google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 CITROËN C4 LOUNGE: TESTANDO ANTES DA HORA - AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

CITROËN C4 LOUNGE: TESTANDO ANTES DA HORA

Fotos: autor


O convite da Citroën era misterioso: participar da Missão Ombú B73 na Argentina. Apesar do suspense, a missão era bastante agradável e diferente: participar dos testes finais antes da produção do novo C4, que aqui vai se chamar Lounge, rodando quase 400 km por belas montanhas próximas de Alta Gracia (cerca de 40 quilômetros de Córdoba).

Alta Gracia também é conhecida por ter sido o lar de Che Guevara durante sua infância. Sua casa foi transformada num museu. Eram apenas cinco jornalistas brasileiros e, num momento de folga, dois colegas tentaram visitar a “casa do Che”. Não conseguiram: só aceitavam pesos argentinos, nada de real ou cartão de crédito. Nada de democracia para se conhecer as memórias de Guevara.

É em Alta Gracia que fica também a Oreste Berta S.A., a magnífica e mundialmente famosa firma de preparação de motores e desenvolvimento de automóveis, que até túnel de vento tem, fundada por "El mago de Alta Gracia", como é cognominado Oreste Berta, pela excelência de suas realizações nesse campo por mais 50 anos.

Um teste destes, antes do carro entrar em fabricação, é bastante comum na Europa, mas uma iniciativa elogiável da Citroën por aqui. Diferente de um teste de lançamento, não se tem muitas informações técnicas e muito menos um press release. Tudo para não influenciar o jornalista/avaliador e pegar suas impressões mais honestas e em primeira mão.

Novo C4 Lounge adota visual mais convencional
Mas o novo Lounge já na primeira impressão avisa que mudou bastante sua filosofia, além de não se chamar Pallas Por aqui vai ser o Lounge, como na China, onde está sendo fabricado desde o final do ano passado. seu visual mais sóbrio, quase sério. A dianteira continua com traços bem marcantes do fabricante francês, mas a traseira ficou simples demais.

Está mais curto 15 cm (vindo de 4,77 m para 4,62 m), mas manteve a mesma confortável distância entre eixos de 2,71 cm. Sua plataforma é nova e versátil, com distância entre eixos variável de acordo com o produto da PSA, empresa que reúne Peugeot e Citroën. 

Algumas razões explicam a pressa da Citroën em pré-apresentar o C4. Primeiro o fato de já ser feito na China. Além disso, no final de junho o Lounge vai ser a estrela da marca no Salão de Buenos Aires, ainda que só apareça no Brasil lá por setembro. Será também industrializado na Rússia.

Dianteira sempre com o double chevron da marca francesa
Rodando pelas serras argentinas, o primeiro destaque fica para estabilidade e dirigibilidade, muito superiores às do Pallas, cujas suspensões dianteira e traseira não “conversam” muito bem. No novo C4, o acerto de todo o conjunto mecânico, suspensões principalmente, parece ser o objetivo maior, para tentar entrar no time dos sedãs europeus mais esportivos. 

Apesar dos motores semelhantes aos dos atuais C4 Pallas, o silêncio a bordo e a sensação ao dirigir são claramente diferentes. E melhores. Mesmo com 15 cma menos de comprimento, o conforto para os passageiros do banco traseiro continua um destaque. Quem perdeu espaço foi o porta-malas, que mesmo assim continua espaçoso para um sedã médio (ou médio-grande no Brasil).

Rodamos com carros pré-série calibrados para o mercado argentino, e o motor 2,0 não era o flex que virá para o Brasil. Mas o destaque fica para a mecânica apenas a gasolina, 1,6 Turbo (THP, ou Turbo High Pressure) com seus 165 cv. Impressiona não tanto pela potência, mas principalmente pelo ótimo torque (de 24,5 m·kgf) que surge logo depois da marcha-lenta, a apenas 1.400 rpm. 

A tocada é esportiva, como nos melhores sedãs europeus. Com um ótimo casamento com o câmbio automático de seis marchas (um conjunto também usado pelos Peugeot 3008 e 408), seu desempenho em nada lembra o limitado câmbio automático de quatro marchas do Pallas. Esta caixa de seis marchas vai equipar também a versão 2,0 flex de 153/151 cv, que terá opção de câmbio manual. 

