Paul Piestch (1911–2012), no dia em que fez 100 anos (gpnow.com) |
O alemão Paul Pietsch morreu no dia 31 maio. Acredito que poucos saibam quem ele é. Eu também não sabia – até 16 de abril último.
Foi quando o Dr. Volker Breid e Dra. Maike Schlegel, respectivamente presidente e executiva-chefe da Motorpress International, o império editorial alemão do segmento de revistas automobilísticas que edita, entre outras, a Auto Motor und Sport, e que desde 1º de fevereiro de 1997 detém o controle da Motorpress Brasil, que aqui publica as revistas Carro, Carro Hoje, Motociclismo, Racing, Sport Life e Transporte Mundial, todas em edição também online, estiveram em visita à filial brasileira. Como alguns leitores sabem, sou editor técnico e colunista da Carro desde novembro de 2008 e por isso estava na editora nodia da visita, todos os funcionários e colaboradores reunidos.
Foi quando o Dr. Volker Breid e Dra. Maike Schlegel, respectivamente presidente e executiva-chefe da Motorpress International, o império editorial alemão do segmento de revistas automobilísticas que edita, entre outras, a Auto Motor und Sport, e que desde 1º de fevereiro de 1997 detém o controle da Motorpress Brasil, que aqui publica as revistas Carro, Carro Hoje, Motociclismo, Racing, Sport Life e Transporte Mundial, todas em edição também online, estiveram em visita à filial brasileira. Como alguns leitores sabem, sou editor técnico e colunista da Carro desde novembro de 2008 e por isso estava na editora nodia da visita, todos os funcionários e colaboradores reunidos.
Na ocasião, entre as apresentações foi exibido um vídeo contando a história da Motorpress International. Foi aí que eu soube quem era Paul Pietsch, e me emocionei ao saber.
Em 1950, na largada para a subida de montanha de Schaunisland, com Maserati A6GCM (wikipedia) |
Em 1946, um período difícil na Europa pós-Segunda Guerra
Mundial, dois pilotos
de corrida, Paul Pietsch e Ernst Troeltsch, e o comerciante Josef Hummel,
resolveram criar uma revista de automóveis, a que deram o nome de Das
Auto. Era a semente da Auto Motor und Sport Que começo fantástico para uma revista de automóveis! Pura paixão! E tenho certeza de que foi esta paixão pelo automóvel que fez Paul Pietsch chegar aos 100 anos de vida plena, a poucos dias de soprar 101 velinhas.
Do Wikipedia: "Nascido em Freiburg, Pietsch começou a correr em 1932 com Bugatti e Alfa Romeo particulares. Com um Alfa Romeo, venceu na Suécia a III Svenska Isloplett em 1933, uma prova no gelo, em Hemfjärden e no ano seguinte outra competição do tipo, em Vellentunasjön. Correu no GP da Alemanha de 1935 com Auto Union e chegou em terceiro no GP da Itália daquele ano, antes de deixar a equipe por achar aqueles carros de motor traseiro difíceis de pilotar. De 1937 em diante correu de Maserati particular. Seu melhor desempenho foi no GP da Alemanha de 1939, quando liderou a partir da segunda volta até ter um problema de ignição, que o fez chegar em terceiro, mesmo assim um excelente resultado diante da força dominante das Flechas de Prata. Depois da guerra correu em três grandes-prêmios de campeonato mundial, estreando em 3 de setembro de 1950. Com um Alfa Romeo de fábrica no GP da Alemanha de 1951, acidentou-se. Não marcou pontos no campeonato. Na época ele já era um bem-sucedido editor de revistas de automóveis e de motocicletas. Sua empresa Motor Presse Stuttgart é a maior do mercado europeu em revistas de tecnologia e interesses especiais".
Que grande autoentusiasta! Quando completou 90 anos, disse: "Meu interesse e diversão ao fazer certas coisas sempre determinaram minhas ações. Meu lema é: se você não gosta de fazer algo, é melhor parar!"
Eu já tinha um certo orgulho de trabalhar para uma revista de peso, parte de uma organização e presença internacional marcante. Depois que eu soube como tudo começou, esse orgulhou só cresceu. Por isso lamentei tanto sua morte.
O desparecimento de Paul Pietsch, embora não o tivesse conhecido pessoalmente, me deixou um grande e inexplicável vazio, e tenho certeza de que muitos aqui e mundo afora compartilham esse sentimento..
