Imagem: Folha online
Tudo começou quando um velho amigo, Luiz Leitão, me copiou um e-mail que mandara para a ombudsman da Folha de S. Paulo, Suzana Singer, observando que havia lido "125 cilindradas" numa matéria sobre motoboys, conforme a arte acima no tópico "Outras exigências".
Tudo começou quando um velho amigo, Luiz Leitão, me copiou um e-mail que mandara para a ombudsman da Folha de S. Paulo, Suzana Singer, observando que havia lido "125 cilindradas" numa matéria sobre motoboys, conforme a arte acima no tópico "Outras exigências".
O Luiz é um cidadão-leitor e também colunista, que faz questão de português bem escrito nos meios de comunicação, especialmente quando são envolvidas questões técnicas, por entender – como eu – que a imprensa tem a obrigação de informar corretamente.
O que você lerá agora é uma série de correspondências eletrônicas entre o Luiz e a Folha, e depois entre eu e o jornal, pois acabei entrando na discussão.
O que você lerá agora é uma série de correspondências eletrônicas entre o Luiz e a Folha, e depois entre eu e o jornal, pois acabei entrando na discussão.
Escreveu ele:
“Prezada Suzana,
Em 26/11, a Folha online publicou uma reportagem (link abaixo) sobre motoboys, com uma ilustração onde se lia “120 cilindradas”.
Cilindrada não é unidade de medida, mas repórteres e redatores, não só da Folha, têm o péssimo hábito de usar o termo no lugar de cm³. Pode-se dizer “uma moto com 120 cm³ de cilindrada”, mas é clamorosamente inapropriado escrever “120 cilindradas”.
Os editores a quem me queixo desse vício de linguagem no qual incorrem tantos profissionais invariavelmente reconhecem o erro, prometem providências, mas a coisa se repete.
Atenciosamente,
Luiz M. Leitão da Cunha”
A ombudsman, passados alguns dias, respondeu ao Luiz, com os comentários do jornalista autor da matéria: O Luiz me participou o teor do e-mail:
"Luiz,
agradeço sua manifestação. A resposta da editoria segue abaixo.
Atenciosamente,
Suzana Singer
Ombudsman - Folha de S.Paulo
Suzana Singer
Ombudsman - Folha de S.Paulo
Resposta do jornalista Alencar Izidoro:
A expressão “120 cilindradas” é uma simplicação do termo técnico (moto com cilindrada de 120 centímetros cúbicos), difundida tanto popularmente como entre autoridades e técnicos de trânsito. É uma forma de resumir a expressão técnica de maneira mais compreensível para os leitores e às limitações de espaço. Não é à toa que esse termo popular já constou até mesmo de resolução oficial do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), autoridade máxima do trânsito no Brasil, conforme a resolução 47, de 21 de maio de 1998. Em seu artigo 1º, ela dizia: "Art. 1º Para rebocar carretas com carga, as motocicletas devem atender os seguintes requisitos: I - possuir motor com capacidade superior a 120 cilindradas".
O Luiz contestou dizendo:
O Luiz contestou dizendo:
"Suzana,
Agradecendo sua atenção, comento:
Em sua resposta, o jornalista Alencar Izidoro tenta justificar um erro – e é disso que se trata – por ter sido adotado e consagrado por autoridades de trânsito (e até por fabricantes de motocicletas), e por questão de economia de espaço.
Um jornalista especializado me informa que todas as resoluções, à exceção da citada por Izidoro, referem-se a cm³, inclusive a regulamentação do IPI.
No entanto, nem sequer a alegação de economia de espaço se sustenta: A expressão “Motos de 125 cm³” (ou cc) é mais curta que “Motos de 125 cilindradas”.
O sr. Izidoro insiste no erro, mas evitá-lo doravante seria uma boa contribuição para a difusão da norma culta.
Atenciosamente,
Luiz Leitão"
O jornalista especializado citado sou eu. Achei demais, uma insistência desmedida por parte do jornalista da Folha e, honrando velha mania minha, comprei a briga. Com autorização do Luiz, escrevi à ombudsman:
"Prezada Suzana,
O leitor Luiz Leitão, que nos lê em cópia, procurou alertar esta Folha a respeito do uso incorreto de unidade de volume no caso da cilindrada dos motores e a resposta que teve do Alencar Izidoro, passada por você, é lamentável.
O próprio Manual de Redação do jornal é claro nessa questão, cilindrada se exprime em centímetros cúbicos (cm³) ou litros. Ou seja, cilindrada não é unidade de volume, mas medida, tanto quanto distância, altura, peso e outras.
Dizer que um motor tem 125 cilindradas é exatamente o mesmo erro que, por exemplo, a rodovia de São Paulo a Santos tem 90 distâncias ou do chão ao teto da sala são 3 alturas ou, ainda, o veículo pesa 1.500 pesos. Isso seria inadmissível, concorda?
O Alencar falar em "simplificação técnica" para justificar o flagrante erro é, no mínimo, uma irresponsabilidade, uma vez que é papel do jornalista informar corretamente e, desse modo, contribuir para o conhecimento e a cultura do leitor.
Aproveito para lhe informar e ao Alencar Izidoro que a maior autoridade de trânsito no Brasil não é o Conselho Nacional de Trânsito (Contran), mas o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e que o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) é claro nessa questão, como poder ser visto no Anexo I - Conceitos e Definições, Ciclomotor: veículo de duas ou três rodas, provido de um motor de combustão interna, cuja cilindrada não exceda a cinqüenta centímetros cúbicos (3,05 polegadas cúbicas) e cuja velocidade máxima de fabricação não exceda a cinqüenta quilômetros por hora.
Atenciosamente,
Bob Sharp"
Passados alguns dias, a ombudsman me escreveu:
"Caro Bob Sharp,
segue resposta.
Atenciosamente,
Suzana Singer
Ombudsman - Folha de S. Paulo
Ombudsman - Folha de S. Paulo
1) Em relação ao Contran, trata-se do "órgão máximo normativo e consultivo" do sistema nacional de trânsito. Essa definição, portanto, é bastante explicativa da sua atribuição. Consta do artigo 7º do CTB (Código de Trânsito Brasileiro);
2) Não há nenhuma discussão sobre se cilindrada se exprime em centímetros cúbicos ou se cilindrada é unidade de volume. Não existe, portanto, qualquer divergência sobre esse tema;
3) Em relação à expressão citada, respeito a sua opinião e a sua campanha perante os diversos órgãos de imprensa, inclusive os especializados no setor automotivo (como "Auto Esporte"). Acho legítima. Mas lamento dizer que a sua opinião não é a mesma da de diversos técnicos e órgãos de trânsito. A ponto de, como já disse, constar de publicações oficiais do Contran (conforme a resolução 47, mencionada anteriormente) e da CET (http://www.cetsp.com.br/media/56546/bt42-%20invetigacao%20de%20acidentes%20de%20transito%20fatais.pdf), dentre outros espalhados pelo país. Isso sem falar em entidades do próprio setor, como a Abram (Associação Brasileira de Motociclistas). Basta uma consulta (http://abrambrasil.org.br/l_motocicletas.html) para verificar como a expressão é recorrente. Esses setores técnicos certamente também sabem que cilindrada se exprime em centímetros cúbicos. Porém adotam algumas vezes essa simplificação, provavelmente por ser uma expressão amplamente difundida pelo país.
Atenciosamente
Alencar Izidoro"
Fiquei perplexo com a teimosia do jornalista. Escrevi à ombudsman em seguida:
"Prezada Suzana,
É lamentável a insistência do Izidoro, não admitir seu erro e, pior, citar o erro dos outros para se justificar. Pior, a intenção implícita de continuar espalhando esse erro crasso através das páginas de um jornal da importância da Folha de S. Paulo, que se supõe primar pela informação correta.
Note que no ponto 2 ele diz não haver discussão quanto a cilindrada se exprimir em centímetros cúbicos ou se cilindrada é unidade de volume, e que não há divergência sobre esse tema. Isso significa, então, que ele sabe o que é certo. Mesmo assim acha que um pode ser usado um no lugar outro sem problema em nome de "simplificação", o que é assustador.
Que ele veja se as revistas especializadas, mas de alcance popular, como Quatro Rodas, Carro, Autoesporte, Motorshow e outras cometem esse erro.
Quanto ao Contran, como ele mesmo diz, é órgão máximo normativo e consultivo, mas não executivo, atribuição do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).
Não me resta outra saída – que eu não gostaria – senão tornar pública essa estranha e irresponsável posição do Izidoro, e por conseguinte desta Folha, no meu blog AUTOentusiastas (www.autoentusiatas.blogspot.com). Avisarei quando for para a rede.
Um abraço e obrigado pela sua atenção.
Bob Sharp"
Eu esperava que o jornalista Alencar Izidoro refletisse e mudasse sua postura em relação a esse caso diante da possibilidade de o mesmo vir a público, mas como não houve mais manifestação do jornal, foi publicado.
Para comparação, exatos três anos atrás o mesmo Luiz alertou o Jornal da Tarde, do Grupo Estado, sobre o mesmo erro, tendo sido prontamente acolhido pelo editor do Jornal do Carro/Autos, Tião Oliveira, que conheço e reputo um profissional de primeira grandeza, e que escreveu:
Eu esperava que o jornalista Alencar Izidoro refletisse e mudasse sua postura em relação a esse caso diante da possibilidade de o mesmo vir a público, mas como não houve mais manifestação do jornal, foi publicado.
Para comparação, exatos três anos atrás o mesmo Luiz alertou o Jornal da Tarde, do Grupo Estado, sobre o mesmo erro, tendo sido prontamente acolhido pelo editor do Jornal do Carro/Autos, Tião Oliveira, que conheço e reputo um profissional de primeira grandeza, e que escreveu:
"Boa tarde, sr Luiz.
Encaminhei seu comentário, que está
100% correto, aos respectivos responsáveis.
Grato pelo interesse e ajuda.
Cordialmente,
Tião Olveira
Editor
J. Carro/Autos"
Que diferença de atitude, não?
O objetivo do AE com esse post é procurar incentivar o jornalista Alencar Izidoro a repensar sua atitude, uma vez que, no momento que for para a rede, a ombudsman da Folha Suzana Siinger será avisada. Todo leitor merece ser bem informado.
BS
Que diferença de atitude, não?
O objetivo do AE com esse post é procurar incentivar o jornalista Alencar Izidoro a repensar sua atitude, uma vez que, no momento que for para a rede, a ombudsman da Folha Suzana Siinger será avisada. Todo leitor merece ser bem informado.
BS
Bob
ResponderExcluirRepita comigo: "nós pega o pexe".
Infelizmente esse não é o único caso na Folha, parece que seus jornalistas não são Jornalistas.
ResponderExcluirBob, acesso o blog usando celular e tablet com android, Froyo e honeycomb respectivamente. Em ambos, os textos oriundos da folha ficam preto no fundo preto, impossibilitando a leitura. Alguma falha nos meus gadgets ou algum problema com vocês?
ResponderExcluirBob
ResponderExcluirVivemos no país do "todo mundo faz" ou "sempre se fez assim". É um traço cultural lamentável, que explica muita coisa ("é costume da casa", "é o procedimento", enfim).
Nós que tentamos mudar alguma coisa acabamos no papel de vilão, pois embora as pessoas saibam que é errado, admitir isso significaria mudar tanta coisa que elas preferem mandar a gente calar a boca. Um bom exemplo é a história dos cinco macacos (http://1000razoes.blogs.sapo.cv/74982.html), que não transcrevo aqui por falta de espaço.
Falando em falta de espaço, é engraçada essa desculpa dele, até parece que ele escreve no Twitter (" cc de ": sete caracteres à mais, contando com os espaços).
Quem corrige ou ensina no Brasil é visto como chato, grosso, sem educação, ou até mesmo preconceituoso.
