Esta é a imagem de um velho folheto escaneado. Está no meio de vários outros que coleciono há tempos.
Como é normal para mim, sempre que ocorre um Salão do Automóvel em São Paulo, ou qualquer outra exposição que eu consiga visitar, procuro ver o que existe nos cantos, nos estandes pequenos e menos trafegados.
Cair em lugar comum e ficar babando em carros que todos sabemos que são fantásticos, é moleza. Menos aprazível é analisar os carros que surgem de construtores pequenos ou iniciantes. Podem não ser bonitos nem bem-feitos, mas muitos mostram o verdadeiro entusiasmo.
Cada vez mais raros, mas nem por isso extintos, estes fabricantes já tiveram sua época de ouro, que acabou quando as importações foram reabertas pelo então presidente Fernando Collor de Mello.
O Lassale Digital é da década de 80, e, além daquele exposto na mostra, nunca ouvi falar de outro.
Claro que o carro que vi ao vivo era exatamente esse da foto, já que não deve ter sido construído um segundo exemplar.
Notem que estávamos lá por 1982 ou 1984, e o termo "digital" era sinônimo de modernidade e futuro. O filme "Tron - Uma Odisséia Eletrônica" havia feito muito sucesso em 1982 e era muito comentado, principalmente entre os mais jovens e os profissionais da área da computação.
Sinônimo daquele futuro que nos venderam, em que se dizia que os computadores fariam todos os trabalhos chatos e repetitivos, e que trabalharíamos menos tempo, produzindo muito mais e melhor. Tudo mentira, como várias outras que nos martelam todos os dias. Basta ver o quanto se gasta a mais todos os meses no supermercado, numa nação de pretenso "espetáculo do crescimento". Só se for de preços.
Sinônimo daquele futuro que nos venderam, em que se dizia que os computadores fariam todos os trabalhos chatos e repetitivos, e que trabalharíamos menos tempo, produzindo muito mais e melhor. Tudo mentira, como várias outras que nos martelam todos os dias. Basta ver o quanto se gasta a mais todos os meses no supermercado, numa nação de pretenso "espetáculo do crescimento". Só se for de preços.
O Lassale era um carro fingindo ser moderno, mas que não passava de um Opala modificado e com "capotas para inverno e verão", seja lá o que é isso.
Tinha também a "composição de montagem em alumínio" que não está explicada, e também não sei do que se trata.
Notem o absurdo das lentes dos piscas, completamente desalinhadas em relação ao para-choques. Incrível o fato de ser adicionado ao carro um brasão de ouro, o que denota a tentativa de valorizar o produto. Duvido que isso faria alguém comprar o modelo.
Que fim levou não sei. A empresa Park Motors era do Rio de Janeiro, se não me falha a memória, já que o verso do folheto não tem nada impresso. Numa busca rápida no "Santo Google", nada encontrei.
Isso é tudo de informação sobre um Opala modificado. Fica o registro para quem gosta de pesquisar coisas estranhas.
JJ
Graças a zeus essa época acabou. Era um festival interminável de bisonhices sem noção. um verdadeiro desperdício de dinheiro.
ResponderExcluirO Lassale não era aquele que tinha atrás do porta-malas, e integrado a este, o perfil em alto relevo da cobertura do estepe? Era um horror estilístico aquele círculo sobressaindo do porta-malas, e ainda por cima com detalhes na borda do círculo imitando pedras preciosas.
ResponderExcluirJJ, tenho a impressão que os faróis foram "emprestados" do Monza. Voce lembra se era feito em fibra de vidro?
ResponderExcluirSds
Mais informações sobre o Lassale:
ResponderExcluirhttp://autosclassicos.blogspot.com/2011/05/fora-de-serie-lassale.html
http://autosclassicos.blogspot.com/2011/06/fotomemoria_21.html
Não é um exemplar único, como se vê, embora certamente muito poucos foram fabricados, e não era nada barato...
Quanto às capotas, eram duas, uma rígida (inverno) e outra de lona (verão).
Fábio.
JJ
ResponderExcluirSe me lembro ou ouvi falar? Ôoo!
Acho que o J.Mahar testou um para a Motor 3, também era um opala conversível - automático - e com o motor 250S. As linhas da frente eram diferentes, mas como filosofia de projeto, era bem semelhante.
