Foto: carplace.virgula.uol.com.br
A questão de velocidade e a recente Resolução 396 do Contran gerou o post de ontem, o Requiem Aeternum. Pelos comentários de alguns poucos, parece que o automóvel é o grande vilão do nosso tempo, ligado que está a acidentes, tráfego congestionado, poluição, despesas, ocupação de espaço desmedida, entre outras mazelas. Há até os que aplaudem o "Dia Mundial Sem Carro", em agosto. Será que é isso mesmo? Não é.
O ano ainda não acabou e os governos estaduais já entram em êxtase só de pensar na arrecadação proporcionada pelo IPVA, com os governos municipais indo no vácuo por lhes caber metade do que o estado fatura com esse imposto. Ainda na semana passada, antes do Natal, chegaram as minhas duas guias do IPVA. E no vácuo do IPVA as seguradoras lambem os beiços com o momento do seguro obrigatório, o DPVAT.
IPVA: sede ao pote |
O governo central é outro a quem o bom vilão ajuda, e como, com o Imposto sobre Produtos Industrializados, o IPI, complementado quando o carro é importado pelo Imposto de Importação, o II.. A indústria automobilística responde por 5% a 5,5% do Produto Interno Bruto e quase 25% do Produto Industrial Brasileiro. Que vilão mais bondoso, esse!
E não pára aí a bondade do automóvel-vilão. Hoje são 135.000 brasileiros com emprego com carteira profissional assinada na indústria automobilística. Como cada emprego direto gera no mínimo cinco indiretos, são quase 700.000 cidadãos vivendo do bom vilão. Isso sem contar a indústria de suporte à indústria automobilística, como os fabricantes de autopeças, de pneus, as usinas siderúrgicas. Por baixo, mais 500.000 empregos diretos. E sem contar os envolvidos na produção e venda de combustíveis e lubrificantes.
O que o bom vilão proporciona: emprego! (modecenter.com.br) |
E os bancos, como devem adorar o bom vilão. Emprestar dinheiro para financiamento a, no mínimo, 25% ao ano num cenário de inflação anual de 5% a 6% é um maná que não encontram em lugar nenhum do mundo, nem de vela acesa. Isso sem falar na roubalheira do cheque especial, com juros de 180% ao ano e pior, capitalizando o saldo devedor. É vergonhoso.
Mas apesar de tudo o que o automóvel proporciona, fora a inigulável liberdade individual proporcionada, ele é considerado vilão por quem cuida do meio em que vive, as ruas e as estradas. Quando não é por leitos carroçáveis – termo mais do que exato pela absurda má qualidade da pavimentação – impróprios, malfeitos, mal-sinalizados, malcuidados – é pela proliferação de obstáculos artificiais chamados lombadas, a maioria fora de especificação, grande parte feita por moradores em busca mais de status (“minha rua já tem lombada”) do que por segurança.
Obstáculos esses que levam os carros fabricados aqui a terem a suspensão elevada, piorando seu comportamento dinâmico a aumentando sua área frontal, o que leva a maior arrasto aerodinâmico e, consequentemente, a consumir mais combustível.
Nesse ponto, todo o aplauso para a Hyundai-Caoa, que mantém altura de rodagem de Primeiro Mundo nos seus automóveis e nem por isso vende pouco, pelo contrário. Pode ser que a maioria dos donos de Hyundai não atine por que os carros são tão agradáveis de dirigir, mas a altura de rodagem tem a ver com isso (nunca dirigi um Hyundai recente, a Caoa não tem frota de imprensa, baseio-me em opiniões confiáveis; o último que dirigi foi um Tiburon, em 1997, meu último teste em Autoesporte, e gostei muito).
Hyundai i30 SW, altura de rodagem orginal, todos poderiam ser assim não fossem as lombadas (infocarro.com.br) |
Por tudo isso, constitui a maior das hipocrisias das três esferas de governo a “caça ao automóvel" sob a forma de penalizar seus donos com medidas como a da Resolução 396 e, no caso de São Paulo, com a imposição de restrição à circulação, o nojento e vergonhoso rodízio de que prefeituras paulistanas não abrem mão desde que o vivaldino Celso Pitta o implantou em 1997, com o conluio da Câmara Municipal, só para faturar com multas.