ResponderExcluirParabéns, também leio muita aberração no jornal como "2.0 de potência" que fico até com dor nos olhos.
Wrca
ResponderExcluirNão sei o motivo dessa anomalia de leitura que você está tendo. Nos e-mail da Folha a fonte é apenas azul, para ficar mais fácil diferenciar. Tentou acessar num PC/notebook?
De:Jorge
ResponderExcluirCaro Bob,
Concordo q esteja escrito errado, mas como falar "ao povao"? Tem q ser na linguagem dele... E "o povao", fala "cilindradas".....
Para mim a sua postura foi mais q correta, mas tb procuro entender o lado do jornalista nesse caso: Adianta explicar a diferenca entre "piscina" e "aquario", mas vai entrar na cabeca do "povao" e fazer com que todos passar a falar corretamente?
Se as pessoas em geral tivessem o foco somente na discussão em questão, tudo seria mais fácil.
ResponderExcluirInfelizmente, entra aí o fator vaidade, que leva o cara a ter mais trabalho para procurar justificativa para seu equívoco, tentando torná-lo aceito, do que simplesmente corrigindo e acertando o rumo novamente.
Bob, muito digna a atitude de tentar alertar várias vezes antes de tornar pública a intransigência alheia.
Abraços
Jorge
ResponderExcluirDepois que o Luiz escreveu ao Jornal do Carro, imediatamente saiu uma circular para todos os redatores explicando o modo correto e desde então, faz três anos, cilindrada nunca mais foi usada como unidade de volume. O certo e o errado assimilam-se de modo igual.
Pra mim foi vingança do Bob: Não aceitou e corrigiu o que eu falei, vou colocar na internet....
ResponderExcluirkkk q isso Bob, pode ser vingativo assim não em....
Anônimo
ResponderExcluirNão se trata disso. Se você é jornalista e, consequentemente formador de opinião, é seu dever ensinar o certo, e não simplesmente propagar os erros. O mesmo vale para professores, políticos e tudo o quanto é figura pública.
WRCA,
ResponderExcluirleia os textos em aparelhos de gente, não nesses brinquedos.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirWrca
ResponderExcluirVai lá no roda-pé da página e clica em "visualização para web", "visualização clássica", algo do tipo, e automaticamente ficará do mesmo modo que você visualiza em um desktop.
Quer dizer então, seguindo o raciocínio do jornalista, que como o povão pede "um chopps e dois pastel", quando tal erro tornar-se ainda mais popular e corriqueiro, ele escreverá assim, pois se escrevesse "um chopp e dois pasteis", ninguém entenderia. Errados "somos a gente" que achamos que aprendemos certo!
ResponderExcluirBob. Acho legal voce lutar pela pronuncia correta. Mas, a lingua é feita pelo povo. e o povo fala assim. nao é um vicio de linguagem, é a geração da nova linguagem, segundo a teoria gerativista de Labov.
ResponderExcluirDiscussao que só mexe com egos, e nao leva a lugar nenhum. deixe ele escrever em paz.
Oi, Bob,
ResponderExcluirComo está bonito esse blog, um estilo gráfico límpido, bem "profissa" mesmo, e nem haveria de ser diferente sendo vc o editor.
Abraço.
Anonimo das 12:58.
ResponderExcluirEu gosto de brinquedos.
Fernando, obrigado, funcionou. E pelo pc tá tudo ok. Não entendi o que aconteceu.
E voltando, eu sempre cometi esse erro, aprendendo o correto pelo blog.
Postura arrogante da Folha, e a atitude releva ainda a falta de compromisso com as pessoas.
Aprender nunca é demais.
Foi bom dar uma coça na Folha e mostrar a diferença de tratamento entre esse jornal e o JT, que é do grupo do Estadão.
ResponderExcluirSe bem que não me surpreendo com a maneira como a Folha agiu, pois é jornal dos mais cheios de querer ser. Qualquer dúvida, que vejam o "Roda Viva" e sempre prestem atenção em quem a Folha manda. É sempre alguém que só de bater o olho já se vê que é alguém com o rei na barriga.
Que ninguém se surpreenda com a perda de tiragem que o referido periódico vem tendo.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirTambém é lamentável ver que até nas propagandas se comete esse erro.
ResponderExcluirO que vocês acham que podemos esperar do Grupo Folha?
ResponderExcluirEssa atitude do jornalista da Folha, de considerar que as pessoas são incapazes de assimilar a expressão correta, revela um enorme menosprezo pela capacidade intelectual dos leitores do veículo para o qual trabalha. Voto de louvor ao Bob por insistir no assunto, e também ao representante do Estadão por tratar da questão com a equanimidade e o profissionalismo que são marcas do bom jornalista.
ResponderExcluirA todos:
ResponderExcluirVocês assistiram um filme chamado "Idiocracy"?
O longa, de 2006, não foi lançado no Brasil...
Deveria ser uma comédia, para mim, foi um filme de terror!!
Aluguem, baixem, de uma forma ou outra, assistam... Assim vão entender porque tanto medo do "linguajar do povo"
FVG, seu texto quase acertou:
ResponderExcluir"nóIs péga os pexe"...
Bob meu amigo, desculpe a a opnião
ResponderExcluirmas não gaste seu dia com cavalo
Conselho de engenheiro pra engenheiro
Abraço
é uma esculhambação de cabo a rabo "neste país"
ResponderExcluirjornaleco pra "nova classe média"
Agora lembrei de uma das maiores decepções da minha vida. Lá pelos idos de 91, estava eu assistindo uma aula de Mecânica Geral na FEI, quando vejo o professor tascar um "MTS" no quadro - como unidade de medida de metros.
ResponderExcluirNeste dia, fiquei seriamente desiludido com o mundo: se um professor de uma respeitada faculdade de engenharia não sabe usar unidades corretas, o que esperar das demais pessoas?
Postura arrogante desse jornalistazinho de meia pataca, que se tivesse o mínimo de humildade, acataria o certo ao invés de ficar tentando se justificar.
