uma terapia antistress. Se eu tivesse ido de carro, teria levado no mínimo 25 minutos - e sem o menor prazer ao dirigir.
ResponderExcluirPorque o brasileiro acha que usar transporte coletivo é coisa de pobre? O sonho do mano é deixar o busão, comprar um Celta em 60 prestações, rebaixar, colocar sonzeira e arrepiar na periferia sem cinto e depois de beber... Questão cultural. Tive oportunidade de viajar a serviço para os Estados Unidos e Suíça e usei muito transporte coletivo nesses lugares, fantástico diga-se de passagem. Quem já foi a Nova York sabe como é uma cidade que funciona à base de metrô e que estacionar um carro é caríssimo. Mas o poder público no Brasil não ajuda, no geral os ônibus são lotados, sujos, não atendem a todas as áreas da cidade... Moro a 6 km do meu trabalho, 10 minutos de carro. Também gostaria de deixar o carro só para os finais de semana. Se optasse por ir trabalhar de ônibus teria que pegar duas conduções e gastar meia hora e uns 10 reais, que de gasolina me levariam ao trabalho por 4 dias...
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