Aviso nojento de uma operação nojenta (band.com.br |
Sem contar a esperteza do atual prefeito Gilberto Kassab em implantar a “armadilhândia” em São Paulo com reduções dos limites de velocidade, que além de irresponsavelmente impingir multas aos cidadãos, está levando a cidade ao caos pelos congestionamentos que nada têm a ver com o aumento da frota, mas com a reduzida fluidez resultante de velocidades irreais de tão baixas.
Enquanto no túnel Zuzu Angel, no Rio de Janeiro, uma estreita pista de duas faixas de rolamento sem acostamento, a velocidade-limite é de 90 km/h, aqui em São Paulo, no eixo norte-sul, com no mínimo quatro faixas, é de 70 km/h. quando tinha de ser 90 km/h. Eu chamo isso de improbidade administrativa. Esse cara nunca mais terá o meu voto e conclamo todos os paulistanos a fazer o mesmo.
Túnel urbano no Rio, o Zuzu Angel: 90 km/h, um exemplo para São Paulo (noticiasrio.rio.rj.gov.br) |
Eu já disse aqui no AE em outras oportunidades que ao dirigir no exterior não se precisa ficar de olho grudado no velocímetro como aqui, pois os limites de velocidade são todos razoáveis por serem precedidos de estudos estatísticos como o percêntil 85, estabelecendo a velocidade que a maioria dos motoristas escolhe por considerar segura e lhes garantir ir do ponto A ao ponto B no menor tempo possível. Esse cálculo também é exigido aqui pelo Contran, está na Resolução 396 e em todas as anteriores, mas é evidente que não é obedecido.
Como eu disse em “Requiem Aeternum”, ainda está para nascer alguém de coragem para impor aos governos das três esferas respeito aos cidadãos que usam o bom vilão, aquele que ajuda de maneira inquestionável a sustentar a máquina administrativa do País e toda a cadeia produtiva de bens e serviços. Nada dá para imaginar como seria sem ele.
BS
Solucionar os "problemas" dos carros fazendo com que os limitemos, é como ficar em casa para não correr o risco de ser assaltado, de se machucar etc.
ResponderExcluirMatar o carro é como amputar as pernas para perder peso.
Eu acho uma covardia o que os governos fazem com os carros e os motoristas.
O homem não é dependente do carro. Somos dependentes de um transporte rápido, barato e confortável - um equilíbrio desses fatores será o escolhido, seja coletivo ou individual, público ou privado.
É fácil culpar o "excesso de veículos", como se um motorista pudesse conduzir dois carros ao mesmo tempo, como se o Estado não fosse beneficiado pelo IPVA, como se fosse proibido usar um carro sem passageiros e como se secretarias de planejamento não soubessem o número de habitantes do município e o número de veículos registrados para executar o planejamento baseado nessas informações - planejamento que inclui construção de ciclovias e vias de ligação entre regiões vizinhas.
Enquanto não houver compromisso em fazer uma infra-estrutura decente para o transporte coletivo, em usar o dinheiro de impostos para subsidiar o serviço, e o Estado continuar estimulando a compra de carros e motos, a evasão de passageiros continuará aumentando, encarecendo o serviço de transporte coletivo e contribuindo para saturar o trânsito, que não tem estrutura para comportar o crescimento da frota particular e/ou individual.
Há ainda o setor imobiliário, que parece planejar as cidades no lugar das secretarias, colocando trabalhadores longe do trabalho, concentrando pessoas e veículos em condomínios comerciais e residenciais sem que haja estrutura de mobilidade para atender a nova demanda. Um caos.
Os únicos inocentes nessa história são motoristas, produtores, usuários do transporte coletivo, ciclistas e motociclistas - pagadores de impostos, reféns de um Estado ineficiente e desinteressado.
Perfeito Bob
ResponderExcluirO trânsito de veículos em nosso país é problemático, mas é triste ver que nossos governantes sempre vão para o lado errado.
ResponderExcluirAté quando?
Enquanto estiver vivo, só vou andar de carro velho e carburado. Pra dar menos dinheiro possível pra esses pulhas!
ResponderExcluirJoão Paulo
Sobre a redução do limite de velocidade, radares, controlar e a ganância de arrecadação do Sr. gilberto Kassab eu comcordo contigo Bob, nunca mais o Sr. Kassab, e quem ele apoiar, terá meu voto e também de meus familiares. Todos que votam em SP deveriam esquecer desse Senhor.