R.I.P, Paul.
BS
Que grande autoentusiasta! Quando completou 90 anos, disse: "Meu interesse e diversão ao fazer certas coisas sempre determinaram minhas ações. Meu lema é: se você não gosta de fazer algo, é melhor parar!"
Eu já tinha um certo orgulho de trabalhar para uma revista de peso, parte de uma organização e presença internacional marcante. Depois que eu soube como tudo começou, esse orgulhou só cresceu. Por isso lamentei tanto sua morte.
O desparecimento de Paul Pietsch, embora não o tivesse conhecido pessoalmente, me deixou um grande e inexplicável vazio, e tenho certeza de que muitos aqui e mundo afora compartilham esse sentimento..
R.I.P, Paul.
BS
Viver 101 anos respirando automovel. Que privilegio.
ResponderExcluirRenato.
R.I.P PAUL PIETSCH
ResponderExcluirOff-topic: Bob, você fez parte da equipe de jornalistas que fez o percurso entre São Paulo e Rio de Janeiro dirigindo o Audi A1 dias atrás para fazer teste de consumo?
ResponderExcluirRealmente uma pena...
ResponderExcluirMarcua
ResponderExcluirNão, apesar de ter sido convidado.
Bob Sharp,
ResponderExcluirSabe dizer se ele continuava trabalhando?
Niemeyer passou dos cem trabalhando. Acho fantástico.
Pessoas que vivem a fazer o que gostam em geral vivem mais mesmo.
Ah, um registro: Niemeyer perdeu sua filha única hoje.
Rômulo
ExcluirPelo que sei, sim, embora em outro ritmo. Sim, eu soube da filha do Niemeyer, muito triste perder o único filho com a idade que ele tem.
Bob, seria possível disponibilizar aquela matéria sobre misturas de combustível?
ResponderExcluirhttp://autoentusiastas.blogspot.com.br/2009/07/materia-na-revista-carro.html
É uma pena que, atualmente, existam poucas pessoas como Paul Pietsch. Falta mais paixão para se dedicar àquilo que realmente se gosta, muitos só pensam no $$$ que determinada carreira irá proporcionar.
ResponderExcluirQue tenha seu merecido descanso.
Quer um pouco mais de desânimo? Assista "Blue Chips" com Nick Nolte, foi filmado nos anos 90 e mostra como funciona o submundo do basquete. Continua atual até hoje...
ExcluirAndreé Andrews
ResponderExcluirVou cuidar disso. Só preciso pedir autorização, pois sempre que se escreve para um veículo de comunicação assina-se um contrato do cessão de direito autoral. Mas tenho certeza de que não haverá problema.
Caro amigo Bob,,,PAUL PIETSCH que carreira fantastica !! ,, um apaixonado pela velocidade,assim como nós ,,,editor renomado uma perda lamentavel .....100 anos ! nao é para qualquer um,, frase que meu Pai Dr Evandro sempre comenta , medico AnatoPatologista aposentado como pesquisador Cientifico CPq 6 do Instituto Adolfo Lutz, Dia 05/08 ( domingo ) proximo completara 101 anos !! esta muito lucido e bem de saude,,,,Apareça aqui em Floripa iremos fazer um almoço especial para os amigos proximos,,
ExcluirValeu!
ExcluirCaro Bob, bom dia.
ResponderExcluirSobre a solicitação do colega, parece-me que a referida reportagem motivou interessante pesquisa em pós-graduação em engenharia mecânica na Universidade Federal de Campina Grande, conforme link adiante. Infelizmente tal pesquisa, ao menos numa rápida análise, não se ateve à proporção E85 elogiada na reportagem, mas traz um interessante levantamento da mistura 50/50 (que não seria tão meio a meio assim em virtude da adição de álcool anidro na gasolina C).
Fica a sugestão de leitura aos AutoEntusiastas para o frio final de semana que se aproxima.
Leandro, Londrina-PR.
Opss,e não é que esqueci o link?
Excluirhttp://ppgem.ufcg.edu.br/index.php?option=com_phocadownload&view=category&download=66:boniek&id=30:dissertacoes&Itemid=83
Como eu comentei em outra ocasião,é triste verificar que os mestres se vão e a mediocridade não só permanece como só aumenta. Mais um mestre que se vai.
ResponderExcluirEra Meu Bisavo.
ResponderExcluir