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Ai está a paisagem que todos os anos brinda os olhos dos antigomobilistas, o evento de Águas de Lindóia, SP |
Entre os dias 30 de maio e 2 de junho, no feriado de Corpus Christi, realizou-se o maior e mais
importante evento de carros antigos do Brasil, o Encontro Paulista de
Automóveis Antigos. Há dezoito anos acompanho o evento, que em sua primeira
edição foi em Águas de São Pedro, também no interior de São Paulo, e depois passou para Águas de Lindóia. Nesse meio-tempo fiz muitos amigos, sempre que
posso vou ao Encontro para vê-los, eles que vêm do país inteiro teimando em migrar para
a pequena cidade serrana paulista, famosa por estar no Circuito das Águas e se ter tornado a capital do antigomobilismo nacional.
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Jensen Interceptor, raro de ser visto aqui no Brasil |
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Caminhão de bombeiros American La France e motocicleta Harley-Davidson, duas viaturas de combate a incêndio |
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Galaxie 1966 conversível, um americano que infelizmente não foi fabricado por aqui |
Os carros de coleção
ficam estacionados na Praça Adhemar de Barros, a principal da cidade, enquanto as pessoas ocupam todo o restante do entorno. Este é o lugar onde é
possível, ao mesmo tempo, admirar um gigantesco caminhão Peterbilt de 1980 com
seu motor V-8 da Caterpillar, biturbo de 700 cv, e o esportivo de dois lugares
Ford Thunderbird de 1957, com um V-8 de 190 cv. Dois estilos completamente
diferentes, em comum só mesmo à origem da nacionalidade e a participação no
evento.
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Caminhão Peterbilt 1980, um monstro das estradas americanas |
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Ford Thunderbird 1957, um americano com "pegada" de europeu |
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As máscaras dos faróis e o excesso de cromo lembram os full size, mas o restante da carroceria é compacto |
Lindóia é o local onde
se acha de tudo, quando o assunto é carro antigo. Então, colecionadores do Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste causam tumulto na região em busca
de pequenas peças que faltam em seus veículos, expõem seus carros e voltam para
casa com sorrisos no rosto. Alguns até faturam prêmios que atestam a qualidade
e originalidade do veículo.
Em 2012, levei o prêmio com um Galaxie Landau 1981,
de modo que posso garantir que, embora seja gratificante, esse não é o maior prêmio
que um dono de veículo veterano pode conseguir; há momentos tão gratificantes
quanto.
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Os organizadores estimam 700 veículos no evento e um público superior a 300 mil pessoas |
Então, meu amigo leitor,
se você espera encontrar neste texto aqueles descritivos recheados da história
dos veículos que receberam prêmios, segue uma notícia bombástica: este post
é sobre uma premiação raramente divulgada pelas matérias que falam dos eventos
de automóveis antigos: vamos falar sobre troféus que não ficam em prateleiras.
Este texto é para mostrar o lado “amizade” do movimento antigomobilista.
Faço parte da comissão julgadora para veículos Ford e Chrysler nacionais, garanto o momento entre amigos passeando entre os carros e conversando. É uma avaliação de amizade que supera – e muito – o desfile de premiação.
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Registro de nós avaliadores da premiação do evento, para as linhas nacionais da Ford e Chrysler |
É claro que lembrar o
prêmio máximo do evento, apelidado de “The Best”, vale a pena, merece. O
automóvel que faturou foi um belíssimo exemplar do Museu JORM, um Rolls-Royce
Landaulet 1928, modelo Phantom, com sua carroceria de frente em estilo brougham
(com o teto do motorista removível) e a traseira da capota à Landau, que
como nas carruagens de mesmo nome dobram o telhado onde seria a coluna "C" (traseira) do
automóvel, que dobra e deixa a nuca dos ocupantes tomando ar.