C4 Lounge ficou 15 cm mais curto que o antecessor Pallas
Apesar da potência até semelhante nos dois motores, de novo a grande diferença fica para o torque: os 22,0 m·kgf do motor 2,0 só aparecem nas 4.000 rpm, ao contrário do turbo, que esbanja força em qualquer rotação. Deve existir ainda uma versão mais simples, com motor 1,6 aspirado de apenas 115 cv, mas provavelmente não virá para o Brasil. 

Curiosamente, uma das maiores diferenças de comportamento das versões mais topo do C4 está na dirigibilidade e respostas em curvas rápidas. Apesar da suspensão com acerto semelhante, a maior agilidade vem exatamente das rodas, que são de aro 17 ou 18 polegadas. Mesmo nestes rodões, com uma polegada a mais de diâmetro, com aros 18, se tem um Citroën bem mais esportivo nas mãos. E a melhor combinação, claro, está exatamente na versão 1,6 turbo com rodas 18. Aliás, quase a melhor. 

O que realmente foi unanimidade entre os jornalistas brasileiros foi o C4 1,6 diesel turbo. Com aparentemente limitados 115 cv de potência no motor 1,6, câmbio manual, com o motor diesel era possível encarar facilmente o 1,6 turbo a gasolina nas serras de Alta Gracia. No diesel, o torque era ainda maior, de 24,8 m·kgf a apenas 1.500 rpm. 

Um privilégio dos argentinos, já que o sedã diesel não pode rodar legalmente no Brasil. No extremo da fila de carros da “missão Ombú” estava exatamente um C4 Pallas atual (lançado aqui em 2007), que ninguém queria dirigir. Já o C4 hatch deve continuar sem grandes mudanças por um bom tempo, segundo a Citroën.

Na traseira, friso cromado e lanternas mais comportadas
Não faltam gracinhas e recursos eletrônicos, mais numerosos nas versões topo, como de hábito. Vão de condicionador de ar duas-zonas ao GPS integrado, com tela multifuncional, além do que já é usual num sedã desta categoria. Enfim, nada que traga saudades das firulas do Pallas, como o volante de cubo fixo.  

O preço do novo Lounge ainda não está definido, mas ele deve entrar na faixa do Honda Civic, começando em pouco mais de R$ 60 mil. Para quem gosta do Pallas, este é um bom momento para comprar, já que tem bons descontos por conta da chegada do Lounge. Claro, os equipamentos e amenidades ainda não estavam todos definidos, já que o novo C4 estava em testes e ajustes finais e só deve entre em produção em alguns meses. 

A finalidade da “missão” era escutar palpites dos jornalistas quanto aos ajustes finais, durante duas horas de “interrogatório” sobre qualidades e defeitos. E jornalista adora dar palpites e não guardar segredos. De modo geral, os brasileiros gostaram da mudança, começando pela posição mais vertical das colunas dianteiras, do pára-brisa, que são menos inclinadas que no Pallas: é mais difícil de atropelar o entregador de pizza, pois se tem melhor visão em curvas de esquina.

Também o painel com ponteiros foi aprovado, com restrições. A visão dos ponteiros é apenas parcial. Algumas criticas ficaram para a traseira, como o tampa do porta-malas com molas e duas grandes dobradiças em "U". Poderia ser mais luxuoso e ter braços ocultos e molas a gás (aquelas que parecem amortecedores). 

Também o friso cromado na traseira não teve grande aprovação, pois parece meio solto visualmente na tampa do porta-malas. Já os maiores elogios ficaram para o comportamento dinâmico, com uma boa disposição para encarar curvas, além do silêncio a bordo. Talvez porque no rodízio obrigatório (todos dirigiram todos os modelos e também viajaram como passageiros) havia a necessidade de rodar com o agora velho Pallas. Que não se saiu nada bem na comparação.

