O Flavio Gomes é o primeiro convidado para a semana do aniversário de dois anos do AUTOentusiastas. Veterano na internet é um dos blogueiros autoentusiastas (entre outras coisas) de maior sucesso. Gentilmente nos enviou um texto sobre sua paixão.
Eles fazem sorrir
Por Flavio Gomes
Eles fazem sorrir
Por Flavio Gomes
Não queira ter uma relação com seu carrão cheio de botões, reboque cromado para não puxar nada, flex powers, trios elétricos, fly by wire, e ABS igual à que eu tenho com os meus. Você vai perder.
Meus carros têm nome, eu converso com eles e entendo o que se passa no seu coração. Ninguém olha para você nesse esquife filmado com vidros escuros como o breu. Para mim, todos olham e acenam.
Se o seu carrão pifar no meio da rua, ou numa estrada no fim do mundo, ninguém vai parar para te ajudar. E se alguém se aproximar, você vai achar que é ladrão. Se um dos meus estancar no meio da avenida mais movimentada de São Paulo , vem um monte de gente para empurrar. E é o pai de um que teve um igual ao meu, o tio do outro que dirigia um táxi idêntico, a avó de um terceiro que ainda tem o seu guardado na garagem que só usa para ir à feira, e se eu não souber o que fazer para ele pegar de novo, alguém saberá.
Meu kit de sobrevivência nas ruas é barato. Um joguinho de ferramentas, desses que se compram em camelôs, com uma chave de fenda, um alicate, algumas chaves de boca. Um frasco com gasolina para jogar no carburador de vez em quando, um galão de água para refrescar o radiador. Oh, que coisa mais primitiva, dirá você.
OK. Tenha uma pane no seu carrão eletrônico para ver o que acontece. Nem tente abrir o capô. Você não sabe o que tem lá dentro. Cuidado, ele pode te engolir. Torça para o celular estar com o sinal pleno e chame um guincho, a seguradora, o papa. Sente e espere. Seu carrão só vai funcionar de novo quando conectarem um laptop nele. E prepare o talão de cheques.
Meus carros, não. Têm carburadores, distribuidores, diafragmas, bobinas e velas, tudo à vista. Sei quando o piripaque é na bomba de gasolina. Sei quando é sujeira da gasolina. Sei assoprar um giclê. Sei onde fica o giclê. Aliás, sei o que é giclê. Procure algo parecido na sua injeção eletrônica.
Seu carro é um emérito desconhecido, sem história ou currículo. Os meus têm 40 anos ou mais, já passaram por muita coisa nessa vida, e quando saíram de uma concessionária, décadas atrás, estacionaram na garagem de alguém em forma de sonho realizado. Carro fazia parte da família, antigamente.
Ah, mas o meu tem ar-condicionado, disqueteira e controle de tração, dirá você. Sim, mas você nunca terá o prazer de dirigir de vidros abertos e cotovelo para fora da janela, meu rádio toca as mesmas músicas, e não me faça rir com o seu controle de tração. Quantas vezes ele foi necessário?
Além do mais, existe um negócio chamado prazer. Prazer de ter algo que lhe é caro e precioso, mesmo que não valha muita coisa. Carros iguais ao seu todo mundo tem. Vejo aos milhares todos os dias, e nenhum deles tem a cara do dono. Os meus têm. E quando eles quebram, eu mesmo conserto. E eles me agradecem andando de novo, fazendo com que as pessoas sorriam quando passam, fazendo barulho e soltando fumaça.
Não há nada como um automóvel que faça alguém sorrir.
Meus carros têm nome, eu converso com eles e entendo o que se passa no seu coração. Ninguém olha para você nesse esquife filmado com vidros escuros como o breu. Para mim, todos olham e acenam.
Se o seu carrão pifar no meio da rua, ou numa estrada no fim do mundo, ninguém vai parar para te ajudar. E se alguém se aproximar, você vai achar que é ladrão. Se um dos meus estancar no meio da avenida mais movimentada de São Paulo , vem um monte de gente para empurrar. E é o pai de um que teve um igual ao meu, o tio do outro que dirigia um táxi idêntico, a avó de um terceiro que ainda tem o seu guardado na garagem que só usa para ir à feira, e se eu não souber o que fazer para ele pegar de novo, alguém saberá.
Meu kit de sobrevivência nas ruas é barato. Um joguinho de ferramentas, desses que se compram em camelôs, com uma chave de fenda, um alicate, algumas chaves de boca. Um frasco com gasolina para jogar no carburador de vez em quando, um galão de água para refrescar o radiador. Oh, que coisa mais primitiva, dirá você.
OK. Tenha uma pane no seu carrão eletrônico para ver o que acontece. Nem tente abrir o capô. Você não sabe o que tem lá dentro. Cuidado, ele pode te engolir. Torça para o celular estar com o sinal pleno e chame um guincho, a seguradora, o papa. Sente e espere. Seu carrão só vai funcionar de novo quando conectarem um laptop nele. E prepare o talão de cheques.
Meus carros, não. Têm carburadores, distribuidores, diafragmas, bobinas e velas, tudo à vista. Sei quando o piripaque é na bomba de gasolina. Sei quando é sujeira da gasolina. Sei assoprar um giclê. Sei onde fica o giclê. Aliás, sei o que é giclê. Procure algo parecido na sua injeção eletrônica.
Seu carro é um emérito desconhecido, sem história ou currículo. Os meus têm 40 anos ou mais, já passaram por muita coisa nessa vida, e quando saíram de uma concessionária, décadas atrás, estacionaram na garagem de alguém em forma de sonho realizado. Carro fazia parte da família, antigamente.
Ah, mas o meu tem ar-condicionado, disqueteira e controle de tração, dirá você. Sim, mas você nunca terá o prazer de dirigir de vidros abertos e cotovelo para fora da janela, meu rádio toca as mesmas músicas, e não me faça rir com o seu controle de tração. Quantas vezes ele foi necessário?
Além do mais, existe um negócio chamado prazer. Prazer de ter algo que lhe é caro e precioso, mesmo que não valha muita coisa. Carros iguais ao seu todo mundo tem. Vejo aos milhares todos os dias, e nenhum deles tem a cara do dono. Os meus têm. E quando eles quebram, eu mesmo conserto. E eles me agradecem andando de novo, fazendo com que as pessoas sorriam quando passam, fazendo barulho e soltando fumaça.
Não há nada como um automóvel que faça alguém sorrir.
Nota: esse texto foi feito originalmente para a Revista Quatro Rodas Clássicos e cedido pelo autor para publicação no AUTOentusiastas.
O tempo vai passar e esse texto continuará a rodar pela internet e pela mente de muito marmanjo!!
ResponderExcluirÉ como se realmente, eles tivessem alma - tema que ja foi postado uma vez no AE.
Ter um antigo é como se fosse uma obrigtatoriedade na vida de um homem.
Conhecer de fato como o carro funciona e saber de cabo a rabo, o que o compôe, o que quebrou e como consertar te faz repensar a grandiosidade que é (ou ja foi há muito tempo) idealizar, trabalhar e materializar um sonho muitas vezes de um único homem, outras apenas de uma compania.
Pra mim, um texto épico.
Já tive carros dessas épocas, e não tenho nenhuma saudade de fato. Hoje os carros não quebram, nunca fiz uma manutenção corretiva mesmo rodando 300 mil km. Gosto de dirigir, por isso não fico com cotovelo para fora. Gosto de dirigir, por isso não dá para rodar em velocidade de auto-estrada com o barulho do vento e desconforto de janela aberta e calor por falta de condicionador de ar. Não uso películas, nem tapetes ou capas de volante.
