A maioria das pessoas julga carros pelo exterior, mas para mim parece claro que o interior é o que interessa. Afinal de contas, a gente passa muito mais tempo olhando para ele depois de comprar um carro.
Mas recentemente, principalmente nos países do primeiro mundo, o interior ganhou o foco da indústria. Bob Lutz, quando voltou para a GM em 2001, começou por onde a empresa estava pior: no interior. Cada vez mais, o habitáculo recebe a atenção que merece, e hoje em dia não se deve subestimar sua importância.
Pessoalmente, faz algum tempo que percebi que para realmente gostar de um carro, tenho que me sentir bem ao volante. Bancos, volantes, câmbio e pedais tem que fazer um conjunto coeso. A visibilidade tem que ser boa. E as superfícies devem ser agradáveis ao tato, sempre. Se não me sentir bem com isso, pode ter 2325 cv e pneus revestidos de super-bonder, que não vou realmente gostar. Sim, vou me divertir pacas, mas sem ter aquela conexão perfeita com a máquina que reputo essencial para o prazer ao volante. É o real Santo Graal da excelência automotiva.
Acho tão importante este assunto, que simplesmente tive que fazer uma lista de 20 e não a usual de 10. Muita coisa legal ainda assim ficou de fora, portanto os amigos leitores estão convidados, novamente, a me ajudar e eleger mais alguns. Design, ergonomia, utilidade, tudo conta, e como sempre a lista é extremamente pessoal, o único critério básico é eu achar muito legal, e desejar estar lá dentro do carro ao invés de aqui escrevendo em minha sala sem graça! A ela então, em ordem cronológica:
fotos: ultimatecarpage.com
Uma olhada na foto abaixo já é explicação suficiente para colocar este carro na lista. As fotos são do ganhador do famoso concours d’elegance de Pebble Beach este ano. O C-25 Aerodyne é um magnífico e inovador sedã criado pelo grande Gabriel Voisin, sobre quem já falamos aqui. O teto do carro era um arco perfeito, permitindo que toda parte superior dele pudesse deslizar para trás, criando um semi-conversível. Caríssimo e sofisticado em seu tempo, apenas sete carros foram fabricados, todos eles empurrados pelo mesmo seis em linha dupla-camisa (Knight, como todo Voisin que se preze), três litros e 90 cv.
O interior é totalmente coberto por tecido no tradicional padrão de Voisin, até as colunas e teto. O painel de instrumentos, belíssimo, é de uma qualidade até hoje impressionante, e o detalhe dos pedais fundidos em alumínio com as iniciais de Gabriel Voisin completam um conjunto simplesmente sensacional.
2) Bugatti tipo 57/S/SC Atalante (1936)
O Bugatti tipo 57 é a obra prima de Jean Bugatti (filho do fundador Ettore), um maravilhoso supercarro dos anos 30, equipado por um poderoso e cacofônico oito em linha DOHC e 3,3 litros. O mas o Atalante não está aqui, é claro, por causa de sua lindíssima carroceria, e nem sua mecânica que parece feita em joalheria.
O Atalante está aqui principalmente pela posição incrível do motorista. Com o grande volante perto da caixa torácica, é o pesadelo do moderno engenheiro de interiores, acostumado a se preocupar tão somente com a segurança passiva, mas é sensacional se você se esquecer um pouco disso. Volante próximo do peito, painel com todos os instrumentos visível lá na frente, joelhos trabalhando por trás do volante, pequeno e vertical pára-brisa acima do painel. É o escritório daqueles cujo trabalho é pilotar, um interior focado e sem outro objetivo. Dá vontade de dirigir só de olhar para ele...
O Citroën 2cv está aqui como contraponto a todos os outros carros da lista. É a prova de que a simplicidade é uma virtude em si mesma, se levada a cabo em sua forma mais absoluta.
Criado como um carro mais básico possível, um carro destilado até sua forma mais básica, o transporte apenas, exemplificado por seu minúsculo motor contraposto de originalmente menos de 500 cm3, e sua carroceria absolutamente funcional, sem nenhuma concessão ao desenho ou luxo, ainda assim o interior deste carro pequeno é extremamente espaçoso, muito por causa de seus bancos, o mais incrível exemplo de simplicidade já criado. Leves, finos, baratos, mas ainda assim confortáveis, são um exemplo de projeto bem feito. O resto do interior é um exemplo de frugalidade como caminho da eficiência. O teto de lona ajuda a boa área envidraçada em tornar o interior iluminado e arejado. Um grande lugar para se passar o tempo com amigos!
