“O
Toronado nasceu do desejo de se criar um automóvel superior: um com
espaço interno mais utilizável, e de melhor comportamento na
estrada. Estávamos atrás do grande passo adiante, não meramente
uma evolução. Isto significa que desenhamos sem nos prendermos a
conceitos ou componentes existentes; que fizemos algo sem compromisso
com o tradicional.”
Com
essas palavras ambiciosas, J.B. Beltz, engenheiro-chefe da
Oldsmobile, apresentava em 1966 sua mais nova criação. Grande passo
para adiante, sem dúvida. Mais que isso, o carro que criaram seria
um dos grandes marcos da engenharia, algo que mudaria para sempre o
futuro do automóvel.
Em
1966, ao contrário de hoje, tração dianteira era exceção, e não
a regra. Todo mundo achava que dois litros e pouco mais de uma
tonelada era o limite prático para esta configuração. A teoria era
que os pneus dianteiros seriam incapazes de lidar com a maior parte
da frenagem, a direção, e ainda assim passar toda potência do
motor ao chão. O efeito de altas potências na direção era
particularmente temida, e assim apenas carros pequenos e/ou pouco
potentes eram os mais populares candidatos a ter tração nas rodas
da frente.
Mas
então apareceu o Oldsmobile Toronado. Movidos pelo desejo de criar
um automóvel superior, Beltz e sua equipe abandonaram as noções
comuns e descobriram que, não apenas as rodas dianteiras podiam
conviver com todas aquelas solicitações, várias vantagens
direcionais e de estabilidade eram conseqüência direta da tração
dianteira. Nos anos 1960 a engenharia da GM, então maior empresa do
mundo, chegou ao seu ápice, e nada parecia impossível para o
gigante americano. Carro do futuro? É só ver a predominância da
tração dianteira hoje para entender que a Oldsmobile tomou o
caminho correto para o “automóvel superior”.
O
Toronado
Se
o limite era dois litros e pouco mais de uma tonelada, o novo
Oldsmobile não deixou dúvidas que esses limites eram apenas
imaginários. Pesando mais de duas toneladas (exatos 2.076 kg), e com
5,4 metros de comprimento por 2 metros de largura, era uma coisa enorme e
corpulenta. Como se isso não bastasse, era equipado com um V-8 de
bloco grande de 7 litros, que alimentado por um enorme
carburador Rochester Quadrajet, fornecia nada menos que 390 cv a 4.800
rpm, e 65,7 m·kgf a 3.200 rpm pelas rodas dianteiras, embora fossem números brutos de potência e torque – só a partir de 1972 é que a indústria americana passaria a fornecer números líquidos, como no mundo todo.
Ao
ser apresentado ao carro, porém, a revolução mecânica que ele
desencadearia não é o mais impressionante. O desenho da carroceria
é o que atrai a todos. Enorme, baixo, tem as proporções perfeitas
para um cupê de luxo, com uma frente tão longa quanto inútil: a
diante das rodas dianteiras não existe mais componente mecânico
algum para a carroceria cobrir, mas ela continua mesmo assim, para
dar a proporção que o desenho pede. A traseira fastback,
a frente com faróis escamoteáveis, os pára-lamas que parecem sair
para fora do carro junto com as rodas, tudo é de uma originalidade e
beleza raros, uma daquelas formas puras que não necessitam de
adornos para impressionar.
As
portas eram enormes, para facilitar a entrada dos passageiros do
banco traseiro, que tem inclusive sua própria trava para abri-la, lá
de trás. Na dianteira, um assoalho plano torna este carro realmente
um seis-lugares.
Maçaneta da porta ao alcance do passageiro do banco traseiro |
A
carroceria e o chassis estão num meio termo entre um monobloco com
subchassis e um chassis separado tradicional: o chassi acaba nos
olhais dianteiros das molas da suspensão traseira, e dali
para trás é tudo suportado pela carroceria. A suspensão traseira
em si é um eixo rígido simples, estampado, com apenas uma lâmina
de mola de cada lado, mas com amortecedores duplos em cada roda, um vertical e
outro horizontal. Este segundo amortecedor, horizontal, mostra
claramente como custo era menos importante que excelência neste
carro: normalmente se atinge um compromisso razoável e muito mais
barato sem ele.