ResponderExcluirO carro ganhou bons elogios na época da avaliação.
E lá vem o Juvenal com essas coisas bizonhas.....
ResponderExcluirQuando não é Saab é fiat, Kassab, Ikenga, Kongalakonga, volvo caixote, etc...
Tem um a venda no Mercado Livre.
ResponderExcluirLassale - Automóvel Exclusivo
R$ 21.500
Ano 1978
0 km
Paraná - Foz do Iguaçu - Foz do Iguaçu
http://carro.mercadolivre.com.br/MLB-191572146-lassale-automovel-exclusivo-_JM
Era de fibra?
ResponderExcluirSe os faróis e lanternas eram emprestados do Monza, conseguiram deixar o conjunto, que ja nao era la grande coisa em alinhamento, ainda mais desalinhado.
ResponderExcluirLembro do Lassale, mas não desse Digital... Até um tempo atrás tinha um Lassale vermelho royal circulando pela região do Tucuruví, Jaçanã e redondezas, mas faz um tempo que não o vejo. Ao vivo é 5% menos feio que na foto, o que convenhamos não ajuda muito...
ResponderExcluirQuase certeza que era de fibra.
ResponderExcluirEsquece estampar em baixa escala... e injeção naquela época e aqui no Brasil muito menos.
Verdadeira viagem no tempo este post. Lembro-me do Lassale "normal", nunca havia ouvido falar desse Digital... Ao vivo e a cores, nunca vi nenhum, devem ter sido produzidos pouquíssimos.
ResponderExcluirNunca vi um, mas aposto que o tal digital era apenas mostradores no painel substituindo os ponteiros.
ResponderExcluirTinha muita coisa horrorosa naquele tempo, mas esse Lassale ganha fácil de todas elas.
ResponderExcluirSe fosse hoje em dia, iam "surrupiar" tudo o que era emblema desse carro, num ia ficar um. Terra Brasilis!
ResponderExcluirSISTEMA DE GRADUAÇÃO DA INTENSIDADE DE LUZ DO FAROL
ResponderExcluirQue raios era isso?
O pisca não está desalinhado, o entalhe na lataria para seu encaixe era assim mesmo.
ResponderExcluirPoucas unidades do La Salle foram fabricadas e algumas de vez em quando aparecem em classificados da WEB e Mercado Livre.
ResponderExcluirApesar do emblema de ouro, que sugeria uma certa sofisticação, o carro primava pelo mau acabamento em geral.
E era feio demais.
Romeu
Pois é, tinha um até pouco tempo no mercado livre, branco, o proprietário queria se não tiver enganado 20 mil reais, mas era o "analogico", esse "digital" eu desconhecia... hehehehe.
ResponderExcluirAcho que esse digital nada mais era que uma versão com painel digital "lá miura", ja que a GM ainda não o tinha lançado no Monza.
ResponderExcluirTinha que ser Cocopala o carro tosco.
ResponderExcluirRealmente nos anos 80 painel digital era o máximo... talvez inspirado pelo seriado "A Super Máquina", que fazia sucesso na época.
ResponderExcluirEssa frente é muito feia, digna do site "Bizarrices automotivas", não só os piscas como os faróis dão a impressão de improviso!
Obscuros tempos esses de mercado fechado, em que se supervalorizava qualquer coisa que fosse diferente...
Quando estudante ainda era louco por Puma, isso em 1971.era meu sonho distante.
ResponderExcluirMas conseguiu ter uma Santa Matilde. um dos melhores ´´independentes ´´aquyi produzidos e a melhor réplica eu considero o Porshe 90 da Envemo.
Infelizmente o carro não está mais disponível no mercado livre. Faria um lance, sem dúvidas.
ResponderExcluirPrefiro um carro desses que um dos novos coreanos horríveis e cheios de perfumaria.
Saudoso e saudável motor de 6 cilindros, design exclusivo. Só não gostei da disposição do estepe, em pé. Deve atrapalhar um pouco. Mas, charme e a exclusividade compensam.
A matéria indicada pelo anônimo na Auto Clássicos diz, para minha inveja, que um Gaúcho sortudo tem vários dele. Me contentaria com um só. Continuarei procurando.
Também faria um lance. De cima da ponte...