Outro exemplo de simplicidade absoluta, aqui aplicado a um carro esporte. O Lotus Elite era pequeno e leve, e o interior reflete isso, mas ao mesmo tempo é convidativo para se dirigir. Bancos obviamente leves, instrumentos bem à frente, volante grande e em boa posição, alavanca de câmbio bem a mão e só. Não é lindo em sua simplicidade?
Fotos Juvenal Jorge
Este post nasceu sobre uma conversa sobre este interior. Alguém pode facilmente afirmar que este é o interior mais legal já colocado em um carro.
Tudo é perfeito aqui: os quatro enormes mostradores do painel, o volante, os bancos. E atrás, ai meu Deus... Dois bancos individuais rebatíveis, e espaço atrás para malas, tudo de um bom gosto e execução impecáveis. O desenho é de fazer inveja a qualquer desenhista moderno, perdido que estão em formas sem sentido e na necessidade de inovar por inovar.
6) Oldsmobile Toronado (1966)
Para mim é algo triste que não se faz mais bancos-sofá como esses. De novo, é outra coisa que perdemos no altar da segurança: o terceiro passageiro na frente do carro. E o melhor exemplo disso deve ser o grande Oldsmobile de tração dianteira lançado em 1966.
Com o assoalho livre de um cardam passando por baixo, todos os três passageiros desse leviatã de sete litros podem colocar os pés da mesma forma, para frente do corpo. As outras coisas legais deste tipo de interior também estão lá: alavanca de câmbio na coluna de direção e freio de estacionamento debaixo do painel.
7) Lamborghini Espada (1968)
Quatro lugares. Mas não por falta de espaço feito um Ford Ka, falamos aqui de quatro bancos individuais mesmo. Um carro baixíssimo, propelido por um V12 italiano que canta com tanto coração que parece um cantor de ópera. Vidros enormes, e bom espaço para malas atrás dos bancos, acessível pelo vidro traseiro. Couro para todo lado, todos os instrumentos redondinhos no painel que você pediu para Papai Noel.
8) Oldsmobile Cutlass Vista Cruiser (1970)
Outro exemplar de interior à americana, com alavanca de seleção do câmbio automático na coluna de direção, e sofá para três pessoas na frente. Mas aqui, com mais dois bancos para crianças rebatíveis no porta-malas, e teto com janelinhas panorâmicas. Uma grande maneira de passear com a família.
Quando lançado em meio ao furacão de equívocos da British Leyland, o Jaguar XJ-S era tudo o que um Jaguar não devia ser. Feio e mal acabado, seu interior era uma caverna negra e plástica que deixaria qualquer um deprimido. Mas quando esta versão foi lançada em 1985, as coisas tinham melhorado muito.
Esta versão cabriolet teve vida curta, substituída como foi pelo conversível em 1988, mas em minha opinião tem o interior mais legal de todos: no lugar dos bancos traseiros (ridiculamente pequenos de qualquer forma), vários porta objetos em um compartimento belíssimo, com um acabamento inacreditável. Reparem como até a parte de dentro das portinholas é revestida de couro de primeira linha. Carpete de qualidade, couro e cromo combinados de forma magistral. O painel também é uma combinação de materiais de extremo bom gosto, com madeira na medida certa (raro hoje, tempo do exagero), e de novo acabamento para lá de impecável. Nem a Rolls-Royce fazia luxo inglês tão bem nos anos 80. Simplesmente magnífico.
O interior do LS400 original não parece especial, mas está aqui porque mudou tudo. A perfeição é o tom aqui: gaps pequenos e constantes, com consistência. Funcionamento perfeito de tudo, e qualidade sem par. Tudo no interior deste carro é tão bem executado que simplesmente mudou o jeito de se fazer interiores. Hoje parece difícil acreditar, mas nos anos 80, plástico frágil e mal casado era a norma. De repente, aparece este Mercedes japonês, cujos mostradores apareciam feito mágica em um fundo preto quando o carro era ligado, e o futuro chegava. Toda excelência que se tem hoje em dia em interiores começou aqui.
Este Bentley é o ápice do interior feito a mão. No idioma dos Bristol, e fiel a uma tradição eminentemente inglesa, o interior do musculoso Continental T era completamente diferente dos interiores atuais, feitos de plástico injetado em moldes imensos, e fabricados em série por máquinas. Não, aqui apenas artesãos com grande experiência e tempo para trabalhar.
