Esse caso é típico de se descrever com a frase "tinha que ser coisa de americano". Outro dia comentei sobre um barco de corrida com motor Miller, e lembrei de outra forma de esporte náutico que também merece umas linhas.
As corridas náuticas possuem diversas subdivisões, classificadas principalmente pelo tipo de casco e motorização. A mais interessante e diferente é a classe dos hidroplanos, que são barcos com cascos planos e que não ficam submersos na água, mas sim "planando" sobre ela.
Explico: quanto mais o casco estiver submerso, maior é a resistência ao movimento e com a velocidade, a resistência da água no fundo do casco faz com que o barco fique sempre na superfície, apenas tocando levemente a água, apoiado basicamente em três pontos, uma pequena parte dos dois flutuadores dianteiros e o hélice central traseiro. Com isso, a resistência por atrito é muito reduzida e as velocidades podem ser mais elevadas.
Dentro da categoria dos hidroplanos, que existem desde os ano 50, a motorização é a principal divisão das categorias. Antigamente era usados motores aeronáuticos a pistão, como os Merlin e os Allison V-12. A partir dos anos 80, adotou-se na categoria top, conhecida como Unlimited Class (Classe Ilimitada), as turbinas com árvore de propulsão, utilizadas em helicópteros. A mais empregada por muitos anos foi a Lycoming T55, que era usada originalmente no helicóptero de transporte militar Chinook, da Boeing.
A turbina é montada no centro do barco, atrás da cabine blindada e fechada com um canopy igual ao utilizados em aviões de caça, e a árvore é ligada em um único hélice central, que trabalha semi-submerso, ou seja, apenas metade dele fica na água.
As corridas são feitas em grandes lagos, com retas longas e sempre em traçados circulares, como nas pistas ovais. Com uma turbina de 5.000 cv, os hidroplanos chegam a mais de 300 km/h no fim das retas. E não pensem que as corridas são chatas e sem graça, pois as disputas são acirradas e até toques entre os barcos acontecem nas curvas.
Para manter os barcos na superfície, grandes aerofólios são usados, e curiosamente em alguns barcos os dianteiros são móveis, comandados pelo piloto para manter o bico do barco o mais estável possível, ou seja, nem muito alto pois o barco pode decolar, e nem muito baixo, pois o arrasto com a água retiraria muita velocidade.
Hoje em dia é muito difícil ver na TV uma corrida, pelo menos nos canais que tenho acesso, não vejo há alguns anos, mas se acharem, vale a pena assistir.
As corridas náuticas possuem diversas subdivisões, classificadas principalmente pelo tipo de casco e motorização. A mais interessante e diferente é a classe dos hidroplanos, que são barcos com cascos planos e que não ficam submersos na água, mas sim "planando" sobre ela.
Explico: quanto mais o casco estiver submerso, maior é a resistência ao movimento e com a velocidade, a resistência da água no fundo do casco faz com que o barco fique sempre na superfície, apenas tocando levemente a água, apoiado basicamente em três pontos, uma pequena parte dos dois flutuadores dianteiros e o hélice central traseiro. Com isso, a resistência por atrito é muito reduzida e as velocidades podem ser mais elevadas.
Dentro da categoria dos hidroplanos, que existem desde os ano 50, a motorização é a principal divisão das categorias. Antigamente era usados motores aeronáuticos a pistão, como os Merlin e os Allison V-12. A partir dos anos 80, adotou-se na categoria top, conhecida como Unlimited Class (Classe Ilimitada), as turbinas com árvore de propulsão, utilizadas em helicópteros. A mais empregada por muitos anos foi a Lycoming T55, que era usada originalmente no helicóptero de transporte militar Chinook, da Boeing.
A turbina é montada no centro do barco, atrás da cabine blindada e fechada com um canopy igual ao utilizados em aviões de caça, e a árvore é ligada em um único hélice central, que trabalha semi-submerso, ou seja, apenas metade dele fica na água.
As corridas são feitas em grandes lagos, com retas longas e sempre em traçados circulares, como nas pistas ovais. Com uma turbina de 5.000 cv, os hidroplanos chegam a mais de 300 km/h no fim das retas. E não pensem que as corridas são chatas e sem graça, pois as disputas são acirradas e até toques entre os barcos acontecem nas curvas.
Para manter os barcos na superfície, grandes aerofólios são usados, e curiosamente em alguns barcos os dianteiros são móveis, comandados pelo piloto para manter o bico do barco o mais estável possível, ou seja, nem muito alto pois o barco pode decolar, e nem muito baixo, pois o arrasto com a água retiraria muita velocidade.
Hoje em dia é muito difícil ver na TV uma corrida, pelo menos nos canais que tenho acesso, não vejo há alguns anos, mas se acharem, vale a pena assistir.
Saiba mais: American Boat Racing Association
5000cv! Espetacular. Não tinha idéia dessa potência.
ResponderExcluirgosto dessas corridas de lanchas ! acho demais a velocidade que essas maquinas alcançam na agua....
ResponderExcluirabraço
Gennaro
Realmente impressionante! Muita potência, um exagero que vulgariza a maioria dos mais poderosos dragster's. Haja coragem para pilotar essas máquinas malucas!!!!
ResponderExcluirRealmente essas corridas são um espetaculo à parte, vira e mexi um barco decola, mas a proteção do piloto tambem é coisa muito seria..
ResponderExcluirMeninos, o Titio, que foi grande jornalsita náutico, andou em um coisa mais perigosa: um catamarã aberto no qual Howard Arneson bateu o recorde de viagem comercial no Mississipi.
ResponderExcluirele arranjou um pacote tago para levar de St. Louis a New Orleans, e montou uma turbina dessas no barco...elas não valem nada porque não podem mais voar, mesmo funcionando perfeitamente.
e o velho desatinado acelerou a cadeira eletrica de 36 pés pela baía de San Francisco como se não houvesse amanhã. devo confesar que alguns dos meus músculos retrovisores ficaram dias travados...a traquitana infernal foi a 125 nós (X1,8...) e aí o doido virou o timão e fez uam curva de 90 graus, longa, é´verdade, que me lançou contra o costado. pensei, que jeito glorioso de morrer...ao menos 3G laterais.
o tarado obsoleto puxava isso com um veiculo digno de um OGRO: uma Suburban 454 1975 mit KOMPRESSOR ( rated 700 hp). Pé no fundo em primeira e a draga levantava a frente do piso com as quatro toneladas de barco atrás dela, no trailer...
esse cara foi o inventor do ARNESON drive e do pool sweeper, que deu milhões de dolares. Pesquisem, vai ser engraçado...
M