ResponderExcluirOutro caso da prova da sanha arrecadatória do "governo bonzinho que se importa com as pessoas", é o do cigarro. Este, no caso, faz mal mesmo, mas esta patrulhazinha babaca com campanhas, proibições de fazer publicidade, e outras palhaçadas, tudo baseado na falácia de estarem "protegendo o cidadão", já passou dos limites. Armam este "circo" todo, mas arrecadam fortunas inomináveis sobre o fumo. Queria ver era defenderem os cidadãos através da proibição da fabricação de cigarros, e abrindo mão desta dinheirama toda. Aí sim, eu acreditaria nas nobres intenções do Estado.
ResponderExcluirSaiu no Editorial da Folha de S. Paulo de hoje, comentário enaltecendo a (des)medida daúltima resolução do CONTRAN, está faltando visão crítica à nossa grande imprensa, só pode ser.
ResponderExcluirTambém foi noticiado que o Governo de São Paulo não removerá as placas de aviso de radares, comemorar isso seria um tremendo egoísmo de nós paulistas...
MAS
IPVA, o meu chegou na véspera de Natal!
ResponderExcluirEstava lá de manhã, quando fui abrir a caixa do correio preocupado com a conta de luz que não chegou até hoje e venceu ontem, mas graças a internet peguei a 2ª via e paguei a tempo de evitar pagar juros de mora.
Nessas coisas o governo é mais rápido e eficiente que a inciativa privada...
Vou postar aqui o que escrevi no outro tópico:
ResponderExcluirBob, é simples acabar com essa indústria das multas, basta fazer com que as punições sejam apenas em pontos nas carteiras, sem que haja dinheiro envolvido.
Como se acaba com as moscas que sobrevoam um doce?
Espantando as moscas? Não. Elas voltarão logo em seguida.
Matando as moscas? Também não. Novas moscas surgirão em pouco tempo.
O correto é retirar o doce do lugar. Isso sim acaba definitivamente com o problema das moscas.
Punições com pontos nas carteiras, como é feito atualmente, já cumprem o papel "educativo" que o governo tanto gosta de usar como argumento.
Assim, sem dinheiro para ser roubado, a legislação de trânsito passaria em pouco tempo a ser uma coisa justa e honesta, voltada de fato para o bem da população, e não uma mina de ouro para a quadrilha do governo, como é hoje em dia.
Bob, o que acha disso?
Quando conseguirem inviabilizar totalmente os automóveis na cidade de São Paulo, será a vez dos "holandeses" daqui (aqueles que só defendem bicicletas e a liberação da maconha) arcarem com toda essa carga tributária que você mencionou.
ResponderExcluirAnônimo 27/12 13:56
ResponderExcluirAcho muito boa sua idéia. Só seria necessário atrelar a perda de pontos na CNH infrações que atentassem contra a segurança do trânsito, as gravíssimas e determinadas graves. Acho errado pontuar todas as infrações, que são meramente administrativas, como estacionar em local proibido. Funciona assim no Primeiro Mundo.
A principal obrigação do poder público na questão de transportes seria oferecer alternativa MELHOR de transporte coletivo, em relação aos transportes individuais.
ResponderExcluirNão cumprem com sua obrigação e punem os que se viram como podem. Esta é a síntese da política brasileira, ao invés de servir ao público, se servem deste. Enquanto os cordeirinhos aceitarem isso como normal, será assim. Em países onde o povo tem mais educação, e consequentemente mais percepção das coisas, esse tipo de abuso não acontece.
Mr. Car
ResponderExcluirA indústria e a comercializaçào do tabado rendem mais de 7 bilhões de reais por ano para o Tesouro, contra supostos gastos da Saúde com doenças tidas como causadas pelo fumo da ordem de R$ 2 bi. Portanto, é um bom negócio para o governo. Mais, se faz tanto mal como se diz, vide o cadavérico dr. Drauzio Varella, não proibir essa indústria é o melhor exemplo de hipocrisia. E para 2012 o imposto sobre o fumo vai subir drasticamente, encarecendo o cigarro em torno de 100%. O que vai acontecer? A arrecadação de impostos deverá cair enquanto o contrabando de cigarro deverá aumentar. Muy espertos...
É de uma hipocrisia nojenta esse tratamento dado ao carro pelos governantes!
ResponderExcluirPor um lado, o tratam como bezerro de ouro se estapeando uns aos outros e oferecendo regalias para que as fábricas e seus fornecedores se instalem em suas localidades.
De outro, esses mesmos governantes o tratam como bode expiatório da incompetência deles em gerir os problemas de trânsito e meio-ambiente causados por ele.
Daí vem essa política de morde e assopra.
Na verdade uma parte bastante grande da população gosta dos maus políticos. O PIG prefere notícias de segunda aos assuntos que realmente importam. Um caso atual é a eleição municipal de 2012 na cidade do Rio de Janeiro em que o Deputado Estadual Marcelo Freixo do PSOL será candidato, mas não terá muito espaço, por conta do atual prefeito e candidato à reeleição ser o preferido da velha mídia.
ResponderExcluirAqui em São Paulo, outrora, Kassab era o máximo. Hoje a velha mídia o vê como vilão.
Não adianta nada colocar pontos na carteiras de motorista enquanto houver falta de vontade para tirar esses infratores das ruas.
ResponderExcluirNa teoria temos leis demais e na prática é a terra de ninguém.
O povo entendeu a seguinte mensagem, devemos dirigir de qualquer jeito e não prestar contas à ninguém.
Pontos na carteira sem fiscalizar não resolve, ou vocês pensam que todos os motoristas brasileiros estão com sua habilitação em dia?
ResponderExcluirLeis, leis e leis e nossos motoristas continuam a cometer infrações.
As luzes brancas recentemente proibidas continuam nos carros como antes, assim como bêbados a dirigir após a promulgação da lei seca.
Para que servem as leis, sem fiscalização?
Do mesmo modo que multa não resolve, pois os infratores pagam e está tudo resolvido. Porém, dinheiro é incentivo à corrupção do governo, é o combustível das distorções que ele mesmo promove com o único intuito de arrecadar.
ResponderExcluirNão que eu queira defender os bancos, muito pelo contrário, mas as altas taxas de juros cobradas por eles é em boa parte devido à inadimplência elevada. Quantos de nós, se dispusessemos de 100 mil reais, emprestaria à um desconhecido por 25% ao ano? E sempre é um serviço (financiamento) que só recorre à ele quem quer, ninguém é obrigado. Diferentemente de inúmeros outros serviços e produtos que achamos excessivamente caros, e somos obrigados a pagar, como o combustível por exemplo.
ResponderExcluirAnônimo 27/12/11 16:34,
ResponderExcluirNão viaja. Cai na real vai.
Anonimo das 27/12/11 16:36, vai ver se to na esquina....
ResponderExcluirKassab tem meu "desapoio" para qualquer idéia sua. É um pobre infeliz que odeia automóveis. Jamais terá meu voto.
ResponderExcluirSobre juros bancários, meus princípios me impedem de dar mais dinheiro ainda para esses assaltantes de gabinete. Carro, só a vista.
Kassab, Serra e Geraldo, tudo farinha no mesmo saco.
ResponderExcluirO PT é um partido pra lá de esquisito.
Voltar em quem?
Ainda bem que no Paraná as taxas sobre o veículo (IPVA, emplacamento, etc.) são BEM mais baixas que em outros estados, rezão pela qual o nosso Estado "tem" mais carros por 1.000 habitantes que os EUA!
ResponderExcluirUma novidade: mais de 50% dos autos licenciados no Paraná rodam em outros Estados....
ResponderExcluirEngraçado que os mesmos políticos que tornam nossa vida de motorista um inferno, são os mesmos que trocam de carro todo ano (carros de luxo, com todas as despesas pagas por nós). Andam pra lá e pra cá, e, com certeza, não são multados.
ResponderExcluirJá falei diversas vezes e repito: vou anular meu voto. Não sustento parasita! Se todo mundo fizesse isso, ainda que causa uma grande instabilidade, teria reflexos positivos depois. Não acredito nesse sistema político que tá aí.
João Paulo
Mais uma vez perfeito, Bob.
ResponderExcluirMuita gente diz que a quantidade de carros é proporcional à precariedade do transporte público, mas eu não concordo.
É muito melhor ir e vir livremente, escolher a hora e o caminho, conduzindo a máquina formidável que é o automóvel.
A Hyundai só não altera a altura dos seus carros que vem para o Brasil pelo simples motivo de cortar custos, e o Sr. CAOA aproveita e cobra o que quer de seus carros, peças e serviços.
ResponderExcluirVejam só o caso das motocicletas, que é bem similar ao dos carros.
