Fazia tempo que
eu não tinha aquela sensação. Fazia tempo que não soltava uns gritos Urraah!,
de satisfação e prazer pleno. O imediato entendimento que tive com a Bonneville
– ela se portando deliciosamente logo nas primeiras curvas, se antecipando aos
meus desejos, deitando e levantando exatamente como eu queria, me passando
informações exatas sobre a aderência dos pneus, apoiando-se um pouco mais na
frente, um pouco mais atrás, tendendo inicialmente a resistir à deitada e, em
seguida, conforme eu a forçava mais um pouquinho para que deitasse, deitando
para valer como que chupada para dentro da curva e a fazendo bem deitada e
agarrada – foi suficiente para que logo de cara me apaixonasse.
E lá fui eu,
minhas botinas raspando no asfalto, ora uma, ora outra, a moto acelerando
gostoso nas saídas de curva, o motor despejando com suavidade boa potência, até
que ao fim da curta reta já estávamos a uns 140 ou 150 km/h e ela se mantinha
perfeitamente estável. E assim íamos, até que, inesperadamente, ouço aqueles
tais gritos de satisfação ecoando dentro do capacete. Boa moto! Companheirona.
Passamos bons momentos juntos.
Coisas assim
raramente acontecem. Parecia que eu montava o meu finado Gualixo, o melhor
cavalo do mundo, ao menos para mim, um cavalo inteligente que só ele e rápido e
brioso que só ele, que fazia tudo certo, que me obedecia tudo certo e, caso não
me obedecesse é porque era ele quem estava com a razão e seria melhor irmos na
dele. Parecia que eu surfava um mar dos bons com a minha Tom Parrish havaiana,
a prancha que sabe tudo de tubo e se agarra com naturalidade em paredes
escabrosas. Parecia que eu guiava o Ferrari 308 GTS, quando o peguei em
Interlagos, um dos carros de melhor handling que já me caiu nas mãos.
O Gualixo, Deus fez. A prancha Tom Parrisch de 1973, o Tom Parrish fez, grande surfista e um dos cinco melhores shapers dos anos 1970. Já o Ferrari 308 GTS, quem acertou foi o Niki Lauda na época em que pilotava para a equipe na F-1.
E a Bonneville? Quem lhe deu essa graça, esses modos graciosos de bailar que a distinguem das outras
e que tanto me encantaram?
O simpático e
entusiasta engenheiro-chefe da Triumph, Stuart Wood, moço – presente no
lançamento das Triumph, dia 6 de novembro, na pista da Fazenda Capuava, en Indaiatuba (SP) –, não sabia, mas ficou cismado com essa pergunta que lhe fiz ao
descer empolgado da moto. Tirei o capacete, o Ray-Ban, e lhe mostrei meus olhos
molhados de quem andou soltando urras de alegria.
Bonneville (foto Mario Torino) |
Disse a ele: —
Obrigado! Voltei a ter aquele prazer de andar de moto que tinha quando mais jovem!
Ele gostou do que
viu e, parece que contagiado, me perguntou: — Não é legal que alguém faça para
você uma coisa exatamente como você queria, do jeito que você sonhava?
— Mas é claro! É
por isso que estou te agradecendo! Isso não tem preço. Obrigado! — respondi.