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Rolls-Royce Phantom 1928, com carroceria Landaulet |
Também vale à pena
observar o pequeno Fiat 1919 com carroceria Castagna, para apenas dois
ocupantes – baixinhos e magrelos – ostentando a novíssima pintura que outrora
foi vermelha e hoje está num belo tom de azul com as superfícies metálicas
reluzindo um tom de dourado, conferindo um toque de luxo comparável aos grandes,
mas num “compacto dos primórdios do automóvel”.
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Fiat com carroceria Castagna em sua nova pintura azul |
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Carroceria pequena e esportiva, de traseira arredondada |
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O interior é ainda menor, para apenas duas pessoas, desde que baixas e magras |
Vale lembrar que os
dois exemplos dos parágrafos anteriores nunca foram encontrados em enormes
quantidades no trânsito nacional, por isso ouso especular que boa parte do
“Lado B” dos encontros de automóveis antigos acontece com veículos mais comuns.
O fato é que muito mais gente se identifica com o veículo que uma vez teve na
garagem ou passeou, daí os laços afetivos e a vontade de se reunir para falar
do assunto.
Em torno de automóveis antigos “comuns”, mas que fazem a história
de muita gente, formamos – sem querer – um grupo que todos os anos aluga um
apartamento em Águas de Lindóia. Para 2013, alugamos no mesmo prédio de sempre
um apartamento maior e mais amigos aceitaram participar dessa “república”
voltada aos que estudam o automóvel.
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Sala do "nosso" apartamento em Águas de Lindóia; apenas 80 metros nos separam do evento |
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Vista da janela da sala, a visão que qualquer antigomobilista precisa para começar bem o dia |
Entre estes ocupantes,
um veio de Vitória, capital do Espírito Santo, para prestigiar o evento e
acompanhar os amigos. Seu nome é Max Ronald e sua especialidade é a linha
Corcel II. Ele é dono de um GT 1980 e de um Hobby. Obviamente, foi um dos
encorajadores para que eu levasse o meu GT 1979, pedido que foi atendido.
Mais uma vez Lucas
Vane me acompanhou na aventura de pegar a estrada com o “Grand Turismo de quatro
cilindros”. Na terça-feira, 28 de junho, dois dias antes do evento, chegamos à
cidade e fomos os primeiros a estacionar o carro no gramado que é considerado o solo
sagrado do antigomobilismo nacional.
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O primeiro a tocar os pneus no gramado da Praça Adhemar de Barros |
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As fotos foram para comprovar que chegamos bem – e antes da festa começar. Dali para frente seria só diversão |
Logicamente, como qualquer dono de automóvel antigo, o pensamento lógico nos condiciona a alimentar uma certa vontade de levar o veículo até a área de premiação, mas com o início do evento começaram as
jóias a chegar e notei que meu carro não teria a mínima chance, quando encostou à
minha frente um Corcel GT 1969 – obviamente, se algum Corcel fosse levar o
caneco, seria esse. Eu mesmo fui o primeiro a fazer questão de mostrar que aquele era o mais raro da linhagem compacta da Ford durante os anos 1960 a 1980.
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Corcel GT, 1969, exemplar da primeira linhagem dos pequenos esportivos da Ford |
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Depois de ver uma raridade dessas não tem como negar: se algum Corcel levar o prêmio, será esse |
Enquanto
o gramado era democraticamente preenchido por automóveis de todas as
nacionalidades e idades, criando bolsões com máquinas que contam histórias, um
lugarzinho especial abrigou 27 veículos da coleção "Automóveis no Brasil", do
saudoso Fábio Steinbruch, amigo que formou uma garagem com carros variados, mas
tendo o foco principal nos nacionais.
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VW Kombi 6-portas, veículo brasileiro raro, da coleção "Automóveis no Brasil" |
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De Tomaso Pantera 1974, veículo com desenho italiano, fabricado por um argentino e com motor americano |
Andando pelo gramado
era possível admirar o Chrysler Imperial com suas belas e ousadas formas.