Missão Ombú: cinco jornalistas brasileiros e o time da fábrica; sou o agachado mais à direita da foto
JS

55 comentários :

  1. Rafael Ribeiro09/06/2013, 12:52

    Apesar da evidente evolução em relação à geração anterior, o design ficou meio genérico, exceto pela frente, que é típica Citroen, e por isso mesmo, não surpreende. Pouco para mudar o panorama do carro no segmento...

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  2. A grande questão: O painel agora está no lugar certo?

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    1. Do exterior gostei, mas ia perguntar justamente isso: cadê as fotos do interior, especialmente desta coisa que considero importantíssima para somar (ou subtrair) pontos de um carro, o painel?

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    2. Braulio.
      O painel está no lugar certo e acabou o show, estilo "nave", de transparências e quetais. Tá fácil de ler.

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    3. O painel central do C4 é muito mais fácil de ler que os paineis no lugar "certo".
      Fica bem próximo ao pé do parabrisa e você desvia muito menos a visão da estrada para conferir a velocidade do que nos paineis normais.

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    4. Mr Car.
      Como afirmei logo no início do post, se trata de uma pré-avaliação de um carro que não foi lançado, muito menos mostrado ao público. Tanto que vc só pode ter visto esta matéria na Folha, que eu mesmo fiz. Claro, havia restrições por parte da Citroën quanto as fotos de interior e de detalhes, já que se tratavam de modelos pré-série. O que ví poderia mudar até o lançamento e era justamente esta a missão: colaborar sugerindo detalhes e ajustes que poderiam melhorar o novo C4.

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    5. Existem diversas fotos do interior do novo C4 na Net... Basta procurar... Em adendo, concordando com o Arruda, o painel atual é muito mais bonito e funcional, questão de costume! Tenho um C4 EXC Aut Hatch e admito que nos primeiros dois dias ainda me via procurando as informações, mas depois que acostumei... Vai ser muito difícil voltar aos "painéis antigos". Neste ponto, gol contra da Citroen que sempre se destacou pelo design e tecnologia oferecida em seus carros, e certamente p/ os fãs da marca, o estilo "nave" (como outro colega postou)vai deixar saudades. Seria capaz de afirmar que, quem afirma não gostar, em grande parte, não teve a chance de conviver ao menos por um mês com o modelo atual... Pra mim, não há como comparar, mas é questão de gosto pessoal, de quem teve o prazer de usufruí-lo.

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    6. O painel destes C4 é horrível. Ainda bem que vai mudar. E que levem embora aquele volante de cubo fixo...

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    7. E o volante? Continua com "miolo fixo"?

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    8. Rodrigo.
      Me baseie, tanto em fotos como impressões, nos carros que avaliei e isso aconteceu no início de maio. Havia embargo quanto a data de publicação. Daí a ausência de fotos do interior, que não era definitivo nos carros avaliados.

      Anonimo.
      O volante do novo C4, o Lounge, tem "miolo normal", não é fixo.

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    9. Josias, apenas respondi ao questionamento do Mr. Car quanto à falta de fotos do interior, não estava me referindo a excelente matéria que você produziu. Mas, de qualquer forma, já existiam fotos do carro (versão chinesa) há bastante tempo na net, acredito que tenha visto algo lá pelo início do ano... E, como fica difícil lembrar, me parece que, se não ficou idêntico ao que vi, ficou por deveras parecido (como sou fã do painel atual, me lembro de discutir a sua substituição com meu cunhado lá nas férias de verão...). Novamente, parabéns pela matéria, e que tenhamos novos convites como este que recebeste, de muita valia p/ nós consumidores finais.

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  3. Só digo uma coisa: é uma tremenda satisfação ter o Josias nesse time de feras que é o AUTOentusiastas!

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    1. Concordo, me sinto numa reunião de negócios!!!

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  4. Ótima iniciativa da Citroen. Melhor dique fiar revelando "teasers" imbecis.

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    1. Ahhh, então eu não sou o único que acha imbecil esse negócio de teaser!

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    2. Também acho a maior babaquice....

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  5. Não gostei da traseira bem mais curta, ela não conversa com a frente e parece bem truncada, como se fosse uma adaptação porca, o design é bonito, as dimensões é que pesam contra.