ResponderExcluirO governo se farta dos impostos recolhidos com a produção e venda de motos, não dá subsídios nenhum para a boa educação quando da habilitação, recolhe um seguro obrigatório absurdo (279 reais) alegando a quantidade de motos envolvida em acidentes (que ele mesmo proporciona pela má educação dos condutores). É um círculo vicioso terrível que o próprio governo promove e que só tem como prejudicado o cidadão.
É como um pai que não educa o filho e o espanca quando ele faz arte.
O Brasil precisa acabar e começar de novo!!!
ResponderExcluirNão q isso tudo seja um problema exclusivo de São Paulo, mas se eu fosse morador daí, a essa altura já estaria procurando algo pra trabalhar longe daí. Não desejo a cidade-caos, ou qualquer outra que se assemelhe, pra ninguém.
ResponderExcluirA melhor saída, como diria um professor da faculdade, é o aeroporto...
ResponderExcluirO problema é que a maioria que critica esse bordel chamado Brasil, jamais conseguiria se adaptar em outros países, pois na maioria dos lugares decentes desse mundo, existe uma troca justa entre governo e o povo, que também deve fazer por merecer os direitos que tem. Nossa nação, que desde o início foi uma benção para vagabundos, corruptos e sem vergonha, agrada muita gente, podem ter certeza disso.
Ao Anônimo 18:22,
ResponderExcluirBem que eu sabia que algo não fechava. O Paraná não poderia responder sozinho por 75% das vendas de carros novos do Brasil.
Acho que essa é uma das vertentes que me chamam cada vez mais para investir no antigomobilismo, como agora eu só estou precisando de um carro pra passear no fds, talvez viajar pra praia, estou planejando adquirir um Escort XR3, ir mexendo aos pouquinhos nele pra deixar ao meu gosto, pq pro uso que eu pretendo fazer é ridículo pagar mil reais com IPVA, seguro e outros meios de arrancar dinheiro da gente. No mundo que a gente vive infelizmente, carro novo só serve pra se aparecer pros amigos e pegar umas Marias Gasolinas da vida...
ResponderExcluirA velocidade que a maioria dos motoristas escolhe por achar mais segura... Que piada. Os metidos a piloto querem andar mais e mais rápido, nunca está bom. Depois acabam como os argentinos que deram de frente com um ônibus... Daí vão bancar o piloto no inferno.
ResponderExcluirVai aprender a dirigir anônimo. Dirigir não é só operar a embreagem e olhar o velocímetro.
ResponderExcluirAnônimo 27/12 16:24
ResponderExcluirTemos aí o "enunciado Tostines": os juros são altos porque a inadimplência é alta ou a inadimplência é alta porque os juros são altos? Juros extorsivos devem ser considerados crime contra a economia popular. Mas é preciso ter "aquilo roxo" para enfrentar os bancos.
Anônimo 28/12 00:54
ResponderExcluirLeia sobre o método percêntil 85 de determinar a velocidade de uma via antes de falar besteira. Seu raciocínio primário (ou primata?) é o que prevalece entre as autoridades de trânsito brasileiras.
Automóveis e combustíves estão entre os ítens mais taxados pelo governo (juntamente com cigarros e bebidas), logo são responsáveis por boa parte da arrecadação. Então o caos no trânsito que vivemos hoje é puramente causado por falta de planejamento do próprio governo, que tem o dinheiro mas não investe como deveria.
ResponderExcluirE nós deveríamos sim nos organizarmos para protestar contra essa farsa toda que aí está. Estamos sendo estorquidos e enganados e a maioria do povo está achando ótimo, porque pela primeira vez na vida está conseguindo comprar um carro zero-km pagando preços astronômicos por produtos de péssima qualidade e sustentando uma máfia composta por políticos, bancos e marqueteiros.
ao Anônimo 19:05
ResponderExcluirAnular o voto é uma boa ideia. Eu também vou anular. Pelo menos com o meu voto (ou seja, com minha conivência) essa vagabundarada não vai roubar.
Tem um detalhe que todos se esquecem, o sr. Gérson é claro.
ResponderExcluirPara um assalariado, que ganha seu quinhentão por mês e tem seu chevettinho caindo aos pedaços. Este não paga multas nem IPVA. Muito provavelmente também não paga conta de luz, água e o mais importante, deve ter todos os canais de TV a cabo em casa.
Do outro lado da moeda. A minoria que detém a maior parte da grana no BraZil. Para estes o valor multa não deve pesar no orçamento. Pontos na carteira? Remaneja para alguém. Acabou para quem remanejar? O despachante da família some com eles. Acabaram todos estes recursos? Compra o carro em nome da firma, assim acabaram as preocupações com pontos.