ResponderExcluirDifundir o errado, decerto é papel da imprensa não é? Depois reclamam e censuram sites de humor que tiravam sarros das barbaridades que esse grupo comete. Lembram do site "falhadespaulo"?
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBob.
ResponderExcluirConcordo até o último suspiro. A língua pátria tem que ser usada de maneira correta.
Deixo, entretanto, um porém: gostaria que me justificasse o uso da expressão "velocidade máxima de fabricação".
Eu entendi, me parece que quer dizer que o veículo deva atingir no máximo esta velocidade, sem considerar eventuais preparações ou modificações pós-venda mas lendo a expressão isoladamente, me dá a impressão que a linha de montagem não pode passar dos 50 km/h ao fabricar o veículo.
Não ficaria melhor "originalmente com velocidade máxima de 50 km/h", ou algo do gênero?
Aproveitando o assunto do post, tenho ficado satisfeito ao ler cada vez menos anúncios de "Opala 6cc" à venda.
Abraços. César.
Hoje em dia só os tiozinhos e vovozinhos se preocupam em escrever corretamente, o que é uma pena...
ResponderExcluirOlá Bob
ResponderExcluirComo estudante do último ano de física (física médica...) e trabalhando há um bom tempo com detectores de radiação (radiação ionizante é bom que se diga!), adore ver as reportagens relacionadas ao tema na Folha. O acidente de Fukushima rendeu boas pérolas! Tentei entrar algumas vezes em contato com eles, mas não obtive resposta. O tema já é bastante polêmico e as pessoas tem bastante preconceito com tudo relacionado, quando um veículo de comunicação dissemina informações erradas, cheias de achismos e preconceitos a coisa fica mais feia ainda!
Abraços
É Bob.
ResponderExcluirEsse editor da Folha sofre de "holeritite".
- Osmar Fipi
igual ao William Bonner.
ResponderExcluirse ele acha que eu sou burro, então ajo como burro e mudo de canal.
não é a toa que a FÔIA tá em declínio e só sobrevive com eterno financiamento estadual e anúncio estatal.
Na boa, Bob e demais. Que discussão boba. Quanta perda de tempo num tema tão irrelevante. O/A jornalista da FSP está correto. Você também. Que discussão inútil...
ResponderExcluirEste comentário foi removido por um administrador do blog.
ResponderExcluirBob!
ResponderExcluirNão houve com você - há muito tempo - uma certa discussão em relação ao que disse: "O jornalista que escreve sobre carros, deve saber dirigir bem!"?
Afirmação mais do que lógica, mas que parece, desceu quadrada na garganta de alguns estudantes de jornalismo.
Como de costume,no caso deste post, sua competência mais uma vez ficou mais do que evidente.
GM
Bob,
ResponderExcluireu não sei o que é esse jornal desde a campanha das Diretas Já, quando a postura de comunismo retrógrado ficou evidente.
Ouvi dizer que atualmente estão batendo um pouco no (des)governo federal, mas não vou pagar para ver.
Leio o Estado de São Paulo, um jornal mais profissional.
Anônimo 14/12 15:10
ResponderExcluirInútil para quem não dá valor ao que é escrito corretamente. Perda de tempo, não houve, tratou-se de copiar e colar. Mas serviu para uma coisa: mostrar como você está mesmo por fora, ao dizer o jornalista da Folha está certo.
Osmar Fippi
ResponderExcluirHoleritite aguda...
Lee Falk,
ResponderExcluiré de se tomar cuidado com a aparência da sogra. Normalmente, elas nos mostram como serão nossas esposas no futuro.
Anônimo 14/12 12:49
ResponderExcluirNada de vingança, mas tentar fazê-lo se convencer e parar de informar errado a milhares de leitores.
Paulo vr.
ResponderExcluirIsso é conseqüência da propagação do errado. Acaba ficando automático.
Bob, olha que o tal do Izidoro é um zé-ninguém na Folha.
ResponderExcluirSe o sr. tivesse comprado briga com a humilde Mônica Bergamo, certeza que a digníssima defecaria em sua cabeça!
GM
ResponderExcluirÉ impossível quem dirige mal analisar um automóvel. No máximo, poderá citar preços e equipamentos de série e opcionais.
Quero dar os meus cumprimentos ao Luiz e ao Bob pela tenacidade em sempre se dispôr à corrigir aquilo que pode ser melhorado.
ResponderExcluirEscrever um texto de maneira "popular" é apenas uma maneira bonita de dizer que o escritor é preguiçoso demais em ir atrás da informação completa.
Ler um texto com erros passa a impressão de desleixo e faz perder a credibilidade do texto e inclusive de quem escreve.
Anônimo 14/12 13:11
ResponderExcluirDeixá-lo escrever em paz é deixá-lo fazer estrago no conhecimento das pessoas. Não deixo.
Anônimo 14/12 13:34
ResponderExcluirVale a pena, não dá para admitir erro tão crasso, prejudicial ao conhecimento.
Mula
ResponderExcluirQue mula este jornalista.É como dizer que o jornalista pode tudo, inclusive escrever errado e insistir no erro alegando que todos são incultos e burros.Que mal exemplo.
Mas que teimosia.
ResponderExcluirCilindrada não é unidade de medida.
Mas tem gente que adora ser cabeça dura.
Bundaman
ResponderExcluirComplementando meu comentário das 17.36, fico indignado também com este Ombudsman da Folha.Parece funcionário do setor de expedição. Recebe e repassa.Não cumpre seu papel que é receber críticas e orientar os jornalista e o jornal a cumprir bem a função e o bom jornalismo entre outros.Um Osbundão.
Olha, peço perdão...
ResponderExcluirQuem acha que a briga comprada é besteira e não vale a pena, ao invés de dizer para que parem de ler este blog, digo: Leiam MAIS este blog (tomei as dores e os poderes agora, hein? hahaha...)
Não importa qual a profissão que a pessoa escolhe, ela tem que arcar com seus encargos. Médicos devem atender a TODOS, aprovando ou não o comportamento do paciente.