Faróis e lanternas que pareciam saltar da carroceria e, para os mais íntimos, a
possibilidade de observar o acionamento do câmbio automático que não possui
alavanca de comando e sim botões, estilo que ficou conhecido como “push-button” e,
mesmo surgindo pela primeira vez nos anos 1950, ainda não vingou como solução nos automóveis
de linha.
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Chrysler Imperial, sinônimo de ousadia em forma de automóvel |
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Assim como os conjunto ótico dianteiro, às lanternas traseiras também parecem flutuar |
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À esquerda do estiloso volante e do quadro de instrumentos está o conjunto de botões que comandam o câmbio automático |
Dividindo o mesmo
corredor que eu, havia outro Corcel II ano1983, que chegou rodando, mas com a
marcha-lenta irregular e um dono preocupado em saber como voltaria à sua cidade
natal. Lucas Vane, que gosta de sujar as mãos com graxa, tratou de ouvir as
queixas do motorista. Emprestei minha caixa de ferramentas e lá foi a dupla
resolver a situação. Tira gicleur, limpa tubulação, assopra aqui, passa arame
ali e o entupimento numa das mangueiras que levam ao carburador estava eliminado e o automóvel, em perfeito funcionamento. O preço da manutenção? Tão
caro que dinheiro nenhum consegue comprar: amizade, um dos troféus que os
eventos desse tipo dão aos donos dos carros.
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Corcel II 1983, chegou falhando e voltou para casa rodando suave.... |
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...graças ao trabalho de pessoas mais interessadas em ajudar e fazer amigos do que apenas admirar os automóveis |
Durante os dias do
evento, novos troféus foram surgindo. Um amigo brigava para que o
valor da peça que outro necessitava chegasse a um preço pagável; outro informa
onde está aquele logotipo que falta no carro do colega; mas foi no último dia
que recebi uma surpresa. Nesse momento, o amigo capixaba Max Ronald, grande
conhecedor dos Corcel da segunda geração, me pediu permissão para colar um
adesivo no pára-brisa. Um logotipo do CLAVA, o Clube de Admiradores de
Veículos Antigos, do Espírito Santo. Pedi para que colasse logo acima do
símbolo do Galaxie Clube do Brasil, meu clube do coração. Assim teria bem
próximo os símbolos de duas instituições em que acredito e apoio, a união dos
logos é mais um símbolo de amizades renovadas graças aos “carros velhos”.
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Max Ronald, do CLAVA-ES, ao lado do Corcel II GT 1979 |
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Dois adesivos no vidro, um troféu ganho graças ao amigo Max Ronald |
Já me sentia um
vencedor, digno da premiação master do evento, quando recebo um segundo troféu.
Para que meu carro ficasse ainda mais original, Max me presenteou com uma
réplica do adesivo que ornamentava o vigia traseiro do veículo, que fiz questão de
instalar o quanto antes no local correto. Não sou e nem quero criar regras ou
afirmar o que é ou não certo, mas garanto que esses pequenos gigantescos
troféus que não ficam em prateleiras e fortalecem amizade são muito mais
gratificantes do que qualquer estatueta. Vale a pena praticar essa modalidade
do antigomobilismo, onde os automóveis são um pretexto para levá-lo ao
encontro dos amigos.
PT
Foto da abertura: Portal Maxicar
Demais fotos: autor
Portuga,
ResponderExcluirque belo descritivo, diferente mesmo. A camaradagem de ajudar os amigos com seus carros antigos é das melhores, um treco delicioso ver um carro andando bem graças à amizade e colaboração.
E seu GT....
Abraço.
Grande Juvenal,
ExcluirObrigado pelos elogios. Os nosso queridos "carros velhos", na minha opinião, devem sempre estar em funcionamento pleno e servirem de motivo para fazer cada vez mais "novos amigos".