Concluindo, as multas afetam mais quem é pego de surpresa no radar, a classe média, que se esforça para ser "Cidadão" pagando corretamente todos os seus impostos. Os políticos não estão nesta classe, então não podem opniar corretamente sobre essas leis de trânsito.
Alô Bob, comunico a você, se ainda não souber, do falecimento nesta semana de Aldo Besson, aqui em Porto Alegre. Ele foi, junto com seu sócio Itelmar Gobbi, o criador do Miura, em Porto Alegre. Época em que as importações de automóveis eram proibidas, ele criou linhas arrojadas, inicialmente com motorização VW-ar e posteriormente VW-água. Chegou a ter pedidos em carteira para até 9 meses de produção, os ricos, famosos e apreciadores queriam ter um, na época áurea conta-se que chegava a produzir até 2 carros por dia, em uma fábrica artesanal com aproximadamente 300 funcionários. A fábrica da Miura tinha se originado de uma loja de acessórios e estofamentos chamada Aldo Auto Capas (Besson & Gobbi Ltda), de muito sucesso nos anos 60 e 70 e também patrocinadora de muitos carros de corrida, estas ainda nas ruas e depois já no autódromo de Tarumã. O Miura Club se espalha por todo o Brasil, com admiradores e apreciadores. Creio que valeria um post in memoriam.
ResponderExcluirUm abraço
luiz borgmann
Bob, brilhante, como habitualmente! A propósito, o túnel da foto não é o Zuzu Angel. O Zuzu Angel é este, repare que na foto que você publicou existem 3 faixas e no Zuzu são apenas 2. Segue foto do Zuzu Angel
ResponderExcluirDiscordo do Mineirin.
ResponderExcluirÉ claro que tem gente que não abre mão de carro, mas com certeza tem muita gente que utilizaria transporte coletivo, se este fosse mais rápido, barato e confortável.
João Paulo
Minha opinião:
ResponderExcluir- Se não houver transporte público decente, o sujeito vai andar de carro; Os governos nem conseguem implementar isto, visto a lambança que está acontecendo para a Copa do Mundo;
- Bicicleta em um país tropical, como defendem os oportunistas e falsos alternativos é impraticável.
- Tudo bem que TI é a onda da vez (desde o início do século), mas sem uma industria que fabrique "coisas" (carros, geladeiras, etc.)o mundo não funciona. Um país com uma boa industria automotiva (e investindo em tecnologia automotiva também)tem grandes chances de se desenvolver bem.
- Político não faz nada pensando no bem do cidadão. É puro interesse eleitoral. O pior é que estamos sob o julgo de um governo federal petista e ditatorial (escondido) que cria ministérios dos mais absurdos (sob a bandeira da ética social) para atender às mais diversas correntes de vagabundos e oportunistas, prejudicando o desenvolvimento do país.
- Viva o carro !
Se os limites de velocidade impostos fossem razoaveis, seriam muito mais respeitados do que são hoje, e o trânsito iria fluir melhor.
ResponderExcluirAumente 20km/h de limite máximo de velocidade e vejam como as coisas ficariam razoaveis.
Com os limites atuais impostos eu não vou mais usar a 4º e 5º marcha.
A Biba Sharp está perdendo a compostura! Vai te catar. O único primata por aqui é tu e quando não escreve sobre automóveis só sai besteira.
ResponderExcluirE Pedro Albuquerque...no dia que nos encontramos te ensino a dirigir...
É uma troca de favores entre cavalheiros.
ResponderExcluirNós, fabricantes, produzimos o máximo que pudermos, milhoes de veículos por ano, até nao caber mais nas ruas e estradas.
Nós, Governos, vamos taxar o produto mais valioso e desejado do mundo das mais variadas formas possíveis, pois também nao nos precupamos com o volume de veículos nas ruas.
Nao precisamos de uma quantidade infinita de automóveis. Uma producao limitada - e consequentemente mais cara, fomentaria outras formas de transporte mais baratas.
Mas quem se importa? Realmente??
Está muito facil ficar criticando.
ResponderExcluirA diferença dos politicos e do povo e que eles tem a oportunidade para fazerem as suas lambanças.
ResponderExcluirExiste cidadaos que valorizam a vida alheia mas não é comum.
E o problema do carro e o motorista sem educação não se mistura com a incopetencia governamental.