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  6. mais um carro da citroen com dificuldades de manutenção e com muita vontade de micar nas mãos brasileiras. O mal das francesas é querer se comparar com a Honda e Toyota e tentar cobrar quase o mesmo preço dos já consagrados civic e corolla. O antigo C4 palls não conseguiu, o megane não conseguiu, o fluence não está conseguindo e o 408 tá na mesma situação. Não é o sabio momento de ver q o consumidor olha para esses modelos franceses como inferiores aos japoneses (corolla e civic)e só vão conseguir vende-los se as fabricantes situarem esses franco/argentinos em uma faixa de preço inferior? ganhariam muito mais e coquistariam mercado se fossem bem mais baratos e disputassem uma categoria inferior. Enquanto teimarem em querer cobrar o mesmo ptreço, continuarão tendo baixas vendas. Parenteses: nãoq ue os franceses não sejam bons produtos, mas é como o mercado consumidor os vêem, estão um degrau abaixo até do Cruze... devriam se sitar na faixa de preço o New Fiesta sedã e do sonic, quem sabe assim venderiam bem.

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    1. Discordo. Pioraria ainda mais a situação. Porque aí achariam que devido ao preço baixo, o produto é ruim. Não são os franceses que estão com um produto caro, é todo o mercado. Então, não serão os franceses que vão baixar seus preços para os consumidores suspeitarem de um produto que, como você concluiu: é muito bom!

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    2. Concordo! Não dá cobrar preço de qualidade quando o comsumidoe não enxerga tal qualidade. Tem que baixar o preço pra tomar mercado, ou então vai continuar produzindo micos! Ou alguém aqui tera coragem de dar 80 mil num c4 completo? Mais ainda: quem tem coragem de pegar um Pallas com uns 5 anos de uso e uns 200 mil rodados?

      Caro assim, pode jogar a banana que lá vem o mico!

      Augusto

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    3. O consumidor, por mais que nós queiramos que não seja assim, ainda coloca gastos com o automovel na ponta do lapiz. E a desvalorização é um desses custos. E a desvalorização dos usados franceses é muito alta. E para compensar essa desvalorização o carro tem de custar menos do que seu concorrentes. Vejam o exemplo do sentra, muita gente só o compra pq sabe que ele é da mesma categoria do Civic, Corola e Cruze mas custa bem menos do que esses concorrentes. A nissan entendeu, que mesmo tendo um bom produto só conseguiria vende-lo se baixasse o preço e o fez. O atual 207 sedã sofre do mesmo mal, um carro defasado, apertado e caro. Comparado aos rivais oferece muito pouco, mas cobra igual. Um 207 sedã custa 39 000 na pintura solida e com ar, motor 1.4. Quase o preço do cobalt LS (39.900) e do Grand Siena atractive (39.800), esses dois com ar cond. ABS e Air Bag duplo, sendo q o peugeot não oferece de serie ABS e o AB2. Então, qual escolher? 207, Grand Siena ou Cobalt? Qual a escolha logica? Se a peugeot fosse mais experta, jogava o preço do 207 sedã para perto do classic e venderia bem mais...
      O C4 só terá chance se baixar o preço e reconhecer que as francesas não podem se dar ao luxo de cobrar igual, pois quem realmente manda na hora de passar o cheque (O CONSUMIDOR) as vêem como um degrau abaixo.

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    4. Quanto "ranço" com os franceses... Elogios rasgados ao Vovorolla cujo desenho atual (desenho, não design, pois seria ofensa) lembra um Corcel II, com interior igualmente simples e feio. Pouquíssimos "mimos" se comparados aos franceses, muito superiores em tecnologia embarcada e design de seus produtos (interior e exterior). Já o Civic, falar o que de um carro que já mudou o desenho novamente em menos de dois anos no BR, mico geral (inclusive de um colega meu que comprou um Top e está fulo da vida). As japonesas vivem de um status de carros confiáveis adquirido aqui em terra brasilis, pois nos países de 1º mundo são carros de entrada, quase populares... Não estou afirmando que os franceses são maravilhosos (até por achar os alemães, os melhores), mas outro dia vi num outro site uma boa expressão: não existe carro ruim, existe carro sem manutenção. Antes que alguém diga, sim, tenho um francês, um C4 EXC Top Aut. Por opção, pois comprei o carro à vista, sem troca, depois de avaliar um New Civic, que gostava do desenho, um I30, um Subaru, um Focus, todos TOP. A escolha pelo francês foi opção pessoal, por tudo a mais que ele oferecia em detrimento dos concorrentes. Desvalorização...??? Compro carro para uso pessoal, não pensando no próximo comprador, e depois de 2 anos e meio, não me arrependo da decisão. Até estou com dificuldades em pensar em outro carro (numa eventual troca) que me ofereça tudo que o C4 disponibiliza sem gastar 80k ou mais...