Vendo esse Chrysler Imperial com botões do câmbio vejo como não sabemos lidar com a tecnologia: hoje que as caixas automáticas leem pensamento e fazem até freio motor sem tocar na alavanca, lá está ela, ocupando um baita espaço, fora as "borboletas" pra brincar de dublê de Fórmula 1...
ResponderExcluirOliveirajc,
ExcluirConcordo com você,
Na minha opinião,os câmbios automáticos, automatizados, robotizados e quem sabe - até - os manuais, poderiam ser acionados por botões, bastava criar um sistema que suportasse o uso e pronto, teríamos as mesmas funções, porém, com economia de espaço.
Oliveirajc,
ExcluirSó para lembrar: desde o lançamento da primeira geração do Vanquish, o acionamento por botões está presente em todos os Aston Martin com transmissão automática ou robotizada.
Esses botões funcionam desta forma: Você aperta um, e um cabo é esticado logo atrás do painel, engatando a marcha. Cada cabo tem um tamanho diferente, fazendo com que cada botão estique cada cabo para que a marcha desejada seja conectada. Sistema totalmente simples que a engenharia de hoje esqueceu.
ExcluirMe lembro desses câmbios com botões quando me mudei pra Belo Horizonte, na virada do século, nos ônibus Scania Millenium. Além de economizar espaço contribuía para o conforto dos passageiros. Até hoje o melhor Ônibus urbano em que andei.
ExcluirPena essa iniciativa de câmbio automático e motor traseiro em todos os ônibus urbanos não ter vingado por aqui. A choradeira das empresas fez o poder público voltar atrás e consequentemente andamos para trás. Hoje andamos em "cabritos" barulhentos e duros outra vez, como nos anos 80.
Estes automóveis são pontes muito eficientes em ligar indivíduos que compartilham talvez uma das mais estreitas características em comum, por mais que no fundo sejam pessoas da mais diferente origem.
ResponderExcluirAcho incrivél como qualquer um que tenha lá seu antigo, mesmo que não seja nem de longe dos mais cobiçados, transpira um espírito entusiasta que qualquer outro antigomobilista capta de longe. Basta que dois destes se cruzem em uma rua qualquer e lá surge um cumprimento, uma saudação sinérgica que qualquer pessoa alheia ao meio teria maiores dificuldades em entender.
Pare com seu antigo em um semáfaro ao lado de outro antigo, veja seu dono lhe olhar com ares graciosos e lhe comprimentar tal qual você naturalmente fará. É automático, uma empatia que raramente se observará em qualquer outro meio.
Aliás, é este um dos motivos pelos quais, dentre os regalos que compartilhamos e exteriorizamos em meio a nossa convivência social, o antigomobilismo talvez seja o mais solidário deles. Veja quantos fanáticos religiosos se ajudam e se cumprimentam por aí, quantos membros de clubes campestres ou associações de diversos fins assim fazem, quantos torcedores de futebol se dignam a sequer olhar na cara de seus asseclas com qualquer outro ânimo que não seja na maioria das vezes desprezo por ver nas vestes dele cores diferentes da sua, por mais que unidos pelo mesmo esporte... É por isso que o automóvel, na sua mais crua e ampla expressão, é a mais nobre das devoções materiais. Compartilha do melhor espírito e não se deixa viciar por bairrismos estúpidos, nem facções que quando convergem apenas resultam no pior da expressão humana.
É por isso que dá asco ver um país plúrimo destes ser taxado de país do futebol, único passatempo a que se valoriza e em que se investe. Única atividade em que um punhado de raivosos desiguais converge sua desigualdade para fazer o que de pior há cá.
Charles,
ExcluirTambém penso que não há como ficar indiferente ao ver um automóvel antigo, mesmo se você já estiver dentro de um. Realmente é automático puxar um papo que começa com um elogio ao veículo e termina com um Parabéns!
Portuga.
ResponderExcluirNão fui à Lindóia este ano, mas felizmente vc trouxe Lindóia pra gente. Bela matéria e parabéns pelo Corcel. Ótimo vc descrever este prazer que só os "unhas pretas" conhecem. De fuçar até deixar um carrinho antigo ronrorando e fazer amigos.