O brasileiro está se matando com o carro, passando por cima de tudo e de todos e isso é o que somos como nação hoje.
Fico vendo textos de reporteres reclamando e se vitimando, como se fosse Deus. Vc e eu somos culpados pelo que somos no agora. Pare com esse vitimismo infantil.
Tz no dia que passarmos por algumas catastrofes e guerras comecemos a evoluir um pouco no valor da vida.
Não há diferença entre o politico e o povo. Dá nojo ficar vendo esse texto antigo, com idéas pré-formadas simplismente culpando o alheio.
Não há mais espaço para governo, sociedade, 3 setor...hoje é tudo uma coisa só, e precisamos ter coragem pra assumir o que somos. E não somos um povo com muito respeito e educação.
Anônimo 28/12/11 12:51
ResponderExcluirPrimeiramente caro cidadão, se não gostas do que o Bob Sharp escreve, não leia, é simples.
Segundo, um absurdo você ofender uma pessoa sábia e vivida como o Bob, somente por ele responder a você com uma opinião divergente a sua.
Terceiro, por que não se identifica? Tem algum medo quanto a isso?
Angel Pinheiro, discordo de ti. A indústria automobilística produz automóveis da pior qualidade que consegue. E eles se superam porque funcionário de montadora de veículos não entende nada de automóvel. A dita imprensa especializada também não entende de automóvel e nem de nada. Os governos? Não sabem nada de absolutamente nada. Ou seja, é cada um por sim. Vence o mais forte, morrem os mais fracos: os garis brutalmente assassinados na Marginal Pinheiros, o administrador assassinado na Vila Madalena e outros tantos compatriotas mortos todos os dias no trânsito brasileiro. Enquanto isto a vida segue para os que restam.
ResponderExcluirMas o Angel Pinheiro não disse nenhuma mentira, pois é exatamente essa impressão que tenho. As fábricas produzzem seus carros a torto e a direito (não vou entrar no mérito se são bons ou ruins) e o governo, que não é bobo nem nada, aproveita pra lucrar com cada carro que entra em circulação. Moro numa cidade que é tida como a vanguarda em tecnologia, que está crescendo muito, que tem espaço físico e $$ de sobra e que teria tudo pra investir em transporte público legal, mas a adm só se preoucupa em abrir avenidas. Por que será?
ResponderExcluir1) Mais lucro com impostos e multas
2) Povão gosta de desfilar o carrão zero, né?
João Paulo
Chico Buarque disse que ficou embasbacado com a chuva de mensagens absurdas que recebeu quando expôs-se na Internet. O anonimato da Web é uma arma covarde. Não confundir com democracia, onde todos podem expor as suas opiniões. Neste caso, é ofensa sem razão alguma.
ResponderExcluir(não sou puxa saco do Bob Sharp; até discordo radicalmente de algumas opiniões dele, mas críticas ofensivas são abomináveis)
Agenor Souza
Quanto aos juros, são altos também porque é impossível cobrar uma pessoa no Brasil. Se o sujeito decidir não pagar, ele simplesmente procede assim e nada poderá impedí-lo. Simplesmente não há cadeia para os que ficam devendo. Sendo assim, boa parte dos juros serve para subsidiar os calotes que a empresa certamente irá levar. Os adimplentes pagam a parte dos desonestos em forma de juros mais altos.
ResponderExcluirao Angel Pinheiro;
ResponderExcluirAutomóveis serão vendidos SEMPRE, por isso nós Autoentusiastas incentivamos piamente o investimento em transporte público. Menos gente conduzindo é igual a mais espaço nas ruas para quem realmente gosta de dirigir.
Bob,excelente explanação. Quanto à importância econômica do automóvel que você mencionou,sugiro dar uma olhada na crônica "Automóvel-Sociedade Anônima",de Paulo Mendes Campos,que vai bem ao encontro das implicações econômicas que você observou.
ResponderExcluirTodo mundo sabe que quem manipula isso são as empresas que fabricam e operam estes radares,operadas por laranjas e de propriedade de políticos do baixo clero. Eles querem é mais multa,pois ganham por multa…. eles aliciam prefeitos e responsáveis pelo tránsito em todos os níveis. Isso se tornou uma verdadeira máfia, e nós os cretinos é que pagamos por isso .Esse novo diretor Conselho Nacional de Transito já mostrou para que veio……
ResponderExcluirTeremos um festival de radares em tudo que é canto, com limites de velocidade ridículos de 20Km só para fazer caixa a esta corja de pilantras .
transporte não é problema urbano: é sintoma.