— Quando
resolvemos reeditar a Bonneville — disse-me ele — procuramos uma que estivesse o
mais original possível e acabamos achando uma de 1967 com somente 300 milhas e
absolutamente zerada. A compramos e a copiamos exatamente. Fizemos, claro,
atualizações, freios a disco, injeção de combustível, melhores materiais, motor
mais potente etc; modernizamos tudo, mas sem que mudássemos seu visual e sua
sensação de tocada, sem que mudássemos o seu modo, o seu comportamento, o seu
handling. Que bom que gostou! Mas espere para andar nas Tiger, a Explorer e a
800 XC. São ainda melhores, modernas, você vai adorar!
Ele tinha razão,
claro. As Tiger são melhores em tudo que se refere a desempenho em relação à
Bonneville. Projeto moderno desde a página em branco, têm três cilindros,
enquanto a Bonneville, dois, andam mais, são mais potentes, aceleram como um
rojão — a Explorer tem 137 cv a 9.300 rpm e em alta ronca feito Porsche, a
800XC tem 95 cv a 9.300 rpm e é leve e dócil que dá vontade de montá-la o dia
inteiro — freiam e curvam melhor, têm ABS, coisa de que não fiz uso e coisa que
a Bonneville não tem nem como opcional, são confortabilíssimas, muito
ergonômicas, macias, deitam pra valer, são ainda mais equilibradas, suspensões
modernas, amortecedores e molas etc, mas, fazer o que, se os 68 cv a 7.500 rpm
da Bonneville me bastam e se o seu conjunto é o que melhor se encaixa no
conceito que tenho do que é uma moto? Ela é versátil, leve, centro de gravidade
baixo, pega estrada e se precisar pega trechos de terra, banco baixo, selim
plano, minha mulher se encaixaria ali atrás protegida por mim.
O leitor que me desculpe, mas, como se vê, me resta lhe pedir autorização para que eu não seja imparcial com relação à Bonneville. Só quanto a ela, OK?
Antes, eu já havia andado em duas das seis modelos da Triumph que serão vendidas no Brasil. Foram duas custom, a Thunderbird Storm, uma bicilíndrica refrigerada a água, apesar de propositalmente aparentar que é a ar, de 1.700 cm³, potência máxima de 97 cv a 5.200 rpm e torque máximo de 15,9 m·kgf a 2.950 rpm, 339 kg, e a Rocket III, com motor longitudinal, deitado e tricilíndrico, de 2.300 cm³, potência de 145 cv a 5.750 rpm e torque de 22,5 m·kgf a 2.750 rpm, 367 kg. Duas motos grandes, ou melhor, enormes, pesadonas e torcudas, das que não sabemos direito em que marcha estamos, e tanto fazendo em que marcha estamos já que aceleram forte em qualquer marcha estando em qualquer velocidade.
Essas já haviam me impressionado muito bem quando comparadas às concorrentes do mercado. Apesar
de não serem meu tipo de moto e apesar de o traçado travado da pista da Fazenda
Capuava não ser o melhor ambiente para elas, os admiradores das custom sentirão
nelas um refinamento superior quanto à ciclística. Mas o negócio delas é open
road, retonas desertas e asfalto bom. A Thunder é um búfalo africano entre
nossas pernas e a Rocket III é um rinoceronte — essa é a sensação de massa e
poderio que elas passam, se bem que nunca montei nesses bichos africanos aí. O
motor da Rocket III, por exemplo, tem o torque de dois motores de Uno Mille e
mais um pouco, e a um giro mais baixo, portanto, se isso não é ter um
rinoceronte no meio das pernas, se bem que numa confortável sela, não sei o que
é.
Rocket III (foto: Mario Torino) |
E lá eu olhando e
imaginando que aquela pista ficaria bem mais divertida e esfriadeira de barriga
caso feita no sentido inverso, que a reta seria feita de morro abaixo e que uma
certa curvinha fácil iria se tornar difícil, quando me dou conta que o
alto-falante chamava os jornalistas do Grupo 2, do qual eu fazia parte, e essa
seria a minha vez de pilotar a Speed Triple, a esportiva.
Foi a bobeira suficiente. Algum espertinho a
pegara, e como eram duas Speed Triple, eu não sabia em qual delas estava o
esperto. Deixei barato. Outra hora eu ando nela. O caro leitor que me desculpe
por agora não lhe contar como ela é, mas meu humor estava bom demais e não quis
correr o risco de estragá-lo. Daí fui pedir pra Luciana tirar umas fotos na
Bonneville, para que os olhos do leitor também se alegrassem como os meus, e
depois fui andar de novo na Bonneville.