Mas o T marcou também por inovar nos materiais: no lugar de nogueira polida, metal virolado feito Bugattis. Outra antiga tradição volta aqui: o botão vermelho para ligar o carro. Incrivelmente, uma coisa que nesse Bentley era uma curiosidade interessante, acabou por se tornar uma moda que persiste até hoje. Engraçado porque quando este botão foi para a chave de ignição, todo mundo achou um grande avanço, mas hoje é chique voltar ao botão... vai entender!
12) McLaren F1 (1992)
O F1 trouxe real novidade: o motorista no centro do carro, e mais dois passageiros em ambos os lados, um pouco recuados. É uma idéia genial, porque coloca os pedais na posição ideal, em frente ao motorista, e não deslocados para desviar da caixa de roda mais próxima. E como a largura de um carro é definida pela largura dos ombros dos ocupantes, os dois lugares mais recuados não criam um carro mais largo que o normal.
Além disso, banco criado sob medida para o dono, a ergonomia perfeita, a simplicidade geral mas com qualidade extrema, a ampla possibilidade de customização de materiais, fazem este interior um dos vários motivos porque o McLaren F1 é tão memorável.
13) Bristol Bleinheim (1993)
O grande jornalista inglês Leonard “LJK” Setright dizia que tudo que foi feito à mão pode ser consertado à mão. E nenhum exemplo disso é maior que um Bristol. Se você desmontar um painel de porta de um carro moderno, vai descobrir que se quebrar um dos castelos que seguram os clipes plásticos, vai ter que comprar um painel novo. Isso é claro, enquanto eles estiverem à venda. Já num Bristol, a fixação é por um simples parafuso. Sim o parafuso é aparente, tabu, mas quem inventou esta que enxergar parafuso é um pecado tão grande? Sabem, a grande diferença entre um Bristol e qualquer outro carro no mundo é que um Bristol foi criado para durar para sempre. Sempre existirão parafusos. Já painéis plásticos exclusivos e clipes especiais...
O Bristol é na verdade mais que um carro, é quase uma filosofia de vida, que prega o fim do consumismo, a qualidade duradoura e função acima de aparência. Mas mesmo se a gente esquecer isso, há muita coisa interessante no interior de um Bristol
O carro é estreito, algo de muita utilidade em qualquer lugar que não os EUA, e as ruas sejam estreitas também. Mas o interior tem espaço para quatro pessoas adultas em grande conforto. Madeira e couro são os únicos revestimentos, e a ergonomia é exemplar. O aquecimento e o ar condicionado são completamente separados da ventilação normal, o que mantém um fluxo de ar totalmente fresco no ambiente se assim desejar-se. As janelas são desenhadas para que seja possível andar com elas abertas sem criar um furação de barulho e vento mal direcionado. As colunas são finas, e a área envidraçada enorme, de novo receita básica para um interior iluminado, agradável, e de onde se possa ver muito bem o que ocorre lá fora.
Apesar de excêntrico, há muito que aprender neste carro para quem pensar um pouco.
O interior do 911 é na verdade a evolução de algo que começou nos anos 50, com o 356. Pequeno, compacto, mas com boa visibilidade e espaço para dois adultos e duas crianças. O compartimento traseiro é muito legal, porque pode também, rebatendo-se os banquinhos, conseguir grande espaço para as malas. O painel original, que foi até 1996, é tão conhecido que parece familiar mesmo para quem entra nele pela primeira vez. E a ignição do lado errado é também um toque especial.
Pena que o carro original refrigerado a ar acabou em 1997. Copiá-lo em design e layout básico definitivamente não é a mesma coisa...
Não existe nada mais belo que a alavanca de câmbio tradicional da Ferrari, com a grelha de seleção na base, a alavanca cromada e uma bola preta em cima dela. Todo Ferrari tem um grande interior, mas este, o último com ela, entra na lista porque tem todo acabamento de luxo moderno, preciso e belo como não podia ser antigamente, e bancos também modernos, mas de desenho tradicional e mais bonitos que dia ensolarado de verão no lago de Garda. Só o volante peca um pouco, mas isso é fácil de resolver.
16) VW Golf IV, Ford Focus mk1 (1997/1998)
Quando estes dois carros chegaram juntos no final dos anos 90, novamente tudo mudou. Eram carros de enorme volume de vendas (o Focus substituiu o Corolla como carro mais vendido do mundo), para ser vendido no mundo todo, a preços acessíveis. Mas a qualidade dos seus interiores não devia nada à carros de luxo tradicionais, como Mercedes-Benz e BMW(não confundir aqui nível de equipamentos com qualidade, não é a mesma coisa). Os materiais eram menos nobres, claro, mas as texturas e acabamentos eram perfeitos.