ResponderExcluira crise de mobilidade em são paulo é sintoma de uma cidade segregada e mesquinha, em que a elite pode trafegar livremente em seus espaços de consumo de acessibilidade ótima (por que diabos teríamos uma ponte estaiada ligando moradia dos ricos ao trabalho dos ricos onde são permitidos apenas carros?) e os mais pobres são obrigados a se espremerem em trens e metrôs lotados ou em vias congestionadas.
o automóvel particular é um erro. Precisamos investir maciçamente em metrô (transporte de alta capacidade, rápido e barato) e em moradias de baixa renda melhor localizadas (desapropriação de imóveis ociosos já!). Para isto é preciso dinheiro. Por uma questão de justiça social, é preciso sobretaxar os mais ricos.
só não enxerga isto quem não quer ou quem se beneficia da barbárie atual
Piada do dia: pessoa sabia e vivida. Mas é bem babão
ResponderExcluirVamos recordar quem é o invejoso fracassado de 02/01/12 22:18:
ResponderExcluirO nome desse esquerdista retardado é Gabriel de Andrade Fernandes.
Perfil dele no Flickr:
http://www.flickr.com/people/gaf/
Blog dele:
http://notasurbanas.blog.com/
Twitter dele:
http://twitter.com/#!/notasurbanas
Currículo dele:
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4269338E0
Ele já andou postando por aqui antes, mensagens com o mesmo conteúdo esquerdista virulento e imbecil, mesmo estilo de redação, mesmo ódio, mesmo tudo. Das outras vezes, postou com sua verdadeira identidade.
Vendo a quantidade de merda que esse boçal escreve pela internet, não me admira que esteja aqui defendendo o indefensável com argumentos bizarros e patéticos. E claro, provavelmente ele vai negar que é o "GAF", mas quem quiser pode conferir por si mesmo nas páginas acima. Eis aí um dos que vem aqui só pra "causar".
Quanto ódio no coraçãozinho esquerdista, invejoso e fracassado do Gabrielzinho comuna... lamentável... mas muito divertido de se ver, claro. Comunista sofre o tempo todo mesmo....
GAF
ResponderExcluirSeu idiota!
"o automóvel particular é um erro. Precisamos investir maciçamente em metrô (transporte de alta capacidade, rápido e barato) e em moradias de baixa renda melhor localizadas (desapropriação de imóveis ociosos já!). Para isto é preciso dinheiro. Por uma questão de justiça social, é preciso sobretaxar os mais ricos."
Um erro foi você ter nascido, infeliz.
Precisa de dinheiro, é? Sobretaxando, ou seja, cobrando ainda mais impostos? Acabar com a roubalheira dos seus companheiros no governo isso ninguém quer, não é? Ia sobrar mais dindin do que você imagina. Daria para muitas casa populares... só não me venha com essa de construi-las em bairros classificados como nobres - o centro da cidade é área nobre. Como é que ficaria o IPTU? O sujeito teria isenção? Sim, pois o infeliz não teria como pagar o absurdo que se cobra, só livrando-o da conta mesmo. E como fica o sujeito que já mora lá ou tem comércio há décadas? Continua a pagar? Essa é a tal "justiça social" com a qual tipos como você sonham? Aposto que você é um desses privilegiados que moram bem e possuem alguém na famíla - o pai, por exemplo - para segurar o rojão e pagar as contas. Dessa forma sobra tempo para pensar e arrotar as asneiras que a gente lê em comentários como o seu.
A única coisa que presta em tudo o que você diz é em relação ao metrô. Quanto mais, melhor. E se não tem mais é porque a roubalheira impediu que se fizessem mais linhas. No país todo, não só em São Paulo que é onde ainda existe algo que preste.
GAF
ResponderExcluirTem mais. Sabe o que aconteceria com o sujeito que ganhou um casa novinha em folha do governo, num desses programas "Pró-alguma coisa" que adoram fazer, sobretudo em épocas de eleição numa dessas áras nobres? Não daria dois anos e o esperto a venderia pelo preço de mercado praticado na região e com a grana voltaria para a periferia e moraria numa mansão. E sem pagar um tostão de IPTU. Sabe como é, né?, pobre gosta mesmo é de dinheiro e conforto, pois não é burro e está se lixando para ideologia de imberbes cheio de espinhas no rosto.