Acima, o chassi abreviado do Toronado com a suspensão traseira, mostrada em detalhe abaixo |
A
suspensão dianteira também pediu novas soluções. Para tirar a
mola helicoidal que normalmente fica no centro, bem no meio dos
triângulos inferior e superior que compõem a suspensão
dianteira,
foram adotadas barras de torção longitudinais, liberando assim o espaço para as
semi-árvores de transmissão chegarem às rodas.
Acima,
o esquema de montagem das barras de torção da suspensão dianteira no
chassi, e abaixo, o detalhe da suspensão, com o amortecedor deslocado
para livrar espaço para a semi-árvore
|
Barra de torção longitudinal |
E
mesmo estas rodas eram diferentes de tudo até então. Para maior
segurança nas frenagens, a Oldsmobile adotara raio de rolagem
negativo, fazendo com que o centro da roda ficasse mais para fora do
carro do que o então usual. A Citroën de André Lefebvre, então o
maior especialista em tração dianteira, acreditava em raio de
rolagem zero, o que mostra a independência de pensamento da GM de
então. Sete anos depois o raio de rolagem negativo
apareceria no novo Audi 80, que viria ao Brasil como VW Passat. Se
você olhar bem, verá que as rodas do Toronado e do Passat são até
parecidas.
Construção de roda típica de raio de rolagem negativo, do tipo da usada pelo Passat |
Até
os pneus foram especialmente desenvolvidos para o carro. Diagonais
ainda, foram criados pela Firestone a partir de um longo
desenvolvimento em conjunto com a Oldsmobile. O nome final dos pneus
refletia isso: Firestone T-FD (Toronado – Front Drive).
Os
freios eram enormes tambores de alumínio, com duas sapatas
primárias. Apesar de ser o estado da arte em tambores, não eram
capazes de segurar o monstro a contento. Calcanhar de Aquiles do
carro já desde as primeiras avaliações de imprensa, seriam
trocados por discos dianteiros ventilados já em 1968.
O
motor V-8 era o mesmo já existente na linha Oldsmobile. Montado
longitudinalmente na dianteira, era deslocado para a direta do
carro. Nele era montado o conversor de torque (não existiu Toronado
com câmbio manual) e este ia acoplado a uma corrente de duas
polegadas de largura, que transmitia o movimento para a caixa
automática de três marchas, posicionada a esquerda do V-8,
encostada ao cárter. O diferencial (caixa de satélite) estava a frente da
caixa de câmbio, ainda ao lado do motor, e apenas a semi-árvore
direita passava por baixo do V-8, por um pequeno rebaixo no cárter.
Duas juntas homocinéticas de cada lado completavam a transmissão.
Acima, a corrente de transferência, e abaixo, um esquema de toda transmissão de força do motor às rodas |
A
revolução do Toronado.
O
Toronado era um carro completamente normal para se dirigir. Sim,
tinha uma estabilidade direcional e uma capacidade Ju de tração bem
melhor que os outros carros americanos de então, coisa que se
mostrava principalmente na chuva ou neve. Mas o mais impressionante
era que ao dirigir, a direção ou qualquer outro comando não davam
nenhuma indicação de que a tração fosse dianteira.
Isto é o que eu chamo de assoalho plano. Reparem também no tamanho dos pedais, já descritos como "Grandes o suficiente para comandar um ônibus da Greyhound" |
Tal coisa parece banal, mas em 1966 serviu para mostrar que a tração dianteira podia ser transposta para qualquer carro. A engenharia da GM conseguiu civilizar a tração dianteira a ponto de torná-la invisível. Não era incomum os proprietários menos letrados colocarem as correntes nos pneus do eixo errado quando as ruas se cobriam de neve nos EUA. Para sorte deles, a maior capacidade de tração do carro compensava o erro, ao mesmo tempo perpetuando a gafe...
Todo o trem de força na dianteira e traseira bem simples |
Apesar disso, ou talvez por causa disso, as vantagens da tração dianteira não foram imediatamente entendidas pelas outras empresas, principalmente nos EUA. O Toronado permeneceu exceção, e não regra, entre os americanos full-size. Apenas quando as sucessivas crises de petróleo atingiram os EUA, finalmente se popularizaram os tração dianteira, incrivelmente por que sempre equipara os eficientes e pequenos carros europeus e japoneses. Este velho preconceito, o que acredita que carros potentes tem que ter tração traseira, é realmente arraigado.