Por essas e outras, por se esmerarem em motos com primorosa ciclística — coisa de inglês, povo tradicional em fabricar carros esportivos de excelente dinâmica — se entende por que a marca segue crescendo num mercado mundial que vem caindo. Nos últimos dez anos o mercado mundial de motos acima de 500 cm³ encolheu 4,3%, enquanto que a Triumph aumentou suas vendas em 146% . Mas nem sempre foi assim para esta marca que completa 110 anos.
Após seu pico de vendas em 1967, com 49.000 modelos Bonneville vendidos, ela sofreu com a concorrência das japonesas a ponto de fechar as portas em 1975. Assim ficou até que em 1983 um milionária fã da marca, John Bloor, a comprou. Aí veio a história anteriormente citada de terem achado aquela de 1967 com 300 milhas etc, e em 1988, timidamente, com seis operários, começou a reeditar a Bonneville. Já em 1990, dois anos após esse tímido início, já apresentavam seis modelos no Colônia Bike Show.
E agora a Triumph chegou diretamente ao Brasil. Em fábrica própria em Manaus (AM) já começaram a montar estes seis modelos mostrados e, no próximo ano — quando ao todo pretendem vender cerca de 2.000 unidades, pretendem trazer mais dois modelos, a nova Speed Triple e a esportiva Daytona. No dia 10 de novembro foi inaugurada a primeira revenda, em São Paulo, Av. Juscelino Kubitschek, 360, e no primeiro trimestre do ano vindouro abrem mais três: Ribeirão Preto, Porto Alegre e Rio de Janeiro.
Bom, e de onde vem o nome da Bonneville? Em 1956, quando eu nasci, com uma motocicleta protótipo da Triumph, de 650 cm³, o americano Jonny Allen estabeleceu o recorde de 345,18 km/h no deserto de sal de Bonneville. Vem daí seu nome, uma homenagem a essa conquista, assim como a Porsche deu nome de Carrera a alguns de seus modelos por ter vencido a Carrera Panamericana na década de 1950, assim como a Ferrari batizou seu Daytona após ali vencer a 24 Horas.
Que as Triumph sejam bem-vindas. Quanto mais concorrência, melhor.
AK
FICHA
TÉCNICA TRIUMPH BONNEVILLE
|
|
MOTOR
E TRANSMISSÃO
|
|
Tipo
|
Arrefecido
a ar, duplo comando no cabeçote, dois cilindros paralelos, ignição a cada
360°, gasolina
|
Cilindrada
|
865 cm³
|
Diâmetro
e curso
|
90 x 68 mm
|
Formação
de mistura
|
Injeção
seqüencial com injeção secundária de ar
|
Escapamento
|
Tubos
primários de aço inox, dois silenciadores
|
Transmissão
secundária
|
Corrente
com X-ring
|
Embreagem
|
Multidisco
em banho de óleo
|
Câmbio
|
5 marchas
|
Capacidade
de óleo lubrificante
|
4,5 litros
|
CHASSI,
TREM ROLANTE E INSTRUMENTOS
|
|
Quadro
|
Berço
tubular de áço
|
Braço
oscilante
|
Duplo,
tubular de aço
|
Roda
dianteira
|
Alumínio
fundido, 7 raios, 3 x 17
pol.
|
Roda
traseira
|
Alumínio fundido,
7 raios, 3,5 x 17 pol.
