Gallardo. Diablo. Miura. Countach...Quando falamos em Lamborghini, nenhum destes modelos é esquecido, todos estão na ponta da língua para exemplificar algum modelo da fábrica do touro de Bolonha. Mas não é somente destes nomes que a Lamborghini é feita.
Este é um dos casos de injusto esquecimento, o Jarama.
Nascido em 1970 sob os traços do mestre Marcello Gandini para o estúdio Bertone, o Jarama era a diversificação da linhagem dos touros. Com desenho muito semelhante ao Iso Rivolta Lele, por motivos de mesma paternidade, o Jarama apostava nas linhas fortes e traços marcantes. Também vemos semelhança com o Alfa Romeo Montreal.
A origem do nome Jarama muitas vezes é confundida. O autódromo espanhol não foi o motivo do nome, mas sim a região com este nome que era dedicada à criação de touros. No final, a duplicidade fica interessante.
Em tempos de grandes carros esporte, o Jarama era um exemplar nato, potente e com um entreeixos mais curto que seu antecessor. Era, entretanto, um carro pesado (1.578 kg).
O interior era refinado, seguindo os padrões dos Lamborghinis. Muito couro, madeira e alumínio adornavam o habitáculo de ergonomia não muito adequada para os padrões modernos, mas seguindo à risca os padrões da época. Corpo próximo ao assoalho, volante de boa pegada e trocas de marcha pela curta alavanca.
Curiosamente, era um dos raros Lamborghinis com boa visibilidade, graças à grande área envidraçada da carroceria.
A vida do Jarama pode ser dividada em duas fases, a primeira que foi de 1970 a 1973, e a segunda que durou até 1976, ano final do carro. O motor da primeira fase (também conhecido como GT) era o já conhecido V-12 de 4-litros e 360 cv.
Para a segunda fase, o carro nomeado de Jarama S, ou GTS, o motor recebeu uma atualização e a potência subiu para 375 cv, além da opção de direção hidráulica e caixa automática (original Chrysler, TorqueFlite).
Eu fiquei impressionado c/ o balanço dianteiro e traseiro deste automovel, pois sendo um esportivo ou mesmo um GT eu esperaria o eixo dianteiro mais adiantado, com um motor mais central-dianteiro.
ResponderExcluirEduardo
Pegando um gancho na pergunta acima. Como deve ser o comportamento dinâmico deste GT? Tendo em vista a sua configuração entre os eixos dianteiro e traseiro e é claro o peso elevado do conjunto. Gosto do estilo, e das linhas da carroceria.
ResponderExcluirHenrique.
Sensacional. Que linda fase: Jarama e Espada dividindo a linha de montagem. Lindos carros. Salas de reunião expressas.
ResponderExcluirMAO
ResponderExcluirOff topic: triste notícia. Acho que o JJ vai ter um ataque.
http://revistaautoesporte.globo.com/EditoraGlobo2/Materia/exibir.ssp?materiaId=274321&secaoId=10142
A dinâmica deste carro deve ser mais dedicada a cruzeiro, pela distribuição de massa mais concentrada na dianteira e peso total elevado, como um GT tende a ser mesmo.
ResponderExcluirA potência do motor compensa o peso elevado, e se bem aplicada, pode alterar bem o comportamento em curvas para "forçar" os movimentos de direção.
Deve ser muito bom de andar, isso sim.
abs,
Deve ser uma delícia viajar num carro desses. Aquele ronco constante, potência de sobra, boa visibilidade e razoável conforto.
ResponderExcluirNem precisa de ar condicionado (viaje com os vidros abertos), e nem sistema de som (o do motor já deve ser uma sinfonia). O autêntico Gran Turismo.
Deve ter sido neste carro q Toni Bianco se inspirou ao criar as linha do Furia GT.
ResponderExcluirPara quem tiver curiosidade de ouvir como este belissimo V12 ronca, video do Youtube:
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=PgziqWlzCcA&feature=related
Admito que fazia tempo que não cobiçava um carro como hoje cobiçei este...
Da coluna B pra trás é demasiado esticado.
ResponderExcluirPrefiro o Espada.
Amigos, confirmem:
ResponderExcluirNo começo da década dos 70, se não me engano, a Envemo oferecia esse modelo de rodas (aro 14") para os Opalas da Envemo. Acho que eram feitas pela Italmagnésio.
São muito legais!!
Abrs.
Carlos Mendes
Só descobri este texto hoje, 4 de março de 2012.
ResponderExcluirEu gosto muito do Jarama e lembro aqui um especial que foi feito pelo Bob Wallace, foi um carro mais leve e que visava competição.
O carro era (ainda é) cor de laranja e seu capô todo em preto fosco, um esquema de pintura bem comum naquela época.
Seu interior era espartano e suas rodas e pneus mais largos.
O carro acabou sendo comprado por um daqueles árabes milionários que o deixou acabar numa garagem nos confins do mundo.
Um belo dia, um inglês localizou esta peça rara, comprou e o levou para a Inglaterra, onde ele sofreu uma reforma total, voltando a ser como era,
Tenho esta história numa revista inglesa chamada Supercar Classic (que infelizmente não existe mais) e, se não me engano, esta história foi contada em tres edições diferentes.
Belo carro, não conhecia esse modelo mesmo!
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