A
GM, de qualquer forma, expandiu a linha, fazendo Cadillacs e Buicks
baseados no Toronado. Até motorhomes da GMC usaram o pacote mecânico
dianteiro do Oldsmobile. E se você tem um filho pequeno
provavelmente os conhece bem: o GMC de tração dianteira (abaixo) é
o motorhome do avô do Ben 10.
A
revista inglesa Autocar, a mais antiga e tradicional publicação
automobilística do mundo, testou o Toronado no início de 1966. Ler este
texto hoje é uma boa janela para se enxergar o que era o carro
então. Melhor até que qualquer publicação americana, por estar
livre da adoração que os americanos de então tinham por sua
indústria.
Apesar
do enorme Toronado ser absolutamente mal ajustado as pequenas ruas londrinas, a
Autocar adorou o carro. Silencioso e suave, e veloz apesar do
tamanho, o carro tinha uma estabilidade “desconhecida entre os
enormes carros americanos”. Nas ruas molhadas e mal-calçadas da
Inglaterra, a segurança e previsibilidade no comportamento,
características marcantes da tração dianteira, brilharam
aparentemente mais que em seu próprio país de origem. E não
puderam deixar de admirá-lo somente pelo que era, independente de
qualquer motivo técnico: um belíssimo cupê absolutamente confiável
e seguro, e capaz de passar dos 200 km/h.
O
resumo do teste, sempre impresso logo no começo para os mais
preguiçosos na leitura, diz realmente tudo:
“O
único carro americano de tração dianteira mostra capacidade de
tração e estabilidade superiores, e combina aceleração poderosa e
velocidade final de 210 km/h com silêncio extraordinário e alto
refinamento mecânico. Levíssima e excelente direção, mas os freios precisam melhorar. Suspensão macia, mas com baixíssima rolagem em
curvas. Coupé de seis lugares com todas as amenidades modernas.
Carroceria muito bem desenhada, chama a atenção onde passa.”
MAO
P.S.::
Em breve, a segunda parte deste assunto, sobre a outra revolução de
1966: o Jensen FF. Fique de olho neste espaço!
Abundância. E hoje o povo prefere SUV.
ResponderExcluirUm amigo meu tem um, ano 1967, raridade no Brasil. Tem algumas coisinhas para fazer; infelizmente ao longo de tantos anos passou nas mãos de maus mecânicos, como frequentemente acontece com carros americanos antigos. Alguém tirou o Quadrajet original e colocou o de um outro GM, talvez Chevrolet, ligado através de cabo, sem conexão com a haste original, desabilitando o kick-down. É inacreditável! Comprei umas peças usadas para ele no eBay, para refazer a conexão, mas ainda falta arrumar um carburador de Oldsmobile.
ResponderExcluirCom tudo isso, é um privilégio ter um carro desses.
O Jay Leno tem um 66 todo reformado ao estilo "Overhaulin'", em que biturbinou o motor (1076 hp) e colocou chassi de Corvette modificado com tração traseira.
Lorenzo, lembro muito bem do episódio de "Rides" sobre o Toronado do Jay Leno, que creio estar disponível em algum lugar na Internet. E aos curiosos, vide http://www.hotrod.com/featuredvehicles/113_0502_1966_oldsmobile_tornado/viewall.html
ExcluirHavia um no encontro de Lindoia desse ano .
ExcluirTalvez seja do seu amigo. Qual a cor do dele?
Nunca tinha visto um no Brasil!
O do Jay Leno é fantastico!
Jorjao
Jorjão,
ExcluirHavia dois Toronados em Lindoia: um preto, na exposição, e um branco, na ala dos carros à venda.
O do meu colega é dourado. Está agora no Recife, mas era originalmente do Rio. Existe um Toronado 69 com pintura especial - tipo marrom iridescente - que sempre vai a esses encontros.
ExcluirLorenzo, acredito ser esse o Toronado do seu amigo:
Excluirhttp://recifemachines.blogspot.com.br/2011/12/classicos-abandonados.html
Abraço!
