google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)


No automobilismo mundial existem inúmeras categorias, desde os carros do tipo fórmula monoposto, os dragsters, carros de rali, protótipos, GTs e os chamados carros de turismo. Esta última, a categoria de turismo, provavelmente é a mais difundida de todas, pelo fato de se utilizar como veículo base um carro de produção normal em grande série.

Nem sempre estas bases são mantidas a rigor, como no caso da nossa Stock Car, onde o carro não tem nada a ver com um modelo de rua, começando pelo chassis de construção tubular. Outros campeonatos, entretanto, seguem a regra do carro base de produção. A Supercar V-8 australiana utiliza carros de produção modificados para corrida, com o monobloco original.

O campeonato alemão de turismo de hoje, o famoso DTM (Deutsche Tourenwagen Masters, Torneio Alemão de Carros de Turismo) é um dos mais tradicionais do mundo. Os carros seguem a mesma linha conceitual do nosso Stock Car, uma carroceria que se assemelha com um modelo de produção, mas um chassi completamente diferente, com direito a compósito de fibra de carbono e tudo mais.

   
Foto: Emerson Paz

Há pouco menos de um ano escrevi o post "1976", dando um panorama do que era o nosso mercado àquela época e comparando com o de hoje.

Desta vez, escrevo um post sobre 1986, de forma que podemos comparar o mercado deste ano não só com o atual, mas também vermos a evolução que ocorreu em dez anos ao fazermos a comparação com 1976.

Um ano especial para mim, 1986. Foi quando fiz 18 anos e sonhava com um carro, apesar de não ter condições de comprar um. Na época, meu carro dos sonhos era o Passat Pointer 1.8, que havia acabado de receber o motor AP-800 do Santana, já com bielas mais longas. Era o carro esportivo da época, junto com o Gol GT e o Monza S/R. Havia também o Escort XR3 e o Uno SX, com 86 e 70 cv respectivamente, mas estes comiam poeira do trio equipado com motor de 1,8 litro.

Fotos: cardesignnews.com, powelldesign.de

Poderia ser o "Mini" de hoje

Um BMW pequeno, com claro foco em uso urbano soa como um Smart, porém da fábrica da Bavária. Certamente de uma tendência mais esportiva, o Z13 tinha três lugares, aparência de carro esporte miniatura, e uma cara de “eu quero um”.

Foi exatamente assim que me senti quando vi fotos dessa pequena belezinha em 1993, ano em que foi apresentado como o conceito de uso urbano, um carro para o que os americanos chamam de commute, ir e voltar da atividade diária.  Depois iríamos entender que não era exatamente para uso em cidade apenas, mas isso só depois de entender sua história.

Esse atraente carro foi concebido pela divisão BMW Technik, a mesma que construiu o Z1 e cuja filosofia está explicada nesse post sobre o modelo Z1, publicado aqui no AE. 

O Z13 foi  pensado menos como um carro urbano, mas com ênfase na capacidade de viajar bem entre cidades próximas, e para isso teria que ter velocidade compatível com rodovias.

Estrutura espacial em alumínio

Fotos: wikicars.org, awdwiki.com, wheelsofitaly.com

O interessante está entre as rodas traseiras, um diferencial


O Alfa Romeo 164 foi sucesso aqui no Brasil quando apareceu, trazido pela Fiat quando as importações foram reabertas em 1990. Era uma situação de alegria para os adeptos da marca, que não tinham um modelo no mercado desde que o 2300 SL/Ti4 saíram de produção em 1986. Infelizmente o topo da linha não veio oficialmente, e desconhecemos se esse modelo em questão chegou a girar suas rodas por aqui. Estamos nos referindo ao Q4, Quadrifoglio 4, o modelo com tração nas quatro rodas.

Em 1993, o Alfa Romeo 164 ganhou seu modelo mais complexo, versão raríssima fora da Itália, que adotava um sistema de tração integral, claramente seguindo o sucesso que a Audi experimentava, e não totalmente novidade na marca italiana, que já havia tido outros modelos com as quatro rodas motrizes, como o 33 e o 155.

Foi desenvolvido não apenas pela Alfa, mas sim com a colaboração da austríaca Steyr-Puch, especialista em carros com tração em todas as rodas de usos emergenciais e militares.  O resultado foi um conjunto bastante moderno e eficiente.