ExcluirAdoro quando aparecem esses fora-de-série aqui no blog. Mesmo que o autor do post não saiba muito sobre o veículo em questão, sempre tem alguém nos comentários que sabe, ou conhece alguém que sabe ou já teve um. Nunca vi um desse ao vivo. Sei que há um outro fora-de-série, feito na base do Opala, que era conversível também (sem ser o Santa Matilde). Alguém sabe o nome dele?
ResponderExcluirVictor
ResponderExcluirÉ o Phoenix,réplica do Mercedes 280SL
Era até q. bem feitinho,vinha com duas capotas,estofamento de couro e surpreendentemente,torcia a estrutura bem menos do q. se esperava ou temia. Mas,torcia...
Ab...
Em tempo:
ResponderExcluirA conferir: me parece q.,ao contrario do tal Lassalle,o Phoenix era feito sobre uma plataforma encurtada do Opala,requerendo,entre outras coisas, acerto bem sofisticado na geometria dos eixos,notadamente no dianteiro
esportivosforadeserie
ResponderExcluirTenho um Lassale, vou reformar e voltar a motoração original.
Quando eu tinha uns 9 anos de idade, um amigo (seu Mário, falecido) de meu pai tinha um ITA Lassale. Isso lá pelos idos de 1988. Não sei se era "digital", mas era branco, com rodas similares às do Mercedes 500. É tudo o que lembro do carro, andei de carona nele algumas vezes.
ResponderExcluirPara o espanto geral da nação, naquela época de importações proibidas (santo Presidente Collor...), era o tal Lassale, por unanimidade, considerado um carro lindo, maravilhoso, de desenho lindíssimo e de gosto refinadíssimo. E com o seu preço dava para comprar, me lembro como se fosse hoje, uns três Monza Classic da época.
Vai entender. Abraços.
...Quanto ao Santa Matilde, ah, esse sim eu gostava! Aliás, ainda gosto. Na verdade o maior trunfo do SM era ter piscas e lanternas traseiras feitas especialmente para ele, ao contrário de 99,9% dos foras-de-série ofertados na época.
ResponderExcluirJJ
ResponderExcluirEstou lendo A História do Automóvel - a evolução da mobilidade, volume 2 : de 1908 a 1950 do José Luiz Vieira, coincidentemente na pagina 617 acha-se: "Em 5 de Março (1927), a GM lança outra nova marca, La Salle, comercializada como o 'pequeno Cadillac' e é colocada comercialmente entre as marcas Buick(...)e Cadillac(...). É o primeiro carro 'estilizado', desenhado para ser bonito, e considerado o carro de produção mais bonito até então já feiro. Ele é baseado, quase copiado, no caríssimo Hispano-Suiza(...).
Certamente a Park Motors teve alguma "inspiração" para o desenvolvimento do projeto.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirJJ, Rio de Janeiro e Park?
ResponderExcluirBem, existe uma locadora aqui chamada Telecar, cujo dono é conhecido como 'Park' pelo seu sobrenome, deve ser o mesmo cara...
E pensar que esses delírios de plástico custavam o mesmo que um ótimo apartamento. Há mesmo louco pra tudo nesse mundo!
ResponderExcluirNão é à toa que a maioria dos fabricantes de carros fora de séria fecharam as portas. A maioria dos modelos era tosca e ainda por cima cara. São poucos os que realmente ir pra frente.
ResponderExcluirJJ,
ResponderExcluirEstive nesse salão mas não me lembro disso não!
Devo ter ignorado, treco estranho...
Só você mesmo para lembrar disso, e registrar aqui, boa!
MAO
Já andei num desses em Silveiras num hotel fazenda. Fazem mais de 10 anos e foi a única vez que vi um Lassale, carro que até então desconhecia.
ResponderExcluir6 cilindros automático e conversível, era agradável de andar.
A quem interessar tenho ainda uma unidade com capota fixa.
ResponderExcluirEmail: meyer.larissa@hotmail.com
meu pai comprou um an 1989 painel digital 2 capotas preto veio com radio da philipps com cotrole remoto com fio motor 250s o nome do proprietari gravado em uma placa na frente do motor tirou zero e tem ate hj esse carro e feito de fribra na epoca era como ter um camaro hj bons tempos
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