ResponderExcluirSou feliz com os carros que tenho, mesmo sendo "modernos". Afinal quem faz o carro é o dono.
O moderno de hoje vai se o "cult" de amanhã, e o mesmo blá,blá,blá vai se repetir.
Caraca! Esse texto me tirou um sorriso do boca. Ainda quero ter uma maquina nesses moldes....
ResponderExcluirMeu palim 16v me empolga... mas pra tudo precisa de um laptop rsrs...
abs
Grande texto do Fávio Gomes. Já o li em vário outros fóruns espalhados por aí.
ResponderExcluirMas já percebi que esse texto irrita profundamente certas pessoas. Seriam rabugentos????
Todo mundo que gosta de carro "deveria" ter um carro antigo.
ResponderExcluirDeve ser bacana poder mexer num motpr sem depender de um notebook.
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ResponderExcluirAcho que nunca vou me cansar de ler este texto. Belo e verdadeiro. E parabéns para o AutoEntusiastas por este aniversário.
ResponderExcluirNão disse?? Mais um rabugento com bronca de carburador aí em cima...
ResponderExcluirAmigo, "Carburador, faça-me o favor", sou obrigado a respeitar sua opinião, mas não a concordar com ela, principalmente no que diz respeito a "fazer curvas a 220 km/h", coisa definitivamente impossível de fazer "em total segurança" numa via pública.
ResponderExcluirSe quiser - e, principalmente conseguir - fazer uma coisa dessas numa pista fechada, parabéns. Caso contrário, que se mate sozinho, não levando ou prejudicando qualquer inocente que não tem nada a ver com a história, que pode ter o azar de te encontrar no caminho.
é.
ResponderExcluirJá conhecia o Texto e cada vez que o leio, recordo de minhas andanças no fim de mundo da região norte, onde ou vc consertava ou... 'xá pra lá.
Francamente, hj eu nem abro o capo. Pra que?
Não baixa óleo, não baixa água, td funciona a contento, confiável e tals mas, até qdo?
Aí, num belo dia, não pega, nem partida dá e vc fica na mão de um laptop, seja em Sampa, seja em Paranatinga-MT, e torcendo pro peão saber o que está fazendo pq vc (eu) não entende blicas da eletronica embarcada.
Todos os carros que tive, com carburador tinham nome e histórias para contar. O atual nem apelido tem. É só uma condução.
Esse blog é realmente cheio de santinhas corocas do interior...
ResponderExcluirSim, faço curvas a 220km/h e nunca matei ninguém... Infelizmente no Brasil não se faz isso em qualquer lugar, mas é plenamente possível e viável para quem tem habilidade suficiente.
Na Alemanha, onde moro, o buraco é bem mais embaixo. Mas vocês não perguntaram onde eu ando rápido antes de tacar pedras né?
Velhas corocas!
E se vocês não gostam mais de carro é porque estão comprando Corollas e Agiles demais.
ResponderExcluirEssas coisas insossas realmente não despertam paixão alguma.
Duvido algum de vocês comprar um Mini Cooper S (nem precisa ser o John Works) e não se apaixonar. Isso pra ficar num exemplo, só um. Tem zilhões.
Que faz você aí na Alemanha para ficar implicando com nossos gostos terceiro mundistas???
ResponderExcluirSeja feliz aí com seu lap-top e sua injeção eletrônica e deixe as véias corocas brasileiras em paz...
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ResponderExcluirAcho que a internet é pública e o meu cep de residência não limita a minha liberdade de expressão!
ResponderExcluirTambém acredito que a paixão por carros é algo universal. Portanto, nenhum problema em comentar aqui.
Problema mesmo só os que julgam sem saber!
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ResponderExcluirSr. Carburador,
ResponderExcluirJá viu que não adianta fazer bagunça aqui, não viu? Então modere seu palavreado, pois remover uma postagem é bem fácil.