Abração
O Josias,
ExcluirO meu registro nesta postagem é só um pouquinho de tudo o que ocorreu, o evento é muito maior. Apenas procurei dar a visão de um "graxeiro", pessoas que como nós ficam de alma limpa enquanto às mãos estão sujas rsss...
De Tomaso Pantera 74 , carrão invocado.
ResponderExcluirChrysler Imperial , painel muito louco !
Cambio automatico por botao , nao conhecia !
Jorjao
É Jorjão, um belo esportivo.
ExcluirEsse, em especial, foi em 1994 o recordista de velocidade em solo brasileiro. Em um km de aceleração marcou velocidade máxima de 304km/h e a média ficou em 295km/h. Havia uma plaqueta marcando o "record" do evento.
Ai está um automóvel que não tive a oportunidade de acelerar, mas que adoraria ter fincado o pé direito no pedal.
O câmbio automático foi uma moda dos anos 50 que não pegou. Os Plymoth Belvedere mantiveram até 1959. Alguns Edsel e Lincoln também tinham esse sistema. O Batmóvel original tinha esse sistema (me refiro ao Batmóvel modificado em 1966 usando por base o protótipo Lincoln Futura de 1951).
Pois é Jorjao...
ExcluirInfelizmente esses carros sao desconhecidos de nos o grande publico.
Aconselho voce visitar encontros e feiras de antigos.
Muitos carros legais e diferentes de tudo que conhecemos aparecem por la. É um mundo meio aparte , mas fascinante!
Da gosto ver o zelo , o apreco e a incrivel cultura que esses colecioadores tem sobre seus carros e o mundo do automovel como um todo.
Lindoia é m bom começo , mas em SP ha o Sambodromo as tercas-feiras; o Pq da Luz todo 1# domingo de cada mes; entre outros orgnizados pelos clubes e colecionadores.
Vale dar uma passada.
A difusao do antigomobilismo é tambem difusao de cultura e interacao entre pessoas , sejam elas de 8 a 80 anos !
Saudacoes
Eu fui no evento desse ano e também achei muito legal. Levei minha esposa, milha filha de 5 anos e minha mãe. Dei muita risada com minha esposa que só resmungava "que velharia", "ual, uma Brasilia" e coisas do tipo.
ResponderExcluirA parte mais legal fica lá pra cima e é a menos explorada. Muitas raridades e todas à venda. Carros de décadas que valem mais que meu apartamento.
Fiz alguns vídeos e tirei várias fotos. Se me permite, deixarei os links pra quem quiser assistir.
Parte 1: http://www.youtube.com/watch?v=e6tOXvbd_Vw
Parte 2: http://www.youtube.com/watch?v=VDorHWaXIKI
Parte 3: http://www.youtube.com/watch?v=rAIMAkg1Vn4
Fotos: http://www.facebook.com/media/set/?set=a.203745759749331.1073741839.171257269664847&type=3
Fala Felipe,
ExcluirMuito legal hein. Vai enferrujando a esposa e os filhos que com o tempo você os dobra.
Abração,
Portuga
ResponderExcluirVoce é um jovem!
Pelo grande conhecimento e bom gosto por autos antigos, pensei que fosse um senhor!
É isso ai o virus da ferrugem pegando o pessoal cada vez mais cedo!
Obrigado pelo jovem,
ExcluirTenho 34 anos, mas desde os tenros 4 anos de idade lembro de ser fissurado por automóveis. Porém as fotos de quando eu era ainda menor mostram sempre que estou com algum carrinho nas mãos.
Tive a sorte de ter passado a adolescência na época exata em que os Galaxies (meu automóvel preferido) estava em franca desvalorização, por isso, fui um sortudo de ter tido sempre automóveis antigos (mas na épcoa eram chamados de carros velhos, mesmo rsss).