Engenheiros devem projetar e defender o que criam, para que seja produzido de forma que ofereça segurança e durabilidade.
Se você quer ser médico, mas não gosta de agulhas, arque.
Se quer ser engenheiro, mas não gosta de cálculos, arque.
Se você que ser REPORTER, COMUNICADOR, suas ferramentas serão o questionamento, pesquisa e palavras. Arque com a conseqüencia de usá-las!
Eu falo errado, todo dia, em conversas, em mensagens aos próximos, mas se vou escrever algo para informar uma pessoa, passar algum conhecimento (que é bem parco, hehe...)eu, que sou um simples leitor, pesquiso, escrevo, leio e reviso, e se possível peço uma pós revisão a um parente ou amigo. E um repórter? Fica isento por seu "curricullum"??
Aqui no blog, todos reclamam de pessoas que entram em um carro e simplesmente vão. Não sabem movimentá-lo, mudar de direção, imobilizá-lo, e principalmente andar defensiva e cautelosamente, prevendo problemas...
Em suma, quem não GOSTA de dirigir, não deveria dirigir, esse é o ponto de vista que colho dos leitores do AE. Transfiram esse ponto de vista à profissão REPORTER... Quem não gosta de reportar, esclarecer, repitam comigo: Não? Não o que? MMmmm?
Sou absolutamente a favor!
Desculpem o longo post e meus erros de português e datilografia, afinal não sou reporter...
Eu já cansei ter meu ouvido e olhos feitos de pinico, e simplesmente parei de dar atenção para os meios de comunicação que se esforçam por me desinformar. Veja, IstoÉ, Quatro Rodas, Jornal Nacional, nada disso me interessa mais. Quando quero consumir informações, uso a internet e vou direto às fonte que acho que se dignam em informar corretamente.
ResponderExcluirA alguns meses, deixei de comprar a revista Asas porque o nível estava baixando, com muitos erros primários que eu simplesmente não engulo, principalmente de uma publicação que custa mais de 15 reais a edição. A revista Quatro Rodas é outra que tem um nível muito baixo, é começar a folhear e sair contando os erros, quase página por página.
Para mim chega: querem meu dinheiro ou atenção, ofereçam algo de qualidade.
Peço vênia para sugerir uma ajuda ao "jornalista", posto estar ele ocupadíssimo caçando justificativas em sites de órgãos públicos para a asneira que ele escreveu: favor indicar (ou melhor ainda, "escanear") em qual página do Manual de Redação há a informação de como se referir corretamente à cilindrada.
ResponderExcluirComo já comentado à exaustão pelos demais colegas, a qualidade das publicaçãoes da Folha é deprimente. E o UOL é do mesmo jeito, já que tem parceria com a Folha. Para ser sincero, ficaria mesmo é surpreso se a postura desse tal de Izidoro fosse reconhecer o erro.
ResponderExcluirRidícula a justificativa infeliz dada pelo dito cujo: já que a "plebe ignara" fala e escreve errado, então ao invés de corrigi-los é melhor juntar-se a eles e passar a escrever errado também? Nunca vi tamanho absurdo!
Tem mais é que botar o dedo na ferida quando se vê algo errado. Vira e mexe mando e-mails quando vejo erros conceituais ou, o que é ainda pior, erros de português mesmo. O que se espera da mídia escrita é ao menos um português correto.
Quando recebia gratuitamente em casa a Folha de São Paulo (sim, pois não gasto meu dinheiro naquela porcaria), costumava ler as matérias sobre veículos aos domingos.
ResponderExcluirO jornalista, cujo nome não me recordo, redigia o texto como se estivesse escrevendo um artigo para as revistas "contigo", "ti ti ti", e outras do gênero.
Lembro que fazia as comparações entre os veículos como se eles fosse participantes de big brother.
É tratar o leitor como um perfeito idiota.
Mandei diversos emails para o ombudsman (na época, o Marcelo Beraba). A resposta era sempre a automática "agradecemos o contato e estamos encaminhando à redação".
Ombudsman na folha é como rainha da inglaterra. Não serve para nada. Não bate frente com o empregador, pois quando passar o período de estabilidade, tem receio de ser mandado embora.
Marco
Eu fiquei me perguntando porque perco tempo ensinando meu filho a falar e escrever corretamente.
ResponderExcluirAfinal, vamos simplificar tudo!
- Moço, fassavor, 10 pão pra mim levar.
A mesma Folha que certa vez publicou uma foto-montagem veículada na internet do "Novo Gol" como sendo um furo de reportagem.
ResponderExcluirAham (B.Hte):
ResponderExcluirConcordo e admiro todos aqueles que se sentem responsáveis pelo que transmitem.
Não fôsse por atitudes sérias em relação a conceitos emitidos - forma e conteúdo - não haveria boa ciência, nem vida inteligente sobre a Terra.
Não haveria portanto, um blog tão agradável e de tão bom nível...
Um abraço!
Caro Bob, tenho 53 anos. Sou automa-
ResponderExcluirníaco, acho que desde que nasci!!!!
E claro, embora não o conheça pes-
soalmente, acompanho seu trabalho a
muito tempo. Sempre me vem a mente a
capa da QR, onde vc testava uma Fer-
rari em Viracopos. Ou aquelas cor-
ridas fotografadas por AE, onde vc
e outros monstros do automobilismo na
cional eram os protagonistas. Que
saudades daqueles tempos!!! Hoje, infelizmente, as publicações estão
muito superficiais, não chegando
aos pés daquela época. Pessoas co-
mo vc, José Luis Vieira, Claudio
Carsughi, Emílio Camanzi, enfim,
fazem muita falta em nossa leitura.
Abraços.
