Em 1994, a Stock Car, então monomarca Chevrolet de fato e de direito - hoje é uma multimonomarca ou, se quiserem, uma monomultimarca - passou a utilizar o Omega no lugar do Opala. O motor já era o seis-cilindros nacional, o velho conhecido de 4,1 litros, que ocupara o lugar do Opel 3-litros para o ano-modelo 1995. Contudo, havia duas diferenças básicas. Uma, o combustível era etanol, inexistente para a versão de série. Outra, no lugar da injeção Bosch Motronic de série, a formação de mistura era por 1 carburador duplo.
Presenciei uma dessas provas (estava na revista Autoesporte na época) e fiquei pasmo ao ver uma categoria monomarca com a chancela da então maior fabricante do mundo apresentar um carro com aquele motor cujo funcionamento era a própria anti-tecnologia: uma baixa horrorosa, galopante, um bafo de álcool inadmissível.
Cheguei para o presidente de GM brasileira, Mark Hogan, e lhe disse que aquilo era inadmissível, vexaminoso até, um fabricante de automóveis, de alta tecnologia, fazer-se representar nas competições por um carro de corrida com carburador quando a série já trazia injeção, a excelente Bosch Motronic.Ele não tinha se tocado disso - mas também nada fez a respeito...
Assim, o carburador reinaria mais 15 anos, chegando aos dias atuais nos motores V-8 dos carros da Copa Nextel de Stock Car.
Mas eis que a Bosch noticiou ontem que a partir da temporada de 2010 os motores V-8 serão dotados de injeção eletrônica desenvolvida pela Bosch Motorsport, da Alemanha, juntamente com a adoção de etanol como combustível, num casamento perfeito.
Antes tarde do que nunca. Aleluia!
Antes tarde do que nunca. Aleluia!
antes BEM tarde doque nunca...
ResponderExcluirsinceramente nao vejo graça nenhuma na stock... categoria que nao traz nada de pesquisa e desenvolvimento automobilistico
preferiria muito mais poder ver o campeonato brasileiro de rally doque a porcaria da stock...
LucaS
ResponderExcluirNem eu vejo. Um bom campeonato brasileiro de carros de turismo, mais um brasileiro de rali forte, seria a receita correta.
É bem sem graça, mas enquanto o Bueninho estiver na frente, tá tudo 10...
ResponderExcluirComo que um país que possui uma das maiores concentrações de fabricantes de automóveis do mundo não possui uma genuína categoria de turismo, a exemplo da TC2000 argentina?
Stock car não agrega NADA ao nosso mercado de desenvolvimento. Vem tudo de fora e nada possui aplicação prática no dia a dia.
E pagar à Bosch motorsport pra fazer uma i.e. é outra bobagem. Se for pra andar sem poder fazer regulagens no mapa da injeção, então que deixassem os quadrijets.
Eu nem desconfiava que a stock V8ainda utilizava carburadores; bem estranho que o tal do Dr.Stock nunca comentou ou explicou a respeito certo?
ResponderExcluirRally sim seria muito interessante acompanhar, depois de você acompanhar ao vivo o vôo de um Evolution ao seu lado, observar a caverna escura - de tantos dispositivos - que é a cabine de um Subaru campeão mundial, ou observar a tocada delicada de um tração dianteira na terra, você simplesmente não aceita mais corridas "trenzinho" como a Stock em Londrina por exemplo.
É uma pena a Stock não ter optado pela Fueltech. Nos testes que fizeram, era a mais barata para as equipes, além de ser a mais facil de acertar. Foi a que veio mais potencia no motor com o menor tempo de acerto. Mas o dinheiro fala mais alto né, a bosch entrou com os culhões e levou.
ResponderExcluiro titulo do post ja diz tudo! ja estava na hora mesmo!!!!!!!
ResponderExcluirNão eram só os omegas que eram carburados. Havia tembém uma categoria de monopostos (fórmula chevrolet?) com o 2.0 16 v do vectra GSI em que eles arrancaram a injeção e meteram os "buras" lá. Não só a Fuelltech mas também a Pandoo são fantásticas. Andei num Astra turbo com fueltech e era impressionante o acerto do carro. Rodava de quinta a 800 rpm sem engasgos e bastava pisar para daí a pouco colar o ponteiro.
ResponderExcluirAbraço
Lucas
Acho inaceitável uma injeção " gringa" no Stock se temos no mercado nacional produtos de nível mundial como a Fueltech.
ResponderExcluirNovidade nenhuma, o Stock não existe sem importação.
E MUIIIIIIIIIIIIto melhor uma Fueltech liberada a uma Bosch " sorteada" .
Mas
Pizzonia disse tudo.
Automobilismo aqui... bom, deixa pra lá que o assunto do Bob é a união perfeita de álcool mais injeção.