|
Pneu
dianteiro
|
110/70R17
|
Pneu
traseiro
|
130/80R17
|
Suspensão
dianteira
|
Garfos
Kayaba de 41 mm
Ø, 120 mm
de curso
|
Suspensão
traseira
|
Conjunto Kayaba
de mola cromada e amortecedor com prato ajustável, 100 mm de curso
|
Freio
dianteiro
|
Disco de 310 mm Ø, pinça flutuante
IIissin de 2 pistões
|
Freio
traseiro
|
Disco de 255 mm Ø, pinça flutuante
IIissin de 2 pistões
|
Instrumentos/funções
|
Velocímetro
analógico com hodômetro totalizador e parcial, e relógio
|
DIMENSÕES
E CAPACIDADES
|
|
Comprimento
|
2.115 mm
|
largura
no guidão
|
790 mm
|
Altura
sem espelhos
|
1.130 mm
|
Altura do
banco
|
740 mm
|
Distância
entre eixos
|
1.490 mm
|
Ângulo da
cabeça/avanço
|
27°/106
mm
|
Tanque de
combustível
|
16 litros
|
Peso em
ordem de marcha
|
225 kg
|
DESEMPENHO
|
|
Potência
máxima
|
68 cv a
7.500 rpm
|
Torque
máximo
|
6,9 m·kgf
a 5.800 rpm
|
Consumo
de combustível, cidade
|
18,2 km/l
|
Consumo
de combustível, estrada
|
24,2 km/l
|
As grandes montadoras nacionais poderiam se espelhar nessa Bonneville e fazer uma versão aprimorada dos nossos clássicos como o Opala e o Maverick, seria interessante um Opala com mecânica 4 cil. da S10 ou o V6 do Omega, e um Maverick com a mecãnica da Nova Ranger andaria pacas. Abraços e parabéns pela bela matéria. Luiz Gustavo Jorge.
ResponderExcluirLá fora tem e está na moda:
ExcluirFusca TSI, Mini, DS3, 500, Camaro e Mustang desta vez em releituras muito felizes... Aliás, dessa festa, só a Ford está de fora por aqui, pois todas as outras opções podem ser adquiridas oficialmente. E destes, é justo o Mustang que eu mais gosto...
Aliás, a Audi podia fazer uma releitura do Quattro hein...
Corsário, gostei bem da idéia... A Audi bem que podia reeditar (com releitura, claro) o Quattro. Só quem já andou em um sabe o que é.
ExcluirTive o imenso prazer em dirigir um Audi Quattro em Portugual, há mais de 10 anos. O modelo em questão já estava meio 'velhinho', mas inteiro. Prazer ao volante total.
Leo-RJ
Corsário
ExcluirA Audi fez um carro conceito baseado no Quattro e, ao que parece, com grandes chances de produção nos próximos anos.
Leo, que legal hein? Deve ser emocionante, eu por enquanto tento me satisfazer vendo minha réplica! rs
ExcluirAdriano, muito legal, realmente um carro carismático e que merecia uma releitura bem fiel ao espírito da coisa, como aliás as marcas vem conseguindo fazer.
Abraços!
melhor ser cego do que ler isso, opala e maverick clássicos...
ExcluirVish é agora que meu pai vai se aposentar, comprar esta Bonneville e deixar os poucos fios que restam em sua cabeça crescerem.
ResponderExcluirMuito legal o relato, até eu que não gosto muito de moto me interessei e fiquei com vontade... rs
Excelente matéria AK, parabéns!
ResponderExcluirVocê sempre nos passa informação e emoção em suas matérias. E viva a concorrência!
Excelente matéria AK, parabéns!
ResponderExcluirVocê sempre nos passa informação e emoção em suas matérias. E viva a concorrência!
Grande Bonneville, sonho de moto; agora falta, também, as Moto Guzzi voltarem ao Brasil.
ResponderExcluirE, claro; Luciana, SUA LINDA!
Belas motos, e belos nomes dado a elas.
ResponderExcluirQuanto a seu cavalo Gualixo,é nome de cavalo ganhador do G.P.Brasil, e também foi nome de um trem expresso da antiga Santos a Jundiaí.
Parabéns pelos dois moto e cavalo.
Abraço
Militar Anônimo
A Bonneville ao lado da Ducati Monster figuram entre as mais belas motos e no topo da minha lista de desejos.
ResponderExcluirArnaldo,
ResponderExcluirShow de bola a materia e as montarias. So a heritage que a marca transpira ja a deixa digna de respeito. Ataca em praticamente todos os segmentos entrando pela porta da frente. Para nosso mercado sera otimo para acirrar concorrencia e quem sabe ate dar uma baixada em alguns precos.
