google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Semana dura, essa que passou. Aperto financeiro, perdi a oportunidade de entrar num negócio memorável (compraria um Porsche 911, a preço de banana!), a namorada me largou, bateram no meu carro (não a Alfa, nem o Mini e sim aquele meio de transporte amorfo que uso no dia-a-dia) e, pra completar, um pneu furado.
Nessas horas, já disse aqui, não há nada melhor do que virar a mente transtornada para algum projetinho com o tempo livre. Comecei a montar minha velha Vespa, que estava esquecida desmontada e recém-pintada na oficina de um amigo.
Um dos grandes prazeres secretos dos homens é desmontar coisas. No dia do desmonte da Vespa, com a ajuda de algumas latas de cerveja, convenci três amigos a me ajudarem a tornar aquele adorável brinquedo em nada além de uma pilha de peças num armário e um conjunto de chapas estampadas. Hoje, preferi atacá-la sozinho, ouvindo música, para clarear a mente. Para limpar a mente, melhor dizer. Tirar da cabeça todas aquelas aflições mundanas e etéreas que nossa cabeça teima em nos propor.
Acordei cedo (cedo demais para um domingo, anyway), e fui para a garagem, sem nem tomar café. Separei logo as peças que sabia que usaria no começo da montagem e apoiei o monocoque da Vespa sobre o carrinho de ferramentas, para que o trabalho ficasse a uma altura confortável. Primeiro passo, repassar o chicote elétrico dela por dentro do casco fechado, levando os fios aos devidos lugares dos componentes que eles alimentarão. Nada simples, graças à moderna e complexa construção da nossa amiga artrópode. Terminada essa parte logo antes do almoço, decido passar pelo casco o conduíte do cabo do acelerador, mas não termino antes da fome chegar. Parada para o almoço e para cumprir meus deveres com a democracia.



Ao retornar do almoço, termino de passar o cabo do acelerador e passo para a instalação de todos os outros conduítes. Parece pouco, mas é uma trabalheira danada. Justo o que eu precisava, depois dessa semana.
Para a semana que começa, o objetivo é montar o guidão, outra trabalheira danada. Depois disso, it´s all downhill from there. Fica moleza terminar ela. E os domingos solitários pela frente pelo menos terão a companhia do inseto barulhento que sempre me fez rir.
Outro dia eu estava conversando com o Arnaldo Keller e falamos sobre um comparativo entre novo Challenger, novo Camaro e "novo" Mustang. Claro que fiquei imaginando como seria testar esses carros no limite. Mas como o Arnaldo é o "testador" oficial da dupla ocupei minha cabeça pensando em como seria o ensaio fotográfico desses carros. Fiquei matutando durante duas semanas até que resolvi brincar um pouco com as minhas niniaturas Jada Toys. O resultado da brincadeira está nas fotos abaixo.














PK

A ecologia e a consciência ambiental estão em alta ao redor do mundo. Os elevados preços dos combustíveis são uma preocupação mundial e a indústria automobilística deve fazer a parte dela, criando carros cada vez mais econômicos e menos poluidores.

Jogadas de marketing dos grandes fabricantes passam a idéia de que todos estão investindo na preservação das reservas de petróleo e na redução do consumo de combustível. Realmente, nos últimos anos o desenvolvimento na área de powertrain pode criar motores muito mais eficientes e menos poluidores, mas algo ainda não está certo com tal idéia de economia.

Cada vez mais, os carros estão ganhando potência, e não apenas os super-esportivos com seus enormes motores, mas os carros convencionais também. Não existe mágica: se a potência aumenta, é necessário mais combustível na câmara de combustão. That's the way it is.

Vejamos como exemplo disso os sedãs. A BMW oferece o modelo 335i, um Série 3 com motor seis cilindros biturbo de 300 cv, algo muito próximo do que era um M3 anos atrás. Também estarão com um Série 1 com mais de 250 cv. A Mercedes oferece o C 350 de 270 cv, a Chrysler vende o 300 C de 340 cv (para mim, a melhor relação custo-diversão-benefício do mercado), e até a Honda apresentou o novo Accord V6 de 280 cv.

Isso sem falar nos carros com conotação de esportivos, e não me refiro a Porsches e Ferraris. Mercedes C63 AMG, 460 cv, BMW M3 e Audi RS4 com 420 cv, o australiano Holden de 500 cv e Cadillac CTS-V de mais de 500 cv. E ainda existem modelos acima destes, com potências ainda maiores.

Sejamos francos, o mundo não quer carros minúsculos, baratos e ecologicamente corretos. Isso não vende, como já foi mostrado por inúmeros casos passados. O mundo quer carros grandes, luxuosos e que demonstram status do seu dono. Os fabricantes lançam carros elétricos e híbridos para mostrar como estão preocupados com o meio ambiente, mas também colocam em seus revendedores os modelos grandes e potentes. Ainda bem.
Esta semana li reportagem no jornal Estado de S. Paulo sobre radares que estão desativados na capital devido ao contrato com as firmas prestadoras do serviço não ter sido renovado. Lá pelas tantas, explicando que haverá uma perda de arrecadação, é dito na matéria que o Poder Executivo do Município coloca esta arrecadação em previsão orçamentária. Ou seja, é um negócio como qualquer outro, é a oficialização da indústria da multa. Certamente há objetivos a serem cumpridos... Senti uma náusea quando li isso. Acabou a vergonha na cara, estamos mesmo na mão de desonestos.