Bob,
ResponderExcluirAconteceu comigo em menor proporção: escrevi para o Caderno de Veículos do jornal " Estado de Minas" perguntando como na matéria por eles publicada, num trste por eles realizado, um carro com freios travados no seco usou mais metros a parar que o mesmo carro com freada dosada. Eles publicaram lá mesmo a pergunta e a resposta deles, que foi : " Nós também ficamos surpresos com o resultado, etc, etc "
O resultado para mim foi desisti de ler o Caderno e uso o tempo para assistir o Vrum na Tv, do mesmo grupo mas o piloto de testes deles é o grande Emílio Camanzi e o outro repórter de campo também é muito competente e procura interagir positivamente com os telespectadores.
SP tem o Estadão. Um jornal muito,muito bom.
Me perdoem a expressão mas... Essas réplicas dos responsáveis pelo jornal é "de cair o c# da bund@!".
ResponderExcluirMais Bóbi... Vamus parti du prinssipil qui intè a otoridadi (ou altoridadi?) màssima da "República" se alto-entitula PRESIDENTAAAAAA; u qui si isperá dus dimais, num eh?
Não sei se me sinto revoltado ou se estudei, o pouco que estudei, para nada.
Não sou um exímio redator. Estou BEM longe disso. Mas dentro da minha ignorância, procuro escrever relembrando algumas regras da norma culta e relembrar dos anais da língua.
Partindo de quem partiu, isso é, no mínimo, vergonhoso.
Bob,
ResponderExcluirÉ o mesmo caso de profissionais da Engenharia e Arquitetura e muitas outras pessoas que usam a expressão metro linear como unidade de medida.
Não sei de onde surgiu esta expressão mas que não existe, não existe.
Bob, vc por acaso já questionou o ombudsman sobre o uso do termo montadora?
ResponderExcluirAlexei, o teste é física básica: Enquanto o carro não "canta pneu", o coeficiente de atrito entre o pneu e o asfalto é estatico, que vale aproximadamente 0,7 (sem unidade). Um carro de 1 tonelada pode dispor de até 700N para a desaceleração. Quando o pneu trava, o coeficiente de atrito passa a ser dinânico, da ordem de 0,5. (pode ser até 0,3, dependendo do pneu e do asfalto, mas não vamos alarmar!)Isso significa um máximo de 500N para a freada. Se a pessoa souber "entrar" nessa faixa de 200N de diferença, o carro para mais rápido que se estivesse com a roda travada.
ResponderExcluirJá o jornalista da Folha está sendo teimoso. Isso é até bom, precisamos de pessoas que não deem o braço a torcer tão rapidamente, mas antes de ser teimoso é importante saber se está certo. O erro de escrever "cilindrada" querendo dizer volume é bastante recorrente. Vejo isso em alunos que gostam de carros, motores, etc. e até querem conversar mais detalhadamente sobre o assunto, mas informam-se mal, e acabam por falar besteira na hora errada, o que pode comprometer até seus futuros.
É interessante que alguns jornalistas automotivos (até alguns respeitáveis) tem opiniões totalmente divergentes sobre este ou aquele modelo de carro. Questão do modo de dirigir. Lembro-me de um da Quatro Rodas para o qual toda terceira marcha era arranhenta e difícil de entrar...
Bob Sharp está correto em insistir que a lingua formal seja usada por veiculos de comunicação.
ResponderExcluirNão com a intenção de ensinar, mas de manter um eixo.
Alguns defendem a "flexibilidade da lingua", porém, se não lutarmos para manter um eixo, uma forma, logo estaremos em uma torre de Babel, onde cada um fala do jeito que quiser e ninguém se entende...
Saiu na primeira página da Folha:
ResponderExcluir"Tão falano qui a presidenta Dilma vai vir a São Bernardo du Campo prá visitá uma montadora que irá lançá um novo modelo di carro popular com 999 cilindradas. Será um tremendo suceço!"
Ao Eduardo Chiavaloni:
ResponderExcluirpresidenta
pre.si.den.ta
sf (fem de presidente) 1 Esposa do presidente. 2 Mulher que preside.
(Dicionário Aurélio)
Têm gente que não perde a oportunidade de criticar, mesmo sem razão, né?
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ResponderExcluirO blog virou "aula de português automotivo"? "Auto burocratas"? Gosto pra caramba do blog, mas as vezes tem uns posts que "pelamordedeos", chego em casa cansado de mais um dia de serviço, esperando chegar em casa pra ler algo que me faça sair um pouco dessa realidade cinzenta, acho que podia rolar uma retrospectiva dos posts por aqui nesse fim de ano, pois na falta de coisa boa pra postar, vamos relembrar o que foi bom.
ResponderExcluirRepito, espero que meu desabafo não seja interpretado como algo ofensivo, a intenção jamais foi essa, mas acredito que criticas construtivas são sempre bem vindas.
Obrigado.
O documento da CET citado no texto é um absurdo. Tem vários erros relacionados ao uso da expressão cilindrada e da unidade de medida cc.
ResponderExcluirE continuando, acho que o Aurélio poderia complementar:
ResponderExcluirelegante - eleganta
ignorante - ignoranta
Mas dizer que o jornalista está errado não seria uma discriminação lingüística? Afinal erros não são erros, são inadequações...
ResponderExcluirSe continuar desse jeito, vamos sair de um estado e chegar em outro sem conseguir nos comunicar, pois não haverá mais o padrão culto.
Anônimo 14/12/11 13:11
ResponderExcluir"Anônimo disse...
Bob. Acho legal voce lutar pela pronuncia correta. Mas, a lingua é feita pelo povo. e o povo fala assim. nao é um vicio de linguagem, é a geração da nova linguagem, segundo a teoria gerativista de Labov. [...]"
Caro anônimo, esse negócio de que a língua é feita pelo povo não se aplica a termos técnicos. Para haver comunicação, é preciso haver regras padronizadas. Você tem idéia da aberração que é dizer "cilindradas" em vez da correta unidade de volume? Cilindrada NÃO É UNIDADE de medida. A língua pode se modificar com o tempo, mas também não precisamos aderir ao método torre de babel.
