Um grande amigo me mandou um e-mail a respeito de Tucker que achei interessente e merecedor de ser compartilhado com os leitores de AE. O que segue é reprodução do conteúdo do e-mail, do qual não tenho mais detalhes.
Uma breve descrição do Tucker encontra-se após a série de fotos.
BS
"Estava voltando de Las Vegas quando vi um Tucker 1948 em condição zero-quilômetro com problema de pneu. Não estava furado, mas começando a dechapar. O segui até um posto de gasolina abandonado em Yermo, Califórnia, para sair do sol do deserto, e ajudei a trocar o pneu. Durante o processo, tirei algumas fotos do fantástico carro. Não me lembro do nome do dono, mas ele e a esposa compraram o carro zero-km em 1948 e estavam voltando de um encontro de Tuckers em Las Vegas. A maioria dos Tuckers havia sido transportada ou rebocada, mas o casal dirigiu este desde São Francisco.
Um pouco sobre o Tucker
Ainda se questiona se o Tucker era um bom carro ou não. Há também a dúvida de qualquer fabricante de automóveis poder dizer que após mais de 60 anos de seus carros terem sido produzidos, a maioria ainda rode. Do ponto de vista de desempenho, os Tuckers dificilmente eram superados por qualquer outro carro do seu tempo. Em 1954, Bill Hamlin, um dono de Tucker, fez um comparativo com um Oldsmobile 88 V-8, o Tucker tinha o boxer de seis cilindros. O carro tinha quase 180.000 km rodados. O Oldsmobile atingiu 126 km/h no quarto de milha, enquanto o Tucker chegou a 131 km/h. Ainda teve a desvantagem de ter de arrancar em segunda, pois o câmbio de quatro marchas de Cord poderia quebrar devido ao torque do boxer. E o Tucker precisou de dois terços da distância do Oldsmobile para parar.
O motor de helicóptero usado no Tucker poderia funcionar 1.500 horas sem retificar e excedia todas as especificações militares. Sabe-se de um Tucker que tinha mais de 300.000 km rodados sem maiores reparos.
O Tucker totalmente original de Hamlin desenvolvia 104 cv a 2.000 rpm, medido em dinamômetro, com 51,1 m·kgf de torque e acelerava de 0 a 96,5 km/h em 10 segundos, nada mau para um carro de 1.900 kg.
Como itens de segurança, são bem conhecidos o farol central direcional, o painel acolchoado e o pára-brisa que se numa colisão se destacava, mas isso é apenas parte do pacote de segurança do Tucker. Ao contrário dos carros do seu tempo, a carroceria do Tucker era monobloco (carroceria soldada num chassi) e proporcionava a proteção de uma célula de segurança, além de eliminar ruídos. Além disso, a estrutura do carro tinha a forma de proa de navio na dianteira e na traseira. Isso porque na Tucker Corp. notaram que a maioria das colisões era em ângulo e a forma de proa faria o outro veículo resvalar e se afastar. Havia também paredes de fogo de aço para proteger mais os ocupantes.
A aerodinâmica do carro era tal que não era necessário ligar o limpador de pára-brisa acima de 80 km/h. Os pára-choques eram montados em molas para absorver o impacto numa colisão e devido à distribuição de peso do motor na traseira os freios se desgastariam por igual e numa freada forte o veículo permaneceria nivelado em vez de afundar a frente. As rodas eram projetadas de tal forma que se um dos pneus esvaziasse subitamente, o carro não puxaria demais para aquele lado. E com o uso de rolamentos no sistema de direção, ela era leve o bastante para dispensar assistência.
O volante de direção foi projetado para absorver o impacto do corpo do motorista num acidente (infelizmente nunca testado) e a coluna de direção desarmava-se de modo a não ser uma “lança” em direção ao motorista numa colisão.