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  7. Acho que não é porque esse modelo é melhor em comportamento dinâmico, que o Pallas pode ser classificado de ruim.

    Esses motores turbo entregam potência bem mais cedo, e isso faz diferença na sensação de desempenho, não apenas o torque maior.

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    1. Oliveira.
      Quando me refiro ao comportamento do Pallas, não estou falando apenas de motorização. O pior, na minha opinião, está nas suspensões, uma vez que a dianteira e a traseira reagem de forma diferente. Além disso, o cambio automático de apenas quatro marchas do Pallas torna tudo mais complicado, do desempenho ao consumo.

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    2. Parabéns ao Josias, primeiro avaliador que vejo comentar esse descompasso das suspensões do C4 em inúmeros testes que li.

      Os amortecedores traseiros vêm com uma calibragem muito mole, deixando a traseira "solta", com oscilação excessiva. Não sei porque a fábrica fez assim, pois é uma das principais reclamações dos proprietários e qualquer motorista com um mínimo de experiência percebe que está errado.

      A solução é simples e vem da própria PSA. Basta instalar os amortecedores traseiros do Peugeot 307 que o comportamento muda da água para o vinho.

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    3. ...E saber que a suspensão era justamente o ponto de destaque dos Citroën quando a marca surgiu! Decepção total. Suspensão ativa, nunca mais.

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  8. Paulo.
    Ao vivo, a carroceria parece bem proporcional. Bem mais que a do Pallas, onde "sobrava" porta-malas visualmente, apesar das lanternas traseiras alongadas disfarçarem um pouco este "excesso" de comprimento.

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  9. Lá vem mais um mico... quando cair no mercado, começam os problemas e mais problemas, como todo o PSA... desconfio que a maior fonte destes é o processo de fabricação da fábrica de Porto Real, muitas operações manuais, falta de tecnologia nas linhas de montagem, etc.
    Outro problema é o custo de manutenção e a dificuldade de se encontrar peças.. e por fim, o grupo PSA veio ao Brasil na década de 90 com a filosofia de cobrar preços mais em conta nos veículos e tirar a diferença nas peças de reposição e manutenções.... foi desastroso, a PSA paga o preço de uma estratégia totalmente equivocada até hoje.

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    1. Eu tenho um peugeot 95 e não tenho dificuldade de encontrar peças. Quantos vc já teve

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    2. Boa! O pessoal fala muita coisa sem conhecer de fato, falam coisa que um conhecido do colega do amigo diz que acha que é de um jeito. ha ha ha

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    3. Esta falta de tecnologia de montagem, também existe na fábrica de EL Palomar na Argentina; onde serão fabricados esses carros.
      Estava vendo uns vídeos de montagem da PSA nessa fábrica, é de assustar de ultrapassada quando comparada com Audi,BMW,MB,VW,Honda,Toyota...
      Muitas etapas feitas manualmente,os funcionários não usão luvas,uniformes sem padrão,deixa a impressão de completa falta de controle de qualidade na montagem desses carros; muito suja,escura,os carros são levados de um setor pra outro pendurados em correntes balançando... um HORROR!

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    4. Complementando...,
      Quando vi os vídeos de montagem da PSA em EL Palomar Arg,eram vídeos de 2011!Não sei se à partir daí, a fábrica passou por remodelações,novos equipamentos...
      Espero que sim!Se alguém tiver algum comentário sobre isso ,que comentem aquí.