Bob Sharp - subeditor
Valdeson,
ResponderExcluirO Flavio Gomes é nosso convidado à nossa festa. Por isso seu comentário foi excluído.
Sr. Carburador,
ResponderExcluirLiberdade de expressão é uma coisa, bagunça e grossura é outra. A internet é pública, mas blog e site tem dono.
Flavio,
ResponderExcluirte prepara aí, que comprei meu Lada Laika de volta, pois eu o vendi há uns 5 anos pra um amigo lá da roça.
O Bob jura que aquela imundícia faz curva direitinho e já me prometeu que vai ajudar a certar o bicho.
Troque os arames do seu pra enfrentar a parada.
Obrigado pela colaboração, e vá escovando os cascos do seu.
Bagunça?
ResponderExcluirSó porque eu escrevi um post dizendo que carburador é coisa do passado, que carros modernos são melhores e não necessariamente mais complicados (basta entendê-los e isso não é difícil) e também dizendo que prefiro o meu carro moderno turbo 4x4 que não quebra e faz curvas a 220km/h em total segurança como se fosse uma jaca velha carburada fazendo uma curva a 60km/h??
Eu realmente não entendi o porquê de terem apagado o primeiro post. Até parece que aqui só tem santos né?
Inclusive você, Bob... Anos trabalhando na indústria e testando os mais variados carros... Quantas e quantas vezes na sua vida você não fez a Dutra de pé trancado no seu Santana branco de caixa longa e amortecedores de rally? Aliás, pq será que vc tinha suspensão calibrada naquele carro hein? Certamente não era pra ele ficar mais fortinho na hora de estacionar em cima da calçada né? Isso só para ficar num exemplo.
Mas tudo bem, pode apagar tudo. Realmente o alcance desse blog é muito grande, pelo nível dos comentários dá pra ver que certas informações não são dignas de serem compreendidas e discutidas aqui sob pena de acusações de "incitação à selvageria e a balbúrdia nas estradas."
Sr. Carburador,
ResponderExcluirSeu comentário de fazer curvas a 220 km/h foi mantido.
Eu me referia ao comentário de número 06 que foi apagado e não tinha nenhum tipo de ofensa.
ResponderExcluirMas é melhor apagar tudo, senão daqui a pouco vão chamar também a você de assassino criminoso implacável das estradas!!!
Polêmicas à parte, um belíssimo texto, nunca havia lido.
ResponderExcluirCaro Carburador,
ResponderExcluirAqui críticas e contrapontos são aceitos e bem-vindos. Não há espaço para falta de respeito. Simples assim.
Portanto, se tiver algum problema com isso solicito que se retire.
Atenciosamente,
Paulo Keller - paulo_keller@yahoo.com.br
Editor
Eu já conhecia esse maravilhoso texto do Flavio, mas repito o que já escrevi a respeito.
ResponderExcluirEsse texto deve ser afixado em uma parede e sempre que possivel ser lido e relido.
Imprescindivel para quem aprecia carros antigos e é um AutoEntusiasta de verdade.
Romeu
Um ótimo post, é sempre bom manter o antigo, mas tudo tem de evoluir, motos, carros, computadores, inclusive nós, seres humanos. Evitar agressões desnecessárias e críticas sem sentido. É mais prático ter um carro moderno, garante muito status ter um esportivo de ultima geração, mas não se esqueça que estes também tornar-se-ão antigos, e aí, o prazer das pessoas de hoje não significarão nada amanhã? Meu pai tem um Camry 2010, V6, mas sabe qual carro ele gosta de usar no final de semana? o meu Karmann Ghia 75, e vice-versa.
ResponderExcluirAbraços
Muito bom.
ResponderExcluirCada um tem as suas preferências e eu acho legal de ouvir/ler pouco das suas opiniões e histórias.