Infelizmente porque foram produzidos poucos Tuckers e os dados de quão bem o carro protegeria os ocupantes são bastante limitados. Sabe-se que quando um carro capotou na pista de teste a cerca de 160 km/h, o motorista escapou apenas com um arranhão num cotovelo e o carro pôde andar por si só. Hoje é comum fabricantes efetuarem testes de impacto em computadores (com melhores resultados do que em impacto real) e se um dono de Tucker consentisse submeter o carro a uma análise completa (os desenhos originais não existem mais), seria possível para alguém com o software correto (uma universidade talvez) reunir informação suficiente para simular uma colisão e determinar exatamente a segurança do Tucker (isso se a Toyota, que possui um Tucker, já não fez; se já, que compartilhem a informação, seria ótimo).
Tivesse a Tucker continuado a existir, temos apenas uma pequena idéia do com teria sido. Sabe-se que haveria pelo menos duas versões possíveis de sedã de duas portas do carro. Sabe-se também que a Tucker havia adquirido as patentes da Secondo Campini, relacionadas a turbinas automobilísticas que possivelmente se adiantaria ao desenvolvimento do Chysler Turbine.
Mais, mesmo até o momento de morrer, Tucker estava tentando fundar outra empresa para fabricar automóveis. Alguns investidores no Brasil estavam dispostos a apoiar Tucker, mas ele insistiu em contar com algum investidor americano. Todavia, ele chamou o carro homenageando o Rio de Janeiro, o carro era para se chamar Carioca e quem viu o desenho achou-o espetacular.
Tucker nunca falou muito dos detalhes do carro, mas sabe-se que seria feito em plataforma modular que poderia até ser convertido numa picape. Teria motor traseiro refrigerado a ar de 100 cv, fabricado pela Aircooled Motors, freios a disco, sistema elétrico de 12 volts, suspensão independente nas quatro rodas e, exceto pelos componentes elétricos, teria apenas um tamanho de parafusos e porcas.
Com relação ao Tucker, o carro tinha alguns problemas conhecidos. O primeiro era que o farol central não funcionava tão bem como previsto (poderia ter sido corrigido com troca da lente), o pára-brisa destacável podia ser retirado com desentupidor de vaso sanitário (tornando o carro alvo fácil dos ladrões) e o câmbio tinha problemas de lubrificação com o motor em marcha-lenta (seria problemático no tráfego anda e pára).
Contudo, não são problemas graves e poderiam ser facilmente sanados uma vez que o carro entrasse em produção seriada. E não eram problemas de todo ruins considerando que o desenvolvimento fora feito numa oficina simples.
Há alguns anúncios na Hemmings Motor News de um Tucker conversível à venda. Phil Egan fez alguns esboços de um conversível em 1950, mas tanto ele quanto Alex Tremulis (o projetista do Tucker) garantiram que esse carro nunca foi fabricado. Dado que o departamento de engenharia era parte dos funileiros que estavam construindo o Tin Goose (o avão tri-motor Ford), se houve um protótipo de conversível, é provável que tenha sido feito no mesmo lugar do Tin Goose, e Egan e Tremulis teriam ouvido falar do carro sendo feito e desejado saber mais a respeito, mas Egan nunca falou em barulho elevado na fábrica depois que o Tin Goose ficou pronto. Fotos do conversível chegaram a ser divulgadas, mas se via que o carro não estava terminado. Soube-se que o carro era um quatro-portas que havia sido adquirido num leilão por um ex-funcionário da Tucker, que resolveu transformá-lo num conversível, mas não chegou a terminá-lo por razões desconhecidas."
Fantastico... lindo... maravilhoso carro ! Bem a frente do seu tempo mesmo, apesar de suas limitações... pena que "as grandes" afogaram os planos desse homem...
ResponderExcluirIncrível a cena: imagine-se na estrada e ver um Tucker original (e impecável) simplesmente viajando!
ResponderExcluirBob, o estofamento do banco não deve ser original. O original é assim mesmo?
Uma grata surpresa encontrar esse carro rodando numa estrada!
ResponderExcluirFaria a mesma coisa que o seu amigo, mas seria um pouco mais atrevido e pediria para guiar um pouquinho, afinal, o Tucker tem o seu lugar na história!