Os próprios. Só que o Cadillac é 73 e a Buick é 68. Os carros funcionam, mas o que funciona melhor é a Buick, que foi de um consulado, não sei qual. Para você ter uma idéia, ele a foi dirigindo de SP a Recife.
ExcluirObrigado pelo toque, vou mandar o link a ele.
Uma pena esses carros ficarem assim nesse estado sob sol e chuva, aqui em recife há também uma maserati 4200 abandonada em uma oficina por falta de peças, é triste...
ExcluirOu seja, tudo isso para que o carro americano chegasse onde os europeus já estavam faz tempo.
ResponderExcluirO mundo não gira em torno dos EUA, por increça que parível!
O pior é que gira, sim. As verdinhas fazem o filé dos carros europeus rumarem para lá. Ou você acha que o europeu médio tem dindim para andar nesses carros? Para eles, tem Renault, Fiat, Peugeot, Volvo, Vauxhall etc.
ExcluirAgora com a crise, então...
Essa dianteira "achatada" com detalhes rebuscados e muitos cromos nos mais diversos níveis traduz bem a aura "palaciana" que estes automóveis americanos têm.
ResponderExcluirParece saído de uma frota imperial.
O painel e sua instrumentação são dignos da ficção espacial daqueles anos, podendo compor perfeitamente com os desenhos angulares das projeções de George Lucas.
Gosto de carros europeus e suas excelências técnicas, mas o estilo de contrução, solidez, opulência, imponência e grandeza dos americanos do período me fazem bem mais a cabeça. É como se essas barcas transcendessem sua natureza como automóvel, como se fossem palacetes sobre rodas.
O filósofo de botequim chegou!
ExcluirLá vem o garotinho criado pela vó falar besteira aqui de novo.
ExcluirSome restart!
Platão e anônimo, tentem conter seu preconceito em relação a foto restart (também não faz minha cabeça), e leiam com atenção o que o forista Charles escreve; ele é um ótimo colaborador do blog, escreve bem e curte automóveis como vocês dois também DEVERIAM fazer....
ExcluirIsso não é orkut ou site do terra para discussões rasas!
MFF
Não falei nada da foto dele.
ExcluirFalei da forma pedante, forçada e rococó dele escrever. Muito chato.
Parem de implicar com o restart criado pela vó e que só fala besteira.
ExcluirNem é só besteira. Tá certo que as produções do George Lucas só vieram bem depois do Toronado sair de linha, mas até lá ele só disse que poderiam estar lá, não que o painel foi inspirado nelas.
ExcluirPrefiro os posts dele do que de muitos outros. Pedante ou não, acerta nas ideias, o texto é bem desenvolvido e o português é correto. Melhor do que 90% dos comentários. O pessoal bate palma para o Plutônio e execra o rapaz... vai entender.
ExcluirPaulo Roberto, concordo contigo; noventa por cento dos comentários daqui são de ignorantes que nem o próprio idioma conhecem. Aliás, os textos do Bob Sharp são recheados de erros, um festival. Mas você deveria, ao menos, escrever corretamente antes de fazer uma crítica assim.
ExcluirO contrário de português correto é português errado.
ExcluirO contrário de pedante e rococó é objetivo e claro.
Ei, Charles, está se deliciando com a polêmica em torno de seus posts?
Ah sim, e prefiro o estilo do Plutônio sim, vai direto ao ponto e sem firulas. Porque encher linguiça só é legal no açougue.
Como diria o plutonio, pau no restart!
ExcluirAnônimo 27/6 18:55
ExcluirHein? Como assim, meus textos "são recheados de erros", "um festival"? Pode explicar?
... mas é incontroverso que o crossover do Leo Áquila é pendande. Platão aí tá certo!
Excluirdeixem o rapaz em paz, ele não está ofendendo ninguém e assim como os outros só quer expressar sua opiniões
ExcluirConcordo com o Charles.
ExcluirConcordo com o Paulo roberto. E além de mimimi demais acerca de como um ou outro escreve acho que tem muita gente aqui com problemas de ego realmente sérios. Há alguém competindo aqui? Há algum prêmio pelo post mais descolado e bem escrito? Ah, dá um tempo...
ExcluirO Charles escreve do jeito dele e pronto. O Bob recheia o Autoentusiastas com excelentes matérias, sem cobrar mensalidade de ninguém, erra como qualquer um e corrige os erros quando os mesmos são observados. Tudo numa boa,como poucos fazem.