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    5. Deixa eu adivinhar, vc nunca teve um PSA, certo?

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    6. Jambeiro, uma lida mais cuidadosa no que ele escreveu já dá p/ notar que não tem conhecimento de causa...

      Anônimo 09/06, 22:00hs, perfeito! Falar por falar é fácil, é só ir na onda do pessoal...

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  10. Josias,
    bela matéria e participação sua no evento!
    Gostei bastante do carro, uma clara evolução sobre o Pallas em tudo ou quase tudo, resultado de trabalho sério e intenso. Corrigiram bastante coisa também.
    Até as proporções melhoraram, com menos balanço traseiro.
    O Pallas realmente tinha problema de ajuste fino (ou grosso?) de suspensões, o hatch é bem melhor que ele, comportamento em alta velocidade ficava esquisito.
    Com produto acertado, fica bem mais fácil pra rede vender.

    MAS

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    1. Marco Aurélio.
      Brigado, cara. Vc sabe o qto é gostoso ter uma participação, ainda que pequena, no desenvolvimento de um carro. Realmente o Pallas era bem impreciso em alta velocidade, o que foi bem corrigido no Lounge. Concordo com vc, vai ser mais fácil pra rede vender. Abração

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  11. Parabéns Josias, ótima matéria!
    São gratas as surpresas que li, é muito bom saber que quase tudo que era ruim no Pallas foi corrigido, inclusive o visual, que deixou no passado aquele C4 em forma de barco. Eu tenho que admitir que até gostava das firulas e do volante de cubo fixo, mas não vão fazer falta, aliás adorei o vidro traseiro ao estilo de C5 e do finado C6. Sempre gostei dos carros da Citroën, gosto da ideia de fazer diferente que eles sempre tiveram, nem que seja um mero detalhe!
    Atualmente não cogito trocar meu Galant 1999, mas um dia vou adorar adquirir um C4 VTR com seu visual ame ou odeie!

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  12. Antônio martins10/06/2013, 10:05

    Nunca andei no Pallas, se ele é tão ruim de comportamento de curva e em alta velocidade comoo vcs tem falado, realmente a fábrica fez um esforço para deixá-lo assim, pois, hoje, é difícil fazer caro ruim nesse aspecto, nem chinês pouca-prática consegui esse feito.

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    1. Antonio.
      O Pallas não é "tão ruim". Há uma diferença de calibragem entre a suspensão dianteira e traseira (com a traseira mais "mole"), que causa oscilações em alta velocidade, principalmente acima de 140 km/h. E isso não é aceitável num carro caro e luxuoso. Já entre chineses existem modelos que, acima de 100 km/h, vc quase ocupa as duas pistas da estrada tentando andar em linha reta. Existe uma enorme diferença de nível entre o Pallas e a média dos chineses. Aliás, acho que suspensões e dirigibilidade ainda são os pontos mais fracos dos made in China.

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  13. Josias,

    Acompanho o AE mas cheguei tarde neste post, pegando o gancho no seu comentário acima: "O pior, na minha opinião, está nas suspensões, uma vez que a dianteira e a traseira reagem de forma diferente. Além disso, o cambio automático de apenas quatro marchas do Pallas torna tudo mais complicado, do desempenho ao consumo" - pergunto: já dirigiu o C4 hatch atual? Também sente este descompasso? O carro é muito bom de curvas! Eu nunca senti isso, dirijo um com frequência, mas sente-se a traseira "bater" em qualquer irregularidade de piso.
    A suspensão dianteira do novo ainda utiliza o mesmo conceito? O atual tem pequenos coxins na bandeja dianteira, a manutenção deles é simples uma vez que são rosqueados na bandeja (e não vulcanizados), resumindo uma solução passível de manutenção barata mas frágil demais para as nossas condições.
    Quanto ao câmbio 4 marchas concordo, em subidas de serra tem que colocar no modo manual caso contrário ele entra em um troca-troca de 2a para 3a que chega a ser irritante. Um automático que exige ser utilizado em modo manual carecia de melhoras.
    E neste novo, foi possível cruzar algumas valetas e perceber se a frente não raspa mais? No atual o balanço dianteiro longo causa muitos aborrecimentos, o que eu dirijo já está todo raspado.
    Me acostumei com o painel (o velocímetro de sogra) mas com certeza sou mais a solução tradicional mesmo.
    Parabéns a Citroen pela iniciativa deste pré-lançamento e a sua ótima matéria.