Não resta a menor dúvida que era um carro moderno para a época, mas o farol do meio é totalmente sem graça.
ResponderExcluirQue me perdoem os entusiastas, mas jamais compraria um carro como o Tucker.
Não me importo muito com a estética, mas existem detalhes que me fazem fugir de alguns carros e esse farol no meio, seria motivo para ficar longe do Tucker.
Com certeza um carro à frente de sua época.
ResponderExcluirNao sabia que tinha motor adaptado de helicóptero.
Porém ainda acho que os europeus estavam bem a frete em tecnologia e pricipalmente desing. A nossa querida Alfa Romeo reinava absoluta , as primeiras Ferraris estavam chegando , a Jaguar lançava o incrível XK120 ..
Lembrando que há um Tucker no Brasil que pertenceu ao colecionador Roberto Lee. Hoje como podemos ver nas fotos seu estado nao é dos melhores , mas parece facilmente restaurável..
http://antigosverdeamarelo.blogspot.com/search/label/Tucker%20Torpedo%20%231035
Até para um americano, ver um Tucker nas estradas deve ser um acontecimento, he, he! E o "nosso" Tucker, será que vão restaurar? Acho que todos aqui já devem ter visto o filme (Tucker - Um homem e seu sonho / Tucker - The man and his dream). A gente se pega torcendo por Tucker, he, he! Recomendo.
ResponderExcluirToda vez que vejo algo sobre o Tucker lembro imediatamente do Gurgel. Acho meio difícil não traçar um paralelo entre as histórias das empresas, talvez mais pelos seus fundadores visionários que realmente pelos carros.
ResponderExcluirEssa do motor de helicóptero eu não sabia. Eu senti algo "Steve Jobs" nisso.
ResponderExcluirSeria algo como "vamos colocar o melhor, que dura mais, mesmo que seja caro. As pessoas vão entender isso depois."
carro feio da porra.
ResponderExcluirPosso estar enganado-acontece!-mas o lance do farol central parece ter sido concebido como um atrator de atenção,um 'gancho' para produzir polêmica,mais uma afirmação bem visível do carater vanguardista do Tucker.E,funcionalidade à parte,até hoje funciona, não é mesmo?Pense na Charlize Theron com inteligência, talento,beleza-e buço...Não gostaram? Eu tiro,ora...
ResponderExcluirAbraço
CCB1410
ResponderExcluirNão foi o único a ter farol único central, houve o Tatra T87 e até o primeiro Willys Interlagos berlineta. E no Tucker o farol era direcional, que chegou depois no Citroën-Maserati SM e hoje existente em alguns carros, como o Tiguan, Bravo etc. Mas também não gosto do arranjo e atualmente é proibido, o nümero de faróis tem de ser par.
Rodrigo MG
ResponderExcluirProvavelmente é uma capa.
Outros dois carros que tiveram farol central, além do Tatra T87 citado pelo Bob, foram o Rover P4 e o Panhard Dyna. Essa era uma tendência do design do final dos anos 1940, provavelmente influenciada por Raymond Loewy e pela popularidade dos filmes e quadrinhos de ficção científica a pertir do final da década anterior.
ResponderExcluirBob,
ResponderExcluirNo meu tempo de criança eu tinha duas berlinetas. Uma maior, de plástico e outra menor de ferro.
"Ao vivo" e de verdade, só conheci um verde escuro e na configuração conversível.
Você chegou a guiar ou mesmo pilotar esse carro ou o original Alpine?
O primeiro Citroën com faróis direcionais foi o DS de segunda geração, lançado em 1968. O SM, que também usava o sistema, saiu dois anos depois.
ResponderExcluirgosto dos carros do tempo em que eles eram 'apenas' carros...como esse Tucker.
ResponderExcluirINCRÍVEL!!!!!!
O exemplar das fotos não possui a "barbatana" na coluna C. Não deveria possuir?
ResponderExcluirQuanto ao Tucker brasileiro, não creio que exista condições de deixá-lo original novamente. Examinei o carro pessoalmente e as modificações foram muito extensas (assim como a corrosão). Uma pena.
CSS,
ResponderExcluirApenas o Tucker brasileiro tem as barbatanas na coluna C, isso foi uma das modificações feitas no carro
CCN1410
ResponderExcluirSó dirigi o Interlagos na rua e nunca o Alpine.
Alexandre Zamariolli
ResponderExcluirBem-lembrado!
Fish, eu gosto dos carros do tempo em que eles não eram "apenas" carros... como esse Tucker.
ResponderExcluirOs veículos dessa época tinham essência, alma, personalidade e um tanto a ver com o dono. Saudades de um tempo que não vivi.
Gosto muito do Tucker. Se era de fato um bom carro no vasto sentido da palavra, nunca iremos saber. Mas é inegável que o modelo apresentava muita tecnologia de ponta para a época. Uma das coisas positivas do modelo era permitir a retirada e instalação do trem de força de maneira simples e rápida.
ResponderExcluirEsse exemplar das fotos é um caso único. Imagine ser proprietário do carro desde os longínquos 1948, desde 0 km... Mais bacana ainda é o dono botar o carro para andar, como tem que ser!
Sobre o Tucker "brasileiro", não o vi pessoalmente, mas é provável que seja possível restaurá-lo de acordo com os padrões originais, desde que se tenha (muito) dinheiro e paciência para enfrentar o tremendo desafio. O maior problema fica para o trem de força e suspensões, pois caso o conjunto original não esteja presente, aí o bicho pega, tornando a tarefa praticamente impossível...
ResponderExcluirSe me lembro bem, o filme de Coppola dizia que o motor não seria reparado caso necessário, mas substituído nas concessionárias por um em perfeitas condições de uso. E os primeiros desenhos indicavam que os fárois e os pára-lamas seriam móveis, não apenas o farol central.
ResponderExcluirPessoal, ninguém comentou, quem não assistiu deveria assistir o filme TUCKER, UM HOMEM E SEU SONHO, conta toda a história do carro e de seu projetista, tudo mesmo, desde o início até o fim, o filme é maravilhoso, até um tempo atrás eu tinha gravado em VHS, mas não tenho mais, deve ter algum lugar pra comprar em DVD.
ResponderExcluirQue inveja dos donos desta preciosidade!
ResponderExcluirSem dúvida que houve muita oposição das três grandes quando viram um estreante se sobrepor aos poderosos V8 da época. O filme do Coppola é bem adepto desta teoria.
Bob,se não me engano,os Studebakers também tinham o farol central,ou é impressão minha?
O problema de Tucker e Gurgel foram querer bater de frente com as grandes, que rapidamente os tiraram do jogo sem dó nem piedade.
ResponderExcluirEnquanto a Gurgel produzia jipes e bugues, o governo e todos os brasileiros incentivavam a heroica fábrica. Mas no dia em que Gurgel anunciou que criaria um carro popular... o governo armou-lhe uma arapuca e logo espalhou-se o boato de que os Gurgel não prestavam (boato que ainda hoje faz eco).
No caso da Tucker, o sr.Tucker teve de enfrentar um processo judicial que o atrasou em muito, e por pouco não o colocou em prisão perpétua. Esse processo judicial (se não me engano era sobre fraude e estelionato) foi o que acabou com o sonho do Tucker Torpedo.
O "nosso" Tucker é praticamente impossivel de ser restaurado como original. Infelizmente.
ResponderExcluirEle teve toda a sua parte mecanica retirada e substituida por chassis e mecanica Cadillac.
Está totalmente alterado.
Foram alterados tambem, painel e detalhes do interior, alem de na parte externa, os parachoques, grades, painel frontal e traseiros, tambem modificados.
O carro quando chegou às mãos do Lee, já havia sofrido as alterações, portanto o maximo que se poderá fazer é manter a carroceria o mais próximo possivel do original e refazer a mecanica, com as mesmas caracteristicas de quando chegou ao Museu.
Romeu
Daniel San
ResponderExcluirRe:Studebaker-não era um farol,mas um enfeite q. imitava um 'spinner',capa aerodinâmica do cubo da hélice de aeroplano(veja p,ex, o P-51 Mustang)
abraço
Eduardo_CI: bem observado. Não tinha me dado conta desse detalhe. Grato e abraços.
ResponderExcluirFantástico carro, sem dúvida à frente do seu tempo. Comprei o DVD nos Estados Unidos e vale uma olhada, tem extras com filmes promocionais reais da época. No projeto original estavam previstos paralamas autoportantes com faróis, conversor de torque em cada roda, cintos de segurança para todos os passageiros e o motor de helicóptero, que poderia ser retirado inteiro em quatro minutos. Preston Tucker projetou a torre de tiro giratória que equipava os aviões na segunda guerra mundial; Quando esta terminou ele conseguiu a cessão de uma antiga fábrica de bombardeiros em Ipsilanti, Michigan para produzir os Tucker. Para levantar capital ele contratou um vendedor que correu os EUA oferecendo os carros a possíveis revendedores, que davam um sinal em dinheiro para garantir os primeiros carros. Houve denúncias de que ele estava vendendo carros que não existiam e isso levou a uma investigação federal que, ao lado da pressão das três grandes, que tinham o senador por Illinois no bolso, terminou por revogar o direito de uso da fábrica e acusá-lo de fraude. Ele foi inocentado no julgamento, e levou todos os carros (50) que foram fabricados para a frente do tribunal, causando furor nas pessoas. Há relatos não oficiais que mencionam ter sobrado peças mecânicas e de estamparia suficientes para fabricar 130 carros no total. Preston Thomas Tucker morreu em 1956 de pneumonia decorrente de complicações do câncer.
ResponderExcluir"que tinham o senador por Michigan no bolso", troquei o estado.
ResponderExcluirAqui no Brasil tivemos o caso da fábrica IBAP e seu Democrata. Muito parecido com a história do Tucker. A alguns aos atrás foram feitas fotos de carrocerias inacabadas dentro da fábrica, e um entusiasta aparentemente conseguiu comprar algumas delas.
ResponderExcluirGaboola;
ResponderExcluirValeu a explicação. O enfeite fazia lembrar bastante um farol. Curioso que os caças de motor radial não usavam o spinner,em sua maioria,como, p ex. O P-47 e o Hellcat.
Abraço.
Road Runner,
ResponderExcluirO carioca nunca saiu do papel. Nunca existiu um Tucker brasileiro.
[OT] Ontem, o Jornal Nacional passou uma daquelas matérias de vésperas de feriadão sobre acidentes nas estradas. Até aí, tudo bem.
ResponderExcluirOcorre que o "consultor em direção segura" entrevistado disse que, sob chuva, os motoristas devem reduzir a velocidade À METADE!
Acho essa uma recomendação absurda, como regra geral.
Vejam a 1min45s do vídeo em http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2011/12/batidas-de-frente-respondem-por-um-terco-das-mortes-nas-estradas-do-pais.html
O que mais me chama a atenção neste episódio não são os defeitos ou as imensas inovações do Tucker para a época dêle, mas sim, a confiança que um provável primeiro dono tem por sua escolha á época. Tanto que, ao invés de trancafia-lo a quatro paredes, ele o coloca na estrada meio século depois com todo o respeito que merece...
ResponderExcluirO problema do Gurgel BR 800 (e depois o Supermini), além da concorrência do carro popular, fruto do lobby das montadoras é que o carro era bem ruinzinho mesmo. Performance medíocre, instabilidade, soluções fracas e confiabilidade horrorosa.
ResponderExcluirMas era uma batalha de projetos e de poder do tipo Davi x Golias.
Muito marketing (especialmente devido ao filme), pouco carro...
ResponderExcluirNão há nada de tão excepcional no projeto. Inclusive o motor, é uma adaptação (foi a única coisa possível).
E ainda há o fator custo. Qual seria o custo final deste pacote todo? Estariam as pessoas dispostas a pagar por isso? Ou o fator financeiro acabaria matando a fábrica, de qualquer modo...
Sinceramente, um carro que vale mauito mais pela curiosidade (dado ao número reduzido de veículos fabricados), do que pelo projeto em si.
Anônimo das 15:31
ResponderExcluirQue comentário infeliz, de entusiasta vc não tem nada.
Anônimo das 15:31
ResponderExcluirSe fosse lançado HOJE, o Tucker Torpedo seria um carro horrível, inseguro, beberrão, difícil de dirigir, instável, lento, etc. Mas há 60 anos atrás, ele seria um excelente carro.
Isso porque há 60 anos atrás, não existiam carros como Honda Civic, Chevrolet Cruze, Chevrolet Omega, Ford Focus, Renault Fluence, Ford Fusion, e outros.
Há 60 anos atrás, tínhamos: motores de 3.500cc que produziam 90cv (!), NENHUM conhecimento sobre segurança passiva, transmissão manual com 4 marchas em modelos de LUXO (que também tinham artigos de luxo como rádio FM).
Excelente texto, me faz lembrar do Tucker que estava em Caçapava - SP. Estive lá quando o carro ainda estava no museu particular do Sr. Lee e tive o prazer de sentar ao volante, tirei muitas fotos também. Na ocasião nossos amigos Milton e Marcio Campos do RJ iriam, mas como sempre me enrolaram. Aliás falando em enrolação, BOB, como faço p/ contatar voces? Ja mandei emails no seu particular do UOL e no autoentusiastas, sem resposta alguma! Peço a gentileza de me enviar reservado um contato em dr.eliofilho@gmail.com. Feliz natal a todos!!!
ResponderExcluirDr. Elio Filho
ResponderExcluirAlguma coisa aconteceu, pois nos empenhamos em responder todos os e-mails. Por favor, faça um teste depois que ler este comentário para autoentusiastas@gmail.com
“Além disso, a estrutura do carro tinha a forma de proa de navio na dianteira e na traseira. Isso porque na Tucker Corp. notaram que a maioria das colisões era em ângulo e a forma de proa faria o outro veículo resvalar e se afastar.”
ResponderExcluirBem diferente do que acontece hoje. Por questões de economia, a maioria dos modelos mais baratos não tem uma lâmina reforçada - por trás da capa de plástico - que proteja a frente do carro de uma extremidade à outra. O que existe é uma frágil chapa metálica que cobre apenas a parte central, entre as longarinas. Num acidente em ângulo, contra um obstáculo baixo, esses carros costumam sofrer o impacto de forma semelhante a um carro de fórmula, pois o para-choque de plástico pouco protege o vão do conjunto roda/suspensão. Como sabemos, esse conjunto não é tão eficiente na absorção de impactos. Deveria ter um anteparo robusto.
Nuss taun falanu ki eçe motor di helicekóptro era rápidu oSKokOKSkOs u gOlZeRa caxa dih çapatu nu turboh aki in kaza papa faciu eçe viuh!
ResponderExcluirNa boa, um Nissan Juke é mais bonito que esse cara aí.
ResponderExcluirPonderem isso quando vierem os posts falando que estilo é viadagem e que não importa, e bla bla bla.
Muito legal a história e o fato, é como vermos algum dos ícones brasileiros pelas estradas também. Uma Puma DKW, Uirapuru? Ver o Tucker fazendo isso, deve ser de arrepiar bem mais.
ResponderExcluirMas uma coisa que notei: estava havendo vazamento do radiador?? Pelas fotos notei que parecia ter líquido escorrido no para-choques, e voltando mais, na grade também, e vendo a foto do motor, parecia vir do radiador. Mas nada que desmereça aquele Sr e seu carro, é um belo exemplo para nós mantermos nossos antigos(ou futuros antigos) conosco e como saíram de fábrica.