Não fui, mas só para ver este Chrysler Imperial já valeria ter ido. Pensando bem, só para ver o painel dele já valeria ter ido! Em tempo, Portuga: acho que Lindóia merece um post extra, recheado de fotos. Fica a sugestão, he, he!
ResponderExcluirAbraço.
Vamos ver Mr. Car, vejamos rsss
ExcluirEu me atrapalharia ao dirigir esse carro tamanho a qtd de iformacoes no painel e toda essa complicacao de cambio por botoes....
ExcluirProvavelmente quem dirigia um Ford T, no inicio de tudo.
ExcluirOnde o condutor era obrigado a acelerar com a mão e trocar as marchas com o pé deveria pensar que seria maluquice trocar o sistema do primeiro automóvel popular - e portanto mais vendido - no mundo pelo inverso, acelerando com o pé e trocando às marchas com a mão.
]No entanto, todos nós, nos acostumamos muito bem com isso. Com os botões não seria diferente. Acredite se quiser, mas ouço muita gente que nunca dirigiu um carro com câmbio automático alegar que não sabe dirigir desse jeito. Mas basta uma voltinha para se acostumar.
Um tio meu apanhou do automático do meu pai (Fielder) por não ter o pedal da embreagem.... heahehaheh
ExcluirMuitos onibus automáticos utilizam o sistema por botão aqui em nosso país. A propósito, outro carro que utilizou esse sistema foi o GAZ Chaika, russo.
ExcluirO Ford T é mais fácil de se guiar do que alguém pode imaginar - os bigodes para avançar o motor e acelerar na mão são tranquilos. Os 03 pedais são simples, pois ele não tem "alavanca marcha" e funciona como se fosse um automóvel automático de apenas uma marcha à frente. Meu pai teve um na coleção. Era um barato guiá-lo.
ExcluirMais um voto pelo "texto extra com fotos extra" sobre este evento! :)
ExcluirBelo texto, Portuga! Parabéns!
Leo-RJ
Excelente matéria, Portuga.
ResponderExcluirSou um grande fã do Corcel II, meu primeiro carro foi um Corcel L 1985, do qual só me desfiz devido a questões familiares, mas ainda conservo alguns documentos reastreá-lo e trazer de volta a garagem algum dia.
Este ano passei o feriadão curtindo minha paixão Alfista, no II Encontro Alfa Romeo em Caxambu/MG. E lá pude confirmar, que as amizades que fazemos vale mais do que qualquer prêmio.
Em 2014, quero finalmente conhecer Lindóia.
Abraços,
Delfino,
ExcluirUma pena o evento dos Alfas, em Caxambu, ter sido na mesma data de Lindóia. Queria muito ter passado um final de semana ouvindo as histórias do Axl, Michael Swoboda, Leandro Swoboda, Seo Oswaldo e tantos outros grandes alfistas que lá estavam.
Estou planejando construir um veículo de rally em um Corcel II da última safra. Quem souber de algum Corcel II 85 ou 86, entre em contato hehe
Na verdade, Lindóia foi na mesma data de Caxambu, hehe. A data já estava definida há quase um ano.
ExcluirAqui na região tem alguns Corcel dessa safra:
http://www.bomnegocio.com/parana/regiao_de_londrina/ford_corcel_17544668.htm? (Esse eu vi ao vivo, muito parecido com o meu e bem conservado)
http://www.bomnegocio.com/parana/regiao_de_londrina/ford_corcel_17328697.htm? (implorando para ser salvo, rs)
http://www.bomnegocio.com/parana/regiao_de_londrina/ford_corcel_15726568.htm?
http://www.bomnegocio.com/parana/regiao_de_londrina/ford_corcel_15228162.htm?
Opa,
ExcluirBoas dicas... A pesquisa começou! rsss
Obrigadão,
Portuga, hoje vi um Polara aqui em Taubaté e veio à baila esta ideia: Comprar um 1800 e fazer igual a um Hillman Avenger Rally - digita isto no Google e fique babando; É tão legal quanto um Escort MKI ou Lancia Delta...
