google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

Por que começar pelo motor? Porque o projeto começou assim, comprei o motor sem ter o carro. Encontro o AG no banco e ele me fala: "Xará, consegui um motor barato, um 350 encamisado mas inteiro, virabrequim bom, e ainda vem com coletor de admissão e um carburador quádruplo. Oitocentos dólares". Nessa época (olhem o ano do catálogo) o dólar estava pouco acima de 1 real, achei bem razoável e paguei o motor. Já poderíamos começar.

A internet ainda estava engatinhando e o que ainda funcionava bem eram os catálogos, e o da PAW era do porte de uma lista telefônica das boas. Já folheei esse catálogo incontáveis vezes, é impressionante a variedade de material de performance que os americanos têm à disposição para os motores mais tradicionais deles. O AG, nessa época, já contava ter feito uns 100 motores V-8, e a orientação era de um carro forte, mas sem exageros, até porque o Opala é um carro bem mais leve do que as barcas americanas.




Repare bem na foto acima: É a foto de uma rodovia do Distrito Federal chamada EPTG – Estrada Parque Taguatinga (Seria "Estrada Parque" uma tradução ao pé da letra de "Parkway", um dos termos usados nos EUA para vias expressas?).

Recentemente ampliada, ela conta com 4 largas faixas de tráfego, asfalto bem liso e bom escoamento de água para os dias chuvosos. Conta ainda com uma pista marginal de duas faixas para acesso aos bairros que ficam às suas margens, de forma que suas entradas e saídas são todas oblíquas, para que os carros tenham um bom espaço para aceleração e desaceleração. Seu limite de velocidade é 80 km/h, que considero baixo para uma via com estas características, pois 100 km/h seria perfeitamente seguro ali, talvez até 110 km/h pudesse ser adotado com total segurança.

O ponto onde a foto foi tirada (15º49'36"S, 48º1'47"O) é o início de uma descida. Esta descida se estende por 1,6 km, com uma declividade média de 5%. A curva que pode-se ver ao fundo está a 2,2 km adiante de onde a foto foi tirada. Como se nota, tirei a foto a partir do acostamento, por segurança.


Prezados leitores, um textinho entusiasta não automobilístico.

E, não, apesar do título, eu não sou um gerontófilo. E esta também não é uma historinha de fazer criança dormir.

Numa época em que o novo apenas dura poucos segundos e vivemos na época das celebridades instantâneas, sempre penso em grandes criações, inventos e máquinas que superam muito qualquer expectativa de vida útil razoável de seus criadores.

Vemos a GM fazendo 100 anos em uma época dificil para sua própria sobrevivência, onde o sucesso de hoje tem em parte a ver com o infortúnio direto de alguns concorrentes devido a desastres naturais. Isso depois de uma quase falência e de um socorro estatal.

Penso no Charles Emil Sorensen, o cast iron Charlie, o mago da fundição, funcionário de ouro dos primeiros anos da Ford Motor Company, o cara que fez o Ford flathead V-8 se tornar realidade, um motor tão importante que se tornou maior que o carro que movimentava.


Ao pesquisar para meu post de anteontem sobre o 300 SEL 6.3, me lembrei que tinha os manuais do proprietário do modelo, tanto em alemão quanto em inglês. De onde vieram? Do lixo da Mercedes-Benz do Brasil, na época que assim se chamava.



Como sempre, resolvi compartilhá-los com meus queridos leitores. Posso até ser persuadido a escaneá-lo todo, ou até doar um deles, se você for o dono de um Mercedes desses... Me contate pelos comentários se for este o caso.

Selecionei algumas partes interessantes para compartilhar com vocês hoje. Primeiro, uma imagem do carro inteiro com a localização dos números de identificação: