google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 "CONVERSA DE PISTA", COM WAGNER GONZALEZ - AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

"CONVERSA DE PISTA", COM WAGNER GONZALEZ

Reino Unido usa baixas emissões para aquecer economia


Um exemplo do que a seriedade de propósitos pode fazer pelo bem do esporte e do futuro do planeta vem do Reino Unido, onde duas iniciativas são promovidas para difundir a pesquisa e desenvolvimento de sistemas de baixa emissão. Em um contexto mais amplo, o condado de Blaenau Gwent, no País de Gales, aprovou a construção de um complexo (veja arte abaixo) voltado a explorar o esporte com foco em projetos de baixa emissão de carbono. Valor do investimento: £ 280 milhões (R$ 950 milhões); mais barato que a maioria dos novos estádios construídos para a Copa 2014. Esta proposta vai gerar três mil empregos durante sua construção e de quatro mil a seis mil quando entrar em funcionamento.

(foto e arte Wales Circuit)
Na outra ponta, a Williams Advanced Engineering (divisão de tecnologia da equipe de F-1), foi incluída num fundo de financiamento do governo para desenvolver um sistema de armazenamento e pesquisa de energia baseado no modelo usado em Grandes Prêmios. Desenvolvido na F-1, o sistema de armazenamento de energia da Williams foca no mercado de transporte público, tais como metrô, monotrilho e bonde, esta uma opção ainda muito usada na Europa, e modelos semelhantes aos paulistanos VUC, os Veículos Urbanos de Carga. O Fundo para Empreendedores de Energia vai investir o total de governo £ 35 milhões em duas fases, sendo £ 16 milhões na primeira fase, valores que serão distribuídos entre a empresa ligada à equipe de F-1 e outras companhias. Segundo Mike O'Driscoll, presidente executivo da Williams para a área de Engenharia Avançada, o objetivo do projeto inclui aproveitar o equipamento desenvolvido na pistas em redes elétricas públicas.

Argentina: GP Histórico

Antigos carros de corrida voltam à ação (foto: autor)

Uma das provas mais consagradas da Argentina, o Grande Prêmio Histórico chega este ano à 11ª edição em sua fase moderna. Aberto a modelos de veículos que participaram de competições argentinos entre 1957 e 1967 a competição reunirá este ano 325 carros entre carreteras originais e réplicas a modelos de rua tão inusitados quanto o minicarro NSU, como motor bicilíndrico de 600 cm³. O trajeto a ser percorrido entre 27 de setembro – quando será dada a largada promocional em frente ao Automóvil Club Argentino (ACA), em Buenos Aires – e 4 de outubro, passa por Tigres, Santa Fé, Termas de Rio Hondo, Salta Catamarca, San Juan e Merlo, final do evento.
 
O percurso do XI Gran Premio Argentino Histórico (pôster: ACA)
Enquanto os carros são divididos de acordo com suas características e histórico, a vitória na classificação geral é restrita aos que disputam a competição na categoria regularidade; que competem usando apenas o hodômetro são mais interessados na festa que acontece a cada cidade visitada e nos belos roteiros turísticos selecionados. Em 1967 o Brasil marcou presença com a inscrição de três Simca Emi-Sul 6M V-8 inscritos pela equipe oficial de fábrica, então chefiada por Chico Landi; nenhum carro conseguiu completar a prova em conseqüência de quebra dos virabrequins.

O Peugeot 404 que naveguei para o "Águia" (foto: ACA)
No ano passado este colunista participou da competição como convidado e navegando um Peugeot 404 Sport Grand Prix pilotado por Luiz Evandro "Águia" Campos, o que fez o Brasil retornar à lista de inscritos. Sem intenção de buscar a vitória, aproveitamos para conhecer cenários insólitos e, mais importante, vinhos pouco difundidos, como o Ampakama, produção da Casa Montes (www.casamontes.com.ar), que não têm nada a ver com os vinhos chilenos da vinícola Montes Alpha e são uma opção cada vez mais rara do equilíbrio entre baixo custo e alta qualidade e raramente encontrado no Brasil.
 
Vinho Ampakama (foto do autor)
Para competir é necessário conseguir um automóvel homologado pelo ACA, lista que pode ser obtida no site http://www.aca.org.ar/menu/institucional/frame.htm, onde será possível também acompanhar a preparação e o desenrolar do evento. Na próxima sexta-feira (19/7) haverá uma reunião na sede do clube (Av. del Libertador, 1.850) onde participantes experientes darão dicas aos mais jovens e aos estreantes, categorias que apesar dos 325 inscritos serão as menos numerosas. Pelo regulamento podem ser inscritos veículos similares aos que disputaram os Gran Premios Standard e de Turismo Mejorado realizados entre 1957 e 1967. Para se ter uma idéia do nível de competitividade, a diferença entre os vencedores e a dupla classificada em décimo lugar foi inferior a dois minutos: 60h13’27”42 contra 60h15’25”30. 

Troca de gatilhos aumenta a conta

Ainda no vácuo do acidente durante uma troca de pneus do carro de Mark Webber no recente GP da Alemanha, a Red Bull anunciou que vai alterar o projeto das parafusadeiras pneumáticas usadas na operação. Segundo a equipe, o acidente foi originado quando o mecânico responsável por soltar e apertar a porca da roda traseira direita acionou erradamente o comando que acionava o final do seu trabalho.


Sauber aceita rublos


Sergey Sirotkin (foto Renault Media)


Para garantir sua sobrevivência e ganhar fôlego para se recuperar de um projeto mal-nascido, a Sauber anunciou esta semana a assinatura de um acordo com um grupo de empresários e instituições russas: o Fundo de Investimentos de Cooperação Internacional, Fundo de Desenvolvimento Estratégico do Noroeste da Federação Russa e o Instituto Nacional de Tecnologia de Aviação. Não por acaso o piloto Sergey Sirotkin, filho do diretor desta última, foi escalado para participar dos testes deste final de semana em Silverstone. Atualmente disputando a temporada da F-Renault 3.5, Sirotkin deverá ocupar uma das vagas da equipe suíça na próxima temporada.

Além dele, a Sauber também terá à mão o alemão Nico Hulkenberg, o holandês Robin Frijns e o japonês Kimiya Sato. Outros nomes que deverão participar dos treinos para jovens pilotos no circuito de Northamptonshire são o dinamarquês Kevin Magnussen (filho de Jan Magnusssen, a promessa não vingada da equipe Stewart), e os britânicos Oliver Turvey e Gary Paffett, pela McLaren; a escocesa Susie Wolff (esposa do acionista dessa equipe e diretor da Mercedes), o espanhol Daniel Juncadella e o venezuelano Pastor Maldonado pela Williams; o francês Nicolas Prost (sim, o filho de Alain), o italiano Davide Valsecchi e o finlandês Kimi Räikkönen pela Lotus e, pela Red Bull, o português António Felix da Costa e o espanhol Carlos Sainz Júnior. Outras equipes ainda não anunciaram os pilotos que participarão do teste.


E se vai o fundador da AGS


Henri Julian (1927-2013) (foto AGS)

Exemplo de paixão e devoção, o francês Henri Julien faleceu dia 13 último, aos 86 anos, depois de uma vida em que levou mundo afora o nome de Gonfaron, vila situada no Departamento dos Alpes Marítimos, sul do país. Fez isso através dos carros construídos no que antes foi a Garage de la Avenir (Garagem do Futuro), e de onde saiu o JH-1, monoposto equipado com um motor Simca de 500 cm³ ainda nos anos 1950. Mais tarde, Julien aproveitou o vácuo da Fórmula France, um programa lançado pela Federação Francesa do Esporte Automobilístico (FFSA) na segunda metade dos anos 1960, e passou a construir monopostos para a F-Renault. 

Piloto de habilidade menor e construtor de mão cheia, ele progrediu e conseguiu levar a marca AGS (sigla de Automobiles Gonfaronaises Sportives) à F-1, onde o sucesso não lhe sorriu como esperado. Nem por isso ele abandonou a categoria: atualmente sua marca explora o turismo esportivo com pacotes que permitem pilotar um carro de Grande Prêmio nos circuitos do Var e Paul Ricard. Mais informações no endereço www.agsformule1.com. Para os brasileiros, a história de Henri Julien tem lembranças opostas: com seus carros Roberto "Pupo" Moreno conseguiu o sexto lugar no GP da Austrália de 1987, em Adelaide, e Philippe Streiff sofreu um acidente durante treinos pré-temporada, em março de 1989, no autódromo do Rio. O socorro médico prestado foi falho e Streiff acabou ficando paraplégico.
  
Agora lá em cima... 

E o Zampa está um pouco mais longe.
 
Marcus Zamponi (1950-2013) (foto Vinicius Nunes)




Primeiro deixou de aparecer nos autódromos, sinal de tempos de um automobilismo que já não merecia sua irreverência inteligente, ferina e, sobretudo, causadora de gargalhadas e de momentos que sempre acabavam bem.
 
Depois, foi para São José do Rio Preto, ainda mais distante de Interlagos, Tarumã, Jacarepaguá, todos esses lugares onde deixou marcas mais fortes que guardrails ralados e asfalto marcado por bandeiradas e bandeirolas.
 
Nesse tempo todo deixou o palco sem deixar de escrever, então a intervalos maiores, aquelas histórias malucas, sempre baseadas em um lado óbvio dos personagens que brindava mencionar e, seus textos.
 
Não vale a pena chorar sua partida mais recente, ontem. É muito mais Zampa pensar no que ele vai aprontar quando todos nós que convivemos com ele de um ou de outro jeito, reencontrá-lo um dia. 
 
Com certeza vai ser motivo de mais gargalhadas.
 
Até um dia, velho camarada.

WG
 
A coluna "Conversa de Pssta" é de total responsabilidade do seu autor e não reflete necessariamente a opinião do AUTOentusiastas. 
 

5 comentários :

  1. Que belos carros do GP,pilotos tenham cuidado!o importante é competir!(e trazer essas jóias inteiras rsrsrs...)e aos entusiastas que se foram, Henri e Marcus ,sinceras condolências.

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  2. Pois é, amigo Speedster... perdemos dois nomes importantes, um deles um grande amigo grande.

    Quanto aos carros do GP Histórico espere pelas próximas colunas pois vou postar fotos de raridades e "bellezas" que poucos conhecem nestas bandas.

    Abraços,

    Wagner

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    Respostas
    1. Wagner Gonzalez16/07/13 12:10 Obrigado Wagner,estarei na espera para conferir as fotos,abraço e até breve.

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  3. Nosso querido Zampa foi pro lugar mais alto do pódio,,estive presente na missa de 7o dia ocasiao em que lembramos alguns de seus textos espetaculares e polemicos ,vai fazer falta,,tenho boas lembranças da época em que ele trabalhava para a Revista AutoEsporte,.esse era o Zampa . um jornalista de 1a grandeza,,amigo de todos os pilotos e colegas da imprensa,..Nos deixou prematuramente,, uma pena,,

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  4. Águia
    Foi mesmo uma pena o Zampa nos deixar tão cedo. Escrevia sobre automobilismo com conhecimento misturado com humor como ninguém. Um grande figura.

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