Mas, além de carros eu gosto de computadores também.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirCaro Carburador,
ResponderExcluirEntschuldigung, mas eu também moro aqui na Alemanha. Lhe convido pra irmos juntos ao Hockenheim Historic, gostaria de lhe mostrar algumas coisinhas carburadas fazendo curva a 260, 280km/h...
Parabéns por dirigir seu AWD nas Autobahnen, se você é brasileiro sabe perfeitamente os motivos pelos quais se anda de Agile.
Discordo de coisas no meu país e aqui no blog, mas busco a troca de idéias, e não o tom autoritário que vem usando.
Quanto ao ótimo texto, ele demonstra uma paixão e é voltado para apaixonados por carros antigos e pela história do automóvel. Não tenta exatamente convencer alguém a gostar de carros antigos (assim como gostar de guitarras, culinária, futebol ou o que for).
Ele apenas exacerba o "motivo" e sensação que o cara tem carros antigos... para bom entendedor isso basta.
Gosto de carros antigos. Como designer aprendi a apreciar os "ensinamentos" dos mais velhos, mesmo sempre pensando no futuro por força da profissão.
ResponderExcluirTanto carro antigo como novo têm sensações diferentes e o importante é este fazê-lo sorrir.
Quem não gosta de carro que use os modernos e não há problema algum nisso.
E é justamente importante ter um "daily driver" (no meu caso um Ford Fiesta 1.6 HB)para rodar e abusar e um "weekend cruiser", complemento para sempre sorrir e lembrar de como é bom gostar de carro (no meu caso um Dodge Dart).
ResponderExcluirEsse texto do FG é épico e retrata exatamente a paixão pelos clássicos que fizeram história e nos dão um enorme prazer toda vez que sentamos à frente de seus volantes e damos partida em seus motores...
Obviamente um carro moderno não dá margem à comparação prática e automática da coisa, carro antigo é sentimento, mexe com o emocional de muita gente...
Sai muito mais barato do que um bom terapeuta, rsrsrs !!!
Engraçado!!! É coincidência demais!!! Estava ontem na Anchieta e um lixo humano passou fazendo absurdos, nitidamente o imbecil que estava guiando aquele carro não sabia o que estava fazendo e também não tinha idéia do risco que estava expondo as pessoas... Pergunta! Qual carro o anencéfalo estava guiando???
ResponderExcluirCaraaaalhoooo! É muita coincidência!!!
...Mini Cooper S.
Sem mais.
Ahhh... Desculpem-me, fugi do foco... Meus sinceros Parabéns a todos que escrevem e também aos que aqui frequentam, por que não? Logicamente, estendo estes Parabéns aos frequentadores que estão sempre agregando aos posts com comentários pertinentes e inteligentes.
Abração, pessoal!!!
Ahhh... o novo layout ficou muito jóia!!!
Fábio
Como algumas pessoas gostam de pintar tudo em preto ou em branco...se discordam com algo, já partem com palavras virulentas com o claro propósito de bagunçar o coreto.
ResponderExcluirTimes, amores, gostos, tipos de carros, são preferências pessoais intransferíveis que não deveriam ser julgadas - pois quem julga, necessariamente se acha superior ao outro - mas sim passíveis de simples concordância ou não, simples assim...
Definir Ágile e Corolla de carros sem alma, Mini Copper como um dos expoentes de diversão ao volante é algo tão raso como tentar enquadrar crenças religiosas, ignorar que tudo é relativo também é sinal de horizontes limitados.
Carros novos, antigos, práticos, comerciais ou sanguíneos...são máquinas que amamos em sua filosofia básica, gostamos mais de uns do que outros, mas é radicalismo brigar porque não se encaixam com o nosso ideal.
Brilhante o texto do Flávio, mesmo para quem não é tão afeito aos carros antigos.
Com cavalos acontece o mesmo. Tem gente que cria uma raça e diz que ela é a ideal, a melhor do mundo, etc.
ResponderExcluirBesteira. Cada raça tem uma característica, cada raça se presta mais para uma função. Assim como o Puro Sangue Inglês é o melhor para corridas de mil a dois mil metros, o Árabe é melhor para as de endurance, o Quarto de Milha para as de arrancada, daí o nome.
O que importa, no fundo, para o verdadeiro amante de cavalos, é amar o cavalo, tanto fazendo a raça. Pode gostar mais de uma raça que de outra, mas não pode repudiar nenhuma.
Portanto, bullshit para os que odeiam este ou aquele carro. Tá valendo tudo. Cada carro na sua função. Quem não gosta de carro que ande de buzum.
Quanto ao Mr Carburador, ou sei lá o nome, invente outro pseudônimo e volte mais educado, que será bem vindo.
Parabéns pelo texto Flávio.
ResponderExcluirQuem tem paixão por carros vai entender perfeitamente o que o Flávio escreveu, mesmo tendo carro "moderno", aliás não conheço quem tem um carro antigo, e que não possua um carro novo também.
Carro antigo é um prazer, carro velho é outra coisa!!!!
Abç
Estou treinando para escrever exatamente como o FG... Polêmicas antes, qualidade depois.
ResponderExcluirPelo visto fiz sucesso, meus parágrafos renderam quase tantos comentários quanto os dele!
Rodrigo Ciossani...
ResponderExcluirSobre baratinhas carburadas, olha esse video de SPA: http://www.youtube.com/watch?v=oJ84Fa-AqXY
Se não quiser copiar o link, procure pelo nome: "Spa Six Hours 2009 Qualifying in traffic."
A volta inteira é fantástica, mas o que ele faz na sequência Stavelot/Paul Frere/Blanchimont é épico.
"Não há nada como um automóvel que faça alguém sorrir."
ResponderExcluirEssa frase resume bem o que eu sinto cadavez que entro no meu antigo Chevette SL 79...
Não tem ABS, nem ar, nem direção hidráulica, nem ao menos é potente, mas não tem como não sorrir ao andar pelas ruas com o simpático carrinho e observar o senhores apontando sorrindo para ele, e as crianças olhando com curiosidade, afinal um carrinho desses em boas condições hoje é coisa rara!
Muito bom o texto, mas algo está me incomodando nele... afinal, qual o seu carro?
ResponderExcluirNão sei se mencionou em algum canto e eu não reparei, mas eu confesso que te imagino num VW 1600 4pt - você mencionou "carro do vovô", e por mais que meu pai tenha sido o primeiro na família com carro, não imagino outro carro mais geriátrico do que esse :-)
Eu pessoalmente morro de vontade de ter um Passat 75 (aquele com dois faróis) 1.8, branco com listras pretas (podem rir) e motor preparado de acordo. Quase comprei um ano retrasado, mas o juízo da minha ex mulher falou mais alto. Pelo menos para alguma coisa ela servia, hehehe...
Agora discordo um pouco do valor dos carburadores e afins em detrimento da eletrônica embarcada. É tudo uma questão de conhecimento e prática. A forma "tradicional" está aí tem mais de 60 anos (em nosso mercado), enquanto a era da eletrônica começou "ontem", na década de 90. Imaginem nossos netos falando "poxa, hoje em dia os carros são ótimos, consigo acertar o ponto da injeção com meu celular!" Como alguém que entende tanto de eletrônica embarcada quanto de mecânica tradicional (ou seja, nada), acho que posso ver a questão com uma perspectiva diferente :-)
Não adianta, sempre vai dar polêmica. Por isso se chama "paixão" por automóveis, paixão não se explica.
ResponderExcluirExtraordinário o texto, parabéns ao Flavio Gomes, parabéns ao AUTOentusiastas.
Abraço geral!
Rafael, finalmente alguém achou um bom motivo para eu trocar de celular, hehehehe!
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ResponderExcluirOtimo texto. Exemplifica tudo o que todo entusiasta por automóvel sente quando vê, anda, mexe e adora um antigo.