ExcluirJoão... sabe cara.
ExcluirEu acho os Avenger Rally e os Dodge 1500 GTX fantásticos e "estéticamente" bem resolvidos. Também já sonhei com uns desses! rss
Qualquer comentário que eu venha fazer face ao AMIGO Portuga Tavares, poderá ser revestido de injustiças; sejam elas pessoais, sejam profissionais !
ResponderExcluirAlém de ser o verdadeiro "Wikipedia do Antigomobilismo", é aquele que podemos, verdadeiramente, chamar de A.M.I.G.O. !
PARABÉNS, PORTUGA TAVARES !!!!!
Edu,
ExcluirSou honrado por sermos amigos, isso para mim é algo que supera qualquer coisa.
Você é um exemplo para mim, obrigado por me ensinar muito e todos os dias.
Abraços,
Legal o post, estive lá também neste ano.
ResponderExcluirSe me permite a sugestão, não abuse das fotos em diagonal na proxima vez. É um efeito que funciona uma vez ou outra, mas neste post a maioria das fotos acho que foi "torta". No mais, parabéns.
Olá FotoEntusiasta,
ExcluirEu sempre tiro as fotos na diagonal, gosto de fazer as fotos assim porque fica mais simples para eu identificar, quando são usadas sem a devida autorização.
Estou bem longe de ser um fotografo, me "autocredito" como um clicador ou registrador de imagens rsss...
Obrigado pelo toque, procurarei melhorar.
Valeu,
Que os carros nacionais, que significaram e significam tanto para nós, continuem aparecendo a encontros.
ResponderExcluirSão uma parcela importantíssima da nossa história.
Eu também alimento um carinho especial pelos nacionais, principalmente por serem os carros que guardo na memória.
ExcluirÉ sempre legal a viagem pelo mundo dos antigos. Lamento não poder ter ido a Lindóia.
ResponderExcluirComo me resta mesmo é ver os antigões pela internet, passo link novinho de artesão que faz carrinhos de corrida antigos:
http://www.pavanioldracingcars.blogspot.com.br/
abs
sérgio gomes
Olá Sergio,
ExcluirMuito legal seu blog... Ainda não o conhecia, se me permitir, vou acompanhar "mais de perto".
Parabéns pela iniciativa e conte comigo para o que for preciso.
Portuga, li o seu texto e fiquei sem palavras... Tentei de alguma forma retribuir o carinho com que vcs. me acolheram, muitos sem nem me conhecer, me trataram como se fosse um irmão mais novo! Fiquei muito chateado quando ao chegar em casa, desfazendo a mala, achar três adesivos do Clava-ES "escondidos" entre as roupas, que gostaria de presentear aos meus novos amigos lá em Lindóia.
ResponderExcluirNo próximo ano, vou me programar para chegar mais cedo, para assim como vc., não perder nenhum detalhe do evento...
Grande abraço à todos,
Max Ronald.
Grande Max,
ExcluirEu só escrevi o que realmente aconteceu. Nem mais, nem menos. Foi simples e sensacional. O melhor troféu que eu poderia receber está no vidro do meu carro, é fato!
Portuga, qdo você vem nos visitar aqui no ES? Combina com o Derec, e venham . . . [ ]'s Alexandre Epaminondas
ResponderExcluirFala Alexandre,
ExcluirPreciso mesmo ir visitar os eventos do Espírito Santo. Assim que for possível estarei ai para retribuir a visita dos amigos,
Caro Portuga Tavares,
ResponderExcluirAliás, como estava a "cena dos Alfa Romeo" neste evento? Aqui no Rio, no Rio, ano passado (7 de Setembro, no já tradicional encontro do Forte Copacabana), haviam 5 lindas alfas.
Abç!