Espero que a Fiat sim, venha com os T-Jet 215 cv no Línea e passe o que conseguir para a Rua, inclusive um motor turbo flexível em combustível e ...potência
Bob, e a menor potencia do stocklight, que corre o Otário Mesquita, é devido a um menor venturi do carburador ?
ResponderExcluirPois me foi dito que o motor era o mesmo da Stock "normal", mas andava menos por uma restrição na borboleta. Procede ?
Bonito mesmo era quando a bolha da stock era o vectra B e stocklight era o omega nacional.
Legal seria se fosse um campeonato aberto, multimarcas mesmo, limitando só tamanho de motor maximo e sem turbo. Ai sim ia ser louco e competitivo.
Pra mim o ideal seria ter carros de verdade, como Civic, Vastra, Focus, C4, Golf, etc. Aí sim daria gosto de assistir.
ResponderExcluirIhhhhh estamos falando de um assunto polêmico....
ResponderExcluirE vou dizer o que eu acho, doa a quem doer. Pra mim realmente não temos carros dignos pra fazer uma bela corrida. Não sou fã de motor 2 litros, definitivamente não, mas ainda assim seria melhor do que os stocks de hoje em dia.
Já quanto a injeção, de verdade não vejo o porque querer tanto, afinal Nascar usou e talvez ainda use carburador. Inclusive nas provas de arrancadas ainda não saiu melhor tempo nos 6 cilindros usando injeção.
Tem mais, já que é pra usar injeção que use uma MegaSquirt da vida, que você mesmo monta e programa, dai sim sairia desenvolvimento, pois ela é free e os usuários que a aprimoram. Não a fueltech que de "tech" não tem nada, é super simples, pra não dizer meia boca.... E claro não se desenvolve nada, só aperta botão de acertos muito básicos.
Enfim, acho que estamos ferrados mesmo.
Não é por nada não, mas o gerenciamento de um sistema Bosch é infinitamente melhor que qualquer injeção Fueltech ou Pandoo.
ResponderExcluirBasta comparar a capacidade de controle de canais e processamento, a mais simples das Bosch vai ser pelo menos 4 vezes mais rápida. O único problema é o acesso aos mapas.
As injeções nacionais oferecem facilidade na calibração, mas ainda não chegaram ao nível de eficiência de uma gringa. Ainda vão ter que comer muito feijão.
FB
Pior é que vai haver gente que ainda vai achar o carburador um "charme" e lamentar sua saída...
ResponderExcluirPassou agora a pouco uma reportagem no canal Sportv2 mostrando os novos motores da stock jaca com IE. Pra mim pareceu apenas ser um LS7 de Corvette Z06 montado e exposto em uma bancada. A IE deste motor (por "coincidência", bosch) já possui calibração pra rodar com cachaça pura (nada de E85). O próprio Emerson Fittipaldi guiou um Z06 carro-madrinha das 500 milhas de Indianápolis a alguns anos atrás com esse motor, para fazer propaganda da caninha para o mundo.
ResponderExcluirPra mim, vão importar vários motores LS7 prontos para rodar com etanol, a mesma quantidade de kit nitro de 100 cv para esse motor, apertar um monte de parafusos e deixar o pau quebrar. Só que, pra florear tudo, a gRobo vai inventar um monte de firula.
Quanto às injeções totalmente mapeáveis e importadas, o FB disse tudo. Se for comparar uma MBE que se compra em prateleira na Inglaterra (e vem montada em carros como caterham CSR 260) com uma Fueltech, a nacional (infelizmente) não faz quase nada.
Essa é uma categoria que nem vale a pena perder tempo assistindo...
ResponderExcluirSeria muito mais interessante (até mais que a F1 atual) se fosse uma multimarca de verdade, com ampla preparação de modelos de rua e equipes de fábrica ou não.
O que me deixa mais chateado é quando o fabricante usa a vitória da “bolha” com sua marca como propaganda para vender o carro de rua a qual a bolha faz alusão.
Pior bde tudo é escutar o pessoal da Globo dizer que esse ano a marca tal está com mais garra, com mais acerto no motor...
ResponderExcluirPior também é ver nos outdoors as montadoras dizerem que foram campeãs no ano tal por causa de sua tecnologia...
É o cúmulo...
Tallwang
A todos:
ResponderExcluirO objetivo de usar uma injeção Bosch na stock é simples: é justamente não dar acessibilidade a ninguém modificar a programação/mapeamento, só isso. Portanto, qualquer injeção aberta ou programável está fora.
Stock não usa motor LS7 e nem usará, pois o LS7 é muito caro pra isso e, original puramente aspirado, rende 505HP, ou seja, muito acima dos 400HP da stock.
Apesar de achar uma competição no mínimo, esquisita, pelo fato de ser "multi-bolha-mono-marca", achei interessante eles não terem adotado nenhuma injeção "barata".
ResponderExcluirMais ou menos no mesmo período que o André Dantas desenvolveu uma injeção eletrônica para o aftermarket, eu fui convidado para participar com outros dois amigos para fazer um projeto de injeção também. Aprendi alguma coisa sobre, vamos dizer.
Hoje em dia, por falta de tempo, utilizo uma MegaSquirt na minha Belina. Cheia de recursos perto de qualquer solução nacional por um preço de banana, mas também mesmo assim um tanto aquém do que uma competição mais séria exige.
E, infelizmente, concordo com o Bitu. Nossas soluções nacionais ainda precisarão comer muuuuito arroz com feijão, para chegar em qualquer coisa como uma Emerald, Halltech, AEM... Que dirá então nas soluções Bosch, Marelli, etc vendidas nas prateleiras de lojas européias.
Sr André Dantas diz algo que concordo em gênero, número e grau: "As injeções nacionais estão mais para batedores de bicos, do que para sistemas de gerenciamento de motores."
Bussoranga, acredito que não é só evitar modificações. Fueltech, por exemplo, pode ser bloqueda e não liberar acesso a nada sem que se use uma senha.
ResponderExcluirPode ter certeza que foi escolhida a Bosch por motivos financeiros e MKT.
Ah, pelo amor de Deus viu...
ResponderExcluirConcordo que a Fueltech não é lá grandes coisas. Na verdade não passa de uma Megasquirt com painel de ajuste.
Mas agora dizer que a i.e. Bosch é tudo isso, qualé.. O Hardware pode ser montado da mesma forma. É tudo chip da motorola ou algo que o valha.
O grande segredo está no software de gerenciamento.
E como vamos desenvolver bons programadores se preferimos comprar pronto????
Deviam era liberar o uso de qqr injeção nacional, com acerto livre.
Ai sim exercitaríamos nossos cérebros e teríamos algum incentivo pra estudar e desenvolver tecnologia prórpia.
É simplesmente RIDÍCULO um stock car com motor que nunca veremos em nossos carros de rua...
E ainda temos a cara de pau de falar mal de argentino...
Eu também não acompanho a Stock Car. Portanto pra mim, com carburador ou I.E tanto faz.
ResponderExcluirSó acompanho pq meu primo corre nessa merda, comparar a estoque com um DTM da década de 90 é piada,mesmo o DTM caiu tb, só MB e Audi, qdo eram embolados MB,Audi,Opel,Peugeot (STW),Nissan,era muito mais competitivo, o carro que ganhava domingo vendia mais 10% na segunda feira, esses escrotos só querem grana, ninguém desenvolve mais nada em técnica de preparação, só macete aqui e ali em acerto bobo, kd os desenvolvimentos em motores para se aplicar aqui fora?E os otários achando que o Peugeot dele ganhou a corrida? Com motor V8 americano com vareta e balancim???Com chassi feito em fundo de quintal??Com placa restritora embaixo do carburador,senão a cavalaria iria arrncar o motor do chassi???Vejam um campeonato ingles de turismo (BTCC), é um na raba do outro,pauleira o tempo todo,nós que gostamos da coisa tamos é fu e mal pago, junta-se com os tratores que vão passar por cima de Jacarépaguá e pronto, veja se passam por cima do Maracanã,pera aí que eu vou vomitar no teclado de tão revoltado,o Brasil no automobilismo atualmente é o ãnus do mundo.......
ResponderExcluirMaluhy,
ResponderExcluirNo último domingo compareci em um evento no autódromo de Jacarepaguá, inclusive dei umas voltinhas (na maciota) na pista, que encarei como uma despedida...
O sentimento por lá era de pura revolta e indignação. Na verdade, o autódromo, no estado em que se encontra, é um moribundo à espera do golpe de misericórdia.
Uma pena.., Seria muito legal se o local fosse todo revitalizado.
O automobilismo nacional sofre mais um golpe...
Abraço.
http://www.bosch-motorsport.de/content/language2/html/index.htm
ResponderExcluirBosch Motorsport - Startpage Bosch Motorsport
E assim, com 2010 chegando com etanol digo: Orestes Berta para presidente. Pode não ser a melhor do mundo, mas é uma referencia mundial. E aqui do lado. Pergunta: tem algum brasileiro trabalhando na berta?
ResponderExcluirA discussão sobre valer a pena assistir a stock é diferente de montar um bolido da stock. Na minha opinião vale a pena assistir, ao vivo, sem o luis roberto narrando e o reginaldo leme com o mic desligado quase toda transmissão...
Dantas, 15/11 vai ter track day, vai ser o ultimo suspiro do moribundo,carai,isso é revoltante!!!!!!!!!!
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