ResponderExcluirEu entrarei novamente nessa brincadeira, não com um carro, mas com uma famosa Vespinha que ganhei de um amigo. Não vejo a hora de pegá-la e passar horas mexendo e curtindo a motoca.
Parabéns ao Flávio Gomes pelo excelente texto e como disseram vários colegas, paixão é paixão!
ResponderExcluirNão dá para explicar e muito menos outros quererem julgar.
AB
Carros modernos são melhores.
ResponderExcluirNa alemanha certamente.
Mas pra nós aqui no ''brazil'' ta dificil , pede pra alguem ai seu vizinho mandar fazer uma carro bom aqui por favor...
ou mande uns de seus carros maravilhosos pra ca pras industrias fazerem direito seguindo o exemplo alemão ... pq os alemães dai são bem melhores que os nossos.
antes que me ataque meu carro é injetado ... analógico .. mais injetado.. e eu fico feliz com isso todo dia de manhã
ResponderExcluirPara um post de aniversário foi bem decepcionante...
ResponderExcluirBob Sharp, eu gostaria de entender melhor o critério que vc utilizou para excluir meu post. Digo isso pois definitivamente não fui fui ofensivo a ninguem, apenas mencionei que não gostei do texto do Flávio e deixei bem claro os motivos no meu post (sem com isso ofender o Flávio).
ResponderExcluirPor ser convidado do AE, os comentários negativos ao texto do Flávio serão apagados?
Confesso que fiquei muito triste com essa situação, pois diferente do "Carburador" aí que escreveu um monte de abobrinhas pra justificar sua revolta, eu fui polido, educado e jamais ofensivo.
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ResponderExcluirValdeson,
ResponderExcluirSuponha que está numa festa e nela está uma pessoa que você sabe ser convidado especial do anfitrião. Você não vai hostilizá-lo ou dizer-lhe palavras rudes, que não gosta dele, vai? Tenho certeza de que o Flavio faria o mesmo se eu escrevesse algo no blog dele e alguém não gostasse do texto ou de mim.
Entendo sua linha de raciocínio Bob. O blog tem dono, NÃO é uma democracia, mas precisa ser imparcial nos critérios utilizados quanto a postagem de comentários. Sou moderador de alguns grandes fóruns de carros no Brasil e por lá eu não posso deletar o post de alguém que escreve algo que eu não gostei ou não concordei. Posso contra-argumentar em cima, mas apagar não. Isso tira a credibilidade do site/blog/fórum. Se o espaço destinado a comentários só pode ser utilizado para elogios, é mais fácil nem ter tal espaço e pressupor que todos que postariam alguma coisa o fariam de forma elogiosa. Do jeito que está, esse espaço dá a impressão de só existir para inflar o ego de quem escreve os textos do blog.
ResponderExcluirVadelson,
ResponderExcluirPosso te garantir que esse não é o caso. Eu e o Bob sempre discutimos quando achamos que devemos apagar um comentário.
No caso do seu, deselegante, acabou entrando junto com outro comentário realmente ofensivo que decidimos apagar antes que a coisa saísse do controle e o ambiente ficasse ruim.
Nós adoramos contrapontos embasados e comentários. Isso é uma das bases do AE. Tanto é que não colocamos NENHUM filtro ou dificuldade para se fazer comentários. Mesmo com os anônimos, que muitas vezes só aparecem para bagunçar ou querer aparecer gerando polêmica, e não para contribuir com algo construtivo.
Mas felizmente, na grande maioria dos posts tudo é de muito alto nível.
Eu e o Bob, na medida do possível, tentamos apenas manter o ambiente leve e descontraído, sem hostilidades.
E posso acrescentar que isso faz muita diferença, pois outros blogs e sites grandes já nos perguntaram como conseguimos manter o alto nível sem restrições ou moderação de comentários.