Fernando RD
Ei Arnaldo Keller. Só têm um problema. Você deveria ter tirado a foto da Luciana mais de perto pra podermos deleitarmos melhor o rostinho bonito dela.
ResponderExcluirSalve a imagem e amplie a seu gosto.
ExcluirA moça é linda mesmo. Merece capa de revista.
Grande AK! Saudações!
ResponderExcluirCompartilho do mesmo sentimento em relação à Bonneville. Ela é o meu número.
Muitas vezes o que é mais moderno e mais aperfeiçoado não nos proporciona o mesmo tesão da imperfeita medida exata do que queremos.
Duas semanas atrás peguei rodovia com a minha impecável XLX250, coisa que não fazia há quase um ano. Com os dois carburadores em maestral sincronia, brotavam em mim brados desmesurados de prazer.
De NX4, XT, GS, CBR ou outras modernas também, não me divirto tanto quanto na tesudíssima XLX. Prazer que nem esse só senti num T-Bucket com 318 bravo. É o vento na cara, o motor rugindo alto, muita imperfeição e um pouco de refinamento em graciosa harmonia.
Se me permite uma dúvida, Arnaldo, acho que a Ferrari nunca adotou o nome Daytona oficialmente para a Ferrari 365. Me corrijam se estiver errado.
ResponderExcluirNo mais, excelente texto, como sempre. As suas narrativas são as que me aproximam mais das sensções ao volante / guidão. Sempre.
Nunca adotou oficialmente no 365 GTB/4, foi criação da imprensa.
ExcluirMarcos e Luis,
ExcluirVocês têm razão, mas é que o nome ficou tão calcado nela que me escorregou. Vou corrigir.
A Bonnie entrou sem pedir licença nem perdão na minha lista das motos de sonho.
ResponderExcluirA Bonneville é uma das poucas motos com cara de moto que sobraram no mercado. Está na minha lista já faz tempo.
ResponderExcluirÉ o tipo de moto que se compra só uma vez na vida, pra não vender mais. Não muda de modelo a cada ano e não sai de moda nunca.
Arnaldo, não falaram em preço? Na leva passada, estava entre 32 e 34 mil reais, será mais barato agora com a montagem feita no Brasil?
Jesiel,
ExcluirBonneville a R$ 29.900,00. caiu o preço.
Legal a matéria...
ResponderExcluirMas o bob falou que hoje (sábado sairia matéria sobre o "novo" clio.
Pra quando ficou?
Anônimo 17/11/12 19:10
ExcluirDesculpe, mas precisei alterar a ordem. O post sobre o novo Clio está pronto e entra amanhã.
Não só adorei o post como fiquei muito surpreso com a ousadia da Triumph.
ResponderExcluirAcho que dá para considerar mesmo uma reedição, algo bem mais corajoso do que tem acontecido no universo dos automóveis, carros totalmente diversos apenas com elementos de design de ícones do passado e revivendo seus nomes.
Torço pelo sucesso da Bonneville e que este inspire outras marcas.
Sim, Arnaldo
ResponderExcluirPegando carona com o Jesiel; não falaram nada sobre o preço?
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirNota 10 para as motos e para Luciana!
ResponderExcluirViva a Luciana!
ExcluirViva!
Jorjao
"Não se pode melhorar a perfeição" diz um ditado gringo, e eu acho que é bem por aí.
ResponderExcluirBenditos ingleses que lançam em 2012 a "mesma" moto de 1967.. Simplesmente porquê não há motivos pra melhorá-la. Coisas do povo da terra da Rainha. Eu aplaudo.
Lucio Amorim
A Boneville não é lançamento. Existe desde 1959 e foi a 1a a ser produzida depois do hiato da fábrica.
ExcluirLegal saber que a Triumph montou sua fábrica no Brasil. E agora entendi como foi a ressurreição da marca, pois não sabia da história completa.
ResponderExcluirGostei muito do ronco da Bonneville. Suave até médias rotações, mas transforma-se ao enrolar o cabo sem dó! Pena que deve custar um tantinho alto essa moto...
Tem um filme com Richard Gere, novinho ainda, servindo as forças armadas e ele tem uma Bonneville que rouba a cena várias vezes. Sou fã desse modelo também, muito estilosa.
ResponderExcluirVerdade, lembro desse filme, belo filme.
ExcluirEle fazia par romântico com a Debra Winger.
A força de um destino, de 1982.
AK, impressionante os 4,5 litros de capacidade do carter, hein?
ResponderExcluirReynaldo,
Excluirela é refrigerada a ar, então bastante óleo e um grande radiador de óleo ajuda bastante na refrigeração.
Um tio meu teve uma Daytona 1200. Isso durante a década de 90, em que só se via esportivas japonesas. Vira e mexe eu dava umas voltas de carona com ele. Era engraçado. No farol, o pessoal perguntava que moto era aquela. Pouquissimos conheciam a marca.
ResponderExcluirMarco
Texto com alma!
ResponderExcluirFaz a gente se deliciar, imaginando que está pilotando, tb.
Parabéns!
Eu gostaria que algum fabricante de moto cria-se uma moto com base nas 500 Four da Honda. Apenas modernizada em alguns aspectos Como essa Bonneville.
ResponderExcluirMAs seguindo ao máximo o projeto original. Não precisa de um motor de 110/120 cv.Nem girar 15.000 RPM. Seria a unica motor que eu voltaria a coprar.
Abraços
Já viu a nova Honda CB1100? Ainda não tem no Brasil, mas é de chorar de tão linda que é. E é quatro cilindros refrigerada a ar.
ExcluirArnaldo! Desculpe a faísca atrazada...Lindo post, adorei a retórica ( como sempre!) Apesar de nunca ter dirigido uma destas, me lembrou o tempo ( eu muito menino ainda!) brincando com uma Ariel 350 de meu pai. Já tinha desistido de motos depois de minha ultima Vulcan que precisei vender...Agora, não sei não...Vou querer pelo menos experimentar uma Bonneville. Em tempo: Eu rezo e agradeço todos os dias pelo que tenho ou tive...Fico imaginando quantas horas tu faz o mesmo todas as noites. ( Isto foi um baita elogio! )
ResponderExcluirHüttner,
ExcluirAnde na Bonneville e depois venha me contar. Pelo que vc já teve, é a tua medida. Vai adorar, mais do que espera.
É realmente um enorme prazer andar com uma motocicleta antiga modernizada. Eu reformei algumas antigas, como a BSA, Norton, Harley (s) e Jawas. Andar na estrada com estas motos era uma delícia...
ResponderExcluirHoje estou reformando uma XT 600. Nunca fui muito chegado nas Japonesas antigas. Mas esta e sua irmã Ténéré sempre me enfeitiçaram. Não dá para comparar uma Triumph com uma Yamaha, eu sei (e escrevo isto antes que alguém ache ruim). Mas, o teu texto dá a exata dimensão do prazer em andar numa destas clássicas, mesmo que seja moderna e atualizada... Parabéns pela reportagem, parabéns pelo texto!
Eu já gostava da marca pela história dela. Fiquei fã mesmo depois que comprei minha Daytona 2008. Agora com fábrica no brasil, só alegria!
ResponderExcluirArnaldo: As tricilíndricas triumph de fato roncam lindo mesmo, parece 6 cilindros, chega a ser impressionante.
Só uma errata: o motor da rocket 3 náo fica deitado não, fica de pé. E uma curiosidade - é o motor com maior cilindrada já colocado em uma moto de fábrica.
Em pé?
ExcluirEra muita moto pra andar e, para falar a verdade, eu só tive olhos pra Bonneville e para as Tiger. Vou verificar.
http://www.triumphmotorcycles.co.uk/motorcycles/range/cruisers/rocket
ExcluirAté porque, deitado o peso ia ficar mais pra um lado do que para o outro, ia ficar esquisito de andar.
http://www.triumphrocket.com/images/r3_2_1024x768.jpg
http://www.triumphrocket.com/images/r3_3_1024x768.jpg
Bonus: http://www.raptorsandrockets.com/images/Triumph/Triumph_Rocket3_act-165r.jpg
Carlos Eduardo,
ExcluirTinha uma BMW cujo motor era em linha, longitudinal e deitado, e não tinha essa de mais peso de um lado que do outro.
Das BMW's com motor longitudinal só conheço as bicilíndricas com cilindros opostos, portanto simetricamente idênticas partindo do eixo de simetria longitudinal.
ExcluirFiquei curioso pra saber quais são esses modelos, já que é uma solução extremamente incomum e, sendo uma BMW, deve ser uma solução de engenharia brilhante.
Carlos Eduardo
ExcluirEsta aqui: K100, 1982-1990. Longitudinal, horizontal 987cc 4-cylinder inline, 90 hp, DOHC, liquid cooled, Bosch LE-Jetronic electronic ignition and fuel injection. Tubular fork, one-sided Monolever swing arm. From the start, K bikes have had dual disk brakes F and single disk brake R. The K100 is the 'standard' version of the series
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirCaramba!
ExcluirCompletamente exótica essa configuração. Interessante que, para manter o centro de massa do motor alinhado com o eixo longitudinal, o motor foi posicionado de forma que o virabrequim fica à direita e o cabeçote à esquerda. Assim, além de resolver este problema, facilitou a resolução de outro: o posicionamento do câmbio e a saída de força para a roda traseira, por meio do cardã.
A gente morre e não vê de tudo. Obrigado pela informação, Arnaldo!
http://en.wikipedia.org/wiki/BMW_K100
P.S.: viu aí a Rocket 3 e o motorzão dela?
Carlos Eduardo,
ExcluirVi sim, mas, vou dizer, não é meu tipo de moto, não é o que me atrai. Depois de umas aceleradas tá bom, basta para sentir a força, e o que mais me dá prazer é como a moto faz curva, freia, etc. E ela é muito pesada. Ela é boa só em condições específicas, assim como as outras motos desse tipo.
Mas é incrível como, apesar dela ter o motor em pé eles conseguiram dar-lhe centro de gravidade baixo. Para o peso ela é até que ágil.
"Instrumentos/funções: Velocímetro analógico com hodômetro totalizador e parcial, e relógio"
ResponderExcluirNão há marcador de combustível?
Tb tô gamado nessa Bonneville, mas acho que ainda falta o ABS.
O preço oficial está um pouco menos de 30 mil, o que não é tão caro para o nosso mercado.
Puxa, ceifaram meu comentário só porque falei que gostei da Luciana mais do que das motos.
ResponderExcluirSempre admirei as "Bonnies" e agora, resta trabalha, trabalha e trabalha pra poder comprar a minhas...
ResponderExcluirpô, justo na esticada a camera filmou só o tanque
ResponderExcluirArnaldo, só uma dúvida, vc prefere a Bonnevile ou uma Sportster?
ResponderExcluirAlvarenga, de longe prefiro a Bonneville. Tudo melhor, tudo.
ExcluirO Opala não é V6, e sim 6 cilindros em linha
ResponderExcluirbelo posting, o fato de poder comprar um clássico do fim dos anos 60, só que zero Km exatamente como era feita, com apenas atualizações mecânicas, é um sonho. Seria como ir a uma concessionária Chrysler e comprar um Dodge Dart exatamente como ele era fabricado em 1970, apenas com injeção eletrênica, suspensão moderna e freio a disco nas 4 rodas. abraços
ResponderExcluirwww.V8nFUN.blogspot.com
ahhhh faltou a Speed triple!!!!! sou fanzao dela, assim cmo a ducati streetfighter..... :(
ResponderExcluir