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    1. HM
      Realmente o C4 hatch é bem melhor de suspensões e mais estável. Não me lembro da traseira "bater" em irregularidades, mas me parece que ainda usam amortecedores sem stop hidráulico e surge este barulho de "queda de roda" no final do curso. Quanto a suspensão dianteira do novo C4, não consegui ver detalhes. Como disse, era um pré-série e não pudemos mexer muito no carro. Mas, segundo a Citroën, as "suspensões são todas novas". Quanto às valetas, não raspou na Argentina. No Brasil ainda não sei. Mas, o balanço dianteiro (distância da ponta do para-choque até o eixo dianteiro, me parece menor que no Pallas.

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    2. Sim o C4 Hatch (tenho um) sofre desse mesmo descompasso. Os amortecedores tanto traseiros como dianteiros são os mesmos do Pallas. Talvez o Pallas sofra um pouco mais por causa do entreeixos e portamalas maior, não sei dizer porquê nunca andei num para comparar.

      As pancadas secas que você sente na traseira são por causa dos amortecedores moles que dão fim de curso. Repare também que em alta velocidade em ondulações onde a dianteira oscila apenas uma vez a traseira oscila duas ou três. São amortecedores Sachs, podem ser tanto argentinos como alemães e são moles tanto na compressão, como no retorno. Tirando a peça do carro você pode concluir isso acionando com suas próprias mãos.

      Entretanto o carro é muito bom de chão, como você mesmo disse, faz muita curva, mesmo com os amortecedores moles. A simples troca do amortecedor traseiro por um decente (o do Peugeot 307) resolve o problema de oscilação excessiva, reduz em 90% as pancadas na traseira e deixa o carro muito mais na mão.

      Quanto ao câmbio, o meu não tem esse problema de indecisão nas subidas (e descidas) onde ele retem as marchas adequadamente conforme o pé do acelerador. Esse comportamento pode variar conforme a versão de atualização do software da central eletrônica.

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    3. Só completando a minha resposta...

      Antes da troca dos amortecedores o carro tinha tendência a sair de frente quando se acelerava em curvas. A traseira afundava...
      Depois da troca o comportamento passou a ser levemente sobreesterçante com a dianteira plantada no chão.

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    4. Arruda,

      Valeu a dica dos amortecedores. Aprendi a utilizar o câmbio e evitar a indecisão do câmbio, mas isto só funciona para a tocada civilizada em uma faixa de velocidade, se você quer andar mesmo o troca-troca ocorre e só com 4 marchas o degrau entre uma e outra é muito grande, imagine que com mais marchas o comportamento deve ficar muito mais suave. Qual a marca dos amortecedores que você está utilizando no seu?

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    5. Com relação ao câmbio, também ia sugerir uma atualização do software. O meu é 10/10 e já fiz 03 vezes sem custo na CCS...

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    6. HM,
      Coloquei o original do PSA do 307, Código 5206.V0. Ele é francês e não tem nenhuma marca visível. Ao contrário do Sachs argentino que veio no meu carro. O corpo do amortecedor do 307 também tem o diâmetro maior.
      No Forum do C4clube muitos colocaram o Turbogás Cofap com bons resultados também.

      Sobre o câmbio, claro que não acho o de quatro marchas uma maravilha, o Aisin de 6 deve ficar bem melhor... mas as quatro marchas também não comprometem no C4 que tem o motor bastante elástico.
      O mesmo câmbio no C3 (da versão antiga) já não gosto, pois falta marcha para as características do motor.