Leo-RJ
Olá Leo,
ExcluirTiveram alguns Alfas expostos em Águas de Lindóia, mas como era de se esperar a quantidade era pequena, até porque acredito que os Alfistas preferiram participar do evento em Caxambu, o que é natural de ser entendido.
Este ano, em 07 de Setembro, pretendo estar no evento do Forte de Copacabana. Vamos torcer para que dê certo.
Portuga, vc sabe a data do encontro de Araxá em 2013.
ResponderExcluirEm 2013 não haverá o "Evento de Araxá".
ExcluirO encontro acontece de dois em dois anos, sempre nos anos pares e na data de Corpus Christi.
Esse Corcel GT 69 é um absurdo! Nunca imaginei que sequer existisse Corcel cupê em 1969. Sempre pensei que havia começado em 1971. Esse carro é facilmente mais raro ainda que o Charger R/T 1971, pois destes sei que existem alguns. Mais raro talvez até que o Simca Jangada.
ResponderExcluirOlá Lorenzo,
ExcluirA linha Corcel foi lançada em 1968, no inicio somente foi oferecida a versão quatro portas e com acabamento standard, ou seja, modelo simples, sem frisos, com cores básicas e muito espartano.
Em 1969 a "família" cresceu com a carroceria coupé e outros tipos de acabamento, passou a ter então: Coupé Standard, Coupé Luxo, Sedan Standard, Sedan Luxo e Coupé GT (o esportivo).
Em 1970, mais um novo membro para a gama dos Corceis, a "perua" Belina (na época ainda não havia a moda de chamar de Station Wagon, eram "caminhonetas de passeio", um nome tão feio quanto rss).
Portanto, antes de 1971 já havia seis versões diferentes de Corceis. Ainda quero ter um Corcel Sedan com banco inteiriço na dianteira, um opcional de fabrica para atender taxistas e famílias numerosas.
Um amigo meu foi até a exposição e ficou impressionado com a quantidade de Dodges ,ele só não gostou muito do preço da diária rsrsss....
ResponderExcluir"O preço da manutenção? Tão caro que dinheiro nenhum consegue comprar: amizade, um dos troféus que os eventos desse tipo dão aos donos dos carros."
Gostei da atitude,muito legal.Você teve mais sorte do que o MAO este ano ,já que no ano passado ele enfiou o pé na lama he he...
Olá Speedster,
ExcluirNo ano passado eu também "enfiei o pé na lama", literalmente, inclusive. Expus meu Landau 1981, que foi premiado no evento na categoria de Chrysler e Ford nacionais.
Sobre a quantidade de Dodges, haviam muitos importados interessante, mas a quantidade de Dodges nacionais não gerou surpresa, em anos anteriores houveram modelos mais raros e em estado de originalidade admiráveis. Neste ano os dois melhores Chryslers nacionais foram premiados, um Charger R/T 1977 e um Charger R/T 1976 "triple-black".
Infelizmente, como sempre, haviam modelos até mais raros que os premiados, porém, sem a presença do dono perto, sem a devida restauração, com alguns penaltis... o que inviabilizou a premiação dos modelos expostos.
OLÁ PORTUGA ÓTIMO POST SOU FÃ DOS PASSAT HÁ ALGUNS ANOS VOU A LINDOIA TAMBEM NO PASSATAO RODANDO FIRME E FORTE TENHO UM LS 81 ESSE ANO FOI DEMAIS MUITOS CARROS DIFERENTES DO ANO PASSADO TINHA UM CADILAC PRETO PERTO DOS HOTS QUE TAVA LINDO A GENTE FICA O DIA TODO E NÃO DA CONTA DE VER TUDO NOS MINIMOS DETALHES MUITO BOM ! HA TAMBÉM APÓIO O POST COM MAIS FOTOS ! ABRAÇOS
ResponderExcluirOlá.
ResponderExcluirOs Iveco utilizam teclas no painel para operar o câmbio. Bastante prático.
AAM