A barra subiu, e todos ganhamos muito por causa deles. O pobre Opel Astra, que estreou no mesmo ano, apesar de mecanicamente ser competitivo, perdeu muito em comparação, por não ter acompanhado esta revolução.
Olhem isso! Um volante que troca a segurança cafona do airbag pelo direito de ser empalado em caso de acidente por um maravilhoso treco retrô, mas moderno ao mesmo tempo. E a alavanca de câmbio? O mecanismo exposto é sensacional e original como o volante. Couro, metal virolado, instrumentos, tudo é de um bom gosto incrivelmente incrível.
O segundo Picasso é algo que não falha em me deixar feliz, toda vez que ando em um. O pára-brisa enorme, com as cortininhas que carregam o para-sol, o assoalho plano sem console, liberando espaço, a alavanca do câmbio pequena e delicada na coluna, o painel digital, o ar condicionado com saídas na coluna B, os vários porta-trecos com tampa, o espaço muito mais generoso que os ridículos e enormes SUV’s. Tudo muito bem pensado, original, bonito, moderno. Um grande interior, em todos os sentidos.
Este genial Seven holandês é algo especial porque é o único fechado. E muito bem feito, com portas de movimento diedral, com janela na parte que forma o teto também, e bancos de desenho original. O carro é algo que parece deixado aqui na terra por aliens entusiastas cheios de brownie de Amsterdã, e o interior é perfeita companhia para ele.
20) Audi A8 mk3 (2009)
O ápice da qualidade moderna, levada ao máximo num carro onde o custo dos componentes não é importante. Design sóbrio, mas original, ergonomia perfeita de uma forma que só um ultra-detalhista chefe alemão pode exigir, bancos maravilhosos, fazem um carro que torna obsoletos todos os Rolls-Royces e Mercedes já criados. Uma obra prima da empresa que tem os mais sólidos e bem feitos interiores da atualidade.
MAO
Dos mais novos?
ResponderExcluirCitroen DS5 e Audi A6. Sem sombra de dúvida.
Com todo o respeito, esse estofamento do Voisin parece um ataque epiléptico.
ResponderExcluirMuito bem lembrado o Lexus LS400. Por falar em encaixes precisos, aqui no Brasil isso pode ter passado despercebido, mas os carros japoneses do final da década de 80 e começo da de 90 estabeleceram um novo padrão em termos de precisão de montagem das partes, não só do interior, mas da carroceria também. Para se ter uma idéia do que falo, basta comparar os encaixes de portas, vidros e parachoques com o restante da carroceria de um Golf III, ou Astra F, com um Civic da época.
ResponderExcluirEspetaculares, quase todos, exceto o Golf. Triste e alemão sem graça demais. pior que ele, Astra brasileiro.
ResponderExcluirVale carro conceito ? um dos melhores é o Saab Aero X, que não tem as colunas A.
MAO post muito interessante! Parabéns!
ResponderExcluirquando cliquei no link do post já pensava em meu ex focus 2004... aquele com certeza foi o carro mais gostoso que dirigi em minha curta experiência automobilística (6 anos que dirijo), em relação a acabamento o Focus teve um downgrade com a nova geração.
Abraço
Juvenal... Juvenal.... deixa de ser fietêro, óme!
ResponderExcluirTodos os interiores aqui mostrados são excelentes.
ResponderExcluirVoto no Oldsmobile Toronado (1966) e no Citröen C4 Picasso (2006). São 10 anos de diferença, mas com um conceito que gosto muito que é a alavanca de câmbio na coluna de direção. No Citröen, também deveria ter espaço na frente para três pessoas.
Na década de 70, sempre me perguntava o porquê de não existir um carro com a largura do Galaxie e o comprimento do Corcel.
Bela seleção!
CCN1410
ResponderExcluirTalvez pq iria parecer estar andando de lado, como caranguejo heheheh
Também sou fascinado pelos interiores, pelo gostar de estar dentro de um carro, e não apenas admirá-lo por fora. Não vou falar de carros de sonho, com os quais nunca convivi e só vi em revistas, internet, ou exposições, mas de nacionais da vida real, digamos assim, he, he! Acho demais e inesquecíveis os interiores do Alfa-Romeo 2300 Ti-4, Ford Del-Rey Ouro e Guia, e também os dos Dodge Charger R/T, Le Baron, e Magnum, em especial, mas muuuuuuuuito especialmente meeeeeeeeeesmo, os magníficos, sensacionais, fantásticos, estupendos, maravilhosos, e arrebatadores interiores em azul claro monocromático (tudo azul mesmo, volante, painel, console, cintos, forrações de assentos, laterais das portas, carpetes, e teto) que a Chrysler do Brasil disponibilizava para estes três modelos. Também posso citar os interiores dos Chevrolet Opala Diplomata, e Omega. Mais para trás no tempo, cito os interiores do Willys Itamaraty, e do Simca Chambord. Apenas para citar um importado, fico com o do Alfa-Romeo 164. E para citar um atual, o último pelo qual me apaixonei, e que vi semana passada na Nissan, o interior bege claro do Sentra, em sua edição limitada "Unique". Pena que como nem tudo é perfeito, este Sentra só é oferecido com carroceria preta. Mas o interior vale o sacrifício da pintura exterior mais sem graça que um carro pode ter.
ResponderExcluirAh, mais uma coisa: interiores dos "transatlânticos" americanos dos anos 50! São tantos, e tão maravilhosos, que nem vou me atrever a dar um exemplo.
ResponderExcluirFaltou o interior do Corcel, daquela versão bege. Falar só de carrão caro e inacessível não tem graça.
ResponderExcluirJoão Paulo
Fiat Uno - primeiro modelo: genial em forma, função e aproveitamento de espaço.
ResponderExcluirSou fã incondicional do interior do Thunder 66 por conta da instrumentação diferenciada e da coluna de direção móvel. Até hj não sei como aqueles mostradores funcionam... Muito estranho, porém divertido ler os instrumentos.
ResponderExcluirhttp://www.affordableclassicsinc.com/images/64Tbird/1964%20Thunderbird%20Dash.JPG
Dos carros que tive, melhores interiores: Alfa Romeo 2300, a antiga 75 e o Santa Matilde 4.1
ResponderExcluirDe lá pra cá, tudo sem muita graça!
Pra quem não sabe, o finado Roberto Marinho foi proprietário de um soberbo Voisin C22:
ResponderExcluirhttp://www.automobiles-voisin.fr/C_22_bresil.html
Convenhamos, o homem tinha bom gosto!
Faltou o interior do primeiro Fiat Uno. Painel bem resolvido e espaço interno de carro médio.
ResponderExcluirDos atuais o Cruze e o Malibu realmente denotam a preocupação da GM atual com o interior, todos dois muito bons.
O Voisin é de um mal gosto sem tamanho.
Voisin e Spyker têm interiores exóticos, sem dúvida, mas na minha opinião, de muito mal gosto.
ResponderExcluirPara Reynaldo: também tive um 2300, o meu era 77, último ano do painel com que o 2300 foi lançado. Era bem bacana e completo também, mas os de 78 em diante, eram "o bicho". E já que falamos de Alfas, não se pode deixar de fora o interior (painel incluso) dos J.K.
ResponderExcluirTirando o Voisin que parece munido de capas para bancos by Ciudad del Este, todos os outros exemplos são magnificamente ilustrados e descritos.
ResponderExcluirPost excelente e que agrega muito em relação a cultura automotiva!
Minha listinha é bem mais modesta, porém, não menos apaixonante:
ResponderExcluirSP-2, Corcel GT, Passat TS/LSE/GTS, Alfa Romeo 2300 Ti, Opala Diplomata 85 em diante, Monza (todos) 85 fase II em diante, Kadett GS/GSi, Ômega (tanto o digital como o analógico), Tempra Turbo/Stile.
Podia ter o interior do TVR CErbera também.
ResponderExcluirAquilo ligando parece check control de nave alienígena!!!
Mister Fórmula: como fuço muito nos sites da Dacia (e da Renault fora do Brasil), em função de conhecer as diferenças que os Logan do exterior apresentam em ralação aos daqui, já vi (não me lembro o país) que existem umas capas oferecidas como acessório para o Logan, bem ao estilo desta coisa medonha do Voisin, he, he! Em compensação, também já fiquei com muita inveja ao ver que fora do Brasil, existe uma variedade muito maior de cores (algumas bem bonitas) de carroceria para o Logan (e Sandero), bem como interior cinza claro e bege claro monocromático para o Logan. Esta última me matou de inveja!!! Acho um porre este negócio de interiores pretos.
ResponderExcluirMr. Car
ResponderExcluirTens toda razão, os JK eram muito agradáveis. Nunca tive um mas lembro bem.
Falando em carros normais.. Nao poderia deixar de citar o "New Civic" , que apesar de já ter alguns anos e um projeto muito bem executado e transborda qualidade.
ResponderExcluirQto ao Golf, respeitosamente, discordo do comentário do Juvenal: Há 10 anos atrás comprei um e posso dizer que foi um dos melhores carros que tive. Me deixou saudades..
Infelizmente a VW Brasil esta com um modelo desatualizado e muitas versoes atras do europeu..
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMAO, que post! Sensacional!
ResponderExcluirMas, também com todo o respeito: o interior do Voisin é péssimo. Deveria estar na lista dos piores. Opinião minha, claro.
Por falar em opinião minha, sempre humilde, surpreende-me ficar sabendo que "Bob Lutz começou pelo interior, que é justamente o que estava pior, nos carros da GM a partir de 2001..." Só se foi na GM dos Estados Unidos, porque essa época coincidiu justamente com o período a partir do qual os interiores dos GM brasileiros entraram em desabalado declínio (para a angústia dos que cresceram em Monzas, Opalas e até Chevettes com incríveis combinações de cores do interior e exterior - nunca me esqueço do Monza 88 com exterior verde metálico e interior marrom claro, um contraste nunca mais por mim visto na indústria automobilística).
Hoje em dia todos os interiores são cinzentos e "preto-desbotado".
Talvez porque a moda das películas extremamente escuras, de gosto duvidoso (mais uma vez minha humilde opinião) não permita que se visualize tão belo e interessante contraste.
Um interior que me agrada nos carros atuais da GM, e pode quem quiser discordar, é o do Agile: formas ousadas, botões lúdicos, soluções interessantes de disposição dos instrumentos.
Como você mesmo admite, muita coisa legal ficou de fora, por isso para o próximo post sobre o assunto, sugiro que seja mostrado o que é, ao meu ver, o interior de automóvel mais incrível de todos os tempos: o do Aston Martin Lagonda.
Grande abraço .
O carro era uma porcaria, mas o interior dos Del Rey topo de linha agradavam.
ResponderExcluirIdem para os Monza quando surgiu a versão Classic.
Até chegar no generalizado miserê atual...
CSS, você não é o único que gostou do interior do Agile, he, he! Gostei como um todo, mas tem uma coisa que para mim, é muito mais bacana que couro: forrações de assentos em veludo. Em tempo: falando em Monza, eu achava belíssima aquela pintura "saia e blusa", que também foi usada na linha Opala/Caravan Diplomata. Mais uma observação: outra das razões pelas quais detesto películas, é que impedem que se admire o interior de um carro.
ResponderExcluir...Mr. Car, e para apimentar ainda mais a discussão, o que a maioria discorda, mas muito me agradou o desenho do volante do Agile (na versão sem airbag). Na minha visão saudosista, ele remete ao volante do Cadillac Cimarron dos anos 80. Um "must". Abraços.
ResponderExcluirMr.Car:
ResponderExcluirInterior preto é um anacronismo em país tropical, no sol, o carro vira uma perfeita caverna ante sala do inferno; aí...o brasileiro inteligente, tasca película encima para "refrescar" o interior.
De caverna então, o interior vai parecer uma cela de solitária...
Eu estive namorando um carro que decididamente é o horror dos "marketeiros" de plantão, um Golf GTI 2003 duas portas e interior em couro creme, raridade absoluta e decididamente lindo. Tudo de bom em países civilizados, mas que aqui, só faltam jogar água benta encima (mas o dono $abe o valor da raridade).
Painel do Focus Mk1/1,5 de 2000 a 2009 é um show a parte.
ResponderExcluirOmega CD e Del Rey Ghia tbm eram nas suas epocas de lançamento.
Gosto bastante daquela simplicidade elegante dos Porsche 356, principalmente com interior em couro bege ou caramelo. São lindos.
ResponderExcluirMao, depois faz uma lista dos 20 piores. Primeiro lugar, com menção honrosa - Celta.
ResponderExcluirMuita gente mencionando os interiores dos Opalas e Monzas do final dos anos 1980.
ResponderExcluirPara quem não se lembra ou não conheceu, a linha Diplomata de 1988 oferecia cinco opções de cores internas - preto, marrom, cinza claro, azul e vermelho -, combinando ou contrastando com a carroceria. Igualzinho aos dias de hoje [sarcasmo off].
Ah, um Diplomata 88 cupê seis cilindros, automático, prateado com estofamento azul...
MAO, faça um só com nacionais tambem. :)
ResponderExcluirMAO;
ResponderExcluirProtesto! Essa lista tinha que ter 21 interiores!
Uma heresia não ter citado do uno de primeira geração. O painel com comandos satélites, o check control e o charme de tudo: o cinzeiro deslizante.
Em conjunto com a visibilidade única do Uno na embalagem do 1.5R, com as fitas dos cintos de segurança em cor vermelha, os puxadores das portas com desenho diferenciado, tornam esse carro o mais prático e moderno que podia se comprar na década de 80.
LEgal a lista, os interiores são aspectos bem pouco falados, em comparação com o design externo.
ResponderExcluirO do golf não podia faltar, aliás em geral os interiores germânicos, com sua sobriedade e racionalidade, me agradam, o do golf em particular por motivos pessoais!
ABraços!
linda lista, MAO. mas cadê o da BMW série 5 E39? aquilo é um absurdo de lindo!
ResponderExcluirhttp://forums.bimmerforums.com/forum/showpost.php?p=19352759&postcount=1244
http://forums.bimmerforums.com/forum/showpost.php?p=10196228&postcount=283
MAO, aplaudo a escalação do 2CV, que poderia ser estendida a todos os Citroëns dos anos sessenta.
ResponderExcluirE para fazer parte da lista dos "Vinte Menos" proposta pelo Jesiel, voto no Mercedes Classe A. O carro é genial em vários aspectos, mas na hora de projetar o seu interior a Mercedes deve ter delegado a tarefa ao mais júnior dos estagiários.
Gosto do fusca. Antes do 2cv citado, exemplo de simplicidade bem projetada. Impossível não ficar à vontade dentro de um.
ResponderExcluirPor outo lado um carro decepcionante a meu ver foi o tão elogiado Vectra 2. Totalmente sem graça.
AAM
É, Zamariolli. E não foi só a GM que tinha interiores que não o preto, nos anos 70 e 80. A Chrysler (que já mencionei), a VW, a Ford, a Fiat, enfim...todas as marcas! E mais: não apenas para seus modelos mais caros, como também para os mais simples, como o Chevette, o Polara, a Brasília, a Variant, o Escort, o Corcel, e o Fiat 147. Alô, Bob Sharp, você que é chegado em abraçar uma causa, comece uma grande campanha junto às fábricas e imprensa especializada, pela volta dos interiores não pretos. Abaixo esta maldita falta de opções!
ResponderExcluirAntônio,
ResponderExcluirConcordo com os seus dois comentários. O interior dos Fuscas históricos sempre primou pela simplicidade e bons materiais (como entusiasta do Fusca, sou um tanto quanto suspeito...).
Celta e demais Chevrolets / Opels brasileiros tem acabamento interior péssimo.
Jesiel, concordo totalmente sobre o 356... Meu sonho e' ter um, mas acho que não vai passar do sonho.
Fantastico MAO. Eu acrescentaria mais dois:
ResponderExcluiro Tucker. Nao acredito que vc esqueceu dele
O AMX com interior da Pierre Cardin. Tenho uma foto dele em uma revista e achei o maximo. Ja curtia o carro, com esse interior entao
Horrível o interior do Bugatti. Aquele volante é uma piada de mau gosto...Bateu morreu.
ResponderExcluirValeu por responder o outro post MAO.
Paulo Levi
ResponderExcluirTanto é verdade que o interior original do Classe A foi reprojetado em 2002 na Europa em uma atualização que não chegou a MG.
O interior bem cuidado e acabado é um dos motivos que me faz querer comprar um Fiat 500, nenhum carro na faixa dos R$ 40.000,00 oferece uma qualidade de interior como ele.
ResponderExcluirAbraços e parabéns pelo blog.
Tom
Leonardo,
ResponderExcluirNão sabia disso. Obrigado pela informação.
Somos dois então, Tom: estou louco para (apesar de gostar muito dele) trocar o latifúndio do meu Logan, pela csixinha de fósforos que é o 500. Não me lembro de ter ficado tão fissurado por um carro, como estou por esta genial releitura de um modelo que fez história.
ResponderExcluirGosto do interior do Chevette...
ResponderExcluirPost legal, mas faltam muitos interiores interessantes...
ResponderExcluirMercedes-Benz 'farol em pé';
Mercedes-Benz moderna
Corvette; (C2 são as minhas preferidas)
Alfa-Romeo;
BMW;
Rolls-Royce; (pra mim dá de 1000x0 no Bentley)
Ford Ka; (o primeiro q ganhou diversos prêmios)
Só para dizer alguns...
Renault Twingo
Escolher 'só' 20... Só se for por categoria...
Abraços
Falaram aí de interiores Chevrolet atual como o Cruze. Mamãe... olhe ao vivo e deixe as fotos pra lá.
ResponderExcluirA coisa anda tão feia aqui que tem neguinho achando interno de GM bacana...
Interior?
ResponderExcluirCitröen forever!