      No caso do C4 há duas versões de software do câmbio na praça, conforme a época da atualização. Uma que entra a 4ª marcha aos 60km/h com trocas mais suaves e uma que a 4ª entra aos 70km/h com trocas mais rápidas. A minha é do segundo caso, + ou - agosto de 2011. As versões mais novas ou mais antigas são do primeiro caso.
      Fora isso o câmbio ainda tem recursos como o modo "sport" e o tiptrônic manual. Dá para conviver só com as 4 marchas :)

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    7. Perfeito Arruda. O meu é um 10/10, que veio com a versão da 4ª aos 60km/h... Depois atualizaram para a que tu tens, trocando em torno de 72km/h, mais "arisca" e com melhor cut off, mas era chato esperar até os 72km/h para entrar a 4ª. Na última revisão (ago/2012) a última atualização disponível remetia de volta à original (embora esteja achando que o "S" está mais esperto do que veio de fábrica), recomendação da montadora p/ evitar alguns trancos nas reduções p/ 1ª (entrava em torno dos 18 e agora voltou p/ 10/km/h). Desconheço se temos outra atualização mais recente... por hora, estou satisfeito com esta.

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  14. Josias,

    "Já entre chineses existem modelos que, acima de 100 km/h, vc quase ocupa as duas pistas da estrada tentando andar em linha reta."
    Gostaria de saber quais carros tem este comportamento erático. Ouvi falar do QQ, mas nuca dirigi um carro assim.

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  15. Esse preconceito contra franceses é ridículo. Realmente, o pós-venda da PSA não é dos melhores, ao contrário dos produtos. E dos Renaults - possuo 2 - tenho pouquíssimo a reclamar, e tenho notado que a própria rede Renault tenta fidelizar o cliente, com boa avaliação dos usados, pelo menos aqui no RJ.

    Este C4 Lounge ficou bem melhor que o Pallas. Estetica e dinamicamente. Compraria sem medo dos preconceitos mercadológicos...

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  16. Sergio.
    Vários tem este comportamento complicado, principalmente acima de 100 km/h. Mas, não quero ser injusto. Alguns rodei há três anos atrás e o aperfeiçoamento continua, principalmente nos modelos importados para o Brasil, ainda que por pressão dos importadores. Para ser correto tecnicamente, teria de rodar com cada um deles. Assim que testar um deles, coloco aqui no blog. Como curiosidade sugiro que, quando encontrar um chines numa estrada, não o ultrapasse. Fique atrás até encontrar um boa reta e observe o motorista e se o volante está parado ou "trabalhando".

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    Respostas
    1. Sergio.
      Complementando a resposta. Já soube de chineses "indecisos" em retas nos quais uma das causas eram os pneus. Assim que foram substituídos por pneus nacionais eles ficaram bem melhores de dirigir. E assim como os carros, os pneus chineses tbém estão melhorando. Aconteceu o mesmo com pneus coreanos.

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    2. A GM andou utilizando estes pneus chineses em Celtas e Classics, há pouco tempo, linhas 11 e 12. Recusei-os. Se não me falha a memória, tinham o nome 'Maxxion'.

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    3. João Guilherme.
      Os Maxxion estão entre os melhores chineses atualmente. Experimentei num carrinho meu alguns meses atrás. O carro piorou um pouco em estabilidade direcional em retas, mas são bons de curva e até de chuva. Já dá para confiar.

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  17. Engraçado... Numa seção do Best Cars há mais ou menos um mês atrás sobre o lançamento do novo 308, comentei sobre a falta de respeito da marca (pelo menos aqui no Brasil) com os compradores do 308 atual e fui praticamente linchado.
    Esses compradores pagaram muito caro por um carro (que não é lá grande coisa, não é superior aos rivais em praticamente nada, com potencial para os micos que os franceses costumam ter; mas com efeito de novidade. Fica bonito na porta do restaurante) lançado recentemente no Brasil mas que já apresenta seu sucessor na Europa. E não porque o fabricante fosse de vanguarda tecnológica, que logo apresenta uma nova geração mais moderna (como bradava a turba enfurecida), mas simplesmente porque a geração atual demorou muito a vir para o país, o fazendo apenas no fim do ciclo do produto.
    Chega a ser reconfortante ler esses comentários sobre os fabricantes franceses por aqui, mesmo não concordando com o tom mais radical, que a maioria adotou, de que esses carros sejam ruins como um todo.

    Guilherme C. Vieira

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