Só uma dica: Existem excelentes consultórios e médicos peritos em ajudar a curar ou mesmo identificar quaisquer complexos que um ou outro amiguinho possa ter.
Hahaha só o anônimo das 21:14 não entendeu que isso aqui é como um clube, e portanto a graça é ficar pegando no pé dos outros. O Charles é novato e tem que passar pelo batismo de fogo!
ExcluirTirem os comentários anônimos aqui e perde 50% da graça.
Charles escreve os comentários mais aproveitáveis daqui.
ExcluirUm fã clube do restart dentro do autoentusiastas,o mundo está perdido.
ExcluirPois olhe, não é que uma foto extraída de uma pesquisa despretensiosa no google rendeu dois anos depois? Pior é que os caras vem pintar das piores cores só por conta de uma aversão que estes moleques coloridos de bandas “moderninhas” causam. Também sou avesso a eles, mas fracamente, sou muito mais indiferente. O que assusta é o ódio que os sujeitos nutrem só por causa de uma foto de avatar: Cuidado hein! Dizem que ódio é amor mal resolvido.
ExcluirEste perfil “Charles” é muito mais uma provocação, uma conta que usei em outros tempos, em outros blogues e sites, justamente para contrariar certas parcelas do comentariado forista que estavam tão pretensiosamente engajadas em formar “panelinhas de descolados” que se tornavam uníssonos, depreciativos e burros, afastando o objetivo original que era justamente a discussão de ideias e experiências acerca do tema principal: O automóvel.
De qualquer modo meu uso agora é bem melhor intencionado, e ver o ódio irracional desprendido por alguns contra a apresentação de meu perfil é apenas a sobremesa após a excelente servida de matérias que há aqui no AE.
E aprecio a atitude de vários comentaristas que se ativeram somente ao conteúdo do que escrevi e não às apresentações formais: A estes entusiastas desprendo minha cortesia e respeito (especialmente ao Mister Fórmula Finesse, cujos comentários e ideias por vezes já vi ultrapassarem até mesmo a mídia deste site).
Charles, dica esperta: não precisa colocar um adjetivo após cada palavra.
ExcluirCharles, parabéns pelo uso correto do idioma.
ExcluirMaldita escassez do petróleo.
ResponderExcluirMas não se preocupem, nosso futuro está garantido pelo uso dos dejetos humanos transformados em combustível.
RP
Isso ae. E vamos começar pelo Charles restart.
ExcluirIsso é uma "barca" americana. E eu aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaamo "barcas" americanas. Sempre amei. Sempre amarei.
ResponderExcluirJa pensou em ter um Simca ou Aero Willys?
ExcluirRepresentantes nacionais dessa escola.
"Nem Gordini, nem Ford, o bom era o Simca Chambord".... Bons tempos!
ExcluirAnônimo 15:28h, tenho paixão pelo Simca, inclusive ele foi o responsável por fazer nascer meu interesse por esta máquina maravilhosa chamada automóvel, lá pelos meus 5 anos, absolutamente fascinado que era pelo Chambord do meu avô materno, mas os legítimos representantes nacionais da categoria "barcas" foram apenas os Ford Galaxie 500, o Dodge-Dart, e as variações de ambos. Não considero o Aero nem o Simca como sendo "barcas" propriamente.
ExcluirAbraço.
Simca, JK2000?? Afff...Galaxie e Landau representam essa escola MUITO melhor. Ainda tem os Dojões/ Maveriques. Além disso Simca/JK são projeto europeu!!!
ExcluirÉ um desperdício o Mr. Roda-Presa ter uma barca americana, se ele nunca passa dos 30 km/h. Na faixa da esquerda.
Desperdício (além do sacrifício de sofrer dores) é uma mulher parir um estrupício que mesmo barbado não virou homem, continua um moleque infantil e imaturo como quando era de fato uma criancinha. Vira homem, depois a gente conversa. Teu papo agora é com os amiguinhos do jardim-da-infância, he, he, he! Meus pêsames para aquela infeliz que te colocou no mundo.
ExcluirO Mr. Car tem um Renault Logan amarelo e o Box666 uma Ford Explorer verde. Interessante.
ExcluirIsso é carro! Não aqueles lixos de Dodge.