É mais ou menos como o Metro de São Paulo. Tá sempre limpo. E por que? Por que está sempre limpo e quando está limpo as pessoas pensam duas vezes antes de sujá-lo.
Dá trabalho, mas resultado sem trabalho não é possível.
Abraço,
Paulo Keller
Aliááááás!
ResponderExcluirMeus Parabéééns ao pessoal do AE!
A moderação realmente é INVEJÁVEL!!!
Aqui, quando o tempo esquenta tem que ter "muita munição"... falando nisso cadê o Zullino? hehehe
Abraços
Ótimo e apaixonado texto. Fiquei matutando sobre quais carros ele falava...
ResponderExcluirOs modernos podem ser mais práticos para serem usados no dia-a-dia, apesar dalguns antigos não ficarem para trás nesse aspecto, mas, todos deveriam exprimentar a sensação de guiar um carro mais antigo de vez em quando. O comportamento dos carros modernos, mesmo nos modelos de entrada, é muito mais previsível que num antigo, fazendo o guiar destes um exercício que exige mais atenção e habilidade. Ainda bem que tenho dois "buras" para desestressar da semana com carros certinhos...
Rafael Ruivo,
Vão querer rir de mim também, sou louco por um GTS Pointer, de preferência preto ônix, carro de cara mau. Um Fusca conversível transformado pela Sulam também me perturba de vez em quando...
Paulo Keller (e Bob Sharp), eu entendi absolutamente tudo do que vcs disseram, apenas não ví critério para a deleção de posts. Meu post definitivamente não foi deselegante, nem ofensivo, nem nada. O "erro" dele foi eu ter dito que o texto do Flávio era ruim, que eu não gostei do texto. É justamente por gostar tanto do AE que fiquei chateado por ter um comentário meu apagado. Até agora, a única sensação que eu tive foi a de que apenas comentários favoráveis ao autor e/ou matéria do blog é que podem ser publicados. Mesmo usando palavras absolutamente sutis para dizer que não gostei do texto, ele foi apagado. Se eu fosse algum baderneiro, simplesmente nem teria me dado ao trabalho de questionar os motivos que levaram à exclusão do meu comentário, mto menos colocaria meu nome na assinatura. Faria igual o tal "carburador", escreveria um monte de abobrinhas sob um pseudônimo qualquer, esse sim com a finalidade de tumultuar as coisas.
ResponderExcluirNo mais, é isso. O intuito dessas mensagens subsequentes a inicial foi atingido, apesar de não ter me agradado. Me resta torcer para que no futuro haja mais coerência (favor não confundir com democracia, isso sim não deve haver mesmo aqui no AE).
Tá vendo, ninguém gosta de carburador!
ResponderExcluirComentário tardio, mas acredito que válido.
ResponderExcluirEste texto demonstra a paixão por carros antigos, mas alavanca este sentimento em cima de carros modernos. Não há a necessidade de demonstrar sua paixão e, ao mesmo tempo, diminuir a paixão de outra pessoa por carros, comente pelo fato de serem modernos.
Meus carros são cheios de eletrônica, isto é fato. Eles não tem 40 anos, mas ele tem sim uma história. Eu consigo enxergar como os avanços da engenharia são maravilhosos, como engenheiros suaram durante noites para desenvolver estes mecanismos.
Nunca mexi em nenhum carburador, mas minha paixão me motivou a estudar em uma das melhores faculdades de engenharia do Brasil e, hoje, também conserto meus carros, mesmo cheios de eletrônica.
Logicamente, não faço tudo. Eu amo meus pais, mas não vou operar o coração deles. Prefiro levar pra alguém que faça o melhor, dinheiro não é nada perto da saúde deles.
Pelo texto, dá pra perceber a sua paixão por carros. Antigos, somente. Será que uma pessoa apaixonada de verdade por carros não aprecia tanto carros clássicos como também os modernos?