Caro Bob Sharp,
ResponderExcluirInfelizmente a Folha já era. Li a Folha por mais de trinta anos, mas nos últimos anos o jornal entrou em franca decadência. O texto (que nunca foi o melhor da imprensa brasileira) degradou, fato reforçado pela insistência dos editores em aumentar o tamanho das fontes e reduzir o conteúdo, sob pretexto de simplificar a leitura para o leitor médio (ou medíocre). Uma coisa idiota e idiotizante.
Hoje prefiro ler o Estadão, ainda que na minha juventude o considerasse o porta-voz do conservadorismo brasileiro. Pelo menos o texto ainda é bom, por conta da persistência dos Mesquita.
PS: respeito muito os jornalistas, mas às vezes parece que a maioria faltou às aulas de física no ginásio.
Saudações,
Patrick,
ResponderExcluirConcordo plenamente! Muito oportuna essa colocação! Termos técnicos devem ser respeitados, e não podem ganhar apelidos.
Já pensou se o limite de velocidade em um radar é 60 km/h, e alguém passa a pouco menos de 60 MPH e ainda vai tentar recorrer da multa, porque afinal, passou a menos de sessenta...
Mas sessenta o quê? "Sei lá! Sessenta velocidades."
Também estudei engenharia mecânica e me importo com medidas, escalas e tolerâncias. Terminologia técnica não é passível de mudança, mesmo com a "comunicação do povão". Por isso os termos, símbolos e unidades são normalizados.
Mude uma letra na tabela periódica e veja se não faz diferença. Se o médico mandar alguém ingerir alimento com Ca (Cálcio), que tal esse alguém ingerir Cs (Césio)?
Realmente, nesse caso que o Bob citou, o erro do jornalista da Folha não vai mudar a vida das pessoas. Mas o que é ridículo é a intransigência do cara em gastar mais tempo e conversa tentando arrumar justificativa para o que ele escreveu (que está errado), do que simplesmente consertar. Durante muito tempo fui editor de um manual de manutenção e treinamento técnico automotivo, e toda vez que alguém identificava alguma coisa incorreta, bastava verificar a procedência da observação e corrigir daí pra frente. Isso só ajuda.
Estou com o mesmo problema de "fundo preto com letras pretas" no meu iPhone (pela primeira vez, diga-se de passagem).
ResponderExcluirQuanto à escrita correta (que deveria ser preocupação primeira da imprensa escrita), vou iniciar uma campanha ecológica para evitar a extinção do verbo "haver".
O problema é o ego exagerado.
ResponderExcluirMuitas pessoas não aprenderam em casa o significado da palavra humildade e, como consequência, não sabem aceitar quando estão erradas. Um problema que encontro em qualquer esquina.
Bob,
ResponderExcluirNão li todos os comentários, pois o meu já passa do octogésimo. No entanto, numa rápida passagem, vi a turma do “deixa disso” com o papinho de sempre. Bobagens do tipo “Deixe o jornalista escrever como quiser”, “Nossa, Bob, como você é chato”, “Bob, é melhor você se preocupar com coisa mais importante” ou “Esse Bob é um velho ranzinza” são infalíveis. Nosso excesso de tolerância retrata o país em que vivemos.
Marco, a Folha de São Paulo já é uma piada: no resto do Brasil é chamada de "Falha de São Paulo"...
ResponderExcluirO jornaleco faleceu muito antes do publisher Octavio Frias de Oliveira: bateu as botas assim que o Matinas Suzuki Jr deixou o cargo mais importante na Barão de Limeira.
Quem quiser rir (muito) deve comprar a "Falha" de domingo e ler o caderno VEÍCULOS: é um texto pior que o outro, escrito por gente que entende quase nada do assunto.
A gente somos inútil...
ResponderExcluirKokokil
O tal do salto alto é realmente um problema sério!! Quando não provoca dores nos pés, pernas e até coluna, impede um jornalista e até mesmo um jornal inteiro de ser humilde e reconhecer que erra.
ResponderExcluirFolha não é jornal.
ResponderExcluirMais uma vez, escrevo o que escrevi antes aqui. Que discussão inútil. Quanto vai e vem por pouca coisa. Abraços.
ResponderExcluirGente, o que vcs poderiam esperar de um jornaleco desse?
ResponderExcluirApóia descaradamente o desgoverno de São Paulo (capital e estado), veicula matérias malescritas e seus "jornalistas" são malcriados
Por isso que leio o Estadão! Pelo menos ele assume uma posição ao invés de ficar agindo igual a Veja.
Já deixei a minha folha de São Paulo guardada lá no banheiro para eu usar mais tarde....
ResponderExcluirJá que a lingua, idioma é feito pelo povo, vamos passar a falar 'menas', 'a nivel de', 'pobrema ou poblema'.
ResponderExcluirTriste é ver erros como o citado no Post na impresa, dita, especializada.
Lamentável.
A um mecânico preparador de motores, certa vez perguntei qual a folga entre pistão/cilindro que ele solicitava à retífica: 8, ele respondeu. Oito o que, perguntei. Ele disse, é oito, todo mundo pede assim...Claro, o exemplo não abrange a categoria, mas sempre tem alguns. Imagina perguntar a ele se a folga é no diâmetro ou no raio...
ResponderExcluirluiz borgmann
A um mecânico preparador de motores, certa vez perguntei qual a folga entre pistão/cilindro que ele solicitava à retífica: 8, ele respondeu. Oito o que, perguntei. Ele disse, é oito, todo mundo pede assim...Claro, o exemplo não abrange a categoria, mas sempre tem alguns. Imagina perguntar a ele se a folga é no diâmetro ou no raio...
ResponderExcluirluiz borgmann
Este "jornalistazinho" precisa ler o "Estadão".
ResponderExcluirQue tal esta outra pérola, publicada na seção de Economia do portal Terra em 5 de outubro deste ano?
ResponderExcluirA Honda trouxe para a exposição o modelo da equipe Honda Repsol, utilizada pelo piloto espanhol Dani Pedrosa na Moto GP. O modelo de 1.000 cilindradas pode chegar a cerca de 300 km\h. A moto possui uma versão adaptada para as ruas, a CBR Fireblade, com as mesmas 1000 cilindradas de potência e preço a partir de R$ 56 mil.
