Escrevi isso pensando sobre a crise das fábricas americanas e achei digno de colocar aqui.
O pessoal da América acredita na Disneylândia!
Acho que a GM precisa de um (Carlos) Ghosn para tomar as ações necessárias com o devido sangue frio e sem restrições emocionais. Exatamente o tipo de pessoa que eu detesto, mas reconheço ser necessária em algumas circunstâncias.
Já passou do limite do pessoal da GM continuar acreditando no Mickey.
O bom é que o roll-out de produtos da GM é competitivo.
Além de passar a faca em pelo menos umas quatro marcas, esse samurai deve derrubar a gestão da Opel também e colocar lá alguém que se comunique com os EUA. Na verdade eu colocaria um alemâo nos EUA e um americano na Alemanha, para cada um sentir o drama do outro. Acima deles um japa impiedoso e insensível.
Reduziria drasticamente o número de modelos e opções e faria poucas pesquisas de mercado, ou nenhuma. Todo mundo sabe o que o cliente quer é bem simples: "paz de espírito". Comprar algo que não lhe traga problemas em nenhuma área, desde a compra em si ao uso do produto, no pós-venda, até à troca por um novo. Ter o melhor motor, o mais econômico, o mais confortável, o mais bonito, o mais rápido, é bom pra dar assunto aos publicitários e jornalistas menos experientes. Mas para o consumidor comum, a grande massa, nada disso importa mais do que a "paz de espírito".
Me fale qual produto da Toyota ou Honda é o melhor da categoria em design, conforto, equipamentos, desempenho etc. Todos os modelos são muito bons em tudo e excelentes em qualidade desde o atendimento na hora da compra, passando por todo o ciclo de vida na mão o do cliente, mas nunca melhores em tudo. Ou seja, são conjuntos impecáveis que entregam "paz de espírito" a seus proprietários. E se o cara tem paz de espírito ele compra outro.
Às vezes o cara se seduz por algum outro modelo concorrente e se arrisca. Mas assim que sua paz é perturbada ele volta para os japas arrependido e completamente convencido.
Eu vejo isso acontecendo direto.
Continuo achando que o melhor dos mundos seria aliar a assepsia oriental com a emoção ocidental. Quem sabe com esse esquema de culturas cruzadas na gestão isso não daria certo?
Desculpem por esse post nada entusiasta e dirigido à massa. Porém, ao fazer carros que a grande massa compre, sobra grana pra fazer carros para entusiastas.
![](http://1.bp.blogspot.com/_hY4UtKfj4w8/ST-We0LgK_I/AAAAAAAAAW8/NAdnOrWRyLA/s320-rw/Save-GM-T-Shirt.jpg)
Está correto PK, infelizmente correto. Nós gostaríamos que grande parte dos carros fossem para entusiastas, mas isso não enche panela de arroz e feijão, não paga contas de empresas monstruosas.
ResponderExcluirConcordo contigo.
PK, você foi extremamente preciso em seu post. Todos desejam um carro que lhe dê um mínimo de prazer ao volante, mas a "paz de espírito" fica acima de tudo. Pois não diz a lenda que Ferrucio Lamborghini começou a fazer carros depois que Enzo Ferrari o botou para correr, quando o primeiro foi reclamar sobre os crônicos problemas de super-aquecimento e "quebras" dos Ferrari dos anos 60? Então, até alguns entusiastas querem paz de espírito... Grande abraço!
ResponderExcluirFábio,
ResponderExcluirMuito bem lembrado!
Obrigado pelo comentário.
Abraço.