Recentemente comprei um Focus XR 2003 (MK1) e o interior realmente pesou favoravelmente em minha escolha, e mais, não me arrependo em nada, sei que com um troquinho a mais pegava um celta ou gol 0km basicão, mas...quem gosta de carrinho de plástico é o meu filho...melhor, nem ele, ele prefere os carrinhos de ferro...
ResponderExcluirMao, o punto.... você mesmo em outra oportunidade elogiou a posição de dirigir...
ResponderExcluirCom licensa vovô, mas seu engarrafamento ta no meu caminho pra pedalar até o trabalho, e de volta, e pra faculdade, e de volta.
ResponderExcluirMAO,sobre o Type 57,conta-se que um proprietário de um deles queixou-se a Ettore de que seu carro demorava a pegar numa manhã de inverno. A resposta do Ettore foi clássica:"Meu caro,se o senhor pode ter um Type 57 o senhor pode ter uma garagem aquecida...".
ResponderExcluirGrata surpresa ver o interior do Voisin na lista. Temos que enxerga-lo com olhos da época, o Art Déco era, para mim, o Cyberpunk Art de hoje.
ResponderExcluirAjudo a eleger o Porsche Carrera GT a ser incluso em uma lista deste tipo, pela sua posição de pilotagem e o posicionamento da manopla de madeira do seu câmbio manual.
Nem um modelo Alfa Romeo??? Na minha opinião caberia o interior de um 1750 GT Veloce.
ResponderExcluirpainel do JK interior do JK..não podia faltar.
ResponderExcluirda alfa 155 então ? bancos de tecido,aquele volantinho de madeira !!!!! o painel !!!! vamos ter que aumentar esta lista !!!!
Anônimo das 13:20 do vovô, vai tomar no seu cú. Sua pedancia escrota tá no meio do NOSSO espaço e te impede de comentar no lugar certo.
ResponderExcluirAcho profícua a discussão, mas acentuar monossílabo tônico terminado em "u" é imperdoável.
ResponderExcluirProfessor Pascoalete das 22:29, sua mãe tá na zona esperando sua carona para casa. Tem lugar na bike?
ResponderExcluirFaltou o Chevette Jeans e o Monza Clodovil (piada hein pessoal...).
ResponderExcluirAnônimo das 02:51 do dia 27/10/11, quando um homem fala desta forma da mãe, irmã ou mulher de seu oponente, demonstra toda sua falta de respeito pelas outras pessoas e também consigo mesmo. Fazer piada é uma coisa, mas o que você escreveu é repugnante. Eu não escrevo nada que as mulheres de minha família e nem as de outras famílias não possam ler. Mas é assim mesmo, quando falta argumento a uma pessoa, ela muitas vezes parte para este nível, ou melhor, para a falta dele. O moderador deste blog pode ver pelo meu IP que nunca desrespeitei ninguém por aqui. Convido você a fazer o mesmo; expressar-se com respeito para com os outros.
ResponderExcluirAnonimo das 9:43, outra pessoa acabou respondendo sua mensagem e não eu. Não xingaria sua mãe, mas que fica difícil não rir do que o outro anonimo das 2:51 disse fica.
ResponderExcluirPessoal pedante adora ficar nesse passivo-agressivo falando aquilo que der na telha, mesmo que sem sentido, no lugar errado ou sem respeito. Depois ouve aquilo que não quer e fica todo doído.
Prova que ser ciclista não transforma automáticamente a pessoa num anjo desprovido de pecados como alguns tentam se colocar.
Ficaria com o Spyker C8 pela criatividade na alavanca de câmbio.
ResponderExcluirMAO,
Gostaria de ler aqui no AE, com suas palavras, um post sobre o fantástico Mecerdes Benz 300 SEL 6.8 AMG e sua história.
Abraço.
Nao se é minha cabeca de engenheiro que me leva a prezar pela maxima eficácia sempre, mas o interior do Uno de primeira geracao deveria estar na lista. Um interior com solucoes praticas e geniais, num nivel tal que nao se ve hoje, sobretudo em populares.
ResponderExcluirGosto muito do interior de carros japoneses dos anos 90, são sóbrios, mas funcionais e de qualidade! Sou suspeito pois tenho um Mitsubishi Galant VR 1999! Mas interiores realmente entusiasmantes não pela qualidade, mas pelo apelo que têm são os Alfa Romeo, principalmente o 164 e o 155!
ResponderExcluirTriste pelo SP2 não estar na lista. Tudo bem, ele só tinha o visual de um esportivo, mas jamais vimos e sequer veremos no Brasil um interior como aquele. E não era nenhum carro fora de linha superesportivo. Era um simples VW BRASILEIRO esportivo da década de 70.
ResponderExcluir