É mais meió di bão!
U que u cumpadi Paulo Levi postô chega a ser surrear di tão bissurdo. 1000 cilindradas di potência?!!! Tamu pirdido...
ResponderExcluirÉ aquela coisa de BRAZIL:
ResponderExcluirse todo mundo faz, vou fazer também!
Paulo Levi
ResponderExcluirPrecisa ir muito longe não. Tenho uma notícia bem mais fresca: de ontem!
http://www.brasileconomico.com.br/noticias/china-impoe-barreiras-tarifarias-a-carros-americanos_110493.html
"País asiático impõe tarifas para importação de carros dos Estados Unidos com potência superior a 2500 cilindradas."
Divirta-se!
Abraços.
É igual a maldição das MONTADORAS... Revistas especializadas, jornais, blogs, quase todos colocam montadora no lugar de fabricante. Eu já leio "fabricante" por osmose, mesmo quando está escrito montadora.
ResponderExcluirCarlos Galto
Fla3D
ResponderExcluirAinda não. Boa idéia!
Carlos Galto
ResponderExcluir"Montadora" foi banido da revista Carro, da qual sou editor técnico desde novembro de 2008.
Bob Sharp,
ResponderExcluirParabéns pela inciativa. Apoio totalmente sua luta em prol do conhecimento e de sua difusão.
Grande abraço!
Esse Leitão tá mamado! Só pode ser.
ResponderExcluirBob, infelizmente não é só no mundo automotivo que a coisa tá feia:
ResponderExcluirhttp://bjc.uol.com.br/2011/12/16/caray-fox-maltrata-o-portugus-em-planeta-dos-macados/
Eduardo Vieira, achei que só eu havia assistido esse tal de "Idiocracy"... rsrs... Bom saber que outra pessoa teve paciência!
ResponderExcluirAchei legal a parte em que o protagonista chega em um hospital e a atendente diagnostica as enfermidades dos pacientes por um painel com desenhos (figura de uma pessoa com a mão na cabeça -> dor de cabeça, e por ai vai)e seus respectivos botões de diagnose.
O filme é péssimo mas trata de uma coisa bastante polêmica e séria.
Quanto ao tema: faltou um tiquinho de humildade no jornalista, heim?
["Anônimo disse...
ResponderExcluirBob. Acho legal voce lutar pela pronuncia correta. Mas, a lingua é feita pelo povo. e o povo fala assim. nao é um vicio de linguagem, é a geração da nova linguagem, segundo a teoria gerativista de Labov. [...]"
Caro anônimo, esse negócio de que a língua é feita pelo povo não se aplica a termos técnicos. Para haver comunicação, é preciso haver regras padronizadas. Você tem idéia da aberração que é dizer "cilindradas" em vez da correta unidade de volume? Cilindrada NÃO É UNIDADE de medida. A língua pode se modificar com o tempo, mas também não precisamos aderir ao método torre de babel.]
O Patrick tem razão. É providencial que certas publicações sejam padronizadas. Imaginem um estudante de Engenharia Mecânica abrindo um livro de Elementos de Máquinas e as unidades do livro não mantiverem a consistência do que foi visto na Mecânica Clássica? Simplificação ou indução ao erro?
Gente, trocando de pato p/ ganso, pior mesmo é quando a imprensa - que se diz especializada - fala assassinato em vez de homicídio ou relatam um fato confundindo o furto com o roubo como se fossem a mesma coisa........... Putz....... é o fim do fim!!
ResponderExcluirEnfim, quem mandou votar no Lula?? Essas "cilindradas" todas não me assuntam.... hahhahahah.
É verdade Bob,
ResponderExcluirOntem mesmo assisti a um comercial de uma moto, e a voz do loucutor foi categórica em afirmar que o motor tinha tantas cilindradas...
É triste.
Talles
Realmente é uma constante o desconhecimento da língua portuguesa. Vemos aos montes demonstrações de ignorância. Pessoas que não colocam colocam em itálico palavras estrangeiras, que não sabem nada de concordância verbal, que não acentuam as palavras e por incrível que pareça não sabem a diferença entre uma palavra paroxítona de uma palavra proparoxítona.
ResponderExcluirPara mim já chega. A Folha acaba de perder (mais) um leitor. Tanto da versão impressa quanto da online.
ResponderExcluirAndré Kawakami.
Acabei de postar no meu Face, que dizer que um motor tem 250 cilindradas é o mesmo que dizer que um frasco de perfume com 250 c.c. de perfume, tem 250 "frascadas"..... É o famoso FEBEAPA. Festival de Besteiras que Assola o País.
ResponderExcluirRoberto
ExcluirBoa!
Caríssimos, em especial ao Gavinho, que me chamou a atenção sobre a questão.
ResponderExcluirNo que depender de mim e da minha equipe de professores esses erros não sobreviverão. Faz parte da primeira aula de Física 1 das universidades em que trabalho, o tema analise dimensional e sistemas de unidades. Um dos exemplos citados por mim é exatamente a questão da "cilindrada" ao invés de se usar centímetros cúbicos ou mesmo litros. A partir dessa aula o aluno que errar a colocação da unidade nas provas perde até meio ponto por item. Não falha... Todos saem do ciclo básico da engenharia sabendo as unidades corretas. Vou, inclusive, usar esse texto como uma das questões de minha prova. Abraços.
Profª. Claudia
ExcluirParabenizo-lhe pela iniciativa. Há outro vício generalizado na imprensa, especialmente a automobilística, o de separar parte inteira da fracionária por ponto em vez do correto, por vírgula, ao exprimir a cilindrada em litros, como em 'motor de 1.6 litro'. Note que faz tempo que as emissoras de rádio em freqüência modulada (FM) informam a freqüência com a notação correta, por exemplo, 94,7 MHz Outro erro muito comum é colocar zero após a vírgula, como em 'motor de 1,0 litro', quando 'motor de 1 litro' informa suficientemente.
Sds