ResponderExcluirO que voce tem contra os Dodges ? Pô.
ExcluirPode ir falando.. meu irmao!
Jorjao
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ExcluirIh, outro dono de Polara...
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ExcluirO poderio econômico dos USA da época traduzido em volume, opulência e...refinada engenharia!
ResponderExcluirBrilhante post MAO!
MFF
Barca. Respeito os europeus, mas meu coração ainda se atrapalha quando vejo uma barca...
ResponderExcluirKris Trexler's 1967 Oldsmobile Toronado Deluxe
ResponderExcluir17,500 original miles - not restored
http://www.kingoftheroad.net/toronado/index.html
Incrível, tá mais novo que quando saiu da fábrica!
ExcluirMAO,
ResponderExcluirBelissimo post que mais uma vez você nos fornece!! Cultura automobilistica em sua mais interessante forma. No aguardo próximo do Jensen.
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ResponderExcluirÉ um belo carro sim senhor !
ExcluirPena que voce pensa assim ...
Ou será que voce só pensa nisso ???
Ja entendi tudo...
Chiiiiiii o Cara so pensa nisso!
ExcluirEsse mundo tá perdido !
Jorjao
Todas as vantagens da tração dianteira, muita engenharia disfarçando algumas das desvantagens, mas era um notório devorador de pneus, justamente pela questão de as rodas de tração estarem sempre apoiando o big block americano e toda transmissão, o que aumenta muito o peso (e por consequência a força Normal, e o atrito, aumentando assim a capacidade de tração) sobre o eixo dianteiro. Mesmo os pneus dianteiros sendo um pouco mais largos que os traseiros, a situação não era tão próxima do ideal assim.
ResponderExcluirO limite da tração dianteira existe, afinal de contas. Seria uma situação em que o torque transmitido à roda gerasse um contra-torque na carroceria grande o suficiente para que a frente levantasse, reduzindo a força das rodas no chão (ou do chão nas rodas...) e assim o atrito, responsável pela transmissão de força ao solo. Quem já teve um Escort XR3 de primeira geração sabe que, numa suspensão projetada com menos cuidado, esse limite nem demora tanto para ser atingido...
O Toronado, DS de americano, não era um carro ruim afinal. Era tão revolucionário quando o Corvair, mas sem que algum advogado chato tivesse escrito um livro específico pra queimar seu filme, se não fez mais sucesso foi só por uma questão da época que era pródiga em lançamentos interessantes (era a época dos Muscles e dos Pony, entre outros).
Sempre pensei que o cadillac conversível ano 73 ou 74 tão grande quanto o Toronado que tambem utilizava tração dianteira, fosse o pioneiro com essa configuração.
ResponderExcluirLedo engano meu caro!
ExcluirTambem pensava o mesmo
Belo post, MAO.
ResponderExcluirCuriosa a montagem do trem de força deste carro, algo incomum e simples. Desconhecia.
Quem gosta de carro de verdade, aprecia qualquer escola, seja europeia, americana ou brasileira. O importante é entender como a máquina funciona e respeitar as soluções que os engenheiros encontraram.
Como mencionaram o Cadillac, o modelo com tração dianteira era o Eldorado. Posteriormente, surgiu o Seville - conhecido pelos brasileiros por sua manifestação mais lamentável, aquela "sem traseira".
ResponderExcluirJá os Seville dos anos 90, com motor Northstar 32V (o único outro V8 da GM fora o LS), também om tração dianteira, são belos carros, com um visual bem "Pininfarina", tipo duma Maserati Quattroporte da época, porém com dimensões mais americanas.
o mais triste é ver um carrão desses e ter um palio 1.0.kkk
ResponderExcluirSensacional, MAO. Está de parabéns pelo texto.
ResponderExcluirAbraço
Lucas CRF
Já conhecia esta barca de uma coleção que tenho em fascículos e vinha com uma miniatura de cada carro. O Olds do Jay Leno é um Corvette por baixo, se não me engano com aquele motor do ZR1 anterior com quatro válvulas por cilindro. Bela peça de engenharia. A título de curiosidade, qual o carro atual mais potente com tração dianteira?
ResponderExcluirMauro
Talvez o Focus SV que tem 250cvs
ExcluirDizem que o carro e um primor de estabilidade e controle
Já guiei uma Alfa 164 V6-24 com 215 e era ótima!
Jorjao
Pode colocar que já tem carro tração dianteira com mais de 300 cv, esses de 200 a 250 já são passado. Vários V6 de tração dianteira bem conhecidos já batem quase 300 cv sem problemas de comportamento, a Alfa cruzou a barreira dos 200 e hoje já estão quebrando a dos 300
ExcluirNão esqueçam de incluir o Nissan Maxima nessa lista!
ExcluirNo inicio dos anos 2000 beiravam os 200 cv. Os novos beiram os trezentos...
Gosto muito do Toronado, mas somente dos modelos iniciais. As reestilizações posteriores mataram o desenho original. Não sabia que o motor do Toronado era deslocado em relação à linha central do carro. Sempre que leio sobre esse carro fico imaginando como devem ser as juntas homocinéticas do bruto, para aguentarem tamanha potência e torque...
ResponderExcluirfocus RS 310 cv
ResponderExcluirEssa é a versão normal.
ExcluirHouve a série limitada RS500, com 350 cv.
O 500 refere-se ao número de unidades produzidas.
Que bacana! nunca pensei que houvesse um carro americano do período com tração dianteira.
ResponderExcluirMuito legal mesmo.
Se observado pelo desenho, o eixo traseiro parece ser pouco resistente, principalmente na fixação da ponta de eixo.
ResponderExcluirDepois de eu ter olhado os desenhos da suspensão, eu não ficaria tranquilo andando num carro desse,ficaria imaginando o que aconteceria se esse eixo de torção dianteiro quebrasse.
Nao vejo problema para esse arranjo de suspensao dianteira. S10.e Ranger usam ha bastante tempo, e sao carros pesados...
ExcluirAlguem sabe explicar a logica do amortecedor vertical?!
ResponderExcluirThiago, o amortecedor vertical é o tradicional (que amortece o movimento para cima e para baixo da carroceria), acredito que voce esteja perguntando do amortecedor horizontal traseiro, certo?
Excluira mola traseira em feixe é uma mola "macia" no sendido vertical, e muito dura no horizontal, mas ainda é uma mola. E se é mola, tem que ter amortecedor para segurar eventuais oscilacoes. Carros com tracao traseira e feixe de mola tem o eixo cardan segurando esses movimentos horizontais.
RT
MAO, parabéns pela matéria!
ResponderExcluirPor coincidência, recentemente vi 2 fotos do conceito Toronado XX, talvez um dos mais belos carros já projetados em toda a história. Pena que as últimas versões do Toronado tiveram desenhos tão convencionais...
O branco que falaram que esteve em Lindóia eu conheço, é de um cliente meu.
ResponderExcluirO link do anúncio é http://www.autoecia.com.br/clientes/detalhes.aspx?s=&id=277806&tipo=1
Considerando que é um carro americano desta época, é muito estranho, pois é bem diferente do que existia.
A parte mecânica é singular com motor e transmissão formando quase que só uma peça.
Na loja, Zaffira Multimarcas, tem alguns carros legais para quem se interessa por algumas coisas diferentes.
Antes que reclamem, não estou fazendo propaganda da loja, só divulgando que o carro existe e está a venda,
além das minhas impressões do mesmo.
Carlos Torres
Essa é a maior prova de que, quando há liberdade de criação e não falta grana, o projetista alcança seu apogeu profissional. O Toronado é tão bonito que arrisco a dizer que sua carroceria é moderna até hoje. Com as devidas atualizações de estilo e mecânica, faria sucesso como linha Oldsmobile 2013. Seria a volta da marca em grande estilo.
ResponderExcluirP.S.: Muito interessante a maçaneta interna acessível aos passageiros de trás. A Ford perdeu a chance de fazer o mesmo no Corcel II. Pensando bem, a maçaneta do Corcel escondida na parte mais baixa fez a alegria de muito marmanjo, como alguns já bem lembraram aqui no blog, já que a mocinha no banco do passageiro nunca achava o lugar de puxar. O gaiato tinha que se debruçar sobre as coxas da “vítima” para abrir a porta. Ponto pra Ford! Isso é que eu chamo de cavalheirismo em ordem inversa: O que